O grande Homem é silenciosamente bom...
É genial - mas não exibe génio...
É poderoso - mas não ostenta poder...
Socorre a todos - sem precipitação...
É puro - mas não vocifera contra os impuros...
Adora o que é sagrado - mas sem fanatismo...
Carrega fardos pesados - com leveza e sem gemido...
Domina - mas sem insolência...
É humilde - mas sem servilismo...
Fala a grandes distâncias - sem gritar...
Ama - sem se oferecer...
Faz bem a todos - antes que se perceba...
Não quebra a cana fendida, nem apaga a mecha fumegante - nem se ouve o seu clamor nas ruas...
Rasga caminhos novos - sem esmagar ninguém...
Abre largos espaços - sem arrombar portas...
Entra no coração humano - sem saber como...
Tudo isso faz o grande homem, porque é como o Sol - esse astro assaz poderoso para sustentar um sistema planetário, e assaz delicado para beijar uma pétala de flor.
Huberto Rohen
(Precursor do espiritualismo universalista, escreveu mais de 100 obras onde ofereceu uma leitura ecuménica de temáticas espirituais e uma abordagem espiritualista de questões atinentes à Pedagogia, à Ciência e à Filosofia, acentuando o autoconhecimento, a auto-educação e a auto-realização).