Os maiores problemas da humanidade gravitam em torno da posse. As mais violentas disputas giram à volta da propriedade.
Mas, pensando bem, todos nós acabamos por laborar numa ilusão. Porquê tanta insistência no que é nosso se nem nós somos nossos?
Sto. Agostinho, que nasceu neste dia em 354, já perguntava: «Que coisa há mais tua que tu mesmo? E que coisa há menos tua que tu próprio?».
Por sua vez, S. Paulino de Nola (que nasceu um ano depois de Sto. Agostinho e morreu também um ano depois dele) questiona: «Que poderemos considerar como nosso se nós mesmos não somos nossos?»
Tudo seria tão diferente (e, sem dúvida, melhor) se, nos pequenos actos, pensássemos nas grandes questões!