É certo e sabido (por um saber ditado sobretudo pela experiência) que crescemos cada vez mais depressa, mas amadurecemos cada mais tarde.
Temos acesso a muitos conhecimentos muito cedo. Mas propendemos a tomar atitudes decisivas muito mais tarde. Ou, então (o que é outro indicador a ter em conta), as atitudes que julgávamos definitivas num momento passam a transitórias no momento seguinte.
Daí que se diga que estamos numa «sociedade adolescêntrica». Os comportamentos da adolescência tendem a prolongar-se ao longo da vida.
Surgiu, entretanto, um estudo que garante que os homens só atingem a maturidade aos 54 anos.
Confesso que esta precisão deixa-me atónito. Aos 54 anos? Porque não aos 53 ou aos 55?
Poderá haver uma tendência geral, mas é temerário uniformizar as pessoas no mesmo padrão etário.
Aliás, eu até acho que, num certo sentido, adolescentes seremos sempre.
Adolescente significa o que está a crescer.
Alguma vez podemos garantir que já crescemos totalmente?