Hoje, 31 de Dezembro, é dia de Sta. Comba de Sens, Sta. Melânia, a Nova, S. Piniano, S. Silvestre I e Sto. Alão de Solominihac.
Um santo e abençoado dia de Natal para todos!
Hoje, 31 de Dezembro, é dia de Sta. Comba de Sens, Sta. Melânia, a Nova, S. Piniano, S. Silvestre I e Sto. Alão de Solominihac.
Um santo e abençoado dia de Natal para todos!
Natal é a noite, mas é também o dia.
Natal é o frio, mas é também o calor.
Natal é Jesus, Natal é a família,
Natal é a humanidade e Natal também és tu.
Não fiques à espera do Natal,
sê tu mesmo o melhor Natal para os outros.
O Natal não terminou no dia 25.
Constrói, por isso, um Natal para todo o ano,
para toda a vida.
Tu és o Natal
que Deus desenhou e soube construir.
É por ti que Deus hoje continua a vir ao mundo.
É em ti que Ele também renasce.
Sê, pois, um Natal de esperança,
de sorriso e de abraços,
de aconchego e doação.
Também podes ser um Natal com algumas lágrimas.
São elas que, tantas vezes, selam o reencontro e sinalizam a amizade.
Eu vejo o Natal no teu olhar, no teu rosto, no teu coração,
na tua alma, em toda a tua vida.
Há tanta coisa de bom e de belo em ti.
Tanta coisa que Deus semeou no teu ser.
Descobre essa riqueza, celebra tanta surpresa,
partilha com os outros o bem que está no fundo de ti.
Diz aos teus familiares que os amas,
aos teus amigos que gostas deles,
aos que te ajudam como lhes estás agradecido.
Não recuses ser Natal junto de ninguém. Procura fazer alguém feliz.
Não apagues a luz que Deus acendeu em ti.
Deixa brilhar em ti a estrela da bondade e deixa atrás de ti um rasto de paz.
Que continues a ter um bom Natal.
A partir de agora. Desde já. E para sempre!
A. Deus vem ao mundo através de uma família
Curiosamente, houve uma altura em que se pretendeu sobrepor a Festa da Família à Festa do Nascimento de Jesus. Apenas uma semana após a revolução de 5 de Outubro de 1910, foi promulgado um decreto que estabelecia que o 25 de Dezembro deixasse de ser a comemoração do nascimento de Jesus para passar a ser somente o dia da Festa da Família. Só que o bom povo, na sua sábia coragem e na sua corajosa sabedoria, nunca deixou de celebrar — em família! — o nascimento de Jesus.
Deus quis entrar no mundo através de uma família, através de uma família constituída a partir da união entre um homem e por uma mulher. É esta a família que Deus quer. Nos relatos da criação, diz-se expressamente que, quando Deus criou o homem à Sua imagem e semelhança, criou o homem e a mulher (cf. Gén 1, 26). É por tal motivo que o homem deixa pai e mãe para se unir à sua esposa passando os dois a ser uma só carne (cf. Gén 2, 24). Jesus retoma e confirma este desígnio recomendando: «Não separe o homem o que Deus uniu» (Mc 10, 9). Estão aqui consignadas as propriedades essenciais do matrimónio: unidade e indissolubilidade com a consequente abertura à geração de vida.
B. A família é uma criação divina
3. A família não é, portanto, uma invenção humana, mas uma criação divina. Aliás, o próprio Deus é uma família composta pelo Pai, pelo Filho e pelo Espírito Santo.
Tal como sucede na família divina, também na família humana não há — ou não devia haver — superiores nem inferiores. Tal como o Pai não é mais que o Filho e o Espírito Santo, também o marido não é mais que a esposa. Tal como os membros da família divina têm igual divindade, também os membros da família humana possuem igual humanidade.
Nós acreditamos que, sem obviamente contender com a liberdade de cada um, é Deus quem coloca este homem no caminho daquela mulher e esta mulher no caminho daquele homem. Na celebração do Matrimónio, os dois formalizam a sua resposta à proposta de Deus.
C. Os problemas existem para serem vencidos, não para (nos) vencerem
5. Não faltam, hoje em dia, atentados contra a família: atentados no exterior e atentados no interior. O Estado e a sociedade não apoiam devidamente a família, mas será que a família se apoia adequadamente a si mesma? O Estado e a sociedade não são amigos da família, mas será que a família é amiga da própria família?
Além do flagelo do desemprego, há ainda o drama por causa de muitos empregos. Há esposos que são obrigados a estar longe um do outro. Há pais que são obrigados a passar a maior parte do tempo fora dos filhos. Resultado: há famílias onde não há praticamente nenhuma vida familiar. E sem vida familiar poderá dizer-se que há família?
Em relação à família, também parece haver partidários da «solução final». Há quem pense que a única maneira de acabar com os problemas na família é acabar com a própria família. É preciso aprender a esperar para discernir. Às vezes, é quando parece que tudo acaba que tudo verdadeiramente (re)começa. Afinal, os problemas existem não para nos vencerem, mas para serem vencidos por nós…com a ajuda de Deus.
