O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Quinta-feira, 18 de Março de 2010

Foi o cardeal Cerejeira uma figura importante na Igreja e na sociedade portuguesa.

 

Há aspectos da sua personalidade que permanecem, porém, desconhecidos, imolados no altar dos lugares comuns.

 

Foi, sem dúvida, um homem do seu tempo, apoiante do regime do seu tempo, mas conseguiu ir um pouco mais além.

 

Não obstante a proximidade com Oliveira Salazar, de quem foi sempre amigo, não se coibiu de divergir dele, embora com discrição e em privado.

 

Criticou bastante o regime hitleriano, o que lhe valeu algum espanto por parte do embaixador alemão.

 

Ao contrário de Salazar, o cardeal Cerejeira gostava de viajar e foi das primeiras figuras eclesiásticas a usar o avião.

 

Sei que os padres de Lisboa gostavam bastante dele. Era muito afável, quase paternal para com todos, mesmo quando havia alguma dissonância.

 

Pugnou por um clero de escol e para que filhos de famílias ricas fossem para o sacerdócio, mas não discriminava ninguém.

 

O que pouca gente saberá é que, quando foi eleito patriarca (era arcebispo de Mitilene há pouco tempo), um dos bispos que entrou nas cogitações era o bispo de Lamego, D. Francisco Vieira de Brito.

 

Aliás, é curioso notar que três bispos de Lamego do século XX foram auxiliares do cardeal Cerejeira: D. Ernesto Oliveira. D. João da Silva Campos Neves e D. António de Castro Xavier Monteiro.

 

O que até há pouco eu não imaginava é que a famosa D. Maria, que serviu o cardeal Cerejeira e Oliveira Salazar em Coimbra e que se tornou a governanta do Presidente do Conselho, fora empregada do bispo de Lamego.

 

Coincidências...

publicado por Theosfera às 15:52

De Mª Amélia a 18 de Março de 2010 às 17:56
É, Rvmo Sr Padre João António...coincidência ou não...eu tb...tive a honra (desculpe-me a vaidade) de jantar na mesma mesa que Sua Eminência...o Cardeal Cerejeira...quando era aluna no Colégio do Sagrado Coração de Maria, em Lisboa!

Foi uma pessoa bastante marcante...no seu tempo...sim!
Cordialmente, em Cristo!
Mª Amélia

De António a 18 de Março de 2010 às 19:06
Há uma distância abissal entre o Cardeal Cerejeira e o Bispo do Porto,D. António Ferreira Gomes. Abstenho-me de dizer qual é. Quanto às posições sobre o regime hitleriano, existe também uma distância intransponível entre o Cardeal Cerejeira e Aristides de Sousa Mendes.Aqui, o pudor impede-me de dizer qual é. Relativamente às relações cúmplices entre o católico Cardeal Cerejeira e o regime ditatorial do católico( ou maçon) Oliveira Salazar, a História não oferece dúvidas quanto à cumplicidade existente....

De Evágrio Pôntico a 19 de Março de 2010 às 00:52
Sejamos realistas...
O que é que tem a ver o Sr. Cardeal Cerejeira com o Sr. Bispo do Porto e com o Sr. Embaixador Aristides de Sousa Mendes...?!
Cada um, no terreno onde agia, procurou fazer o melhor. E aqui não pode haver comparações...
Tal como a Sra. D.Maria Amélia, também tive a oportunidade de encontrar o Sr. Cardeal nos idos de 60/70. Não de estar com ele, mas de ouvi-lo. Via-se logo que era de uma inteligência vivíssima, mas de coração acolhedor.

De António a 19 de Março de 2010 às 01:34
Cada um pensa por si. E cada um avalia os outros como entender.O Cardeal Cerejeira nunca se pronunciou contra os desmandos ditatoriais do católico ou maçon Salazar. D. António Ferreira Gomes sim. Aristides de Sousa Mendes salvou a vida de milhares de judeus, contra a " neutralidade " hipócrita de Salazar e do Cardeal Cerejeira. As verdades custam a ouvir, mas não deixam de ser verdades...

