Hoje, 30 de Abril, é dia de S. Pio V, S. José Bento Cottolengo, S. Bento de Urbina, Sto. Amador, S. Donato e Sta. Maria da Encarnação.
Um santo e abençoado dia pascal para todos!
Hoje, 30 de Abril, é dia de S. Pio V, S. José Bento Cottolengo, S. Bento de Urbina, Sto. Amador, S. Donato e Sta. Maria da Encarnação.
Um santo e abençoado dia pascal para todos!
Obrigado, Senhor,
por, também hoje, Te apresentares no meio de nós,
por, também hoje, nos ajudares a vencer as nossas perturbações.
Obrigado, Senhor, pela paz que nos dás,
pela paz que és Tu,
pela paz que chega ao mundo inteiro.
A Páscoa está no tempo
para que esteja na vida,
na vida de cada um,
na vida de todos.
Como há dois mil anos,
Tu, Senhor, comes connosco.
Tu és o nosso pão,
o alimento da nossa vida.
Tu, Senhor, continuas a abrir os nossos corações,
a purificar a nossa existência,
a transformar o nosso caminhar.
Tu és, Senhor,
o sol que ilumina,
a chuva que fecunda,
o vento que sopra.
Tu és o Deus das novas oportunidades.
Mesmo quando pecamos, Tu és o perdão.
Por isso nos convidas ao arrependimento,
à mudança, à conversão.
Continua, Senhor, a transformar a nossa vida.
Que nós nunca Te esqueçamos,
que nunca esqueçamos de Te anunciar,
JESUS!
A. Para Deus, até os impossíveis podem ser vencidos
Acontece que os cristãos da primeira hora também pareciam vencidos pelo impossível. Também eles achavam impossível que Saulo, o feroz perseguidor, se tivesse convertido. Por isso, não acreditavam que o perseguidor de Jesus passasse a ser discípulo de Jesus. Continuavam com medo dele (cf. Act 9, 26). Mas já não havia razão para ter medo de Saulo. O impossível tinha sido derrotado por Jesus que apareceu a Paulo no caminho de Damasco (cf. Act 9, 27). Como acontecera aos discípulos de Emaús, também agora Jesus ressuscitado vem ao caminho para fazer com que os caminhantes mudem de direcção.
Que é o Cristianismo senão o impossível tornado possível? Olhemos, pois, sempre para a «medida alta» de que nos falava São João Paulo II. Nós somos portadores da vitória sobre o impossível. Até a morte foi vencida. Sejamos, por isso, mensageiros de boas notícias. Que melhor notícia do que dizer que Jesus Cristo está vivo e continua connosco?
B. Não passar por Cristo, mas permanecer em Cristo
Eis o que falta, eis o que urge: permanecer em Cristo. O que, habitualmente, fazemos é ausentar-nos de Cristo ou, então, passar fugidiamente por Cristo. Deste modo, corremos o sério risco de nos tornarmos meros «turistas de Cristo». Como é sabido, turismo vem do francês «tour», que significa «volta». Frequentemente, é isso que fazemos: andamos à volta de Cristo e, depois, voltamos à nossa vida longe de Cristo. Nunca esqueçamos isto: um cristão não pode viver sem Cristo. Cristo não é para passar, é para permanecer. Não nos limitemos, pois, a passar por Cristo; permaneçamos sempre em Cristo.
Ainda recentemente, a Congregação para a Doutrina da Fé recordava que «a salvação que Deus nos oferece não é alcançada apenas pelas nossas forças […], mas através das relações nascidas do Filho de Deus encarnado e que formam a comunhão da Igreja».
C. Em si mesmas, as nossas forças são muito fracas
Não nos sintamos superiores aos outros. Não somos superiores aos outros, mas irmãos dos outros. Tal como eles, também nós precisamos de Cristo. Sozinhos não somos nada, mas também não basta estarmos junto dos outros. É fundamental, juntamente com os outros, estarmos com Cristo. É Cristo que salva: em conjunto, em comunidade, em comunhão.
D. Não somos chamados a «fortificar», mas a «frutificar»
Somos (não fomos) baptizados; que estamos a fazer do dom do Baptismo? Recebemos o Corpo do Senhor; que estamos a fazer do dom da Eucaristia? Nós somos os ramos, Jesus é a videira (cf. Jo 15, 5). Os ramos não dão qualquer fruto sem a videira. Sem a videira, os ramos secam (cf. Jo 15, 6). Sem Cristo, secamos. Sem Cristo, a nossa vida é uma «seca», uma grande «seca».
Assim sendo, nunca nos separemos da verdadeira vide, que é Cristo, nem aceitemos que nos separem do grande agricultor que é Deus (cf. Jo 15, 1). Procuremos «cristificar» cada vez mais a nossa existência. Ser cristão implica, antes de pertencer a uma religião, pertencer a uma pessoa: a Jesus Cristo.
E. Só ama Cristo quem faz a vontade de Cristo
Nós permanecemos no amor de Cristo se guardarmos os Seus mandamentos (cf. Jo 15, 10). É que o amor, mais do que para dizer, é para viver. Só amamos Cristo fazendo a vontade de Cristo como Cristo, aliás, faz a vontade do Pai. E, como é sabido, os mandamentos de Cristo têm o seu ápice no mandamento da Eucaristia («fazei isto em memória de Mim», 1Cor 11, 24), no mandamento da missão («ide por todo o mundo anunciar o Evangelho», Mc 16, 15) e no mandamento do amor («amai-vos uns aos outros como Eu vos amei», Jo 13, 34).
É claro que Jesus riu — e sorriu — muitas vezes e é seguro que não excluiu da felicidade quem riu e sorriu. Mas o que avulta em Jesus é que a nossa alegria só será completa fazendo a vontade de Deus. Não é isso o que expressamos com os lábios quando dizemos: «Seja feita a Vossa vontade» (Mt 6, 10)? Fazendo a divina vontade reencontraremos a felicidade. E seremos visitados pela alegria. Em cada dia!
Hoje, 29 de Abril (Quinto Domingo da Páscoa), é dia de Sta. Catarina de Sena (Co-padroeira da Europa) e S. Wilfrido, o Jovem.
Um santo e abençoado dia pascal para todos!
Hoje, 28 de Abril, é dia de Sta. Teodora, S. Dídimo, S. Pedro Maria Chanel, S. Luís Maria Grignion de Monfort, S. Pusquésio e Sta. Maria Luísa Trichet.
Um santo e abençoado dia pascal para todