O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Sexta-feira, 31 de Agosto de 2018
  1. Eis-nos, de novo, aqui a peregrinar. À Casa da Mãe estamos sempre a voltar. Vamos, então, continuar a «novenar». Neste segundo dia da Festa, a beleza de Maria vamos outra vez contemplar para que a Sua vida sejamos capazes de imitar. Esta Novena tem um tema que, para a nossa vida, pode servir de lema: «Em cada dia, façamos como Maria».

Saiamos daqui com a disposição de fazer sempre esta associação entre «cada dia» e «Maria». Se fizermos como Maria procurou fazer, a nossa vida outro rumo irá ter. Maria é, para nós, escola de fidelidade e de persistência. Ela é, pois, guia seguro para a nossa existência. Que melhor «remédio» nos pode ser dado do que este Coração Imaculado?

 

  1. Que podemos, então, fazer como Maria? Antes de mais e acima de tudo, podemos aprender a acreditar. Maria é lição de fé. Acreditar como Maria tem muito de risco e ousadia. Maria ensina-nos a acreditar sem qualquer humana segurança esperar. Basta Deus querer para que o «sim» possa acontecer. Isabel declarou Maria feliz por ter acreditado no que Deus quis (cf. Lc 1, 45).

É por isso que de Maria nos vem um grande ensinamento. Será que estamos disponíveis para o aprender em cada momento? É muito o que sobre a fé Maria ensina. É muito belo o que sobre a fé Maria nos ilumina.

 

  1. Maria acredita para lá de toda a evidência. O que da parte de Deus Lhe é pedido humanamente parece não ter sentido. Ser Mãe e Virgem permanecer é algo impossível de acontecer. Bastou, porém, uma celestial garantia para que total disponibilidade se acendesse em Maria. Se para Deus não há impossível (cf. Lc 1, 37), então que o «sim» se torne bem audível.

Foi com um «sim» que Maria respondeu. Foi a partir desse «sim» que a salvação aconteceu: «A Vossa Palavra em Mim se faça» (cf. Lc 1, 38). Foi essa Palavra que inundou Maria de graça.

 

  1. Qual é, então, o segredo da fé de Maria? É deixar-se conduzir por Deus, é querer o que Deus quer. Para Maria, acreditar é viver segundo Deus, de acordo com a Sua vontade. Maria como que Se expropria — e aliena — para que Deus entre totalmente em cena. Jesus mandou-nos pedir o que precisamos (cf. Mt 7, 7), mas, antes disso, ensinou-nos a pedir que se faça sempre a vontade do Pai (cf. Mt 6, 10).

Grande é, por isso, a sabedoria de Maria. Ainda antes de Jesus pregar, o Seu coração como que já tinha aprendido a escutá-Lo. Maria quis sempre o que Deus quis. E foi assim que Se sentiu feliz. Maria é uma pessoa concentrada, mas, ao mesmo tempo, descentrada. O centro de Maria não é Maria. O centro de Maria é Jesus. Quando de Si Se descentra é no Seu Filho que Se recentra.

 

  1. No limite, podemos dizer que Maria não tem fé; a fé é que tem Maria. Do mesmo modo, também nós deveríamos ter fé; a fé é que nos deve ter, a nós. É que a linguagem da posse não combina com a linguagem da fé. De facto, não somos nós que possuímos Deus; é Deus que nos possui, a nós. Não somos nós os «senhores» de Deus; Deus é que é Senhor de nós.

Assim sendo, não podemos exigir que Deus faça o que nós queremos. Quando muito, podemos pedir. O que podemos — e devemos — é pedir que se faça sempre — e só — o que Deus quer. Se Deus nos conceder o que mais nos agrada, óptimo. Mas se Deus nos solicitar o que mais nos custa, porque é que não havemos de aceitar?

 

  1. A vontade de Deus aceitar é algo que nos pode custar. Mas nem por isso a devemos recusar. Não foi fácil para Jesus aceitar o caminho da Cruz. Como acontece a tantos de nós, Jesus também pediu para que da Cruz o livrasse (cf. Mc 14, 36). Mas imediatamente rogou para que o plano do Pai se realizasse.

Também para Jesus, não foi fácil aceitar a vontade do Pai. Como não haveria de ser difícil para nós? A vida está sempre a mostrar que aquilo que custa vale e aquilo que vale custa. O que tem valor não rima com facilidade. São as adversidades que mais nos ensinam. São as horas difíceis que abrem o que parece estar fechado. Não fujamos, pois, das dificuldades. Não estamos sós no mundo. Deus envolve-nos sempre com o Seu amor profundo. E, às vezes, é nos momentos de aflição que mais sentimos o calor da Sua mão.

 

  1. Nós, que tanto amamos Maria, será que procuramos imitar a fé de Maria? Ainda não teremos uma fé demasiado centrada em nós? Não nos costumamos até ufanar da fé que temos quando, como Maria, deveríamos deixar que fosse a fé a ter-nos a nós? São, sem dúvida, muitas as vezes em que nos voltamos para este santuário. Aqui fazemos muitos pedidos. Mas será que fazemos o pedido mais importante, isto é, que queiramos o que Deus quer e que façamos o que Deus quer?

Afinal, a nossa fé não saberá ainda muito a nós? Maria ajuda-nos a centrar a nossa vida em Cristo. Ainda temos muito que crescer nisto. O centro da nossa fé é Jesus Cristo, é Deus que Se revela em Jesus Cristo. A maior alegria que a Maria podemos dar é o Seu Filho adorar.

 

  1. Até nesta Casa ainda há um longo caminho a percorrer para que a centralidade de Jesus Cristo se faça ver. Infelizmente, nem sempre isso acontece e com certeza o coração de Maria connosco se entristece. Não é por mal, mas há coisas que não estão bem. O centro do Santuário é o Altar com o Sacrário. É aqui que está realmente Jesus, pelo que é para aqui que Sua Mãe nos conduz.

Era com pesar que um sacerdote, já falecido, dizia que o sacrário mais abandonado da nossa Diocese era este Sacrário de Nossa Senhora dos Remédios. Os ouvintes espantavam-se porque este sempre foi um lugar maciçamente visitado. O problema é que nem sempre a quantidade se traduz em compostura, em recato, em silêncio, em oração.

 

  1. O Sacrário devia ser um lugar de paragem e não apenas um fugaz lugar de passagem. Para um cristão, o Sacrário é o lugar prioritário. Há quem pense que mostra o seu amor por Maria indo logo a correr para a imagem da Sacristia. Era bom que percebêssemos que, se Maria quisermos honrar, o Seu Filho devemos adorar. É óbvio que não faz mal visitar a imagem de Nossa Senhora que está na Sacristia. Mas só o devemos fazer depois de ao Sacrário virmos ter.

Se, quando recebemos um convite, é pelo dono de casa que começamos os cumprimentos, também no Santuário é no Sacrário que devemos passar os primeiros momentos. Primeiro e no centro Jesus; depois, sim, visitemos a Mãe de Jesus. É essa a Lei que de Deus nos vem e é essa a vontade de Maria também. Tal como um jogo começa com a bola no centro, habituemo-nos também nós no Santuário a começar pelo centro: pelo Sacrário, por Jesus.

 

  1. A nossa vida é muito mais bela quando aprendemos com Ela, com a nossa Mãe. Neste dia — e em cada dia — imitemos a fé de Maria. Não ponhamos Maria no lugar de Jesus. Com Maria, aprendemos a estar sempre perto de Jesus. E, quando a esperança vacilar, acreditemos que o melhor da vida pode estar a chegar.

A vida tem mais beleza quando a deixamos visitar pela surpresa. Maria é a grande — e bela — surpresa de Deus. Não usemos Maria à nossa maneira. Vivamos como Maria a vida inteira. Nossa Senhora dos Remédios, atendei as preces destes peregrinos. Acompanhai-nos nos nossos passos, tão pequeninos. Que o Vosso exemplo queiramos imitar. Nós sabemos que a Vossa protecção nunca nos vai faltar!

publicado por Theosfera às 08:00

Hoje, 31 de Agosto (2º Dia da Novena de Nossa Senhora dos Remédios), é dia de S. Raimundo Nonnato e Sto. Aristides.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Quinta-feira, 30 de Agosto de 2018

1. Antes de mais e quando o sol já começa a aparecer, há uma coisa que vos quero dizer. É tão comovente sentir a fé de tanta gente. De facto, é preciso muita fé para — de carro ou a pé — vir tão cedo louvar a Senhora de Lamego. Mas a vossa fé, queridos irmãos, consegue inventar forças e unir mãos. É isto o que torna estas manhãs diferentes. É isto o que nos leva a estar aqui presentes. Vale sempre a pena participar na Novena. Com lágrimas e com alegria, é para aqui que nos encaminhamos cada dia.

Todos nós podemos testemunhar que a estes momentos nada se pode comparar. Não há Festa como esta. Não há lugar como este monte nem água como a desta fonte. Não me refiro só à água que na Fonte do Adro encontramos. Refiro-me sobretudo à «água viva» (cf. Jo 4, 13-14) que daqui levamos. A «água viva» que aqui se produz tem o nome de Jesus. Vinde, pois, entrai e vede: encontrareis água viva para saciar a vossa sede.

  1.  

    1. Quem Lamego nesta altura visita tem os olhos postos nesta imagem bendita. É para a nossa Mãe que todos os olhares se voltam. É por causa da nossa Mãe que tantas lágrimas se soltam. A Festa arrasta multidões porque a nossa Mãe não sai dos nossos corações. É por isso que, para a Festa ser plena, é fundamental participar na Novena. Foi pela Novena que a Festa começou. Foi a Novena que tanta gente para Lamego chamou. É a Novena que, hoje ainda, aqui nos traz. É na Novena que sentimos acender-se em nós uma imensa paz.