D. O dia mais importante para a família
7. O segredo para que uma família se fortaleça consiste em valorizar cada pessoa e cada momento da convivência entre as pessoas. O dia mais importante para a família não é só o dia do casamento. Esse foi o dia do início da família. Mas a família não tem importância só quando começa. Uma família é sempre importante. Por isso, o dia mais importante para a família é «hoje», o «hoje» de cada dia. Eu atrever-me-ia a dizer que nem a morte põe fim à família, nem a morte termina com os laços gerados em família. Um filho que vê morrer o seu pai considera-se sempre filho desse pai. E uma mãe que vê morrer a sua filha não se considera sempre mãe daquela filha?
Queridas famílias, valorizai o dom de cada dia. Ao acordar pela manhã, dizei uns aos outros: «Hoje é o dia mais importante da nossa vida». E, no dia seguinte, voltai a dizer: «Hoje é o dia mais importante para a nossa família».
Todos gostam de ter razão, mas eu diria com São Paulo que mais importante do que ter razão é ter «bondade, humildade, mansidão e paciência» (Col 3, 12). Quando tivermos de falar, não nos limitemos a repreender e a exigir. Procuremos saber também agradecer e elogiar. Como tem dito o Papa Francisco, expressões simples como «obrigado», «com licença», «faça o favor» ou «desculpe» podem ter um efeito salutar para o presente e para o futuro da família. Pedir perdão não é um acto de fraqueza. É uma demonstração de força que acaba por fortalecer a família.
E. A maior riqueza da família
9. As famílias, hoje, não têm tempo. Gastam tempo para ter uma casa e depois acabam por não ter tempo para estar em casa. Mas, se não existe o tempo ideal, que a família, ao menos, aproveite o tempo real, o tempo possível, o tempo disponível: o tempo disponível para estar, para conviver, para rezar. Como bem disse São João Paulo II, «família que reza unida permanece unida».
A oração é o grande alimento — e o maior cimento — da união. É desejável que a família se junte para uma oração conjunta. A oração permite perceber que a maior riqueza não é o só o que existe em cada membro da família, mas o que existe entre todos os membros da família. Entre todos os membros da família encontra-se Deus, que sabe conjugar as diferenças numa comunhão indestrutível e fecunda.
Queridas famílias, olhai para a Sagrada Família de Nazaré que a Oração Colecta desta Missa aponta como «um modelo de vida». Sobretudo vós, que vos sentis em maior dificuldade, olhai bem para Jesus, para Maria e para José. É bem verdade que, como cantava o Padre Zezinho, «tudo seria bem melhor se o Natal não fosse um dia, se as mães fossem Maria e se os pais fossem José; e se toda a gente se parecesse com Jesus de Nazaré». Tudo seria bem melhor, sem dúvida. Tudo há-de ser melhor apesar de todas as dúvidas. Tenho a certeza de que, como dizia o Concílio Vaticano II, «a família há-de continuar a ser «o berço da vida e do amor». No fundo, cada família é um pequeno mundo. Que o nosso mundo possa vir a ser uma grande família!
Hoje, 30 de Dezembro (Festa da SagradaFamília), é dia de Sto. Anísio, Sta. Margarida Colona e S. Sabino.
Um santo e abençoado dia de Natal para todos!
Hoje, 29 de Dezembro, é dia de S. Tomás Becket e S. Gerardo de Waindvrille.
Um santo e abençoado dia de Natal para todos!
Hoje, 28 de Dezembro, é dia dos Santos Inocentes, padroeiros dos meninos de coro e das crianças abandonadas.
Um santo e abençoado dia de Natal para todos!
Hoje, 27 de Dezembro, é dia de S. João Evangelista (padroeiro dos teólogos e invocado contra as queimaduras e venenos e ainda para obter a graça de uma boa amizade), Sta. Fabíola, S. Teodoro e S. Teófanes.
Um santo e abençoado dia de Natal para todos!
Hoje, 26 de Dezembro (segundo dia da Oitava de Natal), é dia de Sto. Arquelau, Sto. Estevão (protomártir) e Sta. Vivência Lopes.
Um santo e abençoado dia de Natal para todos!
A. Eis-nos no dia tão sonhado, no dia tão esperado
Sim, porque só há Natal no mundo a partir deste mistério profundo. Só há Natal no homem a partir do Deus que Se faz homem. Só há Natal na história quando deste mistério fazemos memória. O Natal só tem luz quando nele celebramos Jesus. É Ele, Jesus, que enche de brilho o meu, o teu, o nosso Natal.
Compreendamos isto: só há Natal em Cristo. Aliás, como bradava São Macário, «ai da vida em que não habita Cristo». É que — assim poetava Moreira das Neves — «promessas do mundo inteiro são apenas ilusão». Não haverá Natal verdadeiro «sem Cristo no coração».
B. É urgente «renatalizar» o Natal
Tão solicitados somos nesta altura. E todos os «rituais» somos obrigados a cumprir para não fazer má figura. Sentimos falta de mais calma na nossa alma. Conseguiremos saborear o Natal no meio de tantos simulacros de Natal? Uns dizem que o Natal está a chegar por haver música no ar. Outros garantem o Natal com falinhas mansas promovendo toneladas de brinquedos para as crianças.
Nunca é demais insistir. O Natal existe para celebrar o nascimento de Jesus. O Natal nasceu com esta finalidade. Há, pois, que «renatalizar» o Natal, recentrando-o em Jesus.
C. É tempo de «descarnavalizar» o Natal
Apesar de muito se falar do «espírito de Natal», temos uma grande dificuldade em mergulhar no «Espírito» e em perceber o «Natal». É hora de deixar de «piratear» o sentido do Natal. Só Jesus dá sentido ao Natal. Só Jesus enche de encanto o nosso Natal. Só Jesus humaniza e fraterniza a celebração do Natal.
