O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Segunda-feira, 30 de Abril de 2018

Hoje, 30 de Abril, é dia de S. Pio V, S. José Bento Cottolengo, S. Bento de Urbina, Sto. Amador, S. Donato e Sta. Maria da Encarnação.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Domingo, 29 de Abril de 2018

Obrigado, Senhor,

por, também hoje, Te apresentares no meio de nós,

por, também hoje, nos ajudares a vencer as nossas perturbações.

 

Obrigado, Senhor, pela paz que nos dás,

pela paz que és Tu,

pela paz que chega ao mundo inteiro.

 

A Páscoa está no tempo

para que esteja na vida,

na vida de cada um,

na vida de todos.

 

Como há dois mil anos,

Tu, Senhor, comes connosco.

Tu és o nosso pão,

o alimento da nossa vida.

 

Tu, Senhor, continuas a abrir os nossos corações,

a purificar a nossa existência,

a transformar o nosso caminhar.

 

Tu és, Senhor,

o sol que ilumina,

a chuva que fecunda,

o vento que sopra.

 

Tu és o Deus das novas oportunidades.

Mesmo quando pecamos, Tu és o perdão.

Por isso nos convidas ao arrependimento,

à mudança, à conversão.

 

Continua, Senhor, a transformar a nossa vida.

Que nós nunca Te esqueçamos,

que nunca esqueçamos de Te anunciar,

JESUS!

publicado por Theosfera às 10:59

A. Para Deus, até os impossíveis podem ser vencidos

 

  1. O nosso problema é que, muitas vezes, comportamo-nos como seres derrotados pelos impossíveis. Nem sequer prestamos atenção ao aviso de que, para Deus, «nada é impossível» (Lc 1, 37). Esquecemos que, com Deus, até o impossível pode ser vencido.

Acontece que os cristãos da primeira hora também pareciam vencidos pelo impossível. Também eles achavam impossível que Saulo, o feroz perseguidor, se tivesse convertido. Por isso, não acreditavam que o perseguidor de Jesus passasse a ser discípulo de Jesus. Continuavam com medo dele (cf. Act 9, 26). Mas já não havia razão para ter medo de Saulo. O impossível tinha sido derrotado por Jesus que apareceu a Paulo no caminho de Damasco (cf. Act 9, 27). Como acontecera aos discípulos de Emaús, também agora Jesus ressuscitado vem ao caminho para fazer com que os caminhantes mudem de direcção.

 

  1. Não nos deixemos derrotar pelos impossíveis. Não fiquemos tolhidos pelos impossíveis. Mas não também não nos armemos em «super-heróis», pensando que, pelas nossas forças, conseguiremos vencê-los. Como, aliás, Jesus teve oportunidade de nos avisar, sozinhos não conseguimos nada (cf. Jo 15, 5). Só em Cristo conseguiremos tudo, até vencer o impossível.

Que é o Cristianismo senão o impossível tornado possível? Olhemos, pois, sempre para a «medida alta» de que nos falava São João Paulo II. Nós somos portadores da vitória sobre o impossível. Até a morte foi vencida. Sejamos, por isso, mensageiros de boas notícias. Que melhor notícia do que dizer que Jesus Cristo está vivo e continua connosco?


 

B. Não passar por Cristo, mas permanecer em Cristo

 

  1. O segredo para vencer o impossível é ficar com Cristo, é permanecer em Cristo. Aliás, é o apelo do próprio Jesus Cristo, transmitido por São João, usando um verbo que aparece recorrentemente nos seus textos: o verbo «permanecer». «Permanecei em Mim, diz Jesus, e Eu permanecerei em vós» (Jo 15, 4).

Eis o que falta, eis o que urge: permanecer em Cristo. O que, habitualmente, fazemos é ausentar-nos de Cristo ou, então, passar fugidiamente por Cristo. Deste modo, corremos o sério risco de nos tornarmos meros «turistas de Cristo». Como é sabido, turismo vem do francês «tour», que significa «volta». Frequentemente, é isso que fazemos: andamos à volta de Cristo e, depois, voltamos à nossa vida longe de Cristo. Nunca esqueçamos isto: um cristão não pode viver sem Cristo. Cristo não é para passar, é para permanecer. Não nos limitemos, pois, a passar por Cristo; permaneçamos sempre em Cristo.

 

  1. É que à capitulação perante o impossível soma-se a ilusão de contarmos unicamente com as nossas forças na relação com o possível. Sucede que um problema resolve-se com uma solução, não com uma ilusão. Mesmo na relação com o possível não bastam as nossas forças. As nossas possibilidades são sempre limitadas. Só em Cristo conseguiremos usar devidamente o que nos foi concedido. Importa perceber que tudo é dom de Deus. Nada é nosso. Nem nós somos nossos. Nós também somos de Deus. Como entender, então, que queiramos ser felizes longe de Deus?

Ainda recentemente, a Congregação para a Doutrina da Fé recordava que «a salvação que Deus nos oferece não é alcançada apenas pelas nossas forças […], mas através das relações nascidas do Filho de Deus encarnado e que formam a comunhão da Igreja».


 

C. Em si mesmas, as nossas forças são muito fracas

 

  1. Enquanto novo Corpo de Cristo, a Igreja é depositária da salvação oferecida por Cristo. Por conseguinte, ninguém se salva sozinho, ninguém se salva sem Cristo. É na Igreja que encontramos o Salvador e a Salvação. E é na Igreja que encontramos também muitos outros salvos pelo Salvador. Na Igreja, ao tocarmos «a carne de Jesus», tocamos igualmente os nossos irmãos, especialmente os pobres e sofredores. É com eles que chegamos à Salvação. É com eles que somos felizes.

Não nos sintamos superiores aos outros. Não somos superiores aos outros, mas irmãos dos outros. Tal como eles, também nós precisamos de Cristo. Sozinhos não somos nada, mas também não basta estarmos junto dos outros. É fundamental, juntamente com os outros, estarmos com Cristo. É Cristo que salva: em conjunto, em comunidade, em comunhão.

 

  1. As nossas forças, por si, conseguem pouco. As nossas forças, por si, são muito fracas. É por isso que, como ensinava Santo Agostinho, Deus convida-nos a fazer o que podemos e a pedir-Lhe o que não conseguimos. É importante perceber que não somos super-homens, mas apenas — e sempre — homens. Habituemos-nos, então, a confiar em Deus e a saber depender de Deus. Todas as dependências podem ser prejudiciais. Mas há uma dependência que nos faz ser sempre mais: a «Cristodependência». Depender de Cristo é ficar ligado à fonte da verdadeira liberdade. Nunca somos tão livres como quando nos abrimos à liberdade de Cristo (cf. Gál 5, 1).

 

D. Não somos chamados a «fortificar», mas a «frutificar»

 

  1. A pior limitação é não sermos capazes de reconhecer os nossos limites. Viver a partir de Cristo não nos apouca; pelo contrário, faz-nos crescer maximamente. Entreguemo-nos a Cristo. Permaneçamos sempre em Cristo. Em Cristo, Deus é ilimitado nos Seus dons. Só temos de abrir o que, tantas vezes, parece fechado: as portas do nosso coração, as janelas da nossa alma.

Somos (não fomos) baptizados; que estamos a fazer do dom do Baptismo? Recebemos o Corpo do Senhor; que estamos a fazer do dom da Eucaristia? Nós somos os ramos, Jesus é a videira (cf. Jo 15, 5). Os ramos não dão qualquer fruto sem a videira. Sem a videira, os ramos secam (cf. Jo 15, 6). Sem Cristo, secamos. Sem Cristo, a nossa vida é uma «seca», uma grande «seca».

 

  1. Aceitaremos que a nossa vida seja uma «seca»? Mas só Cristo fecunda a nossa vida. Só em Cristo daremos frutos. Importante não é parecer fortes, mas dar fruto. Nós não somos chamados a «fortificar», mas a «frutificar». E só frutificaremos a partir da seiva que vem de Cristo.

Assim sendo, nunca nos separemos da verdadeira vide, que é Cristo, nem aceitemos que nos separem do grande agricultor que é Deus (cf. Jo 15, 1). Procuremos «cristificar» cada vez mais a nossa existência. Ser cristão implica, antes de pertencer a uma religião, pertencer a uma pessoa: a Jesus Cristo.


