O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Sábado, 30 de Novembro de 2019

Hoje, 30 de Novembro, é dia de Sto. André e S. José Marchand. Refira-se que Sto. André é irmão de S. Pedro e é chamado «protokletós», o primeiro a ser chamado. É o padroeiro dos pescadores, dos vendedores de peixes e das mulheres que desejam ser mães.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Sexta-feira, 29 de Novembro de 2019

Hoje, 29 de Novembro, é dia de Sto. Avelino Rodriguez, S. Frederico de Ratisbona, S. Dionísio da Natividade e S. Redento da Cruz.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Quinta-feira, 28 de Novembro de 2019

Hoje, 28 de Novembro, é dia de Sta. Maria Helena, S. Tiago da Marca, S. Grázio de Cáttaro e Sta. Catarina Labouré.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Quarta-feira, 27 de Novembro de 2019

Hoje, 27 de Novembro, é dia de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa e de S. Facundo, S. Primitivo, S. Máximo de Riez e S. Francisco Fasini.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Terça-feira, 26 de Novembro de 2019

Hoje, 26 de Novembro, é dia de S. Silvestre, S. Leonardo de Porto Maurício, S. João Berchmans e S. Tiago Alberione.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Segunda-feira, 25 de Novembro de 2019

Hoje, 25 de Novembro (137º aniversário do nascimento de S. João XXIII), é dia de S. Tomás de Vila Nova, Sta. Catarina de Alexandria, Sta. Beatriz, S. Luís Beltrame e Sta. Maria Beltrame Quatrocchi.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Domingo, 24 de Novembro de 2019

Tu és rei, Senhor, e o Teu trono é a Cruz.

 

Tu és rei, Senhor, e Teu reino é o coração de cada Homem.

 

Tu és rei, Senhor, e estás presente no mais pequeno.

 

Tu és rei, Senhor, e estás à nossa espera no pobre.

 

Tu és rei, Senhor, e queres mais o amor que o poder.

 

Tu és rei, Senhor, e moras em tantos corações.

 

Tu és rei, Senhor, e primas pela mansidão e pela humildade.

 

Tu és rei, Senhor, e não tens exército nem armas.

 

Tu és rei, Senhor, e não agrides nem oprimes.

 

Tu és rei, Senhor, e não ostentas vaidade nem orgulho.

 

Tu és rei, Senhor, e a tua política é a humildade, a esperança e a paz.

 

Tu és rei, Senhor, e continuas a ser ignorado e esquecido.

 

Tu és rei, Senhor, e continuas a ser silenciado.

 

Tu és rei, Senhor, e vejo-Te na rua, em tanto sorriso e em tanta lágrima.

 

Tu és rei, Senhor, e vais ao encontro de todo o ser humano.

 

Tu és rei, Senhor, e és Tu que vens ter connosco.

 

Hoje, Senhor, vou procurar-Te especialmente nos simples, nos humildes, nos que parecem estar longe.

 

Hoje, Senhor, vou procurar estar atento às Tuas incontáveis surpresas.

 

Obrigado, Senhor, por seres tão diferente.

 

Obrigado, Senhor, por seres Tu!

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A. Só Cristo pode usar o possessivo em relação à Igreja



  1. Nos últimos tempos, há muita gente a usar uma linguagem de posse em relação à Igreja. Não raramente, deparamos com expressões do género «a minha Igreja» ou «a nossa Igreja».

Acontece que, talvez sem pensarmos muito nisso, acabamos por ofuscar que a Igreja é de Cristo. Só Cristo tem direito de usar o possessivo em relação à Igreja. E, de facto, Ele usa-o. Na primeira vez em que a palavra «Igreja» aparece no Evangelho — em Mateus 16, 18 —, Cristo não hesita em falar da «Minha Igreja»: «Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja».



  1. São Paulo, sem esquecer que todos nós somos membros da Igreja (cf. 1Cor 12, 12; Rom 12, 5; Ef 5, 30), tem o cuidado de lembrar — e com muita ênfase — que só Cristo é a «cabeça» da Igreja. Fá-lo na Carta aos Efésios por três vezes (cf. Ef 1,23; 4,16; 5,23) e na Carta aos Colossenses por duas vezes (cf. Col 1,18; 2,19).

Daqui decorre que a Igreja não tem identidade própria. A identidade da Igreja não é própria, é derivada: vem-lhe de Cristo. Esta é a verdadeira — mas, por vezes, tão esquecida — «hierarquia». Recorde-se que, segundo alguns, «hierarquia» significa não tanto «poder sagrado», mas sobretudo «princípio (“archê”) sagrado». Para a Igreja, o «princípio sagrado» é Cristo, a vida de Cristo, a mensagem de Cristo, o seguimento de Cristo.


B. Mundanizar o Cristianismo ou cristianizar o mundo?



  1. Pertencer à Igreja significa pertencer a Cristo. Fazer parte da Igreja significa fazer parte de Cristo. Sacramentalmente, é o que acontece; mas, existencialmente, será o que se verifica? Desde o Baptismo, deixamos de ser nós para ser Cristo em nós (cf. Gál 2, 20).

Há quem diga — e com razão — que o segredo do êxito está na adaptação. Assim sendo, o segredo do êxito da Igreja está na sua contínua adaptação a Cristo. Não é Cristo que tem de Se adaptar a nós; nós é que temos de nos adaptar a Cristo. Não é Cristo que tem de ser como nós; nós é que temos de ser como Cristo.



  1. Aliás, é aqui que reside a nossa felicidade e a nossa salvação. Seremos felizes — e estaremos salvos — quando seguirmos Cristo, quando procurarmos ser como Cristo. É por isso que, quando se fala da necessidade de um Cristianismo moderno, devíamos falar também — e sobretudo — da urgência de uma modernidade cristã.