    É certo que a Novena cansa muito por fora. Mas é igualmente verdade que a Novena nos tranquiliza bastante por dentro. É por isso que, se a Novena custa quando começa, custa muito mais quanto acaba. Como no Monte da Transfiguração, sentimo-nos bem no meio de toda esta multidão. Também aqui Jesus Se transfigura: no Seu Pão, reencontramos ânimo e força segura. Por tal motivo, a Romaria tem de desaguar sempre na Eucaristia. É na mesa da Palavra e do Pão que nos abastecemos para a nossa peregrinação. Nunca esqueçamos isto: o mais importante é Jesus Cristo. É para o Filho que a Mãe nos conduz. É d’Ele — e só d’Ele — que as horas mais escuras se enchem de luz.

     

    1. Estamos a iniciar mais um itinerário de tantos lugares para o nosso Santuário. Mas a Novena não termina quando o seu fim chegar. A vivência da Novena é para nunca mais se apagar. Ela é um lenitivo para que o nosso compromisso se mantenha sempre vivo. Nós, cristãos, não fazemos interrupções: o Evangelho tem de estar sempre nos nossos corações.

    Vivamos este tempo com intensidade para que em nós cresça a fidelidade. Com Maria, estaremos centrados na Eucaristia. São João Paulo II reparou nesta Sua característica e a Maria chamou «mulher eucarística» Assim sendo, todos perceberemos que o lugar mais importante do Santuário é o Altar com o Sacrário. É aqui que está Jesus vivo, é aqui que deparamos com a Sua presença real. E é sobretudo aqui que somos obsequiados com o Seu amor sem igual. Não é por acaso — nada é por acaso — que à porta do Sacrário encontramos uma das imagens de Nossa Senhora dos Remédios. Ela está ali, à porta, para nos lembrar o que mais importa. É sempre para Jesus que Maria nos conduz.

     

    1. Enquanto momento de transfiguração, a Novena é uma oportunidade para celebrarmos o Sacramento da Reconciliação. Vários sacerdotes aqui estão para, em nome de Cristo, nos darem o Seu perdão. Não tenhamos medo da Confissão. Como Pai, Deus quer acolher-nos no Seu coração. Para quem se confessa, uma nova vida começa. Não hesitemos em recomeçar. O melhor da vida para nós há-de chegar.

    Não insistamos em ser como somos; procuremos ser o que Deus quer que sejamos. Sabemos que, com as nossas forças, é algo impossível de conseguir. Mas de Deus são muitas as graças que estão sempre a vir.

     

    1. Fixemo-nos, então, na nossa Mãe e Padroeira ou, para ser mais exacto, «Madroeira». É que, se Padroeiro vem de Pai, então para a Mãe a qualificação mais precisa — e expressiva — talvez seja «Madroeira». Mas, para lá do sentido das palavras, o que conta é o sentido da nossa vida. Que terá, desta vez, a nossa Mãe para dizer?

    Maria não precisa de falar para sempre nos tocar. Maria é mais de viver do que de dizer. É mais de dizer com a vida do que de dizer com os lábios. A Sua vivência transporta uma enorme eloquência. Maria é uma escola para que a nossa vida por Cristo se decida. Maria, Ela mesma, foi uma mulher de escuta. Aprendamos, pois, a escutar quem tanto — e tão bem — escutou. E sigamos Aquele que a Sua vida mudou. A Deus Maria disse sempre «sim». Que O mesmo Lhe digamos nós até ao fim.

     

    1. A Diocese propôs-nos o exemplo do Bom Samaritano. «Vai e faz tu também do mesmo modo» (Lc 10, 37). Foi o que disse Jesus ao doutor da lei, foi o que disse o senhor Bispo, há cerca de um ano, a todos os diocesanos. Façamos, então, como o (bom) Samaritano. E façamos também como Maria. Que melhor samaritana que Maria?

    Quem como Maria para cuidar das nossas feridas? Quem como Maria para perceber os dramas das nossas vidas? Há coisas que só uma mãe consegue entender. E há outras coisas que só uma Mãe como Maria é capaz de resolver.

     

    1. Mas se procuramos Maria para suplicar, porque é que não havemos de procurar Maria para mudar? Deixemo-nos guiar por Maria. Aliás, é um dos títulos mais antigos que Ela ostenta: Nossa Senhora da Guia. De facto, Maria «guia-nos» com os Seus «remédios». E o melhor «remédio» que Lhe podemos pedir é a graça de o Seu Filho seguir.

    Foi, aliás, isso o que Ela nunca Se cansou de fazer. Os passos de Jesus foram os passos que Maria quis percorrer. Amemos, por isso, Maria como Mãe e nunca esqueçamos de imitar Maria como discípula.

     

    1. Para este ano, o lema da Novena é: «Em cada dia, façamos como Maria». Não esqueçamos que a maior dádiva que Deus nos deu é a vida que nos ofereceu. Em cada dia, são 24 horas — ou seja, 1440 minutos — que Ele deposita nas nossas mãos.

    Que estamos dispostos a fazer dessa dádiva? A quem queremos entregar esse dom?

     

    1. Cada dia é o nosso campo de missão. Cada dia é uma oportunidade para a nossa conversão. Cada dia é um recomeço de jornada e mais uma etapa na humana caminhada. Não desperdicemos tantos dons. E deixemo-nos guiar por quem nos está sempre a acompanhar.

    Vamos procurar meditar o que Maria fez e como Maria fez. A Igreja apresenta-nos Maria como modelo e exemplo. E, como sabemos, o exemplo em tudo é decisivo. O argumento pode ser pertinente, mas só o exemplo consegue ser convincente. Os argumentos podem ajudar numa discussão, mas só o exemplo é capaz de pôr a nossa vida em transformação.

     

    1. Não apenas nestes dias, mas em cada dia, procuremos fazer então como Maria. Ela está aqui, à nossa espera. Mas atende, em toda a parte, a nossa oração sincera. Em cada hora, Maria é a companhia certa porque a nossa fé desperta. Ela é feliz porque acredita (cf. Lc 1, 45). A nossa vida também é feliz quando o Seu exemplo imita. Em cada dia, façamos sempre como Maria. Rezemos como Ela, cantemos como Ela, trabalhemos como Ela, calemos como Ela e sigamos Jesus como Ela.

    Que a nossa Mãe e Padroeira (ou «Madroeira») esteja convosco a vida inteira. Que os Seus «remédios» curem os nossos males e tédios. Vinde sempre aqui. Mais felizes partireis daqui. Que a nossa vida seja como a d’Ela. Com Ela, a nossa vida será sempre bela!

publicado por Theosfera às 08:00

Hoje, 30 de Agosto (1º Dia da Novena de Nossa Senhora dos Remédios), é dia de Sta. Joana Jugan e S. João Juvenal Ancina.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Terça-feira, 28 de Agosto de 2018

Hoje, 28 de Agosto, é dia de Sto. Agostinho, Padroeiro secundário da Diocese de Lamego, e S. Junípero Serra.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Segunda-feira, 27 de Agosto de 2018

Hoje, 27 de Agosto, é dia de Sta. Mónica e S. Gabriel Maria.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Domingo, 26 de Agosto de 2018

Obrigado, Senhor,

muito obrigado

não só por nos ensinares a sermos humildes,

mas por Tu mesmo nos dares lições tão vivas de humildade.



Quanta competição pelos lugares da frente.

Quantos atropelos pelas posições mais importantes.

Quanta sofreguidão por ser primeiro,

por olhar os outros de cima, com sobranceria, arrogância.



Ainda bem que Tu, Senhor, és diferente.

Ainda bem que és único.



Que nós aprendamos a ser humildes

e que nunca humilhemos ninguém.



Que não subjuguemos os humildes

nem bajulemos os grandes.



Que percebamos que todas as pessoas

são iguais em dignidade, em humanidade.



Que compreendamos que ninguém é mais que ninguém.

Que nos sintamos igualmente filhos de Deus,

igualmente irmãos uns dos outros.



Que valorizemos a grandeza de ser pequeno.

Que dêmos sempre o devido valor às coisas simples.

Que nunca eliminemos a criança que há em nós.

Que olhemos com pureza para os outros.

E que sejamos sempre autênticos e sinceros junto de todos.



Que não tenhamos receio de procurar o último lugar.

Que não disputemos protagonismos.

Que não haja guerras nem guerrinhas por causa de sermos vistos e aplaudidos.



Que compreendamos que basta que Deus veja.

Deus, de facto, tudo vê.

E vê ainda mais o que mais ninguém consegue ver.



Que ajudemos os outros a pegar na Cruz

e que não sejamos cruz para ninguém.

Que suavizemos as dores desta vida

e os sofrimentos múltiplos deste mundo.



Nem sempre há humildade na grandeza,

mas existe sempre grandeza na humildade.



Que nunca percamos de vista

que os mais humildes, os mais pequenos e os mais simples

também são filhos de Deus.

Também eles mereceram o Teu sangue.

Também são amados por Ti,

muito amados por Ti,

JESUS!

publicado por Theosfera às 11:37

A. Cuidado com um Cristianismo «à la carte»

  1. Fechamos hoje um ciclo de cinco domingos em que fomos meditando o capítulo sexto do Evangelho de São João. É um capítulo que começa em festa e acaba em drama. Como bem sabemos, este longo capítulo inicia-se em clima de euforia diante milagre da multiplicação dos pães. A explicação do referido milagre deixa muitos dos discípulos em sobressalto. No início, queriam fazer de Jesus rei; agora, pretendem abandoná-Lo.

Por aqui se vê como este inteiro capítulo é uma preciosa lição de pastoral e de vivência cristã. Ele ajuda-nos a fazer frente a uma espécie de Cristianismo «à la carte», que está muito em voga. Não falta, com efeito, quem aplauda o que lhe agrada e conteste o que o incomoda. Aliás, o próprio Jesus já tinha denunciado que muitos O procuravam não por causa do milagre, mas por causa de lhes ter matado a fome (cf. Jo 6, 26). Ficavam-se pelo significante, sem atender ao significado.