 

E. Só ama Cristo quem faz a vontade de Cristo

 

  1. A nossa vida só tem solução quando se abrir a uma opção: à opção por Cristo. Por isso, permaneçamos sempre em Cristo pois Cristo permanece sempre em nós. Acresce que permanecer em Cristo é permanecer no Seu amor: «Permanecei no Meu amor», diz Jesus (Jo 15, 9).

Nós permanecemos no amor de Cristo se guardarmos os Seus mandamentos (cf. Jo 15, 10). É que o amor, mais do que para dizer, é para viver. Só amamos Cristo fazendo a vontade de Cristo como Cristo, aliás, faz a vontade do Pai. E, como é sabido, os mandamentos de Cristo têm o seu ápice no mandamento da Eucaristia («fazei isto em memória de Mim», 1Cor 11, 24), no mandamento da missão («ide por todo o mundo anunciar o Evangelho», Mc 16, 15) e no mandamento do amor («amai-vos uns aos outros como Eu vos amei», Jo 13, 34).

 

  1. A nossa alegria não está só — nem principalmente — quando nos rimos, mas quando fazemos a vontade de Deus e de Seu Filho, Jesus Cristo. Aliás, é curioso notar que o Evangelho diz que Jesus estremeceu de alegria, mas nunca diz que Jesus tenha rido. Pelo contrário, chega a dizer que Jesus chorou. Impressionante é também sentir que Jesus declara felizes não os que riem, mas os que choram.

É claro que Jesus riu — e sorriu — muitas vezes e é seguro que não excluiu da felicidade quem riu e sorriu. Mas o que avulta em Jesus é que a nossa alegria só será completa fazendo a vontade de Deus. Não é isso o que expressamos com os lábios quando dizemos: «Seja feita a Vossa vontade» (Mt 6, 10)? Fazendo a divina vontade reencontraremos a felicidade. E seremos visitados pela alegria. Em cada dia!

publicado por Theosfera às 05:27

Hoje, 29 de Abril (Quinto Domingo da Páscoa), é dia de Sta. Catarina de Sena (Co-padroeira da Europa) e S. Wilfrido, o Jovem.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

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Sábado, 28 de Abril de 2018

Hoje, 28 de Abril, é dia de Sta. Teodora, S. Dídimo, S. Pedro Maria Chanel, S. Luís Maria Grignion de Monfort, S. Pusquésio e Sta. Maria Luísa Trichet.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Sexta-feira, 27 de Abril de 2018

Hoje, 27 de Abril, é dia de Nossa Senhora de Monserrate, Sta. Zita (padroeira das empregadas domésticas e das despenseiras) e Sto. Ântimo.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Quinta-feira, 26 de Abril de 2018

Hoje, 26 de Abril, é dia de Nossa Senhora, Mãe do Bom Conselho, Sto. Anacleto, S. Marcelino, S. Pedro de Rates, S. Pascásio, S. Basílio de Amaseia, S. Gregório e S. Domingos (Pregadores).

Um santo e abençoado dia  pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:42

Quarta-feira, 25 de Abril de 2018

Hoje, 25 de Abril (feriado comemorativo da Instauração da Democracia), é dia de S. Marcos, Evangelista, Sto. Estêvão de Antioquia e S. Pedro de S. José Betancourt.

Refira-se que S. Marcos é considerado padroeiro dos vidraceiros e notários, e invocado contra a sarna.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Terça-feira, 24 de Abril de 2018
  1. Ser discípulo é mais do que ser aluno. Enquanto o aluno ouve o professor, o discípulo segue o mestre.

A preocupação do discípulo não é apenas reproduzir a mensagem do mestre; é também — e acima de tudo — viver a vida do mestre.

 

  1. É por isso que ao discípulo não basta falar «como» o mestre.

O objectivo — e a suprema realização — do discípulo é viver «como» o seu mestre (cf. Mt 10, 25).


  1. Uma vez que o cristão é aquele que segue a Cristo (cf. 1Ped 2, 21), então ser cristão é ser «como» Cristo.

Sucede que este «como», mais do que comparativo, é visceralmente causal.


  1. Para o cristão, Cristo é mais do que uma referência.

Para o cristão, Cristo é «a» essência: a essência da sua existência.


  1. O cristão não olha para Cristo como facultativo, mas como imperativo.

«Como» Cristo foi, assim deve ser o cristão (cf. Jo 13, 15).


  1. Na sua identificação com Cristo, o cristão encontra três prioridades: «servir», «amar» e «unir».

Deste modo, a chave da identidade cristã consiste em ser triplamente «como» Cristo: em servir «como» Cristo, em amar «como» Cristo e em unir «como» Cristo.


  1. O serviço, o amor e a unidade foram sempre fundamentais para Cristo. Como não haveriam de ser prioritários para o cristão?

Cristo apresenta-Se como aquele que serve, como aquele que ama e como aquele que une. Que pode fazer o cristão senão servir, amar e unir? As vivências de Cristo têm de ser urgências para o cristão.


  1. O que Cristo diz de Si é o que propõe ao cristão.

«Como» Cristo veio para servir (cf. Mt 20, 28), também o cristão é chamado a ser servidor (cf. Mt 20, 27).


  1. «Como» Cristo amou, também o cristão deve amar (cf. Jo 15, 12; 13, 34).

E «como» Cristo está unido ao Pai e ao Espírito Santo, também os cristãos hão-de estar unidos entre si (cf. Jo 17, 21). Só assim será perfeita a unidade em cada comunidade (cf. Jo 17, 23).


  1. O preceito eucarístico (cf. 1Cor 11, 24) e o mandato missionário (cf. Mc 16, 15) visam precisamente manter a perenidade do serviço, do amor e da unidade.

Os cristãos fazem memória de Cristo e vão pelo mundo em nome de Cristo para a todos servir, para a todos amar e para todos unir. Haverá missão mais bela?

publicado por Theosfera às 10:18

Hoje, 24 de Abril, é dia de S. Fiel de Sigmaringa, S. Gregório de Elvira, Sta. Maria de Santa Eufrásia Pelletier, S. Bento Menni e Conversão de Sto. Agostinho.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Domingo, 22 de Abril de 2018

Bom Pastor és Tu, Jesus,

que dás a vida pela ovelhas,

por cada um de nós.

 

Como é possível que, sendo Pastor,

não dês ordens, mas dês a vida?

Tu, Jesus, és diferente,

incomparável, único.

 

Tu conheces as ovelhas,

conheces cada ser humano,

tens um olhar singular para cada pessoa.

 

E pensas não só nas ovelhas que já estão no rebanho,

mas também em todas que estão dispersas.

Tu, Jesus, não dizes só para vir,

Tu és o primeiro a ir,

a ir ao encontro de todos.

 

Por isso, Jesus, és bom Pastor,

bom e belo Pastor,

porque nada há mais belo do que dar a vida.

 

Dá-nos, Jesus, pastores assim,

pastores como Tu,

capazes de dar a vida,

próximos das pessoas,

sensíveis aos problemas e ás dificuldades.

 

O amor que nos mostras,

o amor do Pai,

é admirável.

Por esse amor somos filhos do mesmo Pai.

 

Que todos escutem a Tua voz.

Que todos façam a Tua vontade.

Que todos sigam o Teu exemplo.

 

Que haja um só rebanho.

Que haja um só Pastor.

Que aumente a unidade

e cresça a comunhão

em ti, JESUS!

publicado por Theosfera às 10:32

A. Um pastor que ama (ainda) mais as ovelhas perdidas

 

  1. Eis como Jesus Se apresenta, hoje, diante de nós: como pastor. Tão bom, belo e ousado é este pastor que arrisca deixar as 99 ovelhas que estão no rebanho para ir à procura da que está perdida (cf. Lc 15, 1-7). As «ovelhas perdidas» não são menos amadas. Se calhar, até são mais amadas. É curioso que, segundo o designado «Evangelho de Tomé», Jesus terá dito: «O Reino é semelhante a um pastor que tinha cem ovelhas. Uma delas extraviou-se e era a maior de todas. Ele deixou, então, as 99 e foi em busca daquela ovelha única até a encontrar. E, depois de a encontrar, disse-lhe: “Eu amo-te mais do que às 99”».

Não são os perdidos os mais carentes? São, sem dúvida, carentes de um amor maior, de um amor total. Jesus é justamente o pastor deste amor maior, deste amor total. Ele é o pastor que dá a vida pelas ovelhas (cf. Jo 10, 11). Ele é o oposto do «mercenário», que «abandona as ovelhas e foge» (cf. Jo 10, 12). Jesus conhece as Suas ovelhas e é conhecido por elas (cf. Jo 10, 14). Não lhes dá ordens, dá-lhes a vida, a Sua vida.

 

  1. É por isso que Jesus é «o Bom Pastor» (Jo 10, 11. 14). Ou, para ser mais preciso, o «Belo Pastor», como está no original. «Agathós» é a palavra grega que, habitualmente, se traduz por «bom». Mas o que está no texto é «kalós», que quer dizer «belo», embora também signifique «bom», «perfeito» e «verdadeiro».

Aliás, como aprendemos desde a antiguidade, o bom, o belo e o verdadeiro interagem entre si. Pelo que o bom é belo e verdadeiro, o belo é bom e verdadeiro e o verdadeiro é bom e belo. A beleza está na bondade e na verdade. A bondade está na beleza e na verdade. E a verdade está na beleza e na bondade. Dizer, portanto, que Jesus é o Belo Pastor é o mesmo que dizer que Ele é o Bom Pastor e o Verdadeiro Pastor.


 

B. Bom — e Belo — Pastor é este

 

  1. Jesus Cristo é o portador da beleza que, no dizer de Dostoiévsky, «salvará o mundo». E não foi por caso que o genial escritor russo apontou Jesus Cristo como o modelo do que é absolutamente belo. A absoluta beleza de Cristo está na Sua paixão, isto é, na Sua entrega, na Sua dádiva. Em suma, a beleza está mais presente quando mais parece ausente. À primeira vista, que beleza pode haver num corpo ferido? Mas foram essas feridas que nos salvaram (cf. Is 53, 5). Haverá beleza maior?

É por isso que, voltando a Dostoiévsky, «a humanidade pode viver sem ciência, pode viver sem pão, mas sem beleza não poderia viver nunca, porque não teríamos mais nada para fazer no mundo».

 

  1. Assim sendo, façamos deste mundo, como nos pediu Bento XVI, «um lugar de beleza». Não procuremos apenas paisagens belas ou quadros belos. Digamos coisas belas e façamos gestos belos.

Franz Kafka reconheceu que «quem possui a faculdade de ver a beleza, não envelhece». Hoje em dia, fazem falta gestos belos, atitudes belas, comportamentos belos. É preciso dar mais valor ao porte do que à pose. Na vida, precisamos não só de uma filosofia, mas também — e bastante — de uma filocalia. O amor da sabedoria surge sempre irmanado ao amor pela beleza.


 

C. Pastores como o Pastor

 

  1. É esta a herança que Jesus nos deixou. Haverá coisa mais comoventemente bela do que dar a vida? Jesus é o bom e belo Pastor que dá a vida pelas Suas ovelhas.

Compreende-se, assim, que, todos os anos, o quarto Domingo da Páscoa seja o «Domingo do Bom Pastor». Em cada ano, neste Domingo, a Liturgia propõe à nossa consideração um pedacinho do capítulo 10 do Evangelho de São João. Ele apresenta Cristo como o Pastor-modelo e, nessa medida, como modelo de todos os pastores. À semelhança do Pastor, os pastores não hão-de priorizar o seu próprio bem, mas o bem do seu rebanho.

 

  1. Neste sentido, a Primeira Leitura afirma que Jesus é o único Salvador, já que «não existe debaixo do céu outro nome, dado aos homens, pelo qual possamos ser salvos» (Act 4, 12). Na Segunda Leitura, somos convidados a contemplar o amor de Deus pelo homem. Porque nos ama com um «amor admirável» (1Jo 3, 1), Deus insiste em ajudar-nos a superar a nossa debilidade e fragilidade. O objectivo de Deus é integrar-nos na Sua família tornando-nos «semelhantes» a Ele (cf. 1Jo 3, 2).

Não custa perceber, portanto, que este Domingo tenha sido escolhido para Dia Mundial de Oração pelas Vocações. Toda a vida há-de ser acolhida como resposta a uma proposta. A proposta é para que haja pastores à imagem do Bom — e Belo — Pastor. A humanidade precisa de pastores que, como Jesus, dêem a vida; que, como Jesus, acolham os que estão fora e não afastem os que estão dentro.


 

D. Os pastores devem ser «mergulhadores», não «alpinistas»

 

  1. Há muitos séculos, São Gregório Magno era bastante incisivo a este respeito: «Não sejamos sentinelas silenciosas, mas pastores solícitos que velam pelo rebanho de Cristo, pregando a doutrina de Deus ao grande e ao pequeno, ao rico e ao pobre». Num tempo de desencontros, precisamos de pastores que promovam reencontros.

Por aqui se vê como o pastor é mais que um gestor. Para ser testemunha no exterior tem de se deixar transformar no seu interior. Está aqui, aliás, a maior carência e, nessa medida também, a mais gritante urgência. Diz São Gregório: «É necessário que o pastor seja puro nos seus pensamentos, inatacável nas suas obras, discreto no silêncio, proveitoso nas palavras, compreensivo para com todos, que se entregue à contemplação, que seja companheiro dos bons de uma forma humilde, firme na justiça contra os vícios. Importa que a ocupação das coisas exteriores não diminua o cuidado com as interiores e que estas não o impeçam de ver as exteriores».

 

  1. É necessário, por isso, que as portas estejam abertas: não só as portas das igrejas, mas sobretudo as portas da vida. Ser pastor segundo o coração de Cristo não é ir apenas à frente. É também, como sugere o Papa Francisco, «estar disposto a caminhar no meio ou até atrás do rebanho». O pastor está à frente para conduzir, no meio para acompanhar e atrás para proteger.

A humildade não desclassifica o pastor. Pelo contrário, requalifica-o soberanamente. O pastor deve ser um mergulhador, não um alpinista. A sua preocupação deve ser mergulhar nas profundezas da existência e não «subir na vida, para ter mais poder».


 

E. Ser padre é ser pastor, não patrão

 

  1. Calando ou falando, a palavra do pastor nunca pode ser sobre si: nem sobre o que foi nem sobre o que fez. Na Igreja, o padre não está no centro. O padre não pode ser o protagonista. Ele é pastor, não é patrão.

O verbo que é chamado a conjugar não é o verbo «mandar», mas o verbo «servir». Os pastores não têm vida própria. Depõem a sua vida em casa. A vida das ovelhas passa a ser a vida dos pastores.

 

  1. Peçamos ao Eterno Pastor a graça de termos pastores à Sua imagem: pastores que transmitam as Suas palavras e difundam os Seus gestos. Peçamos ao Eterno Pastor a graça do bom entendimento entre pastores e ovelhas. Que os pastores nunca faltem às ovelhas com a verdade e com o amor. E que as ovelhas nunca faltem aos pastores com a oração e a comunhão.

Se ninguém estiver longe de Cristo, estaremos todos, pastores e fiéis leigos, próximos uns dos outros. Quem segue a Cristo até ao fim, a todos dirá sempre «sim»!

publicado por Theosfera às 05:16

Hoje, 22 de Abril (Quarto Domingo da Páscoa e do Bom Pastor), é dia de Sta. Senhorinha, S. Sotero, S. Caio, S. Leónidas, Sto. Hugo de Grenoble e Nossa Senhora, Mãe da Companhia de Jesus.

Um santo e abençoado dia pascal ara todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Sábado, 21 de Abril de 2018

Hoje, 21 de Abril, é dia de Sto. Anselmo de Aosta, S. Conrado de Parzham e S. Maximiano de Constantinopla.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

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Sexta-feira, 20 de Abril de 2018

Hoje, 20 de Abril, é dia de Sta. Inês de Montepulciano, S. Marcelino de Embrun e Sta. Oda.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

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Quinta-feira, 19 de Abril de 2018

Hoje, 19 de Abril (13º aniversário da eleição do Papa Bento XVI), é dia de S. Leão IX, S. Vicente Colibre, Sta. Ema, Sto. Hermógenes, S. Caio e Sto. Expedito.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

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Quarta-feira, 18 de Abril de 2018

Hoje, 18 de Abril, é dia de S. Perfeito, Sta. Maria da Encarnação, S. Tiago de Oldo e Sta. Sabina Petrilli.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Terça-feira, 17 de Abril de 2018
  1. Estamos no mundo para saborear o tempo. Mas gastamos grande parte da vida a numerar os anos.