De Cristão Atento a 19 de Março de 2010 às 12:24
O Prof. Dr. António Oliveira Salazar era não só um grande e muito respeitado Estadista, que tirou Portugal da bancarrota, que criou e disciplinou o Estado Novo, que implantou a Paz e a Harmonia em Portugal, após 23 anos de ditadura republicana, laicista e maçónica, que livrou Portugal da 2.ª Grande-Guerra, assim como foi também um dos mais Heróicos Patriotas da História de Portugal, não hesitando em defender Portugal, ou melhor, o Ultramar Português, de alma e coração, contra o comunismo internacional, contra o marxismo, a guerrilha e o terrorismo nas ex-Províncias Portuguesas de África, assim como contra inúmeros traidores e desertores 'portugueses', tendo sido ainda, como sempre foi, um Católico exemplar, muito amigo do Senhor Cardeal-Patriarca D. Manuel Gonçalves Cerejeira, assim como do Pastor Angélico Papa Pio XII, honra e glória lhe seja por toda a eternidade!
E tudo isso a Bem da Nação, ou seja, por Deus, pela Pátria e pela Família!

Quem nos dera termos, agora, Políticos, Estadistas e Católicos assim, como o Prof. Dr. António Oliveira Salazar!
Ele era um Católico (Apostólico Romano) tão íntegro e piedoso, que assistia à Santa Missa e comungava diariamente!
E tudo isso sem qualquer arrogância ou exibicionismo, pois era a integridade, simplicidade e bondade, em pessoa!

Quem diz mal do Prof. Oliveira Salazar é cego e insensato, traiçoeiro e ingrato, ateu ou marxista, tendo maus instintos, no mínimo.
"Maçom", ou pior ainda, é quem passa a vida a denegrir e a caluniar a Igreja de Cristo e os seus legítimos representantes, injuriando e difamando também grandes e exemplares Católicos e Dignitários, como o senhor Doutor Oliveira Salazar, e como o senhor Cardeal Gonçalves Cerejeira; louvando outros, dissidentes e rebeldes, traidores à Pátria, como D. António Ferreira Gomes...

O que nos vale, é que a infinita Justiça de Deus é perfeitamente igual à Sua infinita Misericórdia, e se não for feita já neste mundo, será, absolutamente, na Eternidade, com muitíssimo mais rigor e severidade; louvado seja o Senhor!
E ai de quem vive como se Deus não existisse, ou de quem se arvora em "deus", julgando-se superior a Ele, mais sábio do que Ele, ou tentando reduzi-Lo à indigna e miserável imagem humana, aos seus próprios gostos e caprichos pessoais, distorcendo, deturpando ou adulterando a Sua Palavra Divina, ou até mesmo a Autoridade e a Palavra do Seu legítimo Delegado na Terra, Chefe visível da Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica!

C.A.

De António a 19 de Março de 2010 às 13:32
Se tudo o que a bondosa Irmã Lúcia disse fosse verdade, Salazar teria sido o único político mundial a receber consagração divina. Na realidade, sobre ele, a Irmã Lúcia proferiu, entre outras, a seguinte afirmação:

“Salazar é a pessoa por Ele (Deus) escolhida, para continuar a governar a nossa Pátria, a ele é que será concedida luz e graça para conduzir o nosso povo pelos caminhos da paz e da prosperidade.”

Este é apenas mais um dos elementos reflexão que me fizeram desacreditar da fenomenologia de Fátima...

Lamentavelmente, Fátima esteve ao serviço de uma ideologia política bem determinada e Deus não se envolve nas lutas político-ideológicas.

Por isso é que Ele permaneceu tanto tempo atolado no poço fundo da manipulação e da ignorância humanas...