 

  1. É preciso ter cuidado com o «Cristianismo de satisfação». A mensagem de Cristo não é para nossa satisfação, mas para a nossa conversão. Ele convida-nos a fazer a vontade de Deus e não a exigir que Deus faça a nossa vontade. Há dois mil anos, muitos aplaudiram Jesus quando Ele lhes deu o pão, mas afastaram-se de Jesus quando Ele lhes explicou o significado daquele pão.

Atenção, pois, à nossa lógica. A nossa lógica pode ser muito diferente da lógica de Cristo. De facto, dizer «a Minha Carne é verdadeira comida e o Meu Sangue é verdadeira bebida» (Jo 6, 61) parece não ter lógica. Só que um discípulo é chamado a seguir não a sua lógica, mas a lógica de Cristo.

 

B. Será que queremos um Cristianismo (verdadeiramente) cristão?

 

3. Nós, hoje, somos chamados a reproduzir as palavras e os comportamentos de Cristo. E, por isso, temos, como Cristo, de estar preparados para o aplauso e para a contestação. Temos de estar preparados para a discussão e para a rejeição. O discípulo não existe para disputar um qualquer «campeonato da popularidade». O importante não é a popularidade, mas a fidelidade.

O que Jesus nos mostra é que não nos devemos deslumbrar com o aplauso nem deprimir com a contestação. Se adulteramos a mensagem para evitar a contestação e obter o aplauso, não estamos a ser fiéis. Se Jesus quisesse ser aplaudido, é natural que recuasse no Seu discurso. Mas não. Pelo contrário, até os Doze mais próximos são postos à vontade: «Também vós quereis ir embora?» (Jo 6, 67).

 

  1. Jesus, que veio para dar a vida pela multidão (cf. Mt 20, 28), não tem medo da solidão. O que Ele não troca é a verdade pelos aplausos. Será que, vinte séculos depois, teremos aprendido a lição? Será que estamos dispostos a pensar como Jesus? Aliás, nós somos membros de um corpo de que Ele é a cabeça (cf. 1Cor 12). E é suposto que seja a cabeça a comandar o resto do corpo; não é o resto do corpo que há-de comandar a cabeça.

Eis a opção que está, permanentemente, à nossa frente. Queremos um Cristianismo (verdadeiramente) à medida de Cristo ou contentamo-nos com um Cristianismo (apenas) à nossa maneira? Crer também é optar. Cada um de nós tem de fazer, em cada dia, a sua opção. Afinal, somos aquilo que escolhemos.

 

C. A Igreja não é cabeça de Cristo, Cristo é que é a cabeça da Igreja

 

5. Na Primeira Leitura, Josué convida as tribos de Israel, reunidas em Siquém, a escolherem entre «servir o Senhor» e servir entidades vistas como deuses. O Povo assume que quer «servir o Senhor». A história da libertação do Egipto mostra como só Deus é capaz de proporcionar ao seu Povo a vida, a liberdade, o bem-estar e a paz. Por sua vez, o Evangelho coloca à nossa frente dois grupos de discípulos, com opções distintas. Um grupo está preso pela lógica do mundo e prensado pelos bens materiais, pelo poder e pela ambição. O outro grupo mostra-se disponível para seguir Jesus, sabendo que só Jesus tem palavras de vida eterna (cf. Jo 6, 68).

Na Segunda Leitura, São Paulo garante que a opção por Cristo tem consequências até na vida familiar. A família tem de ser como que a primeira Igreja, a Igreja doméstica. Com a sua união, com a sua comunhão de vida, com o seu amor, a família cristã é chamada a ser sinal — e poderoso reflexo — da união de Cristo com a Sua Igreja. Esta união de Cristo com a Igreja assenta numa base muito sólida. É Cristo que conduz a Igreja, não é a Igreja que conduz Cristo. Cristo é a cabeça da Igreja, não é a Igreja que é a cabeça de Cristo.

 

  1. O primeiro grupo de discípulos configura uma Igreja que se arroga o direito de se sobrepor a Cristo. Hoje, esta presunção mantém-se: pela contestação da verdade, pela distorção da mensagem e pela dissidência. Também hoje são muitos os que se afastam (cf. Jo 6, 66). O problema é que pode acontecer que muitos se afastem mesmo quando se mantêm dentro. Ou seja, mantêm-se dentro da estrutura da Igreja, mas afastam-se de Jesus. Fará algum sentido estar na Igreja sem estar com Jesus? É preciso perceber que a Igreja é o corpo de Jesus. Sem Jesus, a Igreja é um corpo decapitado, um corpo sem cabeça.

Cuidado, pois, com esta dissidência interna. Não podemos desfigurar Jesus Cristo. Ser cristão tem de ser apenas — e sempre — seguir Jesus Cristo, viver segundo Jesus Cristo. Um Cristianismo sem pão não sobrevive. Uma Igreja sem Eucaristia desfalece. Não se pode ser cristão sem Eucaristia.

 

D. Nunca em contramão com Cristo

 

7. Os discípulos que contestam Jesus são a imagem de um Cristianismo que só olha para o imediato. Jesus desafia-os a ver mais longe. É fundamental olhar a vida — e a fé — de acordo com os critérios do Espírito (cf. Jo 6, 63). É no Espírito que entenderemos que a Carne de Cristo é alimento para a nossa carne. A nossa carne desfalece sem a Carne de Cristo. Só a Carne de Cristo fortalece. Assim sendo, precisamos de novos olhos, dos olhos da fé. São eles que nos fazem ver o invisível.

A adesão a Jesus não pode ser superficial, tem de ser total. Tem de envolver a totalidade da vida. Ninguém é obrigado a ser cristão. Mas quem decide ser cristão é obrigado a viver segundo Cristo. Isto é elementar, mas, frequentemente, é esquecido. Jesus não força ninguém a entrar e não impede ninguém de sair. O que Ele exige é verdade, transparência e coerência.

 

  1. Um cristão em contramão com Cristo é a maior negação de Cristo. É por isso que Ele nos põe completamente à vontade: «Também vós quereis ir embora?» (Jo 6, 67). O tom parece de provocação, mas é uma questão de verdade. Quem quiser vir é bem-vindo, mas que venha para ser cristão a sério, a tempo inteiro.

Jesus não trabalha para a estatística. Ele quer chegar a todos, mas não a qualquer preço. E, para Jesus, é melhor o afastamento do que uma adesão equivoca, do que uma adesão «a meio gás». É bom ter igrejas cheias, mas o decisivo é que as igrejas estejam cheias com gente cheia: com gente cheia de Deus, cheia de Evangelho, cheia de inquietação, cheia de vontade para a missão.

 

E. Jesus joga sempre limpo

 

9. Jesus não muda uma letra do Seu discurso nem altera um passo do Seu percurso. Jesus joga limpo. Cada um de nós sabe com o que conta.

Há que decidir. As alternativas são apenas duas: sim ou não, aceitação ou rejeição. O que não pode é haver um sim, com mas, talvez ou porém. Temos de ser claros com Jesus como Jesus é claro connosco.

 

  1. Simão despertou: «Para quem iremos nós, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna» (Jo 6, 68). Ele percebeu que só Jesus é a vida, a verdade e o amor. Só Jesus é definitivo. Só Jesus é felicidade e caminho para a felicidade.

Só em Jesus nos superamos. Só em Jesus cresceremos. Não pode haver hesitações. Sigamos sempre Jesus!

publicado por Theosfera às 05:33

Sábado, 25 de Agosto de 2018

Hoje, 25 de Agosto, é dia de S. Luís, Rei de França, S. José de Calazans e S. Miguel de Carvalho.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Sexta-feira, 24 de Agosto de 2018

Hoje, 24 de Agosto, é dia de S. Bartolomeu e Mártires da Massa Cândida.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Quinta-feira, 23 de Agosto de 2018

Hoje, 23 de Agosto, é dia de Sta. Rosa de Lima, S. Filipe Benício e S. Bernardo de Offida.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:42

Terça-feira, 21 de Agosto de 2018
  1. Em 120 anos de vida, nunca o Parque Florestal de Nossa Senhora dos Remédios ardeu.

Com tantos incêndios que tem havido, é um verdadeiro milagre que o «pulmão de Lamego» nunca o assédio das chamas tenha sofrido.


  1. Outro prodígio a anotar é que nunca houve qualquer acidente humano a registar: nem mortos nem feridos.

Ao longo destes mais de cem anos, muitas tempestades se abateram sobre a Mata. Já este ano, a 27 e 28 de Fevereiro, a estrada ficou intransitável com o derrube (parcial ou total) de mais de 200 árvores.


  1. A «chuva congelada» do último Inverno foi mais um contratempo que a Mata enfrentou no decurso de tanto tempo.

Nem este vendaval, contudo, provocou qualquer vítima. No mês em que faz 141 anos que o primeiro carro circulou pela Estrada do Santuário, é um dado assinalável.


  1. Foi, de facto, a 29 de Agosto de 1877 que o primeiro veículo automóvel transitou pelo troço aberto a partir de Julho do ano anterior.

Já houve muitas situações de aperto com a queda de ramos e de árvores. Mas nenhuma vida humana se perdeu.


  1. Tudo isto, que é para agradecer, não dispensa a vigilância que é fundamental manter.

É que o fogo, apesar de ter poupado a Mata, já fez muitos estragos neste lugar.


  1. É conhecido o devastador incêndio que devorou a Sacristia do Santuário na madrugada de 17 de Dezembro de 1868.

Os lamecenses acordaram, sobressaltados, com os repetidos e descontrolados gritos: «Fogo na Capela de Nossa Senhora dos Remédios»!


  1. Dizem as crónicas que todos, «com lágrimas nos olhos, voaram para o sítio onde o incêndio dava a destruição no Santuário da nossa Mãe Protectora».