Não espanta, por conseguinte, que a numeração dos anos se sobreponha — quase sempre — à vivência do tempo.


  1. Para nós, até o tempo está sujeito ao número. Quando nos perguntam pelos anos, pelos dias ou pelas horas, respondemos com números.

«Que horas são?» «Em que dia estamos?» «Em que ano nos encontramos?» A resposta a estas — e a outras perguntas — costuma ser debitada através de números.


  1. Cada fracção do tempo aparece-nos numerada.

Desde o mais ínfimo milésimo de segundo até à agregação dos anos em séculos e milénios, as diversas unidades do tempo surgem-nos indexadas a números.


  1. Curiosamente, apenas os meses estão mais substantivados que numerados.

Mas nem neste caso a terminologia escapa totalmente a uma matriz numeral. Basta notar que «Setembro» vem de «sete», «Outubro» de «oito», «Novembro» de «nove» e «Dezembro» de «dez».


  1. É por isso que nos sentimos desamparados quando não conseguimos associar uma determinada unidade temporal a um número.

É o que sucede com a vida de Jesus. Quando queremos identificar um ano, os Evangelhos não costumam indicar números. Mas será que nos deixam sem resposta?


  1. É preciso não esquecer que, nos Evangelhos, o tempo é mais teológico que cronológico.

Daí que tenhamos de ir mais além dos números sempre que nos voltamos para a vida de Jesus.


  1. Por exemplo, quando terá começado a Sua pregação?

Há muitas respostas, por aproximação ou cálculo. Todas elas procuram numerar um ano. Há, entretanto, uma resposta — de teor mais teológico que cronológico — a que raramente prestamos atenção.


  1. Lucas, citando Isaías (cf. Is 61, 2), informa que Jesus começa o Seu ministério proclamando um «ano da graça do Senhor» (Lc 4, 19).

Não espanta, aliás, que a designação dos anos chegasse a incorporar, além de um número, a expressão «Anno Domini» (Ano do Senhor) ou «Anno Domini Nostri Iesu Christi» (Ano de Nosso Senhor Jesus Cristo).


  1. O fundamental está no realce dado a Jesus Cristo.

É Ele a graça que Deus nos faz, é Ele a graça que Deus nos envia.


  1. Os números já pouco importam. Importante é perceber que Jesus é o tempo último (cf. Heb 1, 2), o tempo pleno (cf. Gál 4, 4).

É neste tempo que continuamos a viver (cf. Act 17, 28)!

publicado por Theosfera às 10:35

Hoje, 17 de Abril, é dia de Sto. Aniceto, Sta. Maria Ana de Jesus, Sta. Catarina Tekakwitha e S. Benjamim Mantuano.

Um santo e abençoado dia pascal para todos.

publicado por Theosfera às 00:00

Segunda-feira, 16 de Abril de 2018

Hoje, 16 de Abril, é dia de S. Bento José Labre, Sta. Engrácia de Saragoça e S. Magno da Escócia.

Também faz 91 anos o Papa Emérito Bento XVI.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Domingo, 15 de Abril de 2018

Obrigado, Senhor,

por, também hoje, Te apresentares no meio de nós,

por, também hoje, nos ajudares a vencer as nossas perturbações.

 

Obrigado, Senhor, pela paz que nos dás,

pela paz que és Tu,

pela paz que chega ao mundo inteiro.

 

A Páscoa está no tempo

para que esteja na vida,

na vida de cada um,

na vida de todos.

 

Como há dois mil anos,

Tu, Senhor, comes connosco.

Tu és o nosso pão,

o alimento da nossa vida.

 

Tu, Senhor, continuas a abrir os nossos corações,

a purificar a nossa existência,

a transformar o nosso caminhar.

 

Tu és, Senhor,

o sol que ilumina,

a chuva que fecunda,

o vento que sopra.

 

Tu és o Deus das novas oportunidades.

Mesmo quando pecamos, Tu és o perdão.

Por isso nos convidas ao arrependimento,

à mudança, à conversão.

 

Continua, Senhor, a transformar a nossa vida.

Que nós nunca Te esqueçamos,

que nunca esqueçamos de Te anunciar,

JESUS!

publicado por Theosfera às 10:30

A. O Pão que abre os olhos

 

  1. Eis-nos perante as duas últimas aparições de Jesus no dia em que ressuscitou. Depois de ter aparecido a Maria Madalena, a «outra Maria» e (muito provavelmente) a Pedro, Jesus aparece a dois discípulos que «iam a caminho de Emaús».

O Evangelho deste Terceiro Domingo da Páscoa começa por nos apresentar o relato que esses dois discípulos fazem do encontro que tiveram com Jesus. Aquele que Se revelara como «o» caminho (cf. Jo 14, 6) aparece-lhes no caminho (cf. Lc 24, 35). Aquele que Se manifestara como o Pão da Vida (cf. Jo 6, 35) é reconhecido ao «partir do pão» (cf. Lc 24, 35).

 

  1. É assim que, desde sempre, Jesus Se dá a conhecer e Se faz reconhecer. Também hoje, é nos caminhos da vida que O encontramos. E é pelo Pão da Vida que O reconhecemos. É que o Pão da Vida existe não para encher o estômago, mas para abrir os olhos. Foi quando Jesus pronunciou a bênção sobre o pão que os olhos dos discípulos se abriram e O reconheceram (cf. Lc 24, 30-31).

É por isso que não pode haver Igreja sem Eucaristia nem cristãos sem Domingo. É para a Eucaristia que caminha a missão e é da Eucaristia que nasce a missão. A missão consiste, fundamentalmente, em ir do caminho para a mesa e em voltar da mesa para o caminho. O mesmo Jesus que nos manda para a missão (cf. Mt 28, 16-20) também nos manda partir o pão em Sua memória (cf. 1Cor 11, 24).


 

B. A Palavra que faz arder o coração

 

  1. Não é em vão, aliás, que o fim da Missa consiste num convite para a Missão. O «ide» do celebrante não é uma despedida, mas um envio. De resto, já o «ide» de Jesus (cf. Mc 16, 15) era um envio, não uma despedida. Ele teve o cuidado de assegurar a Sua presença no meio dos discípulos até ao fim dos tempos (cf. Mt 28, 20). O que envia está sempre no meio dos Seus enviados.

É o Pão da Vida que — hoje e sempre — nos dá força para vencer todos os obstáculos na missão de evangelizar. É este Pão que fortalece mesmo quando a energia enfraquece. É este Pão que nos faz sair ainda que as dificuldades nos tentem impedir.

 

  1. Sucede que, além do alento dado por este Pão, havia um calor que vinha do coração. Enquanto Jesus falava, o coração dos discípulos ardia: «Não nos ardia cá dentro o coração quando Ele nos falava no caminho» (Lc 24, 32)? Com o sabor do Pão e o calor do coração, como não partir para a missão? Quem tem um ânimo revigorado e um coração a arder, é capaz de qualquer dificuldade vencer.

A missão consiste, fundamentalmente, em levar o Pão e em aquecer o coração. Vivemos num tempo habitado por tanta gente faminta e por tantos corações frios. A frieza do coração é mais fria que as noites mais geladas. Não espanta, por isso, que o Papa Francisco tenha denunciado a «cardioesclerose» como a «grande doença de hoje». Trata-se da rigidez e da indiferença de vidas fechadas sobre si mesmas.


 

C. É preciso «incendiar» os corações

 

  1. Um «coração esclerosado» é um coração incapacitado, que não vê ou vê de modo enviesado. Um «coração esclerosado» não supera as muralhas do eu; enquista sobre si.

