Não somos apenas aquilo que temos, aquilo que conseguimos, aquilo que realizamos.
Somos também (e bastante) aquilo que não possuímos, aquilo que não alcançamos, aquilo que não obtivemos.
Se repararmos bem, estamos quase sempre a pensar naquilo que nos falta.
O que nos falta é, assim, aquilo que mais nos acompanha.
O que nos falta torna-se, portanto, paradoxal.
Por um lado, esvazia-nos. Por outro lado, preenche-nos. Sufoca-nos?