Estranho mundo em que diminui a inocência e não aumenta a maturidade.
Aliás, pensando bem, a maturidade está na inocência.
A inocência não deveria ser um exclusivo dos mais pequenos. A maturidade não deveria ser confundida com manha, com calculismo, com capacidade de enganar.
Maduro era Teixeira de Pascoaes quando, segundo Eugénio de Andrade, disse: «Enganei-me muitas vezes, mas nunca menti».
É claro que muitos o acoimarão de ingenuidade. Mas o que sobressai é a autenticidade.
O problema é que, não ganhando inocência, muitas pessoas quedam-se pela infantilidade.
Há quem seja crescido e não seja maduro. Há quem tenha idade de adulto e continue infantil.
Nunca percamos a inocência, mas não queiramos ser eternamente infantis ou adolescentes!