É por isso que, como aos discípulos de Emaús, Jesus quer fazer «arder» o nosso coração (cf. Lc 24, 32). Mas será que ainda somos «uma Igreja capaz de aquecer o coração?» É preciso incendiar não as florestas, mas os corações. Para isso, temos de aquecer o nosso coração com a Palavra de Deus e de, com a mesma Palavra de Deus, fazer arder todos os corações.

 

  1. Foi com o «coração em chamas» que os dois discípulos voltaram de Emaús para Jerusalém. Não obstante a fadiga e o adiantado da hora, ainda recobraram forças para vencer mais doze quilómetros, feitos certamente a pé. E foi também com um coração incandescente que eles e os outros discípulos viram de novo Jesus.

Esta foi a quinta — e última — aparição do Senhor no dia em que ressuscitou. Tal aparição corresponde seguramente à que São João relata no capítulo 20 do seu Evangelho (cf. Jo 20, 19-31) e que ouvimos no passado Domingo. Jesus apresenta-Se de novo no meio da comunidade com o dom da paz (cf. Lc 24, 36). Ele próprio é a Paz (cf. Ef 2, 14). Só n’Ele encontramos a Paz.


 

D. A Ressurreição não é um afastamento; é uma nova presença

 

  1. As sucessivas aparições mostram, antes de mais, que nem a morte impede a presença de Jesus entre os Seus discípulos. Esta, no fundo, é a vontade de Jesus: ficar sempre connosco. Não admira que, ao primeiro impacto, os discípulos não O tenham identificado. Afinal, estavam perante um corpo ressuscitado. Era o mesmo, mas estava diferente. A Ressurreição é, toda ela, um mistério de transformação.

Jesus pede aos discípulos que olhem para Ele e O toquem (cf. Lc 24, 39). Jesus é o Deus que toca e o Deus que Se deixa tocar. Hoje, podemos continuar a tocar Jesus na Sua Palavra, no Seu Pão e em cada Irmão que encontramos na missão. Não tenhamos medo de tocar Jesus. Não sejamos frios na missão. A todos levemos o calor que Jesus faz arder no nosso coração.

 

  1. Apesar de ressuscitado, Jesus não está ausente nem sequer distante, longe do mundo em que os discípulos continuam a caminhar. A Ressurreição não é um afastamento; é uma nova presença. Jesus continua, pelo tempo fora, a sentar-Se à mesa com os discípulos. Com eles continua a estabelecer laços de comunhão, partilhando os seus sonhos, as suas lutas, as suas esperanças, as suas dificuldades, os seus sofrimentos.

Naquela noite, Jesus pede «alguma coisa para comer» (Lc 24, 41). Em cada dia, é Jesus quem Se nos dá a comer. Jesus é — para todo o sempre — o nosso alento e alimento.


 

E. Até ao último entardecer, nenhum dia se pode perder

 

 

  1. É na refeição que Jesus explica o que, para os discípulos, era inexplicável. Jesus é o cumprimento de quanto estava prometido. Na Sua vida está inscrito o que nas Escrituras aparecia escrito. O que falta, então? Falta que continuemos a pregar, em nome de Jesus, «o arrependimento e o perdão dos pecados a todas as nações» (Lc 24, 47).

E é assim que, após a Ressurreição, Jesus retoma o que havia dito no início da Sua missão: «Convertei-vos e acreditai no Evangelho» (Mc 1, 15). Eis o núcleo da missão: o apelo à conversão, à mudança, à transformação.

 

  1. Os primeiros discípulos foram testemunhas de tudo isto (cf. Lc 24, 48). Nós somos convidados a ser testemunhas de tudo isto. É pelo testemunho cristão que Jesus continuará a fazer arder cada coração. Assim sendo, só no fim é que poderemos descansar.

A este propósito e como refere D. António Couto, refira-se que, em Emaús, há uma igreja com um belo e significativo poema, que reza assim: «Todos os dias/ Te encontramos/ no caminho./ Mas muitos reconhecer-Te-ão/ apenas/ quando/ repartires connosco/ o Teu pão./ Quem sabe?/ Talvez/ no último entardecer». Vamos, então, partir em missão. Nenhum dia se pode perder até que chegue esse «último entardecer»!

 

publicado por Theosfera às 05:35

Hoje, 15 de Abril (Terceiro Domingo da Páscoa e inauguração da Semana de Oração pelas Vocações), é dia de S. Crescente, Sta. Basilissa e Sta. Anastácia, S. César de Bus e S. Damião de Molokai.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

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Sábado, 14 de Abril de 2018

Hoje, 14 de Abril, é dia de Sta. Ludovina, S. Pedro González Telmo e Sto. Hermenegildo.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

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Sexta-feira, 13 de Abril de 2018

Hoje, 13 de Abril, é dia de Sta. Ida de Bolonha, S. Martinho I e Sta. Margarida de Métola.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

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Quinta-feira, 12 de Abril de 2018

Hoje, 12 de Abril, é dia de S. Júlio I, S. Zenão de Verona, S. Vítor de Braga e Sta. Teresa de Jesus (chilena).

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

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Quarta-feira, 11 de Abril de 2018

Hoje, 11 de Abril, é dia de Sto. Estanislau, Sto. Isaac e Sta. Helena Guerra.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Terça-feira, 10 de Abril de 2018

 

 

  1. Nunca devemos agredir ninguém. Muito menos, aqueles que fazem o bem.

Acontece que, por uma psicopatia que só as profundezas mais inacessíveis explicarão, há quem agrida mais facilmente quem faz o bem do que quem pratica o mal.


  1. Basta olhar para Jesus, que passou «fazendo o bem» (Act 10, 38). Mas foi precisamente por causa do bem que sofreu tanto mal.

Antes de ser morto, foi julgado, vexado e barbaramente agredido.


  1. Cuspiram no Seu rosto, deram-Lhe bofetadas (cf. Mc 14, 65) e flagelaram-No (cf. Mc 15, 15).

Não satisfeitos, puseram-Lhe uma coroa de espinhos e bateram-Lhe com uma cana (cf. Mc 15, 18).


  1. Jesus não deixou de mostrar a Sua perplexidade.

Ainda no decurso do julgamento, confrontou quem O maltratava: «Se falei mal, mostra onde está o mal; mas, se falei bem, porque Me bates?» (Jo 18, 23)


  1. Já anteriormente, fora alvo de tentativas de apedrejamento (cf. Jo 8, 59; 10, 31).

Havia quem não suportasse o que Jesus fazia. Mas Ele teve o desassombro de apontar o motivo. Era pelas «boas obras» realizadas que as pedras Lhe eram atiradas (cf. Jo 10, 32).


  1. É claro que não faltou quem ripostasse a Jesus alegando que não era pelas Suas «boas obras» que O queriam apedrejar (cf. Jo 10, 33).

O supremo desaforo da astúcia é trocar o bem pelo mal, não faltando sequer o topete de chamar mal ao próprio bem.


  1. Como sucede a quem ama o feio (bonito lhe parece), também quem está encharcado no mal acaba por tomar o mal como seu único bem.

É uma espécie de «Síndrome de Estocolmo» moral. O contacto prolongado com o mal leva, muitas vezes, a ficar contaminado pelo mal, tingindo-o com «tintas» de bem.


  1. Os tempos que correm continuam a ser férteis em «apedrejamentos» gratuitos.

Há quem se esmere em «atirar pedras» pelo bem que se espalha e pela bondade que se semeia.


  1. As redes sociais estão cheias de sonoras «pedradas digitais».

Assim sendo, devíamo-nos preocupar não só com a protecção dos nossos dados, mas sobretudo com a dignidade dos nossos actos.


  1. Estanquemos, de vez, as enxurradas do mal.

E paremos de «atirar pedras» aos que ainda vão inundando o mundo com torrentes de bondade, de verdade e de beleza. Afinal, porque é que o bem irrita tanto?

publicado por Theosfera às 10:35

Hoje, 10 de Abril, é dia de Sto. Ezequiel, S. Terêncio, S. Macário, S. Fulberto, Sto. António Neyrot e Sta. Madalena de Canossa.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Segunda-feira, 09 de Abril de 2018

Hoje, 09 de Abril (Solenidade da Anunciação do Senhor, diferida), é dia de Sta. Cassilda, Sto. Acácio de Amida e Sta. Maria Cléofas.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Domingo, 08 de Abril de 2018

Páscoa é todos os dias, Páscoa é todo o tempo.



