Todo o excesso é perigoso.
O excesso é capaz de neutralizar o efeito da melhor acção ou de perverter o desígnio do melhor propósito.
Foi talvez por isso que Sólon proclamou: «Nada em excesso».
Pietro Aretino achava, concretamente, que «o excesso de estudo provoca erro, confusão, melancolia, cólera e fastio».
Acontece que, hoje em dia, poucos são os que estão à beira deste excesso. O que avulta, na hora que passa, não é excesso de estudo; é carência de estudo.
Padecemos, hoje, de carência de estudo e de escuta. Estuda-se pouco e escuta-se muito pouco.
Estudar é sobretudo escutar. Escutar é também estudar!