A crise não é só (nem principalmente) exterior. É também (e sobretudo) interior.
Não sei até que ponto haverá uma relação de causa-efeito entre a crise económica e a debilidade psíquica dos portugueses.
O certo é que os mais recentes dados apontam para um crescimento galopante de patologias psíquicas.
Assim, um quinto da população portuguesa tem doença mental.
À cabeça encontram-se perturbações de ansiedade, perturbações depressivas, perturbações de controlo de impulsos e outras relacionadas com o álcool.
Acresce que as pessoas têm dificuldade em recorrer a tratamento e, como asseveram os especialistas, há cada vez menos factores de suporte às pessoas vulneráveis.
Eis, por isso, um sinal a que temos de estar atentos.
Há que pensar, cada vez mais, no outro. No seu bem. Na sua saúde.
O outro também faz parte de mim. Não pode, por isso, ser visto como adversário nem olhado com sobranceria ou indiferença. O outro é sempre único. É meu irmão.