Páscoa não foi. Páscoa é. A Páscoa não passa. A Páscoa é passagem, mas nunca é passado.



A Páscoa não foi apenas há oito dias. A Páscoa também é hoje.



Também hoje, Senhor, vens ter connosco. Também hoje nos dás a Tua paz, o Teu perdão, o Teu amor.



O Teu mandamento não é pesado, o Teu jugo é suave, a Tua carga é leve.



Quando Te amamos, amamos também as pessoas. Quando amamos as pessoas, amamos-Te também a Ti.



Também hoje, queremos ter um só coração e uma só alma.



Também hoje, queremos pôr tudo em comum.



Também hoje, queremos que ninguém passe necessidade, que ninguém tenha fome.



Também hoje, queremos conjugar, com os lábios e com a vida, o verbo «dar», o verbo «repartir», o verbo «amar».



O que é de cada um queremos que seja de todos.



Ajuda-nos, Jesus, a vencer a pior doença: o egoísmo.



Ensina-nos, Jesus, a vencer a falsidade e a mentira.



Envolve-nos, Jesus, com a Tua misericórdia e habita-nos com a Tua bondade.



Obrigado, Jesus, por morreres por nós.



Obrigado, Jesus, por ressuscitares para nós.



Obrigado por vires sempre ao nosso encontro.



Como S. Tomé, também hoje Te adoramos, também hoje Te dizemos:



«Meu Senhor e meu Deus!»

publicado por Theosfera às 10:34

A. Em casa, nos caminhos e até junto ao sepulcro

 

  1. A primeira visita pascal não foi feita por homens transportando a Cruz. A primeira visita pascal foi feita pelo próprio Jesus que morreu na Cruz. E são cinco as «visitas» que Jesus faz no próprio dia em que ressuscitou. Estas «visitas pascais» de Jesus ocorrem em casa, nos caminhos e até junto ao sepulcro.

O Evangelho de hoje apresenta-nos a visita que Jesus fez aos discípulos em Jerusalém, na tarde do dia da Ressurreição (cf. Jo 20, 1). Este não foi, porém, o único — nem sequer o primeiro — encontro que Jesus teve com os Seus discípulos. Nessa mesma tarde, antes deste encontro, veio ter com outros dois discípulos que iam «a caminho de uma aldeia chamada Emaús» (cf. Lc 24, 13).

 

  1. Estes, apesar do cansaço e do adiantado da hora, vão fazer mais doze quilómetros — certamente a pé — e regressam a Jerusalém para contar aos companheiros o sucedido (cf. Lc 24, 35).

Pela reacção, ficamos a saber que Jesus já tinha aparecido a Pedro: «Na verdade, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão» (Lc 24, 34). É precisamente enquanto os discípulos conversavam que se dá a aparição de que fala São João no Evangelho deste dia (cf. Lc 24, 36-40).


 

B. Quem foi a primeira pessoa a ser visitada pelo Ressuscitado?

 

  1. Mas as aparições do Ressuscitado não se ficaram por estas três. Antes, houve provavelmente mais duas (quase de certeza) pela manhã. São Mateus fala de uma aparição de Jesus a Maria Madalena e a «outra Maria» quando, depois de terem estado no sepulcro, iam a correr para dar aos discípulos a notícia da Ressurreição (cf. Mt 28, 9-10).

São Marcos, por sua vez, indica que Jesus apareceu primeiramente a Maria Madalena (cf. Mc 16, 9), apesar de referir que ela tinha ido ao sepulcro na companhia de Maria, mãe de Tiago, e de Salomé (cf. Mc 16, 1).

 

  1. E o certo é que a primeira aparição que João relata é justamente a Maria Madalena junto ao sepulcro (cf. Jo 20, 11-17).

De tudo isto é pertinente extrair dois dados importantes: 1) das doze aparições do Ressuscitado, cinco aconteceram logo no dia da Ressurreição e 2) as duas primeiras destas cinco aparições tiveram como destinatários mulheres.


 

C. A «hora das discípulas»

 

  1. Salta, portanto, à vista que as mulheres assumiram uma posição singular, muito distinta de muitos homens, neste momento decisivo. Se repararmos, os Evangelhos não mencionam uma única mulher que tivesse aprovado a condenação de Jesus. Até a mulher de Pilatos tentou evitar a Sua morte (cf. Mt 27, 19).

Junto à Cruz de Jesus, tirando os soldados, só um discípulo se manteve até ao fim: o Discípulo Amado (cf. Jo 19, 26). De resto, apenas mulheres ali permaneceram: Maria, Mãe de Jesus, e mais três mulheres (cf. Jo 19, 25; Mc 15, 40; Mt 27, 56). Ao funeral de Jesus, feito por José de Arimateia e Nicodemos (cf. Jo 19, 38-42), só compareceram mulheres (cf. Mc 15, 47; Mt 27, 61; Lc 23, 55).

 

  1. Enquanto os discípulos se recolhem e encolhem, com medo de retaliações, as discípulas avançam sem medo. Ao regressarem do funeral, vão preparar aromas e perfumes já com a ideia de voltarem ao sepulcro (cf. Lc 23, 56).

E assim fizeram, pelo que esta se tornou a «hora das discípulas», mais que dos discípulos. Não espanta, por isso, que as notícias em primeira mão da manhã da Ressurreição tenham sido dadas pelas discípulas. Foi, desde logo, uma discípula a dar a dois discípulos a notícia de que teriam levado o corpo de Jesus (cf. Jo 20, 2). E foram as discípulas a dar aos discípulos a notícia de que, afinal, Jesus tinha ressuscitado (cf. Mt 28, 7-8).


 

D. Em louvor das «miróforas»

 

  1. Quando receberam o alerta de que teriam levado o corpo de Jesus, os dois discípulos avisados venceram por instantes o medo e foram ao sepulcro. Registaram o que se estava a passar e voltaram para casa (cf. Jo 20, 10). Só uma discípula (Maria Madalena) permaneceu (cf. Jo 20, 11).

Por tal motivo, é lícito concluir, como fez a Tradição, que as mulheres foram as «apóstolas dos apóstolos», aquelas que deram aos apóstolos a maior — e a mais bela — notícia. E o certo é que, ainda hoje, o Evangelho da Vigília Pascal começa com a referência às mulheres e ao seu papel na divulgação da Ressurreição.

 

  1. Na Liturgia Ortodoxa, elas são comemoradas no segundo Domingo da Páscoa. Recebem o nome de «miróforas», que significa «aquelas que transportam aromas ou perfumes». Fazem-lhes homenagens com orações e cânticos próprios. Elas são elogiadas pela sua coragem, pelo seu destemor e sobretudo pelo seu amor. É claro que elas ainda pensaram nas dificuldades que iriam encontrar: «Quem nos irá tirar a pedra da entrada do sepulcro?» (Mc 16, 3). Mas nem isso as demoveu. O importante era reencontrar o corpo do Senhor que amavam. Não é o amor mais forte que a morte (cf. Ct 8, 7)?

A Liturgia Ortodoxa elabora uma figuração da cena: «Ao amanhecer, as “miróforas”, tomando consigo os aromas, foram ao sepulcro do Senhor e, notando coisas que não esperavam, pasmas ao ver a pedra removida, diziam: “Onde estão os lacres do túmulo? Onde estão os guardas que Pilatos enviou?” Mas os seus temores cessaram ao ver o anjo dirigir-se a elas: “Porque procurais em pranto Aquele que está vivo? Cristo ressurgiu dos mortos”. Então, as santas mulheres derramaram óleos perfumados e lágrimas no sepulcro e a sua boca encheu-se de júbilo ao proclamar: “O Senhor ressuscitou!”». Outro hino bizantino resume o que aconteceu: «Às piedosas “miróforas” o Anjo disse: “Os aromas são para aos mortos! Cristo, porém, está vivo”».