O Cristianismo tem as marcas do nosso tempo. Mas o importante é que o nosso tempo tenha as marcas do Cristianismo. É preciso trazer o mundo até Cristo e é (absolutamente) decisivo levar Cristo até ao mundo. Nesta interacção, não é o mundo que há-de ser o critério para Cristo; Cristo é que há-de ser sempre o critério para o mundo. Assim, o nosso propósito deve ser não «mundanizar» o Cristianismo, mas cristianizar o mundo. Não tornemos o Cristianismo mais mundano; tornemos, antes, o mundo mais cristão.


C. Mais necessário que mudar com o mundo é mudar o mundo



  1. O habitual é aplaudir quem ao mundo se acomoda. Só que Cristo aprova sobretudo quem com o mundo se incomoda. O mundo é o nosso lugar, mas não é a nossa lei. Jesus foi bem claro: os Seus discípulos estão no mundo, mas não são do mundo (cf. Jo 17, 16). Como entender então que os cristãos olhem para Cristo com os olhos do mundo em vez de olharem para o mundo com os olhos de Cristo?

A prioridade não devia ser mudar com o mundo, mas contribuir para mudar o mundo, que tanto precisa de ser mudado. Aliás, se o objectivo da Igreja fosse acomodar-se ao mundo, haveria ídolos, mas não haveria mártires. Os ídolos são aqueles que o mundo aplaude. Os mártires são aqueles que o mundo condena.



  1. Nós veneramos os mártires, mas, frequentemente, optamos por imitar os ídolos. Se a lógica dos mártires fosse a acomodação, não teriam sido mortos. Mas alguma vez seriam uma referência? Os mártires foram mortos por não se acomodarem ao mundo. E tornaram-se uma referência porque incomodaram o mundo.

Daqui se segue que, se o mundo não está melhor, é talvez porque nós, cristãos, nem sempre temos estado bem. O mundo não melhora quando os cristãos se conformam. O mundo só acorda quando os cristãos despertam.


D. A realeza de Cristo e a realidade da Igreja



  1. Comecemos por perceber que a realidade da Igreja está, indelevelmente, marcada pela realeza de Cristo. Por conseguinte, é a realeza de Cristo que há-de orientar sempre a realidade da Igreja.

Hoje, solenidade de Cristo Rei, é dia de começarmos a perceber — se ainda não percebemos — que, como recorda São Paulo, foi Deus «que nos transferiu [há quem diga “transportou”] para o Reino de Seu Filho muito amado» (Col 1, 13). Ao fazer esta «transferência» — ou este «transporte» —, Deus quer que nos deixemos guiar sempre por Seu Filho, Jesus Cristo.



  1. Só em Cristo, encontramos a redenção, o perdão dos pecados (cf. Col 1, 14). Daí a natureza única deste reinado, que nós, porventura, ainda não compreendemos nem agradecemos.

Cristo não é um rei que tira; é um rei que dá. Parafraseando Bento XVI, diria que Cristo não tira nada; dá tudo. Trata-se, pois, de um rei incomparável. O Seu trono é a Cruz e o Seu território é toda a humanidade. É na Cruz que Cristo dá tudo. É na Cruz que Cristo Se dá por todos.


E. Não tentemos mudar Cristo; deixemo-nos sempre mudar por Cristo



  1. Deus criou tudo por Cristo e para Cristo (cf. Col 1, 16), Deus mantém tudo em Cristo (cf. Col 1, 17). Cristo está antes de tudo, está em tudo e está depois de tudo: «nos céus e na terra, nos seres visíveis e invisíveis […], nos senhorios, nos principados e nas potestades» (Col 1, 16).

Somente em Cristo encontramos «a plenitude de todos os bens» (Col 1, 19). Em tudo, «Ele tem o primeiro lugar» (Col 1, 18). Este primeiro lugar é um lugar de serviço, é um lugar de dádiva, é um lugar de entrega. É pelo sangue derramado na Cruz que Cristo faz a paz entre todos (cf. Col 1, 20).



  1. É por isso que Cristo é um rei universal e eterno, sem condicionalismos de espaço e sem limites de tempo. Cristo é rei para todos, Cristo é rei para sempre. É pela Igreja, Seu Corpo, que Cristo continua a reinar, dando tudo, dando-Se a todos, dando sempre. Curiosamente, foi um condenado o primeiro a perceber — e a receber — o reinado de Cristo. «Lembra-Te de mim — suplica um dos crucificados com Cristo — quando vieres com a Tua realeza» (Lc 23, 42). A resposta não se fez esperar: «Hoje mesmo estarás coMigo no Paraíso» (Lc 23, 43).

No reino de Cristo, não há muros nem fronteiras. Não há exclusões nem empurrões. E até os que parecem estar fora podem ser os primeiros a entrar. Deixemos então que Cristo reine sobre nós. Não tentemos mudar Cristo, coisa aliás impossível. Deixemos que seja Cristo a mudar-nos. Deixemos que Cristo mude a nossa vida. Que Cristo seja rei. E que, para todos, o Seu amor seja Lei, a única Lei!

publicado por Theosfera às 05:44

Hoje, 24 de Novembro (34º e Último Domingo do Tempo Comum, Solenidade de Cristo Rei), é dia de Sto. André Dunc-Lac e seus Companheiros, Sta. Flora, Sta. Maria, Sta. Eanfleda, Sta. Ana Maria Sala, S. Clemente Delgado, S. Vicente Lién e S. Domingos Khan.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Sábado, 23 de Novembro de 2019

Hoje, 23 de Novembro, é dia de S. Clemente, S. Columbano e S. Miguel Agostinho Pro.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Segunda-feira, 18 de Novembro de 2019

Hoje, 18 de Novembro, é dia da Dedicação das Basílicas de S. Pedro e S. Paulo, Sta. Carolina Kózka, Sto. Odo de Cluny, S. Domingos Jorge, Sta. Isabel Fernandes, Sto. Inácio e Sta. Salomé de Cracóvia.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Domingo, 17 de Novembro de 2019

Eu sei, Senhor,
que não mereço
que me visites,
que entres na minha casa,
que te envolvas na minha vida.