As chamas consumiram, «palmo a palmo, as obras de arte e alfaias, ameaçando com o seu ar sinistro e medonho a própria vida dos que se aventuraram a disputar-lhes a “presa”».


  1. O corpo do templo foi poupado, mas «a Sacristia e a casa de arrecadação desapareceram como por encanto, ficando tudo reduzido a cinzas».

Foi no âmbito da recuperação que decidiram fazer uma Sacristia nova, passando a antiga a servir de Sala dos Retratos.


  1. Um novo incêndio, embora de proporções muito menores, afectou algumas dependências da Sacristia em Agosto de 1947.

Muitos anos antes, em 1899, foi um giestal que ardeu. Pela descrição, devia ficar na zona do actual Recinto das Peregrinações.


  1. Trinta dúzias de fogo foram aí lançadas durante a Festa e as chamas descontrolaram-se. Veio, então, um pedido de indemnização — no valor de 15$000 réis —, requerido por António Teixeira Gomes, que arrendara aquele terreno.

Nunca é demais o cuidado. Há que fazer tudo pela integridade deste património abençoado!

publicado por Theosfera às 11:04

Hoje, 21 de Agosto, é dia de S. Pio X, S. Sidónio Apolinar, Sta. Umbelina e Sta. Vitória Rasoamanarive.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Segunda-feira, 20 de Agosto de 2018

Hoje, 20 de Agosto, é dia de S. Bernardo de Claraval e S. Felisberto.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Domingo, 19 de Agosto de 2018

Abre, Senhor, os nossos olhos.

Abre, Senhor, o nosso coração.

 

Abre, Senhor, a nossa vida.

Abre-nos, Senhor, à vida,

ao amor, ao perdão e à paz.

 

Abre-nos, Senhor, à partilha.

Abre-nos ao dom e à dádiva.

 

Que sejas sempre Tu em nós.

Que sejas verdadeiramente o nosso Senhor.

 

Habita, Senhor, no nosso mundo,

na nossa vida, no nosso coração.

 

Queremos recomeçar com alento.

Dá-nos, Senhor, a coragem e a confiança.

 

Que nós nunca desfaleçamos.

Tu, Senhor, estás sempre em nós.

 

Que nós queiramos estar em Ti,

JESUS!

publicado por Theosfera às 11:28

A. Dar a carne é dar a vida

 

  1. O Pão de Deus — Pão vivo e Pão da Vida — pode estar além da nossa compreensão, mas não é inacessível à nossa disponibilidade. Neste sentido, o importante não é tanto compreender o seu significado. O importante é que estejamos disponíveis para nos deixamos transformar por ele.

O Pão que Jesus oferece é a «Sua carne», que Ele nos dá pela vida do mundo (cf. Jo 6, 51). A palavra «carne» designa habitualmente a realidade física do homem, na sua estrutural debilidade. Tony Blair reconheceu que «ser humano é ser frágil». Ao assumir que vai oferecer a «Sua carne» por nós, Jesus partilha da nossa fragilidade. Não paira à distância. Faz Seu o que é nosso.

 

  1. Acontece que isto não é fácil de entender. Os judeus não entendem as palavras de Jesus (cf. Jo 6, 51). Quando Jesus Se apresenta como «Pão vivo descido do céu para dar a vida ao mundo», eles entenderam que Jesus pretendia mostrar-Se como uma espécie de «mestre de sabedoria».

Só que Jesus usa o verbo «comer». Jesus convida a «comer» a Sua carne. O que significam as Suas palavras? Terão alguma conotação antropofágica? São, sem dúvida, palavras difíceis de compreender.

 

B. A Eucaristia ajuda a compreender o incompreensível

 

3. Só conseguiremos compreender o que Jesus diz em chave eucarística. A Eucaristia é a chave de toda a Teologia e de toda a vida cristã. É na Eucaristia que sabemos o que se deve saber e o que importa fazer. Todavia, os judeus não conseguem — nem querem — entender.

Mas nem assim Jesus desiste. Jesus reitera a Sua afirmação e vai até mais longe. Ele não só vai dar a «comer» a Sua carne como vai também dar de beber o Seu «sangue». Quem comer esta carne e beber deste sangue recebe a vida definitiva, a vida eterna (cf. Jo 6, 53-54).

 

  1. Esta referência ao «sangue» coloca-nos no caminho da paixão e da morte. Dizer que Jesus é «carne» é o mesmo que dizer que Ele assumiu a nossa fraqueza e até a nossa morte. Dizer que o pão que Ele há-de dar é a Sua «carne para a vida do mundo» significa que Jesus fez da Sua vida um dom, uma oferta, uma dádiva, uma entrega de amor pela humanidade. O ponto alto da entrega dessa vida é a morte, é a Cruz.

Aquela morte surge, assim, como a expressão máxima daquela vida. Na Cruz, manifesta-se, na «carne» de Jesus, o Seu amor, o Seu dom, a Sua entrega.

 

C. Que significa «comer» e «beber»?

 

5. Por conseguinte, quem quiser seguir Jesus tem de «comer» e «beber». Ou seja, tem de aderir a Jesus e tem de se transformar em Jesus. O discípulo não tem de ser outro Jesus, porque não há outro Jesus. O cristão tem de procurar ser sempre Jesus.

O que Jesus está a pedir é que os Seus discípulos reproduzam a Sua vida, o Seu amor e a Sua entrega. Quem se der como Ele terá acesso à vida eterna, a uma vida plena, a uma vida feliz. Quem está com Jesus no tempo com Jesus estará por toda a eternidade.

 

  1. A Eucaristia celebra — e actualiza — esta doação. O mesmo Jesus, que Se doou até ao fim, continua a oferecer-Se como alimento. Por isso, o discípulo, que «come» e «bebe» a Sua «carne» e o Seu «sangue», compromete-se a dar a vida como Ele deu, como Ele sempre dá.

É por isso que as Eucaristias não se somam, mas entranham-se. Muito pertinente era o saudoso D. António de Castro Xavier Monteiro quando perguntava aos cristãos: «Quantas vezes comungastes o Corpo de Cristo e quantas vezes vos transformastes no Corpo de Cristo?». Comungar Cristo tem de implicar sempre transformarmo-nos em Cristo.

 

D. Transformemo-nos em Cristo

 

7. A Eucaristia tem uma celebração sacramental e há-de ter sempre uma celebração existencial. Quando termina a Missa, tem de começar a Missão. Somos chamados a transformarmo-nos em Cristo neste mundo para ajudarmos a transformar o mundo em Cristo.

«Comer a carne» e «beber do sangue» de Jesus é ficar em comunhão íntima com Jesus. O discípulo que adere a Jesus identifica-se com Ele e torna-se um com Ele (cf. Jo 6, 56). É aqui que tem raiz o compromisso cristão. Quem «come a carne» e «bebe do sangue» de Jesus tem de se comprometer com o projecto de Jesus: dar vida ao mundo, dar a vida pelo mundo. Do «comer a carne» e do «beber o sangue» de Jesus nasce uma nova humanidade, que vence a morte e vive para sempre (cf. Jo 6, 58). A Eucaristia é, assim, uma forma singularíssima de tornar presente, na vida dos crentes, a vida e o amor de Jesus.

 

  1. É aqui que se encontra o «senso cristão», que tantas vezes desperdiçamos. O cristão não é chamado a viver segundo o senso comum. São Paulo alerta-nos para a nossa maneira de proceder e diz para não vivermos como «insensatos» (cf. Ef 5, 15). Ao apelar para sermos pessoas de senso, ele está seguramente a exortar para que vivamos segundo o senso de Cristo.

Não basta, pois, qualquer senso nem sequer o consenso. O importante é crescermos todos no senso de Cristo. É no senso de Cristo que aproveitaremos bem os próprios dias maus (cf. Ef 5, 16). Os tempos não ajudam muito, mas Cristo ajuda-nos sempre. E é particularmente nos dias maus que temos de ter uma conduta boa.

 

E. Embriaguemo-nos, mas não com vinho

 

9. São Paulo apela: «Não vos embriagueis com vinho, que leva à vida desregrada, mas deixai-vos encher do Espírito» (Ef 5, 18). Não nos embriaguemos com vinho. Embriaguemo-nos, antes, com o Espírito, que nos infunde a vida de Deus.

São Paulo faz um convite à oração, ao louvor e à acção de graças ao Senhor. Não tenhamos medo de pedir, mas também não nos esqueçamos de agradecer. A oração é importante para tudo: para pedir e para agradecer. Há tanto para pedir sem dúvida. Mas há muito mais para agradecer.

 

  1. Quando sabemos agradecer os dons de Deus estamos no caminho da sabedoria, de que nos fala a Primeira Leitura. Ela surge-nos hipostasiada sob a forma de uma dona de casa, que convida para o banquete. Não descura nada: constrói uma «casa» com «sete colunas» (Prov 9, 1), pois o número sete é o número da plenitude, da perfeição. Prepara comida com abundância e põe a mesa (cf. Prov 9, 2). Depois, envia criadas para que levem a toda a cidade o convite para participar na festa (cf. Prov 9, 3).

Quem são os destinatários do convite feito pela «senhora Sabedoria»? São os «simples», os chamados «inexperientes» e «insensatos» (cf. Prov 4-6). Não é preciso ser muito dotado para chegar a Deus. É o próprio Deus que nos dota. O importante é estar aberto. E os simples, porque estão vazios de si, costumam mostrar uma abertura maior. Sejamos sempre simples e estejamos sempre atentos. O convite de Jesus não demora a chegar!

