Acerca de Deus, o primeiro (e fundamental) trabalho é desconstruir.
As ideias que temos acerca d'Ele pouco (ou nada) correspondem a Ele.
Aliás, João já nos previne no prólogo do Evangelho que escreveu: «A Deus ninguém jamais O viu; o Filho único, que estava no seio do Pai, é que no-Lo deu a conhecer».
Muitas vezes, pensamos num Deus castigador, num Deus vingativo, num Deus cruel. Era o que corria no tempo de Jesus. O Evangelho deste Domingo dá-nos conta disso.
Os que são perseguidos e mortos estão a receber castigo? Por amor de Deus!
Deus não está com os que oprimem, mas com os oprimidos.
A adversidade não é castigo; é oportunidade.
Deus, aquele que é e aquele que está, é a chama de que nos fala o livro do Êxodo: arde, mas não queima; ilumina, mas não extingue.
É Deus que toma a iniciativa. É Ele que nos chama. É Ele que nos ama.
Já reparamos no mal que, em nome de Deus, podemos fazer a Deus?
Deixemos que Deus seja Deus. E Deus é amor. Só. E sempre!