O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Domingo, 23 de Setembro de 2018

Obrigado, Senhor, pela Tua presença,

pela Tua Palavra

e pelo Teu Pão.

 

Obrigado por estares nos mais pequenos

e por nos convidares à simplicidade.

 

É na humildade dos simples

que nos esperas e interpelas.

 

Que nós sejamos como as crianças.

Que, como as crianças,

tenhamos um coração puro e manso.

 

Senhor, que nunca percamos a mansidão.

Que saibamos dar as mãos

e oferecer o nosso coração.

 

Com a Tua e nossa Mãe,

queremos aprender a caminhar

e a louvar-Te por quanto nos dás.

 

Que a nossa vida seja uma resposta

à Tua proposta de amor

e ao Teu projecto de Paz,

JESUS!

publicado por Theosfera às 11:18

A. Porquê não dar descanso (também) à língua?

  1. É coisa estranha, mas muito frequente. Temos muito cuidado com todo o nosso corpo, excepto com a nossa língua. Procuramos dar descanso ao nosso corpo, excepto à nossa língua. E nem sequer damos conta do mal que causamos com o abuso — e o mau uso — da língua. Daí vêm tantos mal-entendidos e tantas discórdias, desordens e acções perversas (cf. Tgo 3, 16).

São Tiago exorta-nos a ter cautela com a língua (cf. Tgo 3,1-12). De seguida, refere-se à necessidade de os crentes rejeitarem a «sabedoria do mundo» e de acolherem a «sabedoria que vem do alto» (cf. Tgo 3,13-18). Finalmente, apresenta a origem das discórdias que envenenam a vida das comunidades cristãs (cf. Tgo 4,1-10).

 

  1. O objectivo de São Tiago é purificar a existência cristã para que não se percam os valores que dimanam do Evangelho. Assim, na primeira parte do texto (cf. Tgo 3,16-18), adverte os crentes para que vivam de acordo com a «sabedoria de Deus».

A «sabedoria do mundo» gera inveja, contendas, falsidade (cf. Tgo 3,14), rivalidades, desordem e toda a espécie de más acções (cf. Tgo 3,16). Acaba por destruir a vida da própria pessoa e por impedir a comunhão entre os irmãos. Trata-se de uma «sabedoria» incompatível com as exigências do seguimento de Cristo. Mas não será que, muitas vezes, nos deixamos envolver por esta suposta «sabedoria»? Não será que, muitas vezes, nos consideramos «sábios» quando enganamos os outros? Não será que, muitas vezes, reduzimos a sabedoria à arte de enganar, à astúcia e à esperteza?

 

B. O que denunciamos lá fora também se verifica cá dentro

 

3. Pelo contrário, a «sabedoria de Deus» é «pura, pacífica, compreensiva e generosa, cheia de misericórdia e boas obras, imparcial e sem hipocrisia» (Tgo 3,17).

Estão aqui enunciadas sete «qualidades» da «sabedoria». Tendo em conta que o número sete significa «perfeição» e «plenitude», São Tiago está a propor aos seus destinatários um caminho de perfeição, de realização total, de vida plena. O corolário desta sabedoria é a justiça e a paz. Sem justiça não há paz e sem paz não há justiça. A justiça e a paz são filhas uma da outra. São Tiago proclama que «a justiça é um fruto produzido na paz» (Tgo 3, 18). E o Concílio Vaticano II assegura que «a paz é obra da justiça».

 

  1. Em contraponto, São Tiago analisa as causas dos conflitos e discórdias que infectam a vida de muitas comunidades cristãs. No fundo, tudo resulta do facto de os cristãos nem sempre incorporarem a proposta de Jesus Cristo. Em vez de fazerem da sua vida um acto de amor pelos irmãos, há cristãos que ainda vivem entricheirados no seu egoísmo e no seu orgulho. E, deste modo, não só não fazem o bem como ainda fazem o mal.

Muitas vezes, as nossas comunidades, as nossas organizações e os nossos movimentos pouco se distinguem das outras instituições. Afinal, o que denunciamos lá fora também poderia ser denunciado cá dentro. Também dentro da Igreja, há facções, ataques, insinuações, agressões ao bom nome e à boa fama, etc..

 

C. Há quem não suporte o bem

 

5. Todas estas más «paixões» (Tgo 4, 1) corrompem a vida comunitária, despejando nela lutas, invejas, rivalidades, ciúmes e muito mais. Onde está a diferença em relação ao mundo?