Mais uma enorme vergonha…


De António a 20 de Março de 2010 às 00:14
"Ele era um Católico (Apostólico Romano) tão íntegro e piedoso, que assistia à Santa Missa e comungava diariamente!"

José Mariano:

Não reinvente a história a seu bel- prazer .Dá tanto trabalho depurá-la de falsidades. Já basta de deturpações históricas e teológicas.

Desminta isto:

"Proposto pelo maçon Bissaya Barreto, Salazar foi iniciado na Loja Revolta n.º 336, em Coimbra, no ano de 1914, adoptando o nome simbólico de Pombal (cf. os registos da referida Loja). Referia-se que esta Loja maçónica nunca «abateu colunas» (ou seja, nunca fechou), tendo continuado a sua actividade ininterruptamente durante o período da Ditadura e do Estado Novo até o dia de hoje."

E isto :

"Aos vinte e cinco anos (1914), Salazar deixou de se confessar e de comungar. "

Veja aqui:

"http://bloguilibri.wordpress.com/2009/03/21/salazar-o-macon-jose-da-costa-pimenta/"

Até prova em contrário: Salazar, maçon sim senhor...

Já agora: Por ser maçon, não estava automaticamente excomungado?

É só curiosidade…em matéria apologética de fé, você gosta muito de se pronunciar…

De Carlos Asseca a 19 de Março de 2010 às 18:19
Quem fala nesse tom tão desrespeitoso de Fátima e dos seus acontecimentos, não sabe o que diz...! E se se afirma católico, pior...
Quanto a Salazar, a profunda ignorância já não se admite nos dias de hoje...
São já os próprios jovens - perante a bandalheira em que os "democratas" e maçons (estes, sim, são verdadeiros maçons) transformaram o nosso País - que já manifestam a admiração pelo verdadeiro Estadista e Patriota que foi o insigne Professor.

De António a 19 de Março de 2010 às 20:07
Para honrar Deus tive que deixar de ser católico. Quanto a Salazar, você, pelos vistos, cauciona o seu ignóbil comportamento ditatorial. Mas o assassínio de Humberto Delgado ocorreu. O Tarrafal existiu. As torturas também. Os torcionários tiveram o assentimento moral de Salazar e dos seus cúmplices, mais ou menos silenciosos, em que você se enquadra. Eu teria vergonha de mim se avalizasse o que você sanciona. Quanto a Fátima, você acredita no Inferno Eterno de chamas crepitantes. Eu não. Você acredita no fundo num demiurgo inclemente. Eu não. Maria de Nazaré merece ser honrada. Não merece ser indignamente deturpada. E Deus não merece que O manipulem da forma tão despudorada, indigna e vil como fazem todos os que assim caucionam essa deturpação...

De António a 19 de Março de 2010 às 21:29
Em complemento do meu anterior comentário, desejo acrescentar o seguinte:

Acredito que a Irmã Lúcia, Jacinta e Francisco viram uma Entidade na Cova da Iria. Ou, pelo menos, pensaram que viram. Quem é não sei. Embora tenha sérias dúvidas que terá sido Santa Maria. Pelo menos, se os relatos dos 3 Pastorinhos reproduzem com exactidão o que eles viram. Da Irmã Lúcia, guardo a impressão de uma pessoa bondosa e sã. Mas que um dia, pelo seu próprio punho, terá escrito isto:

"...o Salazar é a pessoa por Ele ( Deus ) escolhida para continuar a governar a nossa Pátria...a ele é que será concedida a luz e a graça para conduzir o nosso povo pelos caminhos da paz e da prosperidade. É preciso fazer compreender ao povo que as privações e sofrimentos que recebemos não foram efeito de falta alguma de Salazar, mas sim provas que Deus nos enviou pelos nossos pecados. Já o bom Deus ao prometer a graça da Paz à nossa nação nos enviou vários sofrimentos, pela razão de que nós eramos também culpados. E na verdade bem pouco nos pediu, se olharmos para as tribulações e angústias dos outros povos. Depois é preciso dizer a Salazar que os víveres necessários ao sustento do povo não devem continuar a apodrecer nos celeiros mas serem-lhe distribuídos".
Esta frase é aqui atribuída à Irmã Lúcia:

http://anticomunistainternacional.blogspot.com/2007/04/carta-da-irm-lucia-salazar.html

Será dela o escrito, não será ? Não sei.