Numa época em que tanto costumamos sair, saiamos também para onde não temos estado: «saiamos» também para dentro. É um paradoxo, mas é sobretudo uma urgência. Um acréscimo de vida interior perfumará — com tintas de paz e cores de esperança — este nosso sobressaltado mundo exterior.
D. Uma festa de interioridade para toda a humanidade
É grande a maravilha que neste mundo brilha: o mais distante tornou-se o mais próximo. Sophia tem mesmo razão: «A casa de Deus está assente no chão». Deus está aqui: em mim e em ti. Em Cristo, Deus está em nós: escutemos, pois, a Sua voz.
O Menino está ali. Mas eu sinto-O sobretudo aqui. Vejo Jesus agora e não deixo de O rever lá fora. Ele está na rua, na minha história e também na sua. Está no sofredor, naquele que estende a mão e mendiga amor. Está no pobre, no que não tem pão. Está em quantos vão penando na solidão. O Seu tempo nunca é distante pois a Sua presença é constante. O Seu lugar não é só em Belém, é na nossa vida também.
E. Tanta profundidade em tão grande simplicidade
Eis a lição de Belém. O silêncio de Deus, que falou em Belém, continua a clamar nos pobres também. Quem não os ouve a eles, como pode dizer que O escuta a Ele?
Que o Deus-Menino de Belém — que no mundo acende a paz e o bem — encha de alegria o vosso coração também. Que Aquele que recebeu os pastores alivie as vossas dores. E que o encanto de Belém — de uma beleza sem igual — vos conceda a todos um santo e feliz Natal!
Hoje, 24 de Dezembro, é dia de S. Charbel Makhlouf e S. Delfim.
Um santo, abençoado e já natalino dia para todos!
Maria,
Tu és a serva do Senhor,
a Mãe da disponibilidade,
o farol da nossa esperança.
A. Maria está com pressa
No fundo, é isto o que falta perceber hoje. Ainda somos capazes de perceber que é preciso ajudar os outros. Falta-nos, porém, compreender que a melhor ajuda é levar Cristo aos outros. Os caminhos de Maria até à casa de Isabel são os caminhos de Maria até à vida de cada um de nós. Também hoje Maria está com pressa. Também hoje, Maria tem pressa de chegar até nós para nos oferecer Cristo, para nos dar o Seu Cristo.
Há dois mil anos, «Maria pôs-Se a caminho» (Lc 1, 30). Hoje, Maria não cessa de Se pôr a caminho. Maria vem ao nosso encontro em cada caminho. Os nossos caminhos continuam a ser percorridos por Maria e pelo Filho de Maria.
B. A Visitação é modelo de Missão
3. Maria quem nos leva pela mão até à mesa da comunhão. É Maria quem nos abeira desta refeição inteira. É Maria quem, verdadeiramente, nos conduz até ao Corpo de Jesus. E é Maria quem primeiro diz «ámen» (cf. Lc 1, 38), esperando que o nosso «ámen» seja — como o d’Ela — um «sim» também.
É por isso que a Nossa Senhora deste dia está sempre na nossa companhia. A Nossa Senhora desta viagem está sempre a depositar em nós alento e coragem. Junto de Isabel, Maria é exaltada como crente fiel. Nossa Senhora da Visitação é, por conseguinte, o nosso modelo de missão. Desde o princípio da nossa jornada, podemos contar com Maria em cada estrada.
Neste mundo global, ainda há quem viva em abandono total. Neste tempo de encontros, ainda há muitos desencontros. E nesta época de encantos, continua a haver quem se veja mergulhado em prantos. Há muita gente a viver só, gente de quem ninguém parece ter dó. Há muita gente abandonada, mesmo que pareça estar acompanhada. Há gente acoitada em dor imensa, à espera do dom de uma presença.
C. Evangelizar é fazer como Maria: mostrar Jesus em cada dia
5. É preciso fazer como Maria. É preciso sair e sair com pressa. Há muita gente à espera. Há muita gente que quase desespera. Há muita gente sem esperança e que em ninguém tem confiança.
É urgente ser irmão de quem se vai afogando na solidão. Mas quando sairmos pelos caminhos, não partamos sozinhos. Façamos sempre como Maria e levemos Jesus na nossa companhia. Afinal, foi Jesus, levado por Maria, que fez a diferença naquele dia. Não foi só Maria que visitou Isabel. Foi Jesus que inundou aquela vida com a Sua luz. E até João saltou quando Jesus naquela casa entrou (cf. Lc 1, 44). A Sua presença desencadeou uma alegria imensa.
Na Sua visita, Maria é proclamada bendita (cf. Lc 1, 45). E é proclamada bendita porque acredita. Na verdade, antes de visitar Isabel, Maria visitou o Deus de Israel. E foi o Deus de Israel que Lhe falou de Isabel (cf. Lc 1, 36).
D. Maria é bendita porque acredita
7. Maria visita porque Se deixou visitar. Quem se encontra com Deus nunca se desencontra dos filhos de Deus. Maria ama com o amor de Deus, com o amor que recebeu de Deus.
As falhas de caridade e de solidariedade começam sempre por ser falhas de espiritualidade. Habituemo-nos, por isso, a visitar Deus, deixando-nos visitar por Deus. Procuremos escutar a Sua voz, acolher a Sua presença e pôr em prática os Seus apelos.