Até a nossa oração é afectada. São Tiago increpa os cristãos: «Pedis mal porque o que pedis é para satisfazer as vossas paixões» (Tgo 4, 3). Como é que esta oração poderá ser escutada por Deus? Devemos pedir que se faça a vontade de Deus e não que se satisfaçam as nossas más «paixões». Uma coisa é certa: os pedidos egoístas não são nunca escutados por Deus.

 

  1. Não falta, na verdade, quem deseje o mal dos outros, quem se alegre com o mal dos outros. Os «ímpios» de que fala o Livro da Sabedoria são aqueles que levam uma vida de corrupção e imoralidade. São aqueles que, por causa disso, não suportam a conduta recta dos que são fiéis à Lei de Deus. Só a existência de alguém justo já é um incómodo. Daí a ameaça: «Armemos ciladas ao justo, porque nos incomoda» (Sab 2, 12).

Há quem não suporte o bem. Há quem faça mal até àquele que só faz o bem. Enfim, há quem não suporte ser incomodado. E, nessa medida, há quem não olhe a meios para destruir os que incomodam. A vida dos «justos» é um constante incómodo por causa da sua rectidão. Então gera-se a perseguição. Quando não há argumentos, abundam os insultos, as insinuações.

 

D. Também há «fumos» sem (qualquer) «fogo»

 

7. Infelizmente, há quem dê mais crédito às calúnias sem fundamento do que à vida limpa de tantas pessoas. O mal parece ter um «auditório» muito maior que o bem. A mentira parece bem mais «popular» que a verdade. O problema é que, ao contrário do se diz, há muitos «fumos» sem «fogo». Muitas vezes, o «fogo» anunciado por pretensos «fumos» só arde na cabeça — e nos lábios — de quem insinua, de quem difama, de quem calunia.

Há quem seja mais mais crédulo em relação à menor mentira do que em relação à maior verdade. É muito doloroso ser injustiçado. Como proceder? Será que a vida dos «justos» está, irremediavelmente, condenada ao fracasso? O importante não é o julgamento dos homens, mas o juízo de Deus. E Deus nunca abandona os que pelos homens são abandonados e espezinhados.

 

  1. Aliás, foi pelos homens que o próprio Jesus foi condenado e morto. Jesus tem plena consciência de que a Sua conduta iria conduzi-Lo à morte (cf. Mc 9, 31). Mas apõe logo uma ressalva: «Depois de morto, ressuscitará» (Mc 9, 31). Ou seja, a morte é certa, mas a vitória sobre a morte está assegurada.

Deus desfaz — e refaz — o que, muitas vezes, os homens fazem. Deus corrige muitos dos nossos juízos e altera muitos dos nossos actos. É por isso que Jesus Se mostra sereno até diante da paixão e da morte. Importante, para Jesus, é que a vontade do Pai Se cumpra.

 

E. Não abandonemos os abandonados

 

9. Entretanto, os discípulos mantêm um estranho silêncio diante deste anúncio da paixão. São Marcos explica que eles não entendem a linguagem de Jesus tendo medo de O interrogar (cf. Mc 9, 32). Jesus é muito claro, mas o espírito dos Seus discípulos ainda está muito obscurecido. Em vez de se preocuparem com o seguimento do Mestre, discutem entre eles sobre qual seria «o maior» (cf. Mc 9, 34).

Ainda não tinham entendido nada acerca de Jesus. Será que, dois mil anos depois, já entendemos? Será que já entendemos que, para Jesus, verdadeiramente grande é aquele que se faz pequeno? «Quem quiser ser o primeiro há-de ser o último de todos e o servo de todos» (Mc 9, 35)

 

  1. Jesus deita por terra qualquer pretensão de poder. Ele olha para baixo, para quem está em baixo: para os simples, para os pequenos. Por isso, pega numa criança e ensina: «Quem acolher em Meu nome uma criança como esta acolhe-Me a Mim» (Mc 9, 37).

Jesus sempre Se identificou com os mais pequenos (cf. Mt 25, 40). É essa a nossa opção se quisermos efectivamente seguir Jesus: tomar partido pelos mais pequenos. Jesus não dá lugar a dúvidas. Quem quiser segui-Lo deve estar ao lado dos pequenos, dos pobres, dos marginalizados, daqueles que o mundo rejeita. É nos mais rejeitados que Jesus está mais presente. O que fizermos a eles é o que faremos a Ele!

publicado por Theosfera às 05:00

Hoje, 23 de Setembro (25º Domingo do Tempo Comum), é dia de S. Lino, Sta. Tecla, S. Constâncio, S. Pio de Pietrelcina e Mártires Mexicanos.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:10

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