Neste tempo seco, mas onde tudo parece liquefazer-se, há um grande investimento na aparência.
O discurso tende a recorrer a artefactos e a adjacências.
Parte-se do princípio de que é isso que convence, que seduz. Não me revejo nisso.
O ornamento retórico até pode ser sóbrio e despojado. O importante é o conteúdo.
Concordo, pois, com Inácio Dantas: «Se tudo o que você diz tem conteúdo e verdades, você será sempre ouvido, não importa o que diga».
Caso contrário, tudo se diluirá na espuma dos dias!