Eu sei, Senhor,
que não sou digno
que deixes o Teu aconchego,
que experimentes o frio e o desconforto,
que Te sujeites à intempérie do abandono e da ingratidão.

Eu sei, Senhor,
que não tenho direito
a exigir tanto despojamento
nem a esperar tamanha disponibilidade.

Eu sei, Senhor,
que não mereço nada,
que não sou digno de nada,
que não tenho direito a nada.

Mas é por isso que Te agradeço,
é por isso que me comovo
e é por isso que fico sem palavras.

Obrigado, Senhor,
obrigado, bom Deus.
Tu és tudo
e vens ao meu nada.
Tu és tanto
e cabes em tão pouco
que sou eu.

Ensina-me, Senhor,
a ser humilde,
a olhar para todos
não com os meus óculos
mas com os Teus olhos,
que são olhos de afecto,
olhos de esperança,
olhos de amor.

Ensina-me, Senhor,
a compreender a lição da Tua vinda:
lição de humanidade,
de simplicidade,
de singeleza.

Ensina-me, Senhor,
a ver-Te
não apenas nas Tuas imagens de barro,
mas nas Tuas imagens de carne e osso
(algumas mais de osso que carne).

Ensina-me, Senhor,
a sentir
que a Tua morada é no Homem,
em todo o ser humano.

Ensina-me, Senhor,
a venerar-Te nas crianças, nos idosos,
nos pobres,
nos famintos,
nos sofredores e nos desalentados.

Que eu possa perceber
que sempre que estou com alguém
é conTigo que me encontro.

Aquece, Senhor, o nosso coração.
Não deixes que ele gele
com a arrogância, a frieza e a indiferença.

Fica connosco, Senhor!

publicado por Theosfera às 10:55

A. Um «banho de realismo»

  1. Jesus oferece-nos, neste Domingo, um tremendo «banho de realismo». Como deve ter sido duro ouvir estas palavras de Jesus: «De tudo que estais a ver, não ficará pedra sobre pedra» (Lc 21, 6).

O que aquelas pessoas estavam a ver era o magnífico e sumptuoso Templo de Jerusalém, «ornado com belas pedras e piedosas ofertas» (Lc 21, 5). Como imaginar que uma construção destas pudesse vir a ser destruída? Mas não foi necessário sequer esperar muito tempo. Como nos conta Flávio Josefo, a cidade de Jerusalém foi destruída pelo ano 70 da nossa era. Nessa altura, palavras do historiador, «a sagrada casa foi queimada».

 

  1. A caducidade das coisas materiais afecta tanto o pequeno como o grande. Cai o pequeno, mas cai também o que se julga grande. Cai o pobre, mas cai também o rico. Cai o fraco, mas cai também o que se considera forte. Caem as vítimas, mas caem também os que oprimem as vítimas. Enfim, somos todos arrastados por uma corrente que nos leva para o fim.

Como bem percebeu Santa Teresa de Ávila, «tudo passa, só Deus basta». Só Deus é bastante. Só Deus é o bastante. Até o templo material há-de ruir. O Deus do templo sobrevive ao templo de Deus. Só o templo espiritual sobrevive. Mas nós, distraídos, investimos tudo no material, no provisório, esquecendo que só Deus é definitivo.

B. Um convite à esperança

3. A meta final para onde Deus nos conduz é o novo céu e a nova terra (cf. Ap 21, 1). A alusão à caducidade deste mundo não visa incutir medo, mas fortalecer a esperança. Desta esperança brota a coragem para enfrentar a adversidade e para pugnar pela chegada do Reino de Deus.

Na Primeira Leitura, um «mensageiro» garante que Deus não abandonou o Seu Povo. O Deus libertador vai intervir no mundo, para derrotar o que oprime e rouba a vida. Ao mesmo tempo, Deus vai fazer com que nasça esse «sol da justiça» (Mal 4, 2) que traz a salvação.

 

  1. Por sua vez, o Evangelho oferece-nos uma meditação sobre o percurso que a Igreja é chamada a fazer até à segunda vinda de Jesus. A missão dos discípulos é comprometer-se na transformação do mundo, de modo a que o antigo desapareça para dar lugar ao novo, que é o Reino de Deus.

A Segunda Leitura apela a que, enquanto esperamos a vida definitiva, não temos direito à preguiça, alheando-nos das grandes questões do mundo. A esperança é gémea do compromisso. Quem espera o Reino de Deus é chamado a participar na sua construção. É por isso que, ao contrário do que se pensa, a esperança não é passiva, mas militantemente activa. A esperança não se limita a semear o bem, participando, desde logo, na denúncia do mal. Daí que Santo Agostinho tenha dito que a esperança tem duas filhas: uma chama-se indignação e a outra chama-se coragem. A «indignação ensina-nos a não aceitar as coisas como elas estão; a coragem ensina-nos a mudá-las».

