A força do hábito tanto pode robustecer a vontade como obscurecer a lucidez.
A certa altura, fazemos as coisas por rotina não cuidando de saber se é bem ou mal o que estamos a fazer.
Há mais de 50 anos, João de Araújo Correia assinalava que, nos enterros, «só o morto é que se porta bem. O vivo conversa e gesticula pelos cotovelos. Faz parlamento do acompanhamento. E chama-lhe funeral».
O que ele diria hoje? Talvez nada.
Já estaria habituado ao ruído?