 

publicado por Theosfera às 05:24

Hoje, 19 de Agosto (20º Domingo do Tempo Comum), é dia de S. João Eudes, Sto. Ezequiel Dias Moreno, S. Luís de Toulouse e S. Bernardo de Tolomai.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Sábado, 18 de Agosto de 2018

Hoje, 18 de Agosto, é dia de Sta. Helena da Cruz, Sto. Agapito e Sto. Alberto Hurtado Cruchaga.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Sexta-feira, 17 de Agosto de 2018

Hoje, 17 de Agosto, é dia de Sta. Beatriz da Silva, Sta. Clara de Montefalco, Sto. Ângelo Mazzinghi, S. Jacinto, S. Mamede e S. Mamés.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Quinta-feira, 16 de Agosto de 2018

1. Os santos recebem honras depois da morte. Mas o mais espantoso é que muitos deles só receberam humilhações durante a vida.

Acresce que essas humilhações eram acolhidas com serenidade e, às vezes, até eram procuradas com (arrepiante) avidez.
 

  1. Porquê? Os santos especializaram-se na «arte» de deixar de viver centrados em si, para passarem a viver completamente centrados em Cristo.

As humilhações ajudavam-nos a «desamarrar-se» de si mesmos. Só Cristo contava. Eles como que se eclipsavam para que somente Cristo reluzisse (cf. Jo 3. 30).


  1. Alguns santos chegavam a ficar seriamente incomodados com os elogios.

Santo António Maria Claret até defendia que «os elogios dos homens atraem a condenação de Deus».



  1. Santo Hilarião golpeava o peito com os punhos e insultava o seu corpo dizendo: «Burro! Não te alimentarei com cevada, mas com palha; esgotar-te-ei de fome e sede; submeter-te-ei ao calor e ao frio para que penses mais no alimento do que na concupiscência».

Daí que se limitasse a ingerir algumas ervas e cinco figos por dia.


  1. São José de Cupertino costumava apresentar-se como…«Frei Burro». Só que a graça divina concedeu-lhe muita sabedoria.

Houve inclusive um professor que testemunhou: «Ouvi-o discorrer tão profundamente sobre os mistérios da Teologia que nem os melhores teólogos do mundo conseguiriam igualá-lo».


  1. Depois de uma reprovação, o Reitor do Seminário terá dito ao futuro Santo Cura d’Ars: «Olha que os professores não te consideram apto para a ordenação sacerdotal. Alguns consideram-te mesmo “burro”. Como resolver esta situação?».

A resposta tornou-se célebre: «Senhor Reitor, Sansão venceu mil filisteus com a queixada de um burro (cf. Jz 15, 15). Não acha que Deus pode fazer muito mais com um “burro” inteiro?»


  1. Apesar da rectidão da sua conduta, os santos não se livraram de insinuações malsãs.

O caso mais aviltante — e, talvez, mais heróico — terá sido o de São Gerardo Majella, redentorista.


  1. Néria Caggiano, uma jovem que ele ajudara, acusou-o de a ter engravidado.

Instado a pronunciar-se, Gerardo optou por nada dizer. À luz do princípio «quem cala consente», foi severamente castigado. Privaram-no de receber a Comunhão e proibiram-no de contactar com pessoas fora do convento.


  1. É claro que Gerardo sofreu horrores.

A sua defesa, porém, foi apenas — e sempre — a oração e a tranquilidade de consciência.


  1. Mais tarde, a delatora, atingida pelos remorsos, desmentiu quanto dissera.

E foi assim que São Gerardo Majella começou a ser associado às vítimas das calúnias. E também à protecção das mulheres grávidas.

publicado por Theosfera às 07:00

Hoje, 16 de Agosto, é dia de Sto. Estêvão da Hungria, S. Roque e Sta. Maria do Sacrário.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Quarta-feira, 15 de Agosto de 2018

Nossa Senhora, nossa Mãe,

que neste dia sobes ao Céu,

fica connosco, que ainda peregrinamos na Terra.

 

Tantas vezes perdidos,

precisamos de uma luz

e Tu és o farol que nos mostra a luz da luz.

 

Nossa Senhora dos Remédios,

Nossa Senhora da Assunção,

scompanha-nos na subida

pelos difíceis caminhos da vida.

 

Estar conTigo é estar na paz,

no amor e na alegria.

 

Estar em Ti é encontrar a melhor companhia

e o mais belo seguro na vida.

 

Mãe, querida Mãe,

hoje é o Teu dia,

o dia da Tua vitória,

o dia do Teu triunfo.

 

Onde nós estamos, Tu continuas a estar.

Onde estás, nós um dia estaremos

para sempre: conTigo e com Teu Filho:

JESUS!

publicado por Theosfera às 11:25

A. Uma festa eminentemente pascal

  1. Belo — muito belo — é este dia. Grande — muito grande — é a festa que celebramos neste dia. Na Eucaristia, celebramos sempre a vitória da vida sobre a morte. Nesta Eucaristia, celebramos também o triunfo de alguém a quem nem a morte pôs fim à vida.

A solenidade da Assunção da Virgem Santa Maria é uma festa eminentemente pascal. Hoje, de facto, celebramos a passagem de Maria da morte para a plenitude da vida. A Ressurreição de Maria é uma consequência da Ressurreição de Jesus e, ao mesmo tempo, desponta como prenúncio da nossa própria Ressurreição.

 

  1. A união entre mãe e filho encontra aqui a sua expressão máxima e a sua concretização suprema. Maria esteve unida a Jesus na morte. Como é que Jesus não haveria de estar unido a Maria na Ressurreição? Maria acompanha Jesus até à morte. Jesus conduz Maria à Ressurreição. Jesus sobe para o Pai e faz subir Maria para o mesmo Pai. Jesus eleva-Se ao Céu. Maria é elevada ao Céu.

É a diferença, não apenas terminológica, entre ascensão e assunção: ascensão é mais activa, assunção é mais passiva. Jesus sobe ao Céu pelas Suas próprias forças. Maria é elevada ao Céu na força de Seu Filho Jesus.

 

B. No tempo, caminhando para além do tempo

 

3. A Igreja sempre acreditou naquilo que o Papa Pio XII viria a formular a 1 de Novembro de 1950, na constituição apostólica «Munificentissimus Deus»: a Virgem Maria,«tendo terminado a Sua missão na terra, foi elevada, em corpo e alma, à glória do Céu».

Em apoio desta verdade de fé, o Santo Padre invoca o Livro do Génesis (cf. Gén 3, 15), destacando a vitória de Maria sobre o pecado e sobre a morte. A certeza desta vitória sobre a morte é reforçada por S. Paulo, na sua Primeira Carta aos Coríntios: «Então se cumprirá a palavra que está escrita [por Isaías 25, 8)]: “a morte foi engolida pela vitória”»(1Cor 15, 55).

 

  1. Como membro da Igreja — membro mais eminente porque mais santo —, Maria, na Sua assunção, indica o caminho à própria Igreja: a consumação no tempo futuro, na eternidade com Deus. Maria é a garantia de que a Igreja, que caminha no tempo, não se esgota no tempo. O caminho da Igreja só estará concluído além-tempo, na eternidade.

A Ressurreição de Maria surge, por conseguinte, como a certeza, neste mundo de incertezas, de que cada um de nós caminha para a glória plena, em que Ela já Se encontra. A assunção de Maria ao Céu, em corpo e alma, funciona, por isso, como a garantia de que o homem se salvará na totalidade. Também o nosso corpo ressuscitará. Também o nosso corpo será para Deus.

 

C. A vitória dos que costumam ser vencidos

 

5. O triunfo de Maria é o triunfo da Igreja. Não um triunfo sobre ninguém nem contra ninguém. O triunfo de Maria é o triunfo da Igreja com toda a humanidade. No fundo, o triunfo de Maria é o triunfo da humanidade: de uma humanidade redimida, de uma humanidade reconciliada, de uma humanidade aberta e acolhedora.

O triunfo desta humanidade é o triunfo da humildade. Maria mostra bem que só chega ao alto quem fica ao lado dos que estão em baixo. Só atinge as alturas quem se dispõe a descer às profundezas. Só alcança a luz quem não foge das sombras. É por isso que Maria agradece a Deus por ter olhado para a humildade da Sua serva (cf. Lc 1, 48). Ela reconhece, em linha com o Salmo 138, que Deus olha para quem é humilde (cf. Sal 138, 6).

 

  1. O triunfo de Maria não é, pois, o triunfo dos que costumam vencer. Pelo contrário, é o triunfo daqueles que costumam ser vencidos. Não espanta, portanto, que Maria veja a história ao contrário. Maria sabe que, para Deus, os vencidos são os vencedores e os pequenos é que são reconhecidos como grandes.

O triunfo de Maria é oferecido por Deus, que não sabe — nem quer — ser imparcial. Deus toma partido pelos oprimidos, pelos sofredores, pelos humildes. Deus está ao lado de quem é marginalizado e não de forma passiva. Como Maria canta no «Magnificat», Deus dispersa os soberbos, derruba os poderosos e esvazia de riqueza os ricos. Em contrapartida, o mesmo Deus enche de bens os que têm fome e eleva os humildes (cf. Lc 1, 51-53).

 

D. Adormecimento, não aniquilamento

 

7. Neste sentido, podemos — e devemos — olhar para a Assunção de Maria como um despertador da sonolência em que nos deixamos cair. É curioso notar que esta festa também é conhecida, sobretudo no oriente, como festa da «dormição». Mas trata-se de uma «dormição» que nos provoca um grande abanão. Maria desperta-nos quando «adormece». Aliás, ainda hoje se diz de alguém que morreu após uma vida santa que «adormeceu no Senhor».

Deste modo, uma vez mais verificamos como a fé oferece um sentido para a vida e não deixa de oferecer um sentido para a morte. A tradição cristã apresenta-nos a morte como um adormecimento, não como um aniquilamento ou destruição. Daí que o lugar onde repousam os defuntos tenha o nome de «cemitério», isto é, o «lugar onde se dorme» e não o «lugar onde se morre». Nós, crentes, olhamos para a morte como um «adormecimento» para este mundo transitório e como um «despertador» para o mundo definitivo.

