Rev.mo Senhor Doutor: Penso que in medio virtus ». Reconheço o imenso valor da solidão, imprescindível à meditação,à intimidade com Deus, no diálogo de adoração e de Amor para com Ele e na oração pelos Irmãos. Contudo, se realmente vemos Deus em cada um dos nossos Irmãos, penso que também são valores preciosos a comunicação, o diálogo amigo, a capacidade de escutar. É tão preciso ser capaz de escutar: com atenção e delicadeza, com real interesse pelo Outro e, se possível, ajudar a Pessoa a reencontrar-se e a sentir-se melhor. Tudo com uma muito grande delicadeza e sensibilidade, com um imenso respeito. O respeito devido a Deus que habita aquela Alma: um "Cristo partido", quantas vezes, um Cristo estilhaçado e, quantas vezes, só um fragmento de Cristo - parafraseando o saudoso Padre espanhol Ramón Cué no seu magnífico livro 'O meu Cristo partido' , que releio vezes sem conta e sempre com proveito, e que tenho oferecido a muitos dos meus Amigos. Peço a V. Revª o favor de corrigir o que eu, porventura tenha dito de menos correcto; ou, se assim o entender, peço-lhe que não publique este meu comentário. Afectuosamente, Maria da Paz
Na Solidão e no Silêncio encontrei Deus. E julgo ter percebido que a verdadeira Oração é a Comunhão com Deus. Ele é Amor e Bondade. E a partir dessa Revelação é que poderemos cumprir melhor a Solidariedade...