 

E. Melhor do que «ver para crer» é «crer para ver»

 

  1. E, de facto, elas anunciaram que Jesus estava vivo. Só que não foram muito bem sucedidas no seu anúncio. Marcos diz que Madalena foi levar a Boa Nova da Ressurreição aos discípulos, que estavam em luto e em pranto (cf. Mc 16, 10). Mas eles não acreditaram (cf. Mc 16, 11). Lucas, por sua vez, anota que o anúncio das mulheres parecia um desvario, pelo que os discípulos não acreditaram nelas (cf. Lc 24, 11). Eles só passaram a acreditar quando Jesus apareceu a Pedro (cf. Lc 24, 34).

Haveria aqui alguma ponta de rivalidade ou — quem sabe — de misoginia? Marcos declara que os discípulos não acreditaram que Jesus fosse visto por Madalena (cf. Mc 16, 11). É por isso que Tomé não foi o único a ser afogado pelas dúvidas. Os outros discípulos também se mostraram cépticos antes de saberem da aparição de Pedro e de serem, também eles, visitados por Jesus.

 

  1. Deixemo-nos, pois, visitar sempre por Jesus. Ele bate à nossa porta e chama por nós (cf. Ap 3, 20). Jesus, que não desiste de Tomé, também não desiste de nós. Como fez a Tomé, também hoje vem ao nosso encontro, também hoje Se deixa tocar por nós. Também hoje nos convida a meter a nossa mão no Seu lado (cf. Jo 20, 27).

Digamos a todos o que os discípulos disseram a Tomé: «Vimos o Senhor» (Jo 20, 25). E que felizes nós somos porque vemos o Senhor! Vemo-Lo — estamos sempre a vê-Lo — na fé. Por conseguinte, melhor do que «ver para crer» é «crer para ver». Feliz não é quem crê porque vê. Feliz é quem vê porque crê. Nós não acreditamos porque vemos. Nós vemos porque acreditamos. Na fé conseguimos ver até o invisível. Em vez de «ver para crer», habituemo-nos, então, a «crer para ver». Quem acreditar nunca deixará de encontrar. São os «óculos da fé» que nos guiarão pelas estradas do mundo. São os «óculos da fé» que nos iluminarão com um amor sempre mais profundo!

publicado por Theosfera às 05:30

Hoje, 08 de Abril, (Oitava da Páscoa e Domingo da Divina Misericórdia) é dia de S. Dionísio, S. Gualter Abade, Sta. Constança de Aragão, Sta. Teresa Margarida do Sagrado Coração de Jesus e S. Domingos do Santíssimo Sacramento.

Um santo e abençoado dia de Páscoa para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Sábado, 07 de Abril de 2018

Hoje, 07 de Abril (Sábado da Oitava Páscoa), é dia de S. João Baptista de La Salle, Sto. Hermano José e Sta. Maria Assunta Pallota.

Um santo e abençoado dia de Páscoa para todos!

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Sexta-feira, 06 de Abril de 2018

Hoje, 06 de Abril (Sexta-Feira da Oitava da Páscoa), é dia de S. Prudêncio, 120 Mártires da Pérsia, S. Marcelino, S. Winebaldo e Sta. Pierina Morosini.

Um santo e abençoado dia de Páscoa para todos!

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Quinta-feira, 05 de Abril de 2018

Hoje, 05 de Abril (Quinta-Feira da Oitava da Páscoa), é dia de S. Vicente Ferrer e Sta. Juliana de Cornillon.

Um santo e abençoado dia de Páscoa para todos!

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Quarta-feira, 04 de Abril de 2018

Hoje, 04 de Abril (Quarta-Feira da Oitava da Páscoa), é Sto. Isidoro de Sevilha, Padroeiro da Internet, S. Bento, o Africano, Sta. Irene e S. José Bento Dusmet. Um santo e abençoado dia de Páscoa para todos!

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Terça-feira, 03 de Abril de 2018
    1. Afinal, a quem apareceu primeiro Jesus depois de ressuscitar?

    A Pedro? Aos outros discípulos? Às mulheres?


    1. A notícia mais antiga — colhida por Paulo — refere que Jesus «apareceu a Cefas [Pedro], em seguida, aos Doze» e a muitos outros (cf. 1Cor 15, 4-9).

    Do exposto fica claro que Pedro viu Jesus antes de muitos. Mas não é dito que tenha sido ele «o» primeiro a ver Jesus.


    1. A primeira aparição reportada por Lucas ocorre ao cair da tarde do dia da Ressurreição (cf. Lc 24, 13-35).

    Jesus mete conversa com dois discípulos que «iam a caminho de uma aldeia chamada Emaús» (Lc 24, 13).


    1. Sintomaticamente, no final deste relato, menciona-se uma aparição a Simão (cf. Lc 24, 34). Terá sido anterior ou posterior à aparição aos «discípulos de Emaús»?

    Em qualquer caso, também não se diz categoricamente que estas sejam as «primeiras» aparições de Jesus.


    1. A primeira aparição indicada por Mateus foi a aparição a Maria de Magdala (conhecida como Maria Madalena) e «a outra Maria» (cf. Mt 28, 1-10).

    Já a primeira aparição descrita por Marcos e João inclui apenas Maria Madalena (cf. Mc 16, 9; Jo 20, 14-17).


    1. Acresce que Marcos faz questão de ressalvar que esta é a «primeira» aparição do Ressuscitado.

    A sua anotação é inequívoca: «Jesus apareceu primeiramente a Maria de Magdala» (Mc 16, 9).


    1. Tendo ido visitar o túmulo, pela manhã do primeiro dia da semana, ela vê a pedra removida do sepulcro (cf. Jo 20, 1).

    Suspeitando de um assalto, vai depressa informar Pedro e o Discípulo Amado (cf. Jo 20, 2).


    1. Os dois vão ao sepulcro, vêem o que se passa e voltam para casa (cf. Jo 20, 3-10).

    Pelo contrário, Maria Madalena resolve ficar. E não pára de chorar a perda do corpo do «seu» Senhor (cf. Jo 20, 11-13).


    1. É então que ela vê Jesus. Mas não O conhece (cf. Jo 20, 14). Foi somente quando O ouviu que O reconheceu (cf. Jo 20, 16).

    Eis a preciosa lição desta «protofania» pascal: é preciso escutar Jesus para (re)conhecer Jesus.


    1. Depois, há que fazer o que Maria Madalena fez: anunciar que Jesus continua vivo (cf. Jo 20, 18).

    É por isso que ela é venerada como «iso-apóstola» («igual aos apóstolos»). Anunciar Jesus não é a (única) tarefa de todo o apóstolo?

 

publicado por Theosfera às 11:04

Hoje, 03 de Abril (Terça-Feira da Oitava da Páscoa), é dia de Sta. Ágape, Sta. Quiónia, Sta. Irene, Sta. Engrácia, S. Conrado de Saxónia, Sto. Estêvão da Hungria e S. Luís Scropussi.

Um santo e abençoado dia de Páscoa para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Segunda-feira, 02 de Abril de 2018

Hoje, 02 de Abril (segunda-feira da Oitava da Páscoa), é dia de S. Francisco de Paula e Sta. Maria Egipcíaca.

Um santo e abençoado dia de Páscoa para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Domingo, 01 de Abril de 2018

            

Já é Páscoa no tempo,

há alegria e esplendor,

vivacidade e contentamento.

Os foguetes vão estourar,

as flores vão brilhar,

as pessoas vão vibrar,

as casas vão encher

para Te acolher, Senhor.

Há dois mil anos,

removeste a pesada pedra do Teu sepulcro.

Pedimos-Te, Senhor,

que, hoje mesmo,

removas alguma pedra que ainda endureça os nossos corações:

a pedra do pecado,

a pedra do egoísmo,

a pedra da falsidade,

a pedra da injustiça, do ódio e da violência.

Aqui nos tens, Senhor,

não queremos ser sepultura mas berço.

Queremos que nasças sempre em nós

e queremos renascer sempre para Ti.

É tempo de Páscoa.

Exulta a natureza.

Vibram as crianças.

Cantem as multidões.

Que a Páscoa traga Paz,

Amor, Partilha e Felicidade.

Que os rostos sorriam,

que as mãos se juntem,

que os passos se aproximem,

que os corações se abram.

Obrigado, Senhor,

por morreres por nós.

Obrigado, Senhor,

por ressuscitares para nós.

Voltaste para o Pai e permaneces connosco.

