Nos últimos tempos, habituámo-nos a programar. E fizemos bem.
Mas parece que, com isso, nos desabituámos de sonhar. E fizemos mal.
Por um lado, entende-se.
O sonho desprograma todos os programas. O sonho vai mais além dos programas pré-determinados.
O sonho está do lado da ousadia, da audácia, da criatividade.
Vivemos esmagados por uma elefantíase de programação. Quase nem damos espaço para o futuro ser futuro.
Até o futuro já nos surge programado. Desde o tempo que vai fazer à evolução da economia, dá a impressão de que tudo está visto.
Não nos desabituemos de sonhar. Renan avisou: «Nada de grande se faz sem sonho».
Eu diria mais. Sem sonho nada se faz. Nem de grande. Nem de pequeno.
Nada!