 

  1. A este propósito, convirá recordar que a«dormição» de Maria é uma das grandes festas das Igrejas Ortodoxas e das Igrejas Católicas Orientais. Trata-se de uma festa que, na maior parte dos casos, também se comemora neste dia 15 de Agosto. Isto significa que Maria também morreu. De resto e como perguntava Severo de Antioquia, se não tivesse morrido, como é que poderia ter ressuscitado? E, afinal, Jesus também morreu. Pelo que, para partilhar a Ressurreição de Cristo, Maria teve que primeiro compartilhar de Sua morte.

O certo é que, em 1997, S. João Paulo II afirmou que Maria experimentou a morte natural antes de ser elevada ao Céu. Como sabemos, o Novo Testamento é omisso nesta matéria, não nos oferecendo qualquer informação sobre as circunstâncias da morte de Maria. Este silêncio leva a supor que tal morte terá ocorrido de forma natural, mas num ambiente totalmente sobrenatural. S. Francisco de Sales defende que a morte de Maria constituiu um transporte de amor. Ele fala de uma morte «de amor, no amor e através do amor». Foi ao ponto de dizer que a Mãe de Deus morreu de amor por Seu Filho Jesus.

 

E. Do Céu, Ela continua a perfumar a terra

 

9. Já agora, é interessante notar que os nossos irmãos ortodoxos preparam a «dormição» de Maria com um jejum de 14 dias. Eles acreditam que o Seu corpo foi ressuscitado ao terceiro dia após a morte — depois de encontrarem o Seu túmulo vazio — e que ela foi corporalmente elevada aos céus numa antecipação da ressurreição universal dos mortos.

Os católicos também acreditam que Maria primeiro morreu e depois foi elevada ao Céu. Algumas versões dizem que tudo aconteceu em Éfeso, na Casa da Virgem Maria. Outras versões, mais antigas, indicam que Maria morreu em Jerusalém. Consta que um dos apóstolos — pelos vistos, S. Tomé — não estava presente quando Maria morreu. Quando ele chegou, reabriram o túmulo e verificaram que estava vazio. Só restavam as mortalhas. Uma outra tradição afirma que Maria lançava do Céu a Sua cinta para S. Tomé como prova de que tinha ressuscitado .

 

  1. Embora tenha sido definida há relativamente pouco tempo, existem relatos muito antigos sobre a assunção de Maria ao Céu. A Igreja sempre interpretou o capítulo 12 do Apocalipse como fazendo referência à Assunção. A mais antiga narrativa que se conhece é o chamado «Livro do Repouso de Maria». Também muito antigas são as diferentes tradições das chamadas «Narrativas da Dormição dos “Seis Livros”». A Assunção aparece igualmente no livro do «trânsito de Maria», de finais do século V.

É comum, em muitos lugares, a bênção de perfumes no dia da Festa da Dormição. E não há dúvida de que Maria continua a perfumar a nossa vida com bênçãos sem limite e graças sem fim. Do Céu, Ela continua a perfumar a terra. Deixemo-nos perfumar sobretudo pela vida do Filho de Maria. A alegria desta Mãe é que sigamos, cada vez mais, os passos de Seu Filho, Jesus!

publicado por Theosfera às 05:01

Hoje, 29 de Agosto, é dia do Martírio de S. João Baptista e Sta. Sabina.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Hoje, 15 de Agosto, é dia da Assunção de Nossa Senhora, de Nossa Senhora da Lapa e de S. Tarcísio.

É Dia Santo de Guarda e Feriado Nacional.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Terça-feira, 14 de Agosto de 2018

Hoje, 14 de Agosto, é dia de S. Maximiliano Maria Kolbe, Sta. Anastácia e Sta. Isabel Renzi.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Segunda-feira, 13 de Agosto de 2018

Hoje, 13 de Agosto, é dia de S. Ponciano, Sto. Hipólito, S. Cassiano de Ímola e S. Marcos de Aviano. Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Domingo, 12 de Agosto de 2018

Neste dia 12 de Agosto,

há vinte e nove anos,

estava, Senhor, prostrado diante de Ti para me consagrar a Ti e, em Ti, a todos os irmãos.

Tu, Senhor, nunca faltaste. Tu, Senhor, nunca me deixaste. Nas horas mais escuras, nos momentos de maior tormenta, eu bati sempre à Tua porta e Tu marcaste sempre presença na minha vida.

Por isso, Te louvo.

Por tudo Te agradeço.

À Tua (e nossa) Mãe renovo a consagração da minha vida

e a entrega do meu sacerdócio.

Como Ela, quero pronunciar uma única palavra: sim! Sim a Ti, Senhor, Sim à Igreja, Sim à paz, à reconciliação. Sim à amizade. Sim a cada ser humano. Mantenho o propósito da primeira hora: viver totalmente des-centrado de mim, estar plenamente centrado em Ti. Recebe, Senhor, a minha vida, acolhe o meu ser. Modela o meu espírito. Orienta os meus passos. Sê Tu em mim para que, em Ti, possa ser sinal do Teu imenso amor pela humanidade.

Obrigado, Senhor, por todos os dons.

Obrigado pelo dom de cada instante.

Obrigado pelo dom de cada pessoa.

Obrigado por fazeres das noites escuras começos de manhãs radiosas.

Obrigado pelas clareiras que fazes brilhar nas sombras.

Que nunca seja eu.

Que sejas sempre Tu em mim.

 

Há vinte e nove anos que sou padre.

Não por mim. Mas para Ti. E para todos os Teus.

Ajuda-me, Senhor, a ser sempre padre

como Tu queres e até quando Tu quiseres.

 

Obrigado pelos Pais que me deste.

Obrigado pelas pessoas que me têm acompanhado.

Obrigado por tanto.

Obrigado por tudo.

Obrigado, Senhor!

Com as minhas limitações e debilidades, a maior das minhas alegrias é ser padre até ao fim dos meus dias. Haja o que houver, só quero ser o Deus quiser. Obrigado, bom Deus, por me teres escolhido. Obrigado a todos por, em cada dia, me terem acolhido. Rezem para que eu siga Cristo até ao fim. E que faça o que Ele quiser fazer de mim!

É para Maria que de novo me volto. É a Maria que imploro: «Maria, Senhora/ do mais fundo de mim/ eu rezo, eu peço/ acompanha-me até ao fim». Eu sei que sempre me acompanharás. Nunca me tem faltado a Tua paz. Obrigado, pois, por quanto me dás, Mãe!

publicado por Theosfera às 11:25

A. Quantas vezes já não dissemos «basta»?

 

  1. Quem não se sente retratado nestes textos? Quem não se revê no desânimo de Elias? E quem já não foi alvo de murmurações como Jesus? Desânimo e murmurações são o que nos acontece, são aquilo em que mais nos vemos envolvidos.

Tantas são, pois, as vezes em que nos apetece desabafar como Elias: «Já chega!»; «Já basta!» (cf. 1Re 19, 4). Tantas são as vezes em que nos apetece deitar e adormecer com vontade de não mais acordar. Não falta até quem, à semelhança de Elias, deseje a morte, rogando a Deus que lhe tire a vida (cf. 1Re 19, 4).

 

  1. A Primeira Leitura apresenta-nos um Elias abatido, deprimido e dramaticamente solitário. Sente-se incompreendido e abandonado no meio da perseguição que se abate sobre ele. O profeta nota que falhou, que a sua missão está condenada ao fracasso e que a sua luta é inglória. Está com medo e com vontade de desistir de tudo.

Nada disto é surpresa para nós. Afinal, ser profeta é ser humano, é ser, muitas vezes, tragicamente humano. O pedido que Elias faz a Deus — que lhe dê a morte — mostra que o profeta não está tolhido na sua humanidade.


 

B. Quando o sofrimento está perto, Deus não está longe

 

  1. Mas tal pedido acaba por revelar também que o profeta deprimido é alguém de quem Deus está próximo. Se Deus está sempre connosco, diria que Ele faz questão de estar ainda mais perto nas horas más, nas horas de provação. De facto, é quando parece que está mais ausente que Ele está efectivamente mais presente.

Quando o sofrimento está perto, Deus não está longe. Já dizia Guerra Junqueiro que «quem fraterniza com a dor, comunga com Deus». No fundo, a Primeira Leitura não apresenta só o drama do profeta Elias. Apresenta também — e bastante — a presença de Deus junto dele.

 

  1. Deus sinaliza a Sua solicitude oferecendo a Elias «pão cozido sobre pedras quentes e uma bilha de água» (1Re 19, 6). É a certeza de que o profeta não está abandonado por Deus, mesmo quando é incompreendido e perseguido pelos homens. Isto significa que Deus está ao lado daqueles que chama. Dá-lhes alimento — e alento — para serem fiéis à missão, sobretudo em ambientes de adversidade e incerteza. Deus é a presença certa na hora incerta.

Deus não Se resigna ao desânimo. Deus reanima o desanimado.

É por isso que o profeta se levanta e caminha, durante «quarenta dias e quarenta noites até ao monte de Deus, o Horeb» (1Re 19, 8).


 

C. Com Deus é difícil, sem Deus é insuportável

 

  1. Esta referência aos «quarenta dias e quarenta noites» alude certamente à estadia de Moisés junto de Deus na montanha sagrada (cf. Ex 24,18). E também pode aludir ao percurso do Povo durante quarenta anos pelo deserto, até alcançar a Terra Prometida. A subida ao monte é, pois, um regresso às fontes, às origens de Israel como Povo de Deus.

Também hoje, só em Deus conseguiremos levantar-nos para continuar o caminho da vida. Com Deus, a vida continua a ser difícil. O problema é que, sem Deus, a vida torna-se, pura e simplesmente, insuportável.