Na Eucarista, és sempre o Emanuel.

Que Te saibamos receber

e que Te queiramos anunciar.

Hoje vais entrar em nossas casas.

Que nós nunca Te afastemos da nossa vida.

É Páscoa no tempo.

Que seja Páscoa na vida,

na nossa vida,

na vida da humanidade inteira.

publicado por Theosfera às 10:23

A. As novidades transmitem-se a correr 

  1. A manhã da Ressurreição foi uma manhã de agitação. A manhã daquele dia foi uma manhã de correria. Maria Madalena corre até junto de Pedro e do Discípulo Amado para lhes dizer que tinham tirado a pedra do túmulo (cf. Jo 20, 2). Por sua vez, Pedro e o Discípulo Amado também correm para conferir o que, efectivamente, se tinha passado no túmulo (cf. Jo 20, 4). Quando souberam que Jesus tinha ressuscitado, Maria Madalena e a «outra Maria» foram igualmente a correr dar a notícia aos discípulos (cf. Mt 28, 8).

Compreende-se que assim tenha sido. Compreende-se que tenha havido toda esta «correria pascal». As novidades transmitem-se a correr. E tudo era novo naquela manhã. São João tem o cuidado de anotar que aquele era não um «outro dia», mas o «primeiro dia» (cf. Jo 20, 1). Tratava-se do «primeiro dia» não de uma nova semana, mas de uma nova vida.

 

  1. À semelhança do que aconteceu na primeira criação (cf. Gén 1, 3-5), também a primeira obra de Deus na nova criação é a luz. Segundo o relato do Livro do Génesis, a terra no início estava escura (cf. Gén 1, 2). Também agora e apesar de já ser manhã — altura em que já costuma haver alguma luz —, «ainda estava escuro» (Jo 20, 1).

Só que onde estava escuro não era no exterior; era no interior. Era dentro de Maria Madalena — e de todos os outros — que persistia a escuridão.


 

B. Não houve um assalto, mas um salto

 

  1. Maria Madalena e os outros discípulos ainda não se tinham apercebido de que o dia já começara a brilhar. Naquele momento, ainda não lhes tinha ocorrido que aquele túmulo não estava vazio, mas aberto.

Vazios pareciam estar eles: vazios de fé, vazios de ânimo, vazios de esperança. Ainda era noite no seu íntimo. Para eles, a pedra retirada do túmulo (cf. Jo 20 1) era sinal de um assalto, não de um salto. Mas o que tinha havido não era o assalto ao corpo de um morto, mas um salto da morte para a vida.

 

  1. Só que continuava a ser escuro para todos, como se deduz do plural usado no relato de João: «Levaram o Senhor do túmulo e não sabemos onde O puseram» (Jo 20, 2). O estado de desorientação é total.

Sem Jesus ou com um Jesus morto, não há orientação possível. De resto, é impressionante notar como, nestes nove versículos, a palavra «túmulo» é mencionada sete vezes. O que domina é, pois, a ideia de que Jesus está morto. Há uma atitude de procura, mas trata-se da procura de um Jesus morto.

C. O túmulo não estava vazio, mas aberto

 

  1. Eis o que nos pode acontecer: anunciar Jesus, mas um Jesus sem vida. Nessa altura, é preciso correr ao encontro do próprio Jesus (cf. Jo 20, 4). Só junto de Jesus se faz luz. Só junto de Jesus se faz luz sobre Jesus. Não é Jesus a luz (cf. Jo 8, 12)? Por conseguinte, só junto de Jesus aprendemos a crer em Jesus e a conhecer Jesus.

O Discípulo Amado, que estivera com Jesus até ao fim (cf. Jo 19, 26), vai à frente. Pedro, que não esteve com Jesus até ao fim, vai atrás. É por isso que, como bem notou D. António Couto, Pedro tem de seguir quem seguiu Jesus. Na Igreja inteira, o amor tem a dianteira. O Discípulo Amado chega primeiro ao túmulo: inclina-se, vê, mas não entra (cf. Jo 20, 6). Porque o amor é paciente (cf. 1Cor 13, 4), é capaz de esperar até por aqueles que vacilam no amor.

 

  1. Os dois discípulos, em correria, perceberam, finalmente, o que acontecia. No túmulo, os panos que envolveram o corpo de Jesus estavam no chão e o lenço que Ele tivera na cabeça encontrava-se cuidadosamente dobrado, noutro sítio (cf. Jo 20, 5.7). Vêem e acreditam (cf. Jo 20, 8). Começam, finalmente, a entender o que, até então, não tinham entendido (cf. Jo 20, 9). No fundo e como observa D. António Couto, o túmulo não estava vazio, mas cheio, cheio de sinais: não cheio de sinais de morte, mas cheio de sinais de vida. Os ladrões não teriam o cuidado de dobrar o lenço da cabeça de Jesus. Não é costume dos ladrões deixar as coisas em ordem quando assaltam.

    Mas há ainda outra razão para que os discípulos tenham entendido o que se passou. É que a posição do lenço na mesa constituía uma mensagem do senhor para o seu servo. Este nunca tocava na mesa antes de o senhor ter terminado a refeição. E como é que ele saberia que o senhor terminou? Precisamente pela posição do lenço. Se o senhor colocasse o lenço amarrotado queria dizer: «Eu terminei». Mas se deixasse o lenço dobrado ao lado do prato, o servo continuava a não tocar na mesa, porque aquele lenço dobrado queria dizer: «Eu voltarei!»

     

     D. Foi Deus que tirou a pedra do túmulo

     

    7. Os discípulos viram, acreditaram e perceberam a mensagem que vinha do túmulo. Jesus tinha voltado. Isto significa que aquilo que se passou no túmulo não foi acção humana, mas obra divina. O túmulo foi aberto por Deus. A pedra foi removida por Deus. A morte foi vencida por Deus. Não esqueçamos que, segundo Mateus, foi um anjo do Senhor que desceu do Céu e retirou a pedra (cf. Mt 28, 2)Foi Deus que tirou a pedra do túmulo

Deus «desamarra» Jesus de todas as «amarras». É Deus que «desliga» Jesus de todas aquelas «ligaduras». É então que se faz luz nas escuras vidas dos discípulos. Faz-se luz sobre a Ressurreição e faz-se até luz sobre a morte. Nem a morte eliminou Jesus. A Sua vida não foi interrompida, mas transfigurada. A morte de Jesus é uma morte «morticida», uma morte que mata a morte. Não elimina a vida; ilumina a vida.

 

  1. Os discípulos ainda não tinham entendido que Jesus devia ressuscitar dos mortos. Também lhes fora difícil perceber que Jesus tinha de morrer para ressuscitar. Ou seja, só agora começavam a abarcar o sentido daquela morte e desta ressurreição. Compreenderam, finalmente, o sentido das palavras do Mestre. Ninguém Lhe tinha tirado a vida; era Ele que dava a vida (cf. Jo 10, 18).

Aquela morte não era um termo da vida, mas uma oferta da vida. Esta ressurreição não era um regresso à vida, mas um ingresso na Vida: na vida que vence a morte. Nós que, tantas vezes, sentimos que vamos morrendo na vida, encontramos assim sentido na própria morte.


 

E. Sempre em Páscoa

 

  1. Vivamos, por isso, em Páscoa e não apenas no dia de Páscoa. Não basta haver um dia de Páscoa. É preciso que haja toda uma vida de Páscoa. É urgente que todas as nossas vidas sejam vidas de Páscoa.

É a vida de Páscoa que dá sentido ao dia de Páscoa, ao tempo de Páscoa.

 

  1. A Páscoa está no tempo para nunca deixar de estar na vida. A Páscoa não cansa. Não cansa nem dá descanso. É preciso fazer como os discípulos da primeira hora. É preciso sair e correr, a toda a pressa, para anunciar Jesus.

Digamos, então, a todos que aquele que foi à morada dos mortos continua vivo. Até aos mortos Ele dá vida. É Jesus que nos faz viver. É por Jesus que nem na morte havemos de morrer!

 

publicado por Theosfera às 05:42

Hoje, 01 de Abril (Páscoa da Ressurreição), é dia de S. Hugo de Grenoble e S. Macário.

Um santo e abençoado dia de Páscoa para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

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