A tentação é dizer que já não dá para confiar em ninguém. A espiral da suspeita não pára de crescer. Nem as pessoas mais gradas nem as instituições mais veneráveis parecem incólumes..
É verdade que, ao longo da vida, todos acumulamos amarguras, desencontros, desilusões. Não é só a vida pública e a actividade política que nos desencantam. A vida pública e a actividade política acabam por ser o eco e a projecção do que palpita no quotidiano.
Mas é nestas alturas que mais resplandece o testemunho de pessoas de excepção. Nem todos são iguais.
Há quem (teimosamente?) persista na fidelidade e na bondade, no respeito pelos princípios, pelos ideais que perfilha, pelos valores que professa.
Não enveredemos pelo tremendismo. Ainda há bons exemplos no mundo. Não serão muitos. Mas, até por isso, devem ser estimados.