O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Segunda-feira, 22 de Março de 2010

O problema maior, hoje, é a desvalorização do outro.

«Na nossa sociedade, há muitas pessoas que são oprimidas e humilhadas em dois contextos importantes: no trabalho e na escola».

Esta é uma das ideias acutilantes da entrevista de fundo que o Prof. António Coimbra de Matos concede à Tabu.

O que mais lhe custa «é a violência contra quem tem menos força».

Refira-se que, apesar dos seus 80 anos, continua a trabalhar cerca de dez horas por dia.

Este psiquiatra é oriundo de Galafura, embora tendo nascido na Lixa, e tem uma obra extensa.

Devo dizer que tudo o que tem que ver com a Psicologia e Psiquiatria sempre me interessou. O perscrutamento da alma humana é sempre importante e traz sempre novidades.

Coimbra de Matos tem um pensamento original, às vezes provocador. Assume que aprendeu mais com os seus pacientes do que com os seus mestres.

Denuncia o anonimato da sociedade contemporânea. «Sou do tempo em que, se encontrávamos um indivíduo caído na estrada, parávamos o automovel e íamos ajudar». Actualmente, faz-se vista grossa. Ninguém está para se incomodar.

 

Considera que o nível dos alunos é melhor nos tempos que correm: «mais cultos, mais abertos, mais capazes de se interrogar. O grave é a ratio professores/alunos. No ISPA dei aulas para 200 alunos. Isto é um disparate».

 

Freud não lhe desperta interesse. «Na ciência, o que tem interesse é aquilo que se observa com os pacientes».

 

Assume que «a ciência não é um credo, é uma investigação; portanto, o conhecimento é sempre provisório e incerto».

 

Um alerta final: «a sociedade contemporânea está a deprimir as pessoas».

 

Enfim, matéria vasta para reflectir. E, se possível, inflectir.

publicado por Theosfera às 22:37

De António a 23 de Março de 2010 às 00:09
Andei a estudar a " Minha Luta" de Adolfo Hitler para ver se conseguia perceber o que o tinha motivado à monstruosa aniquilação dos judeus. E constatei alguns factos que se me afiguram relevantes:

1.- Nutria um Amor aparentemente profundo pela sua mãe, católica devota;
2.- Eduard Bloch, médico judeu da família Hitler, referia-se a ela como sendo " simples, modesta e afável", dizendo, quanto a a Hitler, que " nunca tinha visto apego tão intenso", como o de ele por sua mãe;
3.-Hitler, curiosamente, não só não perseguiu esse médico judeu, como sempre lhe assegurou imunidade;
4.-Hitler ficou despedaçado quando a mãe faleceu e mostrara-se extremamente dedicado no acompanhamento que lhe prestou no período da doença;
5.-Quando a sua mãe morreu, foi das raras vezes que chorou;
6.- Respeitava o pai, figura autoritária, mas não o amava
7.- A palavra " amor" só aparece uma vez citada em " A minha luta": quando disse que amou a mãe;
8.-Hitler fazia-se sempre acompanhar pelo retrato da mãe.

Será que milhões de pessoas morreram porque Hitler não conseguiu ultrapassar o desgosto que sentiu por ter reprovado das duas vezes que tentou a admissão à escola de Belas Artes de Viena?

Por ter vivido sobre o autoritarismo de um pai de trato duro?

Por não ter suportado o falecimento da única pessoa que terá amado, a sua mãe?

Pensemos agora que tipo de pessoas podem também emergir de concepções tirânicas de Deus e façamos as contas para ver o que pode acontecer em nome de Deus.

Depois, metamos as mãos nas nossas consciências, e pensemos se somos ou não coniventes com alguma dessas concepções.

A História é feita de muitos actos ( e de incontáveis omissões…)



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