Não ponhamos Deus de lado nos nossos roteiros de Natal. Deixemo-nos visitar por Deus e procuremos levar aos outros a permanente visita de Deus. Não digamos que Deus não ouve, que Deus não vê ou que Deus não fala. Nós é que podemos não dar conta da Sua presença. Ao contrário do que se diz, Deus não está em silêncio; pode é estar a ser, por nós, silenciado. Mas nunca nos esqueçamos: é quando parece que está mais ausente que Deus está mais presente.
E. Não façamos explodir as armas; façamos «explodir» o amor
9. Nesta altura do ano, costumamos ver Deus presente no presépio. Mas não ignoremos que, em cada dia do ano, Deus está presente na Palavra e no Pão. Como não prestar atenção a esta (Sua) constante visitação? Deus está sempre a chegar. Deus está sempre a vir. Quando chega, inunda-nos de esperança. Quando vem, cobre-nos com a paz, com a Sua infinita paz (cf. Miq 5, 5). Como assinalou São Leão Magno, «o nascimento de Cristo é o nascimento da paz». A visitação de Deus é, pois, a visitação da paz.
A terra vive mergulhada em guerra e não consegue uma solução para sair de tanta aflição. À guerra respondemos com guerra e à violência costumamos devolver mais violência. Resultado: a guerra não decresce e a violência cresce. Só há um caminho: em vez de fazer explodir armas, façamos «explodir» Cristo.
Não só neste Natal, mas também neste Natal, visitemos e deixemo-nos visitar. Visitemos Jesus no presépio e visitemos Jesus na Eucaristia. É bom compreender que o Filho de Maria nos visita sempre na Eucaristia. Visitemos, pois, Jesus na Missa e não deixemos de O visitar na Missão após a Missa. A Missão é urgente. A Missão é para toda a gente. A resposta pode não chegar, mas, mesmo assim, a proposta não deve demorar. Uma vez mais, olhemos para Maria. Que a Sua pressa nos apresse. Que a pressa de Maria na missão apresse a nossa decisão: a decisão de levar Cristo a cada irmão!
Hoje, 23 de Dezembro (Quarto Domingo do Advento), é dia de S. João de Kenty, Sta Vitória, Sta. Anatólia, S. Sérvulo e Sta. Maria Margarida Dufrost de Lajemmerais.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 22 de Dezembro, é dia de Sta. Francisca Xavier Cabríni e S. Graciano.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 21 de Dezembro (início do Inverno, às 22h23), é dia de S. Pedro Friedhofen e S. Pedro Canísio.
Um santo e abençoado dia para todos.
Hoje, 20 de Dezembro, é dia de S. Teófilo de Alexandria, S. Zeferino e S. Domingos de Silos.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 19 de Dezembro, é dia de Sta. Sametana, Sto. Urbano V e S. Ciríaco.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 18 de Dezembro, é dia da Expectação de Nossa Senhora ou Nossa Senhora do Ó, S. Gaciano e S. Flávio.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 17 de Dezembro, é dia de S. João da Mata, Sta. Olímpia, S. José de Manyanet e Mártires de Gaza.
Um santo e abençoado dia para todos!
Natal é a mesa farta,
mas é sobretudo a alma cheia.
Natal é Jesus, Natal é a família,
Natal é a humanidade e Natal também és tu.
Não fiques à espera do Natal,
sê tu mesmo o melhor Natal para os outros.
Constrói um Natal para todo o ano,
para toda a vida.
Tu és o Natal
que Deus desenhou e soube construir.
É por ti que Deus hoje continua a vir ao mundo.
É em ti que Ele também renasce.
Sê, pois, um Natal de esperança,
de sorriso e de abraços,
de aconchego e doação.
Também podes ser um Natal com algumas lágrimas.
São elas que, tantas vezes, selam o reencontro e sinalizam a amizade.
Eu vejo o Natal no teu olhar, no teu rosto, no teu coração,
na tua alma, em toda a tua vida.
Há tanta coisa de bom e de belo em ti.
Tanta coisa que Deus semeou no teu ser.
Descobre essa riqueza, celebra tanta surpresa,
partilha com os outros o bem que está no fundo de ti.
Diz aos teus familiares que os amas,
aos teus amigos que gostas deles,
aos que te ajudam como lhes estás agradecido.
Não recuses ser Natal junto de ninguém. Procura fazer alguém feliz.
Não apagues a luz que Deus acendeu em ti.
Deixa brilhar em ti a estrela da bondade e deixa atrás de ti um rasto de paz.
Que tenhas um bom Natal.
A partir de agora. Desde já. E para sempre!
Hoje, 16 de Dezembro (Terceiro Domingo do Advento, também conhecido como Domingo Mediano ou Domingo da Alegria), é dia de Sta. Adelaide, S. Guilherme de Fenol, Sto. Honorato de Biala, S. Clemente Marchisio e Sta. Maria dos Anjos.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 15 de Dezembro, é dia de Sta. Maria Crucificada da Rosa, S. Mesmin, Sta. Cristina, S. João Henrique Carlos e Sta. Virgínia Bracelli.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 14 de Dezembro, é dia de S. João da Cruz, S. Venâncio Fortunato e Sta Maria Francisca Shervier.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 13 de Dezembro, é dia de Sta. Luzia de Siracusa (invocada para a cura das doenças dos olhos, das desinterias e das hemorragias) e Sta. Otília.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 11 de Dezembro, é dia de S. Dâmaso, S. Daniel estilita, S. Martinho de S. Nicolau, S. Melchior de Sto. Agostinho e Sta. Maria Maravilhas de Jesus.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 10 de Dezembro (Dia Mundial dos Direitos do Homem), é dia de Nossa Senhora do Loreto, de Sta. Eulália e de S. Melquíades.