 

  1. O Evangelho apresenta-nos Jesus como alimento, como alimento incomparável. Jesus não é mero pão para a vida, mas verdadeiro «Pão da vida» (Jo 6, 48). Jesus é o «Pão vivo que desceu do Céu» (Jo 6, 41. 50). Não se trata, portanto, de um pão qualquer.

Há, porém, quem não entenda e recuse e murmure. Há quem se alimente na vida, mas não queira alimentar a vida. O Evangelho anota a murmuração dos judeus a propósito das palavras de Jesus e descreve a controvérsia que se seguiu. Eles não aceitam que Jesus Se apresente como «o Pão que desceu do Céu». Eles conhecem a Sua família, a Sua terra e acham que Jesus não pode vir de Deus (cf. Jo 6, 41). Como se a terra não viesse também do Céu, como se a terra não estivesse destinada ao Céu.


 

D. Famintos sem fome?

 

  1. Acontece que Jesus não entra por estes atalhos da discussão. Ele não discute a Sua origem divina. O que mais O preocupa é que os Seus ouvintes olhem para Ele não como Ele é, mas como eles são. Eles sabem que não são capazes de fazer o que Jesus faz. É pena que não estejam receptivos a que Jesus faça algo neles.

No fundo, eles não se apercebem de que Deus lhes oferece Jesus como o Pão para dar vida ao mundo. O problema é que os judeus estão demasiado instalados nas suas certezas. O problema é que eles estão cercados pelas suas seguranças. O problema é que eles olham para a religião como um sistema meramente ritualista, estéril e vazio, sem implicações na vida.

 

  1. O nosso mal é que, tal como os judeus de há dois mil anos, também nós nos comportamos como famintos que nem sequer sentem fome. O Pão está à nossa beira. Não é preciso fazer qualquer despesa para ter acesso ao Pão. Basta ter vontade de ser alimentado. É pena que nos falte essa vontade. É pena que, muitas vezes, nos falte a vontade de acolher Jesus, «o Pão que desceu do Céu» (cf. Jo 6, 43-46).

O nosso mal é, tal como os judeus de há dois mil anos, não escutar Jesus. O nosso mal é estarmos muito «ego-centrados» e muito «ego-sentados». O nosso mal é estarmos instalados num esquema de orgulho e de auto-suficiência julgando que não precisamos de Deus.


 

E. O Pão que dá vida até para lá da morte

 

  1. É tudo isto que entristece o Espírito Santo. É isto que nos leva a não reparar na marca que Ele imprime em nós (cf. Ef 4, 30). Sucede que, como recorda São Paulo na Segunda Leitura, nós estamos marcados por Deus (cf. Ef 4, 30). É importante que essa marca se note. Quem se dispõe a aceitar Jesus como Pão vivo nunca lhe verá faltar força na vida. Não esqueçamos que Jesus é o Pão que sacia a nossa fome de vida. Nunca é demais recordar que a expressão «Eu sou» —presente em «Eu sou o Pão da vida»(Jo 6, 48) — é, na Bíblia, uma fórmula de revelação. Ela corresponde ao nome de Deus tal como aparece no Êxodo: «Eu sou aquele que sou» (Ex 3,14).

Por conseguinte, ao dizer que é o Pão da vida, Jesus manifesta a Sua divindade. Deste modo, estar com Jesus é estar com Deus. Aderir a Jesus é aderir a Deus: por isso, quem acredita em Jesus possui a vida eterna, isto é, a vida definitiva (cf. Jo 6, 47). Jesus é um pão diferente do pão antigo. Quem comeu o pão antigo, o maná, morreu (cf. Jo 6, 49). Quem come o novo Pão, que é Jesus, não morrerá. Até depois da morte, viverá.

 

  1. A vida eterna não é só uma vida sem fim; é sobretudo uma vida cheia. Vida eterna é, pois, sinónimo de vida plena. E vida plena não é acrescentar anos à vida, mas acrescentar vida em cada ano. Olhando para o exemplo de Jesus, vida plena é uma vida doada, uma vida oferecida.

Jesus anuncia que vai dar a Sua «carne» (cf. Jo 6, 51).

Não está, obviamente, a referir-se à Sua carne física. A «carne» de Jesus é a Sua pessoa, é a Sua vida. Jesus está sempre a dar-Se, está sempre a dar-Se-nos. Jesus dá-Se-nos todos os dias, em gestos de amor, de bondade, de solicitude, de misericórdia. Na Sua dádiva, Jesus mostra como Deus é bom (cf. Sal 34, 8). Aliás, estamos sempre a provar e a ver como Deus é bom. Sejamos, nós também em cada dia, o eco da infinita bondade de Deus!

publicado por Theosfera às 04:54

Hoje, 26 de Agosto (21º Domingo do Tempo Comum), é dia de Sta. Micaela, S. Domingos de Nossa Senhora, S. Liberato, Sta. Maria de Jesus Crucificado e Sta. Teresa Jornet.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Hoje, 12 de Agosto (19º Domingo do Tempo Comum), é dia de Sto. Amadeu da Silva, Sta. Hilária, S. João de Riéti e Sta. Joana Francisca de Chantal.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Sábado, 11 de Agosto de 2018

Hoje, 11 de Agosto, é dia de Sta. Clara de Assis, Sta. Susana e S. Maurício Tornay.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Sexta-feira, 10 de Agosto de 2018

Hoje, dia 10 de Agosto, é dia de S. Lourenço e Sta. Filomena.

Refira-se que S. Lourenço é invocado contra a lombalgia e os incêndios. É também o protector das bibliotecas. É ainda o padroeiro dos cozinheiros e dos hospedeiros.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Quinta-feira, 09 de Agosto de 2018

Hoje, 09 de Agosto, é dia de Sta. Teresa Benedita da Cruz (nome religioso da filósofa Edith Stein), S. Carlos Maria Leisner, S. Samuel de Edessa e S. João de Fermo ou da Alvérnia.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Quarta-feira, 08 de Agosto de 2018

Hoje, 08 de Agosto, é dia de S. Domingos (Fundador da Ordem dos Pregadores), 14 Santos Auxiliadores e Sta. Maria Margarida do Sagrado Coração, Fundadora das Irmãs Mínimas do Sagrado Coração.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Terça-feira, 07 de Agosto de 2018
  1. No início, os santos eram sobretudo os mártires, aqueles que derramavam o sangue pela fé.

Como reconheceu São Basílio, «a Igreja foi regada com o sangue dos mártires».


  1. É por tal motivo que, ainda hoje, o elenco oficial dos santos tem o nome de «Martirológio».

Acontece que, quanto mais cristãos matavam, tanto mais os cristãos se multiplicavam. Daí a máxima de Tertuliano: «Sangue de mártires, semente de cristãos».


  1. Estes mártires eram proclamados santos pelo povo.

O primeiro santo a passar por um processo de canonização foi Santo Ulrico, no século X.


  1. A canonização mais rápida foi a de São Pedro de Verona. Tendo falecido a 6 de Abril de 1252, subiu aos altares a 9 de Março do ano seguinte. Ou seja, 11 meses e três dias depois do seu falecimento

A segunda canonização mais célere foi a de Santo António. Tendo morrido a 13 de Junho de 1231, foi canonizado a 30 de Maio de 1232. Precisamente 11 meses e 17 dias após a sua morte.


  1. O «Martirológio Romano» contém cerca de 6.500 nomes.

Sucede que, muitas vezes, um nome é acompanhado de vários «companheiros mártires». Ora, os «companheiros mártires» de um único santo podem ascender a dezenas ou até a centenas.


  1. Basta notar que, no dia em que tornou pública a sua renúncia (11 de Fevereiro de 2013), Bento XVI anunciou a canonização de 802 pessoas.

Eram Santa Laura Upegui, Santa Maria Guadaluppe Zavala e Santo António Primaldo com os seus 799 «companheiros mártires»!


  1. Acresce que o Martirológio exclui os santos cuja existência é incerta.

E tem o cuidado de ressalvar que a sua listagem não é exaustiva, muito longe de «um catálogo completo».


  1. Assim sendo, se aos 6500 santos e beatos incluídos no Martirológio somarmos «os companheiros mártires» de muitos deles (além daqueles cuja existência é duvidosa), obteremos um total bastante superior.

São seguramente mais de 10.000, havendo mesmo quem tenha apurado perto de 20.000.


  1. Importa, entretanto, realçar que, para lá dos santos reconhecidos, há muitos mais que só Deus conhece.

É por isso que a Igreja reservou um dia — 1 de Novembro — para honrar «Todos os Santos»: os canonizados e beatificados e os que nunca serão beatificados nem canonizados.


  1. Aliás, a santidade não deveria ser a excepção, mas a regra. Santos deveríamos ser todos (cf. Lev 19, 2).

E se tantos conseguiram, porque é que nós não havemos de tentar?

publicado por Theosfera às 11:05

Hoje, 07 de Agosto, é dia de S. Sisto II, S. Caetano, Sto. Alberto de Trápani, Sto. Agatângelo de Vêndome e S. Cassiano de Nantes.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Segunda-feira, 06 de Agosto de 2018

Hoje, 06 de Agosto, é dia da Transfiguração do Senhor (festa celebrada, em alguns locais, como do Santíssimo Salvador), S. Justo e S. Pastor.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Domingo, 05 de Agosto de 2018

Tudo sobe para cima.

Tudo caminha para o alto.

Tudo tende para o fim.

 

E, na verdade, o que importa é o fim,

o fim para o qual nos chamas.

 

Tu, Senhor, chamas-nos para a felicidade,

para a alegria, para a justiça, para a paz.

Tu, Senhor, chamas-nos para Ti.

 

A vida é cheia de sinais.

É importante estar atento a eles.

É fundamental deixarmo-nos guiar por eles.

 

Neste mundo, tudo passa.

Nesta vida, tudo corre.

Neste tempo, tudo avança.

Só a Tua Palavra permanece, Senhor.