Se é, há que concluir o seguinte:

1º-Segundo a Irmã Lúcia, Salazar governou por Consagração Divina;
2º- Nenhuma falta cometeu Salazar;
3º- Nós todos, incluindo Aristides Sousa Mendes, mas não Salazar, é que somos responsáveis pelas privações e sofrimentos com que Deus " nos castigou";
4º- Deus distingue os povos com as privações e sofrimentos: Portugal, a seguir a Israel, é assim uma espécie de " segundo Povo eleito", em comparação com as angústias e privações de outros povos, determinadas por outros “ castigos” mais severos de Deus;
5º- Salazar, pelo menos, terá tido uma falta, segundo a ingénua e cândida apreciação de Irmã Lúcia: permitiu por omissão que os víveres necessários ao povo apodrecessem nos celeiros.
6º- Há contudo algo que ficou por revelar: qual o critério que Deus adoptará para “ castigar” mais severamente certos povos do que outros ?...

Se alguém achar que a Irmã Lúcia merece credibilidade em relação a todas as suas supostas " revelações"de Deus, depois da análise deste texto, faça o favor de dizer de sua justiça...

De Carlos Asseca a 20 de Março de 2010 às 09:57
Desculpe dizer-lho, Sr. António, mas parece-me uma pessoa revoltada e amargurada, com alguma situação que o feriu profundamente.
Ao falar de Fátima e de Salazar, sente-se que fala com profunda violência. Há algo que o atingiu profundamente.
Não irei, claro, rebater o que diz, porque vejo que está tão certo do que afirma, que seria escusdado.
Como católico que sou sugiro-lhe que aproveite o tempo agora da quaresma, para fazer uma confissão libertadora, com um bom sacerdote (parece-me que o Sr. padre autor do blogue seria pessoa que o poderia ajuddar), e uma reparadora comunhõa.
Digo isto com toda a franqueza e vontade de o ajudar. Que Deus o liberte e o ilumine.

De António a 20 de Março de 2010 às 12:12
Sr. Carlos Asseca:

Confesso-lhe que sorri ao ler este seu comentário, de suposta análise psico-analítica da minha pessoa. Mas fique tranquilo. Sou uma pessoa equilibrada e creio que um homem de Bem. A minha querida mulher tem formação na área psicológica e não detectou qualquer anomalia em mim, em relação a qualquer hipotético resvalo mental. Tenho apenas um "defeito": não gosto de injustiças nem de discursos farisaicos e hipócritas. Nem aprecio o tipo de comportamento de pessoas que se arvoram na suposta missão libertadora e salvífica, a que o Sr. Carlos se exercita. Poderá, se assim entender, acreditar em Fátima e no ditador Salazar. Quanto a este, não lhe gabo o gosto. Mas cada um é livre de gostar dos ditadores de que muito bem entender. A grande diferença é que, agora, o Sr. Carlos pode dizer quanto louva Salazar sem ir preso nem torturado. E eu posso dizer que verbero o comportamento do ditador. Entre ele e Aristides Sousa Mendes existe um enorme fosso de humanidade a separá-lo. Gostos não se discutem, não é Verdade ? E, por favor, não reze por mim. O Deus em que acredito, Aquele que senti, em criança, quando, deslumbrado, contemplava as estrelas do Firmamento, não responde a rezas e rezinhas e rituais monocórdicos de pedidos insistentes. Nem necessita de intercessões de terceiros ou mediadores para cuidar dos Seus filhos. A oração é algo bem diferente. E a Comunhão com Deus também...


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