Um santo e abençoado dia para todos!
No Advento já é Natal.
No Natal continua a ser Advento.
É Advento no Natal porque o Natal celebra a grande chegada do Senhor Jesus à nossa história, ao nosso mundo, à nossa vida.
E é Natal no Advento porque nele o Senhor nasce e renasce.
A Eucaristia é o grande Advento e o perene Natal.
Creio, Senhor, que vieste ao mundo
e que no mundo permaneces.
Tu estás em toda a parte,
estás no Homem,
estás na Vida,
estás na História,
estás no Pequeno,
estás no Pobre.
Hoje como ontem,
permaneces quase imperceptível.
Há quem continue a procurar-Te no fausto,
na ostentação,
na majestade.
Tu desconcertas-nos completamente
e surpreendes-nos a cada instante.
És inesperado
e estás sempre à nossa espera.
Os momentos podem ser duros.
O abandono pode chegar
e a rejeição pode asfixiar-nos.
Tu, porém, não faltas.
Estás sempre presente.
Estás simplesmente.
Creio, Senhor,
que é na simplicidade que nos visitas
e na humildade que nos encontras.
Converte-nos à Tua bondade,
inunda-nos com o Teu amor,
afaga-nos na Tua paz.
Obrigado, Senhor, pelo Teu constante Advento.
Parabéns, Senhor, pelo Teu eterno Natal!
A. Preparar: a palavra-chave e a atitude decisiva
Nesta altura, já andamos envolvidos com os preparativos para o Natal. Andamos a preparar a consoada e a preparar os presentes. E é assim que, aos olhos de muitos, se prepara o Natal. Mas será que o Natal é só isto? Será que o Natal é sobretudo isto? Será que a preparação para o Natal é sobretudo esta?
Preparemos, sem demora, o caminho do Senhor. Preparemos, sem demora, os nossos caminhos para o Senhor. O caminho que o Senhor quer trilhar é a nossa vida, é o nosso ser, é o nosso quotidiano. Será que os nossos caminhos estão preparados? Será que os nossos caminhos estão limpos? Será que, pelo menos, os nossos caminhos estão abertos?
B. Tanta coisa para «deletar»
3. Há tantos caminhos tapados na vida. Há tantos caminhos preenchidos na vida: preenchidos com quase tudo, menos com Deus. Há tantos caminhos cheios de nada, embora preenchidos com quase tudo. Só que este «quase tudo» sabe a pouco.
Precisamos, por isso, de varrer os nossos caminhos e de «deletar» tanta coisa acessória, tanta coisa superficial, tanta coisa banal. Se estivermos atentos, daremos conta de que essencializamos o que é relativo e relativizamos o que é essencial. Há muito desperdício de tempo, há muito desperdício de energia, há muito desperdício de vontade. Por conseguinte, é tempo de reaproveitar o tempo. É tempo de reaprender a caminhar no tempo. Em suma, é tempo de voltar a ouvir o apelo de São João Baptista. Nunca deixemos, pois, de preparar os caminhos do Senhor, os caminhos que o Senhor quer fazer connosco.
Preparar o Natal também é preparar a nossa casa para receber os nossos familiares. Mas não será, muito mais, preparar a nossa vida para acolher Jesus? Preparar o Natal também é fazer um presépio. Mas não será, muito mais, preparar a nossa vida para ser, ela própria, um presépio?
C. Um novo lugar para Jesus: a nossa vida
5. O lugar onde Jesus quer (re)nascer, hoje, não é já a manjedoura de Belém. O lugar onde Jesus quer (re)nascer, hoje, é o nosso ser, a nossa vida. Estaremos a preparar devidamente a nossa vida para a vinda de Jesus?
Jesus não veio — nem vem — para que tudo continue na mesma. Jesus veio — e vem — para que tudo seja diferente, para que tudo seja melhor. Não é só o mundo que é feito de mudança, como lembrava Luís de Camões. Todo o Evangelho é, do princípio ao fim, um permanente convite à mudança. Logo no início da missão, Jesus desassossega-nos: «Arrependei-vos» (Mc 1, 15). Ou seja, «mudai de vida», «mudai a vida»!
A mudança passa também pela sobriedade, pela humildade, pelo reencontro com a beleza das coisas simples. Na verdade, não há nada mais longe de Cristo do que celebrar o Seu nascimento com a ostentação e o exibicionismo. Não deixemos que o Natal se reduza a um «vendaval de consumo» sem freio. Deixemo-nos reencantar pelo Natal. Deixemo-nos envolver pelo seu espírito e cativar pela sua candura.
D. A nossa missão «ecóica»
7. Procuremos «endireitar» o que está «torto» (cf. Lc 3, 4-5). Há, sem dúvida, tantos caminhos tortos e tantas atitudes tortuosas nos nossos caminhos. Comecemos por ouvir a voz de João. Trata-se de uma voz que nunca deixará de bradar, que nunca deixará de inquietar os nossos ouvidos (aparentemente) aquietados.