C. «Escatologia» e «parusia»

5.O Evangelho apresenta-nos Jesus em Jerusalém, nos últimos dias antes da Paixão. Ele está nos átrios do Templo com os discípulos. É precisamente a contemplação das belas pedras do Templo que leva Jesus a esta catequese escatológica.

Tal catequese faz desfilar três momentos da história da salvação: 1) a destruição de Jerusalém, 2) o tempo da missão da Igreja e 3) a vinda do Filho do Homem. Tudo, por muita importância que tenha, é efémero. Só Cristo, «alfa e ómega» (Ap 22, 13), é definitivo. A Sua segunda vinda é o fim último da história. É por esta razão que à segunda vinda de Jesus se chama «parusia» e o fim último recebe o nome de «escatologia». A «parusia» acontece na «escatologia». E a essência da «escatologia» é a «parusia».

 

  1. O texto começa com o anúncio da destruição de Jerusalém (cf.Lc 21, 5-6). Jerusalém, lugar onde deve irromper a salvação de Deus (cf. Is 4,5-6; 54,12-17; 62; 65,18-25), é também o local da recusa da oferta dessa mesma salvação. Assim sendo, a destruição da cidade e do Templo significa que Jerusalém não tem o exclusivo da mesma salvação.

O Evangelho não fica, portanto, confinado a Jerusalém. Vai ao encontro de todos os povos. Começa uma nova etapa da história da salvação: o «tempo da Igreja». É o tempo em que os discípulos levarão o Evangelho a todos os povos da terra.

D. Olhemos mais para a renovação do que para a destruição

7. Vem, a seguir, uma reflexão sobre o «tempo da Igreja», que culminará com a segunda vinda de Jesus (cf. Lc 21, 7-19). Como será esse tempo? Em primeiro lugar, é fundamental ter um recto discernimento. É que hão-de surgir falsos messias a vaticinar o fim. Jesus avisa: «Não sigais atrás deles» (Lc 21, 8).

Em vez de viverem obcecados com a data do fim, os cristãos devem empenhar-se numa vivência cada vez mais comprometida. Os cristãos são chamados a contribuir para a transformação do mundo. Evangelizar é transformar: não transformar o Evangelho, mas transformar o mundo a partir do Evangelho.

 

  1. Em segundo lugar, Jesus diz-nos o que acontecerá antes do fim. Mais do que olhar para os sinais de destruição, devemos fixar-nos no apelo à renovação. Tudo o que é velho acabará. Só que a renovação implicará resistências e, por isso, perseguições. As imagens apocalípticas fazem pensar: «povo contra povo e reino contra reino» (Lc 21, 10), «terramotos, fome e epidemias; fenómenos espantosos e grandes sinais no céu» (Lc 21, 11).

O que devemos reter é que, à medida em que o mundo velho for desaparecendo, um mundo novo irá nascendo. A consumação desse mundo novo acontecerá com a segunda vinda de Jesus: a tal «parusia».

E. Entre as perseguições do mundo e as consolações de Deus

9. Em terceiro lugar, Jesus põe-nos de sobreaviso para as dificuldades e perseguições que nos acompanharão pelo tempo fora, até à segunda vinda de Jesus. A missão não é um passeio; é uma entrega da vida. E, nessa entrega, teremos de contar com todo o tipo de adversidades. Aliás, já Santo Agostinho notara que caminhamos entre «as perseguições do mundo» e «as consolações de Deus».

São estas consolações que nos animam. Jesus assegura que nunca estaremos sós. Deus está sempre presente quando damos testemunho d’Ele. É com a força de Deus que enfrentaremos as adversidades. Até na própria família podem surgir traições (cf. Lc 21, 16)

 

  1. Acontece que, por causa de Jesus, vale a pena dar tudo, incluindo a própria vida. Mas será que estamos preparados para isso? Ser mártir é ser testemunha. Ser mártir é estar disponível para enfrentar as contrariedades e para não ceder às dificuldades. A Igreja tem mártires e não tem ídolos porque se revê naqueles que o mundo persegue e não naqueles que o mundo aplaude.

Muitas vezes, temos de contar com o ódio. Mas vale a pena ser odiado por causa de Cristo (cf. Lc 21, 17). O Seu amor supera todo o ódio. Enfrentar as perseguições é, no fundo, acreditar mais nas consolações de Cristo do que nas promessas do mundo. E Cristo nunca nos faltará com a Sua sabedoria (cf. Lc 21, 15). Não se perderá quem por Cristo se perder. Pela nossa persistência nos salvaremos (cf. Lc 21, 19). Pela nossa fidelidade nunca desfaleceremos. Quem tudo der por Cristo, tudo receberá de Cristo!

publicado por Theosfera às 05:49

Hoje, 17 de Novembro (Trigésimo Terceiro Domingo do Tempo Comum, Encerramento da Semana dos Seminários e Dia Mundial dos Pobres), é dia de Sta. Isabel da Hungria, Sta. Filipa Duchesne, Sto. Aniano, Sta. Hilda, S. Gregório de Tours e S. Hugo.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Sábado, 16 de Novembro de 2019

Hoje, 16 de Novembro, é dia de Nossa Senhora da Saúde, Sta. Margarida da Escócia, Sta. Gertrudes, S. Roque González, Sto. Afonso Rodríguez e S. João del Castillo.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Sexta-feira, 15 de Novembro de 2019

Hoje, 15 de Novembro, é dia de Sto. Alberto Magno, Sta. Madalena Morano e Sta. Maria da Paixão.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Quinta-feira, 14 de Novembro de 2019

Hoje, 14 de Novembro, é dia de S. Nicolau de Tavelic, S. José de Pignatelli e S. Serapião.

