É costume associar a beleza à infância, à juventude, à robustez.
Daí a tendência (quase a obsessão, em alguns casos) para prolongar a juventude, para retardar o envelhecimento.
Não nos apercebemos de quanta beleza há na velhice.
No passo pausado. No andar pesado. No caminhar devagar. Na lágrima furtiva. No olhar dorido. Nas cãs luminosas. Na calvície reluzente. Na sabedoria acumulada. Na subtileza mostrada. Na paciência notada. Nos silêncios eloquentes.
A verdadeira beleza não virá mesmo pela tarde?