Procuremos ouvir a voz que se faz eco da Palavra. João é a voz da Palavra que é Jesus. É uma voz fiel que faz ressoar, fidedignamente, a Palavra. Quanto mais perto estiver da Palavra, tanto mais nítida será a voz.
Mais do que criadora de palavras, a Igreja sempre se viu a si mesma como uma criação da Palavra («creatura Verbi»). Por isso, quanto mais perto estivermos da Palavra, mais audível será a Palavra e mais transparentes seremos nós. Reconheçamos, porém, que nem sempre é isso o que acontece. Há palavras que se interpõem diante da Palavra e que chegam a perturbar a escuta da Palavra. Em vez de serem eco da Palavra, não passam de ruído que mal deixam acolher a Palavra. Assim sendo, o importante é que a Palavra viva em cada pessoa e que cada pessoa procure viver de acordo com a Palavra. Uma «Igreja ecóica» é chamada a oferecer a Palavra que lhe é, continuamente, oferecida. Se possível, sem glosas. E sem filtros.
E. É urgente «aplanar» o que (ainda) está «torto»
9. Aproveitemos este tempo para ler e para meditar a Palavra. Como João Baptista, procuremos ser voz da Palavra. A Palavra de Deus chegará aonde nós chegarmos. Anunciemos a Palavra de Deus com os lábios e nunca nos cansemos de testemunhar a Palavra de Deus com a vida.
Levemos a Palavra de Deus aos «lugares tortuosos»(Lc 3, 5) e que se tornam quase intransitáveis. Que esses lugares possam ser frequentáveis e que os nossos caminhos se tornem planos, sem curvas. Na nossa vida, ainda há muitas curvas fechadas e apertadas, que não deixam (ante)ver com nitidez o caminho. Procuremos caminhar em linha recta e não às curvas. Quem é recto torna-se (saudavelmente) previsível, ainda que sempre receptivo às imprevisíveis surpresas de Deus.
Este Domingo e o próximo são dominados pelo grande «preparador» do Natal. S. João Baptista é o «preparador» dos caminhos que Deus quer pisar. Ele prepara pela palavra e pelo exemplo. Em S. João Baptista, não há «curto-circuitos» entre a palavra e a vida. Aliás, em S. João Baptista, nenhum circuito é curto. O «circuito» entre a sua palavra e a sua vida é longo e leva-nos longe. Leva-nos sempre a Jesus!
Hoje, 09 de Dezembro (2º Domingo do Advento), é dia de Sta. Leocádia, Sta. Clara Isabel, S. Bernardo Maria de Jesus e S. Libório Wagner.
Um santo e abençoado dia para todos!
Nossa Senhora, Mãe da esperança,
Acompanha-nos na nossa jornada pelo tempo.
Faz brilhar em nós a luz do Teu sim.
Tu és a toda santa, a toda bela, a toda pura.
Dá-nos a graça de sermos simples e fiéis,
Persistentes e constantes.
Semeia em nós a santidade.
Que sejamos humildes como Tu.
Que deixemos Deus fazer através de nós as maravilhas que Deus realizou por meio de Ti.
Ajuda-nos no caminho,
Acompanha-nos na viagem.
Apoia-nos quando cairmos.
Enxuga as nossas lágrimas.
Dá-nos a Tu mão, agora,
E recebe-nos no Teu coração, depois, na eternidade.
Que sejamos santos
E, por isso, felizes.
E por isso cada vez mais amigos,
Cada vez mais unidos,
Cada vez mais irmãos!
Daqui a 17 dias, celebraremos o nascimento de Teu Filho,
De hoje a nove meses estaremos aqui a celebrar o Teu próprio nascimento.
Dizer-Te obrigado é pouco,
Mas, à falta de melhor, é tudo o que nos resta.
Aceita, pois, a palavra dos nossos lábios
E o sentimento que brota do nosso coração.
Obrigado, Mãe.
Leva-nos conTigo ao coração do Pai!
A. Um acontecimento espiritual, inteiramente real
Celebramos a Imaculada Conceição. Maria foi sempre imaculada. Foi imaculada quando foi concebida e, como assinala o Evangelho, foi imaculada quando concebeu. O que em Maria aconteceu não foi obra humana, mas acção divina. O Espírito Santo veio sobre Ela (cf. Lc 1, 35) para desencadear a ocorrência mais bela: a vinda do Filho de Deus ao mundo.
Como bem precisou Santo Agostinho, o Espírito Santo não gerou o Filho de Deus. O Espírito Santo não é o gerador (o que faria d’Ele o Pai), mas o santificador. O Pai de Jesus é Deus Pai. É Ele que eternamente gera o Filho. Como nota a referida tradição, o Espírito Santo fecunda e santifica o seio de Maria para — nele — ser acolhido o Filho de Deus.
B. O primeiro instante de uma presença constante
Com a locução «Esposa do Espírito Santo», o que se pretende vincar é que a concepção de Jesus em Maria é um acontecimento espiritual, embora inteiramente real. É um acontecimento interior, que se projecta no exterior; é um acontecimento espiritual que ocorre no carnal; é um acontecimento divino que se revela no humano. Com o Seu «sim», Maria — como verbalizou São Proclo de Constantinopla — portou-Se como «um sagrado e misterioso “tear” da Encarnação», cujo «tecedor» foi precisamente o Espírito Santo.