Um santo e abençoado dia para todos.

publicado por Theosfera às 05:40

Terça-feira, 12 de Novembro de 2019

Hoje, 12 de Novembro (27º aniversário do Massacre de Santa Cruz, em Díli), é dia de S. Josafat de Kuncevicz, S. Teodoro Studita e S. Cristiano e companheiros calmadulenses.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Segunda-feira, 11 de Novembro de 2019

Hoje, 11 de Novembro, é dia de S. Martinho de Tours e de S. Menas.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Domingo, 10 de Novembro de 2019

Tudo sobe para cima.
Tudo caminha para o alto.
Tudo tende para o fim.

 

E, na verdade, o que importa é o fim,
o fim para o qual nos chamas.

 

Tu, Senhor, chamas-nos para a felicidade,
para a alegria, para a justiça, para a paz.

Tu, Senhor, chamas-nos para Ti.

A vida é cheia de sinais.
É importante estar atento a eles.
É fundamental deixarmo-nos guiar por eles.

 

Neste mundo, tudo passa.
Nesta vida, tudo corre.
Neste tempo, tudo avança.
Só a Tua Palavra permanece, Senhor.

 

Obrigado por nos reunires,
por nos congregares,
por nos juntares.

 

De toda a parte Tu chamas,
Tu convocas,
Tu reúnes.

Obrigado, Senhor, pela esperança
e pelo ânimo,
Pelo vigor e pela presença.

 

O importante não é saber a hora do fim.
O fundamental é estar pronto, preparado, disponível.

 

Para Ti, Senhor, o fim não é destruição nem dissolução.
ConTigo, Senhor, o fim é plenitude, realização, felicidade.

Em Ti já sabemos o que nos espera.

Tu, Senhor, és a esperança e a certeza da esperança.

Tu já abriste as portas.
Tu já inauguraste os tempos últimos, os tempos novos.

 

ConTigo nada envelhece.
Em Ti tudo se renova.
Renova sempre a nossa vida,
JESUS!

publicado por Theosfera às 11:17

A. Do fim do ano ao fim da vida

  1. Perto do fim, falemos do fim. Perto do fim do ano litúrgico, somos hoje instruídos acerca do fim da nossa vida. Habitualmente, o fim assusta, atemoriza e deprime. Mas o fim também motiva, estimula e faz avançar. Se repararmos, a nossa vida é um caminho em direcção ao fim. Hoje, estamos mais perto do fim do que estávamos ontem.

É importante, por isso, que tomemos consciência do fim que nos espera. Gandhi fazia do fim a questão essencial da existência: «O que importa — dizia — é o fim para o qual eu sou chamado».

 

  1. Nós somos chamados para o fim, para um bom — e belo — fim. Se tivéssemos mais presente o nosso fim, a nossa vida seria seguramente muito diferente, muito melhor. Muitas vezes, dá a impressão de que não sabemos para onde vamos, para onde caminhamos.

A perda do sentido da eternidade afecta o nosso caminhar no tempo. Parece que não sabemos o que fazemos no tempo. Limitamo-nos a uma espécie de gestão corrente. É o que da expressão que muitos usam à guisa de lema: «Um dia de cada vez».

B. Sem a eternidade, que sentido tem o tempo?

3. Acontece que, quando perdemos a eternidade, não ganhamos mais tempo. Se repararmos, foi quando começou a perder o sentido da eternidade que a humanidade começou a sentir que estava a perder tempo. De facto, nunca, como hoje, nos queixamos da falta de tempo e das perdas de tempo. Quem já não confessou não ter tempo ou não poder perder tempo?

Sem a eternidade, que sentido tem o tempo? Sem o horizonte da eternidade, o tempo parece que encolhe. Filhos de um tempo sem tempo, sentimos que o nosso tempo está reduzido ao instante, a uma (vertiginosa) sucessão de instantes. O obscurecimento do sentido da eternidade contribui, assim, para o empobrecimento do sentido do tempo. Até já nos sentimos pobres de tempo.

 

  1. Para muitos de nós, o tempo já mal inclui o futuro e quase exclui o passado. Limita-se ao presente. Tudo é vertido no instante, tudo é gasto no momento. O sentido da eternidade permitia estar no tempo com os olhos voltados para lá do tempo. Sem o sentido da eternidade, está a tornar-se difícil vislumbrar algo para lá do instante.

Já não é o tempo que é vivido a partir da eternidade. O tempo é, cada vez mais, consumido a partir do instante. A eternidade deixou de ser critério para o tempo. O critério para o tempo passou a ser o instante.

C. Nem a morte é fim

5. É neste contexto que o Evangelho nos aparece, uma vez mais, como portador de uma boa — e muito bela — notícia. O fim não é só — nem principalmente — termo. Para o Evangelho, o fim não é destruição nem dissolução. O fim, segundo o Evangelho, é plenitude e consumação.

O fim último não é a morte. Jesus inaugura o fim sem fim, o fim para lá do próprio fim. Jesus é a revelação do Deus da Vida. Efectivamente, «não se trata de um de Deus de mortos, mas de vivos, porque, para Ele, todos vivem» (Lc 20, 38).

 

  1. Para Jesus, nem os mortos estão mortos. Para Jesus, até os mortos estão vivos. A morte de Jesus foi uma morte «morticida», uma morte que matou a própria morte. Neste sentido, é fundamental que olhemos para o fim de frente e com muito ânimo. É necessário, com efeito, catequizar a própria morte ou, melhor, a nossa relação com a morte.

Não façamos da morte um tabu ou uma fonte de desespero. Olhemos antes para a morte como a grande — e decisiva — oportunidade.

