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Quinta-feira, 12 de Setembro de 2013

Será que gostamos mesmo de árvores?

A pergunta parece estulta, mas a inquietação é pertinente. E, ademais, a dúvida já nem sequer é de agora.

Na década de 1960, João de Araújo Correia tinha a certeza de que «Portugal não gosta de árvores. Sacrifica-as porque dão sombra. Sacrifica-as porque dão beleza. Sacrifica-as porque dão saúde. Sacrifica-as porque dão flor. Há, em Portugal, quem sacrifique uma árvore porque lhe tapa a vista. Há quem a sacrifique porque lhe suja o telhado com meia dúzia de folhas. Há quem a sacrifique porque rumoreja. Há quem a sacrifique porque gorjeia. Há quem a sacrifique porque canta. Há quem a sacrifique porque é árvore». E, por isso, atiça-lhe o fogo.

Décadas depois, o escritor tinha muito que acrescentar.

Há quem imole as árvores porque não gosta delas. Porque não gosta de nada nem de ninguém.

Será que gostam de si próprios?

publicado por Theosfera às 11:19

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