Foi deste modo que Deus cuidou da morada para o Seu Filho. Preparou-Lhe uma Mãe sem mancha, uma Mulher sem mácula. A Imaculada Conceição é a primeira grande visitação de Deus à Mãe de Seu Filho. Foi o primeiro instante de uma presença constante.
É por tudo isto que, para a Igreja, se Jesus é a fonte, Maria aparece com o seu grande modelo. Ela corporiza, por assim dizer, a Igreja nascente, a Igreja seminal, a Igreja dos começos e, ao mesmo tempo, a Igreja da plenitude e da consumação. Maria transportou dentro de si o Fundador — e perene Fundamento — da Igreja. Isto significa que já houve alguém que conseguiu o que cada um de nós é chamado a realizar: a fidelidade a Deus.
Enquanto primeira cristã, Maria em nós é a grande maieuta de Cristo. Uma vez que o Verbo Se fez carne na Sua carne, Ela está em condições únicas para nos ajudar a que Ele Se faça vida na nossa vida. Por tal razão, quem está perto de Maria nunca estará longe de Cristo.
D. É pelo exemplo que Maria «governa» a Igreja
Embora escondidamente — como notou von Balthasar —, Maria governa a Igreja. Não necessita de ser loquaz para ser eloquente. Basta-Lhe a eloquência do exemplo. Maria governa a Igreja pelo exemplo e o exemplo é tudo. O que Maria é corresponde ao que a Igreja é chamada a ser. O que é conhecido em Maria deverá ser sempre reconhecido na Igreja. Para a Igreja, Maria é o seu pléroma e o seu gérmen.
E. A tristeza da beleza e a beleza da tristeza
Aquela que nunca conheceu o pecado ajudar-nos-á a evitar e a vencer o pecado. Por tal motivo, Maria é uma presença que a nossa fé não dispensa. É uma lembrança que acalenta a nossa esperança. Ela é a toda pura e é com emoção que olhamos para a Sua figura. Ela, que esteve junto à Cruz, continuará a levar-nos até Jesus.
Termino com o meu poema preferido sobre Nossa Senhora. Foi composto por Antero de Quental. Era um espírito inquieto, mas que sempre soube encontrar a bússola certa para os seus caminhos incertos. É um texto sentido, um texto sofrido. É um texto que fala da Mãe, do Seu amor e da Sua dor, da Sua tristeza e da Sua beleza. De facto, tanto amor há na dor e tanta dor há no amor; tanta tristeza há na beleza e tanta beleza há na tristeza. Eis o poema:
«Num sonho todo feito de incerteza,
De nocturna e indizível ansiedade
É que eu vi o teu olhar de piedade
E (mais que piedade) de tristeza.
Não era o vulgar brilho da beleza,
Nem o ardor banal da mocidade.
Era outra luz, era outra suavidade,
Que até nem sei se as há na Natureza.
Um místico sofrer... uma ventura
Feita só de perdão, só da ternura
E da paz da nossa hora derradeira.
Ó visão, visão triste e piedosa!
Fita-me assim calada, assim chorosa.
E deixa-me sonhar a vida inteira!»
Hoje, 08 de Dezembro, é dia da Imaculada Conceição (Padroeira principal de Portugal), de Sta. Elfrida, Sta. Edite, Sta. Sabrina e Sta. Narcisa de Jesus Martilho Morán.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 07 de Dezembro (53º aniversário da «Gaudium et Spes» e 43º aniversário da invasão de Timor-Leste pela Indonésia), é dia de Sto. Ambrósio (invocado como protector das abelhas e dos gansos) e de Sta. Maria Josefa Roselho.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 06 de Dezembro, é dia de S. Nicolau, S. Sabas, Sta. Dionísia e S. Majórico.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 05 de Dezembro, é dia de S. Martinho do Dume, S. Frutuoso, S. Geraldo, S. Bartolomeu Fanti, S. Filipe Rinaldi e S. Nicolau Stensen.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 04 de Dezembro, é dia de S. João Damasceno, Sta. Bárbara, S. João Orani Calábria e Bem-Aventurado Adolfo Kolping.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 03 de Dezembro, é dia de S. Francisco Xavier e Sto. Eduardo Coleman.
Um santo e abençoado dia para todos!
Vim, Senhor, à Tua procura
e notei que Tu já estavas comigo.
Fiquei, Senhor, à Tua espera
e verifiquei que Tu já moravas comigo.
Pensei, Senhor, que Te encontravas a meu lado
e apercebi-me de que já habitavas no meu coração.
O Teu presépio, Jesus, é o íntimo de cada ser humano.
A manjedoura em que, hoje, Tu (re)nasces
é a vida de tanta gente.
Por isso é sempre Advento,
porque Tu estás sempre a chegar.
E por isso é sempre Natal,
porque Tu estás sempre a nascer.
Nasce, Senhor, no meu peito.
Nasce, Senhor, na minha alma.
Nasce, Senhor, na minha vida.
Nasce, Senhor, no nosso mundo.
Não tardes mais.
O mundo precisa de Ti,
da Tua Palavra,
do Teu Pão,
do Teu imenso Amor
e da Tua infinita Paz!
A. Entre o primeiro e o último advento, o contínuo advento
O tempo não é apenas o campo do transitório, do passageiro e do efémero. No tempo, já habita a eternidade. No que passa, já fermenta o que não passa, o que nunca passará. No homem, já mora Deus.