D. A eternidade não é continuidade, mas novidade

7. A esta luz, percebemos melhor o que disse a mãe de São Sinforiano e que a Igreja recorda num dos prefácios da Oração Eucarística da Missa de Defuntos: «A vida não acaba, apenas se transforma». Quem vive com Cristo na terra, com Cristo continua a viver na eternidade.

A Liturgia deste Domingo propõe uma meditação sobre os horizontes últimos do homem, garantindo-nos que a vida que não acaba. Na Primeira Leitura, temos o testemunho de sete irmãos que deram a vida pela fé, durante a perseguição por Antíoco IV Epífanes. Aquilo que motivou os sete irmãos mártires foi, precisamente, a certeza de que Deus reserva a vida eterna àqueles que, neste mundo, percorrem, com fidelidade, os Seus caminhos.

 

  1. No Evangelho, Jesus assegura que pela Ressurreição entramos na felicidade que nos espera. A eternidade não é mera continuidade; é total novidade. Assim sendo, não devemos olhar para a eternidade como uma cópia do tempo; devemos, sim, olhar para o tempo como uma antecipação da eternidade. Porque, em verdade, a eternidade começa no tempo, o Céu começa na Terra.

Notemos que a catequese sobre a morte acaba por ser uma catequese sobre a Ressurreição. O texto que acabamos de escutar situa-nos em Jerusalém, nos últimos dias antes da morte de Jesus. É, portanto, pouco antes da Sua morte que Jesus nos instrui sobre a Ressurreição.

E. Quem com Cristo viver nada tem que temer

9. Os saduceus colocam a Jesus uma pergunta capciosa porque, não acreditando na Ressurreição, congeminavam uma vida futura como replicação da vida presente. Não tinham o sentido da novidade, mas apenas da repetição. Quem era casado no tempo, continuava casado na eternidade. Se uma mulher tivesse casado sete vezes no tempo, de quem seria ela esposa na eternidade?

Como podemos notar, o escopo dos saduceus era ridicularizar a crença na Ressurreição. Uma mulher casou-se, sucessivamente, com sete irmãos, cumprindo a lei do levirato. Esta lei preceituava que o irmão de um defunto que morresse sem filhos devia casar com a viúva, a fim de dar descendência ao falecido, impedindo que os bens da família fossem parar a mãos estranhas (cf. Dt 25,5-10). Mas quando ressuscitassem, ela seria mulher de qual dos irmãos?

 

  1. A primeira parte da resposta de Jesus (cf. Lc 20, 27-36) afirma que a Ressurreição não é regresso, mas transformação. Numa vida ressuscitada, a questão do casamento não se coloca: não por uma qualquer depreciação do matrimónio, mas pelo facto de a única preocupação ser louvar a Deus. A segunda parte da resposta de Jesus (cf. Lc 20, 37-38) é uma proclamação da certeza da Ressurreição.

Jesus recorre à «Torah», mais propriamente ao episódio da sarça-ardente (cf. Ex 3,6). Nele, Deus revela-Se a Moisés como «o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacob». Ora, se Deus Se apresenta dessa forma, muitos anos depois de Abraão, Isaac e Jacob terem desaparecido deste mundo, é porque os Patriarcas não estão mortos. Para os judeus, um homem morto é aquele que perde a protecção de Deus. Por conseguinte, se a Bíblia invoca o «Deus de Abraão, de Isaac e de Jacob», é porque eles estão vivos. E se estão vivos, podemos falar de Ressurreição. Esta é para todos, para nós também. Quem com Cristo viver nada tem que temer. Na vida e na morte, Cristo é sempre o mais forte!

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Hoje, 10 de Novembro (Trigésimo Segundo Domingo do Tempo Comum e Inauguração da Semana dos Seminários), é dia de S. Leão Magno, Sto. André Avelino e Sta. Natalena.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Sábado, 09 de Novembro de 2019

Hoje, 09 de Novembro, é dia da Dedicação da Basílica de S. João de Latrão (sé catedral do Papa enquanto Bispo de Roma), S. Teodoro e S. Luís Morbióli.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Sexta-feira, 08 de Novembro de 2019

Hoje, 08 de Novembro, é dia de S. Carpo, S. Papilo, Sta. Agatónica, S. Severo, S. Severiano, S. Carpóforo, S. Vitorino, Sta. Isabel da Trindade e S. João Duns Escoto.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Quinta-feira, 07 de Novembro de 2019

Hoje, 07 de Novembro, é dia de Sto. Herculano, S, Vicente Grassi, S. Vilibrordo, Sto. Ernesto, Sta. Catarina de Cattaro e S. Francisco de Palau e Quer.

Um santo e abençoado dia para todos.

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Quarta-feira, 06 de Novembro de 2019

Hoje, 06 de Novembro, é dia de S. Nuno de Santa Maria (D. Nuno Álvares Pereira), Sto. Inácio Delgado, S. Francisco Capillos, Sto. Afonso de Navarette e S. Leonardo de Noblat.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Terça-feira, 05 de Novembro de 2019

Hoje, 05 de Novembro, é dia de S. Zacarias, Sta. Isabel, Sta. Francisca Amboise e S. Caio Coreone. Um santo e abençoado dia para todos!

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Segunda-feira, 04 de Novembro de 2019

Hoje, 04 de Novembro, é dia de S. Carlos Borromeu, S. Vital e Sto. Agrícola.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Domingo, 03 de Novembro de 2019

É tanto o que dás, Senhor.

Tudo em Ti é dom, tudo em Ti é dádiva.

 

Tu dás o Pão, Tu dás a Palavra.

Tu és o Pão, Tu és a Palavra,

Pão que alimenta, Palavra que salva.

