As figuras públicas também têm vida privada?
É óbvio que têm. Ou deveriam ter. É um direito sagrado.
E se eles não a querem ter? E se eles quiserem tornar pública a sua vida privada?
É um facto que se lamenta, mas será uma responsabilidade que lhes incumbe e um direito que lhes assiste.
Quem, porém, defende o direito à privacidade mesmo das figuras públicas deverá manter a coerência.
Não é pelo facto de alguém tornar pública a sua vida privada que a natureza dessa vida privada se altera. E não é por haver notícias em público que o privado se torna público.
Há quem pense que a onda deve encher. Não haverá quem tenha a ousadia de dizer «basta»?
Já temos problemas comuns que cheguem. Deixemos os problemas pessoais para as pessoas.
Se algumas não querem guardar a privacidade para elas, que ao menos não contribuamos para que elas se exponham diante de todos!