 

 

Obrigado por nos reunires,

por nos congregares,

por nos juntares.

 

De toda a parte Tu chamas,

Tu convocas,

Tu reúnes.

 

Obrigado, Senhor, pela esperança

E pelo ânimo,

Pelo vigor e pela presença.

 

 

 

O importante não é saber a hora do fim.

O fundamental é estar pronto, preparado, disponível.

 

Para Ti, Senhor, o fim não é destruição nem dissolução.

ConTigo, Senhor, o fim é plenitude, realização, felicidade.

 

Em Ti já sabemos o que nos espera.

Tu, Senhor, és a esperança e a certeza da esperança.

 

Tu já abriste as portas.

Tu já inauguraste os tempos últimos, os tempos novos.

 

ConTigo nada envelhece.

Em Ti tudo se renova.

Renova sempre a nossa vida,

JESUS!

publicado por Theosfera às 11:28

A. A Palavra está unida ao Pão

 

  1. De novo, o Pão. Depois do milagre, a explicação. Afinal, ontem como hoje, o Pão está unido à Palavra. É que «nem só de pão vive o homem; mas de toda a palavra que sai da boca de Deus» (Mt 4, 4). A Palavra também alimenta e o Pão também ensina.

Este 18º Domingo do Tempo Comum repete, no essencial, a mensagem do passado Domingo. Assegura-nos que Deus está empenhado em oferecer ao Seu povo o alimento que dá a vida eterna.

 

  1. Na Primeira Leitura, a intervenção de Deus não se limita a satisfazer a fome biológica. Deus quer também — e acima de tudo — ajudar o Povo a crescer, a amadurecer, a superar mentalidades estreitas e egoístas. No Evangelho, Jesus vai mais longe. Não só oferece alimentos como Ele mesmo Se apresenta como o alimento. Jesus é, verdadeiramente, pão: o Pão da vida, o Pão para a (nossa) vida. Aos que O seguem, Jesus pede que O aceitem como Pão, isto é, que escutem a Sua mensagem e adiram à Sua proposta.

Como corolário, a Segunda Leitura certifica-nos de que a adesão a Jesus implica deixar de ser homem velho para passar a ser homem novo. Aquele que acolhe Jesus como Pão passa a ser outra pessoa, passa a ter nova vida. O encontro com Cristo deve significar, para todos, uma mudança total. Nada pode ser como dantes.


 

B. O «outro lado» da realidade

 

  1. O episódio que, hoje, o Evangelho nos transmite transporta-nos para o dia seguinte à multiplicação dos pães e dos peixes. A multidão vai «à procura de Jesus» (Jo 6, 24). Eis o essencial de tudo: procurar Jesus, nunca desistir de procurar Jesus, nunca nos cansarmos de procurar Jesus.

É preciso pensar, por isso, em cada dia e no dia seguinte. O dia seguinte é um dia que não pode ser desperdiçado. Jesus espera-nos também no dia seguinte e no «outro lado». De facto, Jesus está à nossa espera «no outro lado do mar» (Jo 6, 25) e sobretudo «no outro lado» das nossas expectativas, no «outro lado» dos nossos interesses. Jesus é o «outro lado» da nossa vida: o melhor lado da nossa vida, o lado da verdade, o lado do bem, o lado da justiça, o lado do amor.

 

  1. Na manhã daquele «dia seguinte», a multidão que tinha sido alimentada conseguiu passar para o «outro lado do mar». Mas ainda não tinha conseguido passar totalmente para o «lado» de Jesus. Aquela gente ainda não tinha percebido quem era Jesus e até estava convencida do que Jesus não era. Aquela gente, afinal, procurava Jesus não por causa de Jesus, mas por causa de si.

Jesus faz notar que a multidão estava equivocada. Aquela gente estava com a pessoa certa, mas por razões erradas. A actividade de Jesus não é de natureza biológica, mas teológica. Mais do que encher o estômago, o que Jesus pretende é (pre)encher a vida.


 

C. Não um Jesus à nossa maneira, mas nós à maneira de Jesus

 

  1. Qual é o Pão que Jesus nos oferece? É o Pão do amor, da partilha e do serviço. É este Pão que faz nascer — e multiplicar — os outros pães. Acontece que a tentação do imediatismo não é de agora. Já naquele tempo, o entendimento fixava-se mais no significante que no significado.

Falta perceber que Jesus não é apenas o último recurso. Jesus é, com toda a propriedade, o único percurso. Não basta, por isso, procurar Jesus, embora esse seja o primeiro — e decisivo — passo. Mas é fundamental fazer caminho com Jesus, aderindo à Sua proposta de vida.

 

  1. Não podemos procurar Jesus para resolver os nossos problemas. Devemos procurar Jesus para irmos mais além dos nossos problemas. Devemos procurar Jesus para seguir Jesus, para fazer nossa a vida de Jesus. Daí que Jesus nos deixe um aviso: é preciso encontrar não só o alimento para matar a fome dos pães para a vida, mas sobretudo o alimento que permita saciar a fome do Pão da Vida.

É necessário perceber que, mesmo perto de Jesus, podemos não entender o essencial sobre Jesus. Pode acontecer que, mesmo perto de Jesus, queiramos um Jesus à nossa maneira em vez de sermos nós a ser à maneira de Jesus. A multidão, ao preocupar-se apenas com a procura do alimento material, está a esquecer o fundamental: o alimento que dá a vida eterna. Tal alimento é o próprio Jesus (cf. Jo 6, 27).


 

D. Importante é «comer» Jesus

 

  1. O que é preciso fazer, então, para receber esse alimento, para comer desse pão? Esta é a pergunta daquela multidão (cf. Jo 6, 28). A resposta é inequívoca: é preciso aderir a Jesus (cf. Jo 6, 28). É que, no fundo, aquela multidão tinha beneficiado da acção de Jesus, mas mostrava que ainda não estava disposta a seguir Jesus. Não basta comer o Pão; é determinante deixarmo-nos transformar pelo Pão que comemos.

Todavia, os interlocutores de Jesus ainda não estão convencidos de que esse pão garanta a vida eterna. E dão até o exemplo dos seus antepassados, que comeram um pão vindo do céu — o maná — e, mesmo assim, morreram (cf. Jo 6, 31). Custa-lhes aceitar que a vida eterna resulta do amor, do serviço, da partilha. O maná não é o pão que sacia a fome de vida eterna. O pão que sacia a fome de vida eterna é o próprio Jesus (cf. Jo 6, 32-33).

 

  1. O importante não são gestos espectaculares, que deslumbram e impressionam, mas não mudam nada. O importante é acolher a proposta que Jesus faz e vivê-la nos gestos simples de todos os dias. É em cada dia que somos alimentados pelo Pão da vida. O Pão da vida é Jesus.

De facto, «Eu sou o Pão da vida» (Jo 6, 35) é uma fórmula de revelação, ou seja, uma afirmação de identidade. Jesus é não só o portador do pão, mas o próprio pão. Só em Jesus saciamos a nossa fome. Ele é a resposta total para a pergunta total. Quem se alimenta de Jesus nunca mais terá fome nem sede (cf. Jo 6, 35). Alimentarmo-nos de Jesus implica escutar a Sua Palavra, acolher a Sua proposta, enfim, incorporar toda a Sua vida.

 

 

E. Ninguém envelhece quando está com Jesus

 

  1. Tudo se transforma, por conseguinte, a partir de Jesus. Entende-se, pois, que São Paulo nos convide a deixar a vida antiga e os esquemas do passado, para abraçarmos definitivamente a vida nova de Jesus. Para sinalizar esta mudança, Paulo recorre à linguagem do «homem velho» e do «homem novo». O «homem velho» é o homem que ainda não aderiu a Jesus. Trata-se de uma vida marcada pela mediocridade, pela futilidade (cf. Ef 4, 17), pela corrupção e pela submissão aos «desejos enganadores» (Ef 4, 22). Já o «homem novo» é o homem que encontra Jesus Cristo e que aderiu à Sua proposta. É alguém que vive na verdade, na justiça e na santidade verdadeiras (cf. Ef 4, 21.24).

O Baptismo é o sacramento da transformação do «homem velho» em «homem novo». O próprio rito do Baptismo sugere esta transformação: o imergir na água significa o morrer para a vida antiga de pecado; o emergir da água assinala o nascimento de um outro homem, purificado do egoísmo, do orgulho, do pecado.

 

  1. Sabemos, porém, que, apesar de renovados pelo Baptismo, continuamos a ceder ao «homem velho». Daí a necessidade de «uma segunda tábua de salvação depois do Baptismo». O Sacramento da Confissão é, como diziam os antigos, uma espécie de «Baptismo laborioso». Quem se confessa mostra que não desiste da renovação da sua vida.

O «homem novo» tem de ser alimentado todos os dias. A conversão não é só para uma vez. É para sempre!

publicado por Theosfera às 05:39

Hoje, 05 de Agosto (18º Domingo do Tempo Comum), é dia de Sta. Maria Maior (ou Nossa Senhora das Neves), Sto. Abel de Reims e Sto. Emídio.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Sábado, 04 de Agosto de 2018

Hoje, 04 de Agosto, é dia de S. João Maria Vianey (St. Cura d'Ars), Sto. Aristarco, Sto. Eleutério de Társia, S. Gonçalo e S. Rúben Estilita.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Quinta-feira, 02 de Agosto de 2018

Hoje, 02 de Agosto, é dia de Nossa Senhora da Porciúncula, Sto. Eusébio de Vercelas, S. Pedro Juliano Eymard, S. João de Rieti, Sta. Joana de Aza, S. Pedro Fabro e Sto. Augusto Czartoryski.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Quarta-feira, 01 de Agosto de 2018

Hoje, 01 de Agosto, é dia de Sto. Afonso Maria de Ligório e S. Félix de Gerona.

Um santo e abençoado dia para todos!

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