 

 

Há muita gente que só olha para os grandes.

Mas são os mais pequenos que têm os gestos grandes,

os gestos maiores, os gestos de maior generosidade.

 

Ensina-nos, Senhor, a dividir

e ajuda-nos a saber multiplicar.

 

Afasta de nós todo o fingimento,

toda a duplicidade.

 

Ajuda-nos a sermos autênticos, sinceros, inteiros.

Faz de nós pessoas transparentes e serviçais.

 

Que não olhemos para as aparências nem para a posição social.

Que só queiramos fazer o bem e dizer a verdade.

 

 

Que não disputemos os primeiros lugares

e que saibamos abrir os lugares para os outros.

 

Que não queiramos tudo só para nós.

Que saibamos repartir com quem se aproxima de nós.

 

Que não queiramos convencer com as palavras dos lábios

e que apostemos sobretudo no testemunho de vida.

 

Que não queiramos ser os melhores.

Que aprendamos a dar o nosso melhor.

 

Que tudo em nós não seja só para nós.

Que tudo em nós seja para os outros.

Como a pobre viúva do Evangelho.

Como Tu, JESUS!

publicado por Theosfera às 11:43

A. Até os corruptos são tocados por Jesus

  1. Uma vez mais, acompanhamos Jesus «a atravessar a cidade» (Lc 19, 1). Jesus atravessa sempre as nossas cidades e atravessa-se continuamente nas nossas vidas. Ele repara em cada um de nós. Somos muitos, mas para Jesus somos únicos. O importante é estar atento quando Jesus passa, pois Jesus passa pela vida de todos.

Quando Jesus passa, é preciso fazer como Zaqueu, nome que significa «puro», «justo». Só que, neste caso, o seu nome não correspondia à sua vida, que estava longe dos padrões da justiça. Zaqueu não só era publicano, profissão já de si odiosa, mas era «chefe de publicanos» (Lc 19, 2), o que o tornava ainda mais repelente aos olhos dos judeus. A sua função era cobrar — e fazer cobrar — impostos para os romanos. A sua riqueza não era, pois, muito lícita já que, além do que era remetido para o império, haveria muito que ficava para ele. Afinal, a corrupção não é de agora!

 

  1. Mas até os corruptos são tocados pela presença de Jesus. Zaqueu esforça-se também por ver Jesus (cf. Lc 19, 3). É preciso que nos esforcemos por ver Jesus, por estar com Jesus. É preciso que não desistamos. É preciso que transformemos as dificuldades em oportunidades em vez de transformar as oportunidades em dificuldades.

Ser cristão é ultrapassar-se, é transcender-se, é superar-se, enfim, é transformar-se e converter-se. Para ver Jesus, Zaqueu sobe a um sicómoro (cf. Lc 19, 4), que é uma espécie de figueira de raízes profundas e ramos fortes que produz figos de qualidade inferior. É uma árvore que aparece muito no Médio Oriente e em algumas partes da África.

B. Jesus não quer que Zaqueu suba

3. O que há a realçar é que Zaqueu não fica a queixar-se de que não era capaz. Ele nota que tinha chegado o momento de mudar de vida. Não podia adiar mais a mudança, a conversão. Ser pequeno (cf. Lc 19, 3) não era um obstáculo. O texto refere-se à estatura física de Zaqueu, mas o que verdadeiramente está em causa é a sua estatura espiritual.

Acima de tudo, Zaqueu sente-se pequeno. Quem é que não se sente pequeno diante de Jesus? Até a sua riqueza, que era grande, o faz sentir pequeno. Tudo aquilo que o levava a ter ilusões de grandeza era bem pequeno.

 

  1. Zaqueu está decidido a mudar de vida. E começa por usar os seus meios, os seus recursos, as suas forças. Subir ao sicómoro, à tal figueira, sinaliza investir nas energias humanas. São vias úteis, mas insuficientes. Também aqui, Jesus surpreende. Para Jesus, só se sobe quando se desce. Ele próprio subiu aos Céus depois de descer até às profundidades da terra.

Não admira, por conseguinte, que Jesus mande descer — e descer rapidamente — Zaqueu: «Zaqueu, desce depressa» (Lc 19, 5). Jesus não quer que Zaqueu suba. Jesus quer que Zaqueu desça. O que Jesus quer é que desçamos de cada um de nós.

C. É preciso desocupar a nossa casa

5. Para chegar a Jesus, só sobe quem desce. Assim sendo, é fundamental que desmontemos a nossa auto-suficiência, a nossa autocracia. É fundamental descer das alturas do nosso egoísmo. Só chegamos até Jesus quando descemos das nossas pretensões. Só chegamos até Jesus quando nos esvaziamos.

Como aconteceu com Zaqueu, Jesus também quer ficar em «nossa casa» (cf. Lc 19, 5). Ora, se a nossa «casa» está ocupada — e se nós estamos tão ocupados em nossa «casa» —, como é que haveremos de receber Jesus? Esvaziemos, portanto, a nossa «casa». Deixemos que seja Jesus a tomar conta dela.

 

  1. Recebamos Jesus como Zaqueu, isto é, recebamos Jesus «cheios de alegria» (Lc 19, 6). E não tenhamos medo de desfazer o que for necessário para que possamos refazer o que for preciso. A presença de Jesus alterou completamente a vida de Zaqueu.

Zaqueu restituiu — com juros — o que tinha furtado e partilhou do que possuía (cf. Lc 19, 8). Ou seja, Zaqueu já estava cheio de Jesus. Desfez-se do que possuía para se deixar possuir por Jesus. Em comparação com Jesus, tudo o resto é pouco, tudo o resto é quase nada.

D. A dieta que urge fazer

7. A salvação entrou na casa — e na vida — de Zaqueu (cf. Lc 19, 9) na exacta medida em que se libertou daquilo que o aprisionava. E, como sabemos, a prisão dos bens materiais é, ao contrário do que se possa pensar, bastante opressora. Muitas vezes, aquilo que mais ganhamos é o que mais nos faz perder.

Zaqueu tinha perdido muito, quando muito parecia ganhar. Mas Jesus, que veio procurar e salvar o que está perdido (cf. Lc 19, 10), não deixa que Zaqueu se perca. Jesus não deixa que ninguém se perca. Deixemos, pois, entrar Jesus na nossa casa. Deixemos que Ele transforme a nossa vida. E não hesitemos em deitar fora tanta coisa que vamos acumulando cá dentro.

 

  1. Mesmo que tivéssemos conquistado o mundo inteiro, que é isso diante de Deus? Diante de Deus, como ouvimos na Primeira Leitura, o mundo inteiro não passa de um grão de pó e ou de uma gota de orvalho (cf. Sab 11, 22). Aprendamos a desfazermo-nos das adiposidades que vamos acumulando. É urgente fazer dieta do egoísmo que nos envolve.

E não desistamos de ninguém. Zaqueu era alguém de que muitos tinham desistido. O seu comportamento não era digno, mas também ninguém lhe estendia a mão; apenas lhe apontavam o dedo acusador.

E. Jesus é (o) bastante

9. Jesus, sem afastar quem está próximo, aproxima os que estão afastados. Jesus olha para as margens e não esquece quem se encontra nas franjas. É cada vez mais urgente habituarmo-nos a olhar para a vida (também) com os olhos dos outros. Não espanta, por isso, que Thomas Halik ponha nos lábios de Jesus esta síntese das Bem-Aventuranças: «Bem-Aventurados sois vós, os que estais nas franjas, pois ficareis no centro, no coração».

Para Jesus, ninguém é marginalizado. Nem os marginais são postos à margem. Assim sendo, com que direito marginalizamos os outros? Mas ainda que alguém se sinta marginalizado, saiba que Deus nunca o marginaliza.

 

  1. Abramos a Jesus as portas da nossa casa, as portas do nosso coração, as portas da nossa vida. Abramo-nos à Palavra. Abramo-nos ao Pão. E abramo-nos também ao Perdão.

Ninguém se sinta irrecuperável. Há sempre uma luz por cima de tanta escuridão. A luz que brilhou em casa de Zaqueu também iluminará a nossa vida. Mas, para já, «desmobilemos» a nossa habitação. Removamos tanta coisa que fomos acumulando. Fiquemos apenas com Jesus. Nada mais é necessário. Jesus é bastante. Jesus é o bastante. Jesus é tudo. Jesus é tudo para todos. Para nós também!

publicado por Theosfera às 05:04

Hoje, 03 de Novembro (Trigésimo Primeiro Domingo do Tempo Comum), é dia de S. Martinho de Porres, S. Huberto, S. Tito de Brandsma e S. Roberto Meyer.

Um santo e abençoado dia para todos

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Sábado, 02 de Novembro de 2019

Hoje, 02 de Novembro, é dia da Comemoração dos Fiéis Defuntos, de S. Malaquias e de S. Pio Campidelli.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Sexta-feira, 01 de Novembro de 2019

Santo és Tu, Senhor,
 
 
 
Santo é o Teu ser,
 
 
 
Santo é o Teu amor,
 
 
 
Santa é a Tua generosidade.
 
 
 
Santos são os Teus gestos.
 
 
 
Tudo é santo em Ti, Senhor.
 
 
 
 
 
Hoje é, pois, o Teu dia,
 
 
 
Como Teus, Senhor, são todos os dias.
 
 
 
Mas Tu queres que também nós sejamos santos.
 
 
 
A nós parece-nos um sonho impossível.
 
 
 
Mas para Ti, Senhor, é tarefa realizável, é missão que está ao nosso alcance.
 
 
 
Não estás aí, no alto, à nossa espera.
 
 
 
Está connosco, aqui, ao nosso lado, dentro de cada um de nós.
 
 
 
 
 
Ser santo é, afinal, ser (ou procurar ser) como Tu:
 
 
 
Manso, humilde, despojado, puro, pacífico.
 
 
 
Ser santo não é deixar a vida: é colocar a Tua vida no centro da vida.
 
 
 
Ser santo não é deixar o mundo: é depositar o Teu amor no coração do mundo.
 
 
 
Ser santo não é ser desumano: pelo contrário, é ser autenticamente humano, inteiramente humano, plenamente humano.
 
 
 
Ser santo é ser irmão, é ser fraterno, é estender a mão, é abrir o coração.
 
 
 
 
 
A santidade está no Céu, mas não está ausente da terra.

Ajuda-nos no caminho,
 
 
 
Acompanha-nos na viagem.
 
 
 
Apoia-nos quando cairmos.
 
 
 
Enxuga as nossas lágrimas.
 
 
 
Dá-nos a Tu mão, agora,
 
 
 
E recebe-nos no Teu coração, depois, na eternidade.
 
 
 
Que sejamos santos
 
 
 
E, por isso, felizes.
 
 
 
E, por isso, cada vez mais amigos,
 
 
 
Cada vez mais unidos,
 
 
 
Cada vez mais irmãos!

publicado por Theosfera às 11:41

Hoje, 01 de Novembro, é dia da Solenidade de Todos os Santos, de S. Benigno, Sto. Austremónio, S. Magno e Maturino.
Um santo e abençoado dia para todos!

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