Teve uma peregrinação longa de bem fazer que só parou aos 86 anos.
A D. Lourdes teve vários familiares no Seminário e um deles foi meu condiscípulo durante (creio) seis anos.
Era uma senhora que vivia para Deus e que destilava delicadeza por todas as artérias do seu ser.
Pessoalmente, ficava comovido porque, todos os anos, pelo Natal e no meu aniversário, me telefonava. Nunca se esquecia. As suas palavras ressumavam uma nobreza de sentimentos próprios de um coração nobre e de uma alma de eleição.
A grandeza de uma pessoa vê-se em pequenos gestos. Que, afinal, não são pequenos. Têm a medida de quem os pratica. São, por isso, grandes também.
Apesar da intempérie deste dia, a Igreja de Britiande estava cheia. Ali, D. Lourdes esteve muitas vezes: em oração, na catequese, em tantas missões.
Vi lágrimas no rosto dos familiares. O esgar de todos permitia adivinhar uma emoção incontida.
Obrigado, D. Lourdes. Deus já a tem com Ele. Que a sua bondade nos toque a todos.