Por conseguinte, o fim não nos deve inspirar temor, mas esperança. O fim é uma inspiração: é uma inspiração para a missão. Sabemos donde partimos, sabemos para onde caminhamos.
B. A Sua vinda é a nossa vida
3. Não é em vão que o Ano Litúrgico se inicia com este grande horizonte que vai do princípio até ao fim. A nossa vida decorre entre advento e advento, entre uma vinda e outra vinda, entre a primeira vinda e a última vinda de Jesus. Mas não nos limitamos a recordar uma vinda e a preparar outra vinda. Não somos órfãos nem nos limitamos a estar expectantes. Entre estas duas vindas, há uma terceira vinda. Deus está sempre a vir, está sempre a vir até nós. A Sua vinda é, pois, a nossa vida.
Deus veio, Deus virá, Deus vem. Afinal, nunca deixa de ser Advento. Por tal motivo, não é só no Advento que existe advento. Estamos sempre em Advento. Cada advento é evento de Deus, é evento de Deus na história, é evento de Deus na nossa vida. Deus está a vir continuamente até nós. Será que estamos dispostos a ir até Deus? Como reconheciam os cristãos antigos, em Jesus Cristo, Deus fez-Se o que nós somos para que nós possamos ser o que Ele é!
Uma vez que Deus está sempre a vir, então estamos sempre em Advento. Trata-se do Advento constante embora talvez seja também o mais esquecido. Preparemo-nos, então, para celebrar o primeiro Advento, que nunca deixa de estar perto, e nunca deixemos de nos preparar para o último — e definitivo — Advento, do qual já estivemos mais distantes.
C. Nem só no Advento há advento
5. Tal como não há só Advento no Advento, também não há só Natal no Natal. Deus está sempre a (re)nascer em nós; queiramos nós também (re)nascer para Ele. Que seja, pois, Advento para lá do Advento e que seja Natal para lá do Natal. Mas que seja Advento também no Advento e que possa ser Natal também no Natal. Vamos procurar encontrar o Advento neste Advento e vamos procurar reencontrar o Natal neste Natal. Para que nunca deixe de ser Advento e para que possa ser sempre Natal.
Como bem notou o teólogo Johannes Moeller, a Igreja é, ela própria, a «Encarnação permanente». Ou seja, mais do que continuação de Cristo, a Igreja é a contínua presença de Cristo. Neste sentido, podemos dizer que na Igreja encontramos o permanente Advento e o contínuo Natal. É, de facto, na Igreja, especialmente na Palavra e no Pão, que Deus está sempre a vir. É na Igreja, sobretudo na Palavra e no Pão, que Deus nos fala, que Deus nos chama, que Deus nos alenta e que Deus nos alimenta.
Não esqueçamos que, quando apareceu no mundo, Deus surgiu como uma criança pequena e nunca deixou de Se identificar com os mais pequenos (cf. Mt 25, 40). É esta a lição do presépio, é este o ensinamento perene do Evangelho: Deus revela-Se na humildade, Deus visita-nos na simplicidade. A esta luz, não olhemos apenas para a grandeza do que nos aparece como grande; aprendamos a olhar para a grandeza do que (nos) parece pequeno.
D. Fazer presépios é bom, mas ser presépio é (ainda) melhor
7. Neste tempo, convido-vos a mergulhar. Mas não mergulheis apenas no mar infindo do consumismo. Procurai mergulhar, antes, no oceano imenso da contemplação, da partilha e da presença. Procurai mergulhar em Deus pobre, em Deus criança, em Deus amor, em Deus encanto. Trocai presentes, mas procurai ser presença. O melhor presente é sempre o presente da presença. Há tanta gente só e abandonada, que, nesta época, sofre ainda mais a solidão e o abandono.
Enfim, fazei presépios, mas, acima de tudo, procurai ser presépio. Que os outros possam ouvir Jesus nos vossos lábios. Que os outros possam ver Jesus na vossa vida.
A oração não é somente encontro: é encontro e é entrada. Na oração, notamos que não estamos apenas diante de Deus e Deus não está apenas diante de nós. Na oração, verificamos que Deus está dentro de nós e nós estamos dentro de Deus
E. Ele já vem ao encontro e já está à nossa espera
9. Enquanto tempo favorável à reconciliação, aproveitemos o Advento para a reconciliação sacramental, para o sacramento da Confissão. No fundo, trata-se de preparar a nossa casa a fim de que ela possa ser casa para Deus e casa para os outros em Deus. Não tenhamos medo da mudança, da conversão. Em Jesus, Deus converte-Se a nós. Porque não, no mesmo Jesus, convertermo-nos a Deus?
Na medida do possível, façamos uma conversão também das nossas prendas. Procuremos dar a quem não nos poderá dar: aos pobres, àqueles a quem falta o essencial para sobreviver. E sobretudo procuremos dar o que menos se dá hoje em dia: demos tempo, demo-nos no tempo, demo-nos aos que estão ainda mais sós neste tempo.
Hoje, 02 de Dezembro (Primeiro Domingo do Advento e Inauguração do novo Ano Litúrgico), é dia de Sta. Bibiana (invocada para as dores de cabeça e para a epilepsia), S. João Ruysbroeck e S. Rafael Chilinski.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 01 de Dezembro, é dia da Bem-Aventurada Maria Clara, Sto. Edmundo, S. Roberto, Sta. Maria Clementine Anuarite e Sto. Elói.
Um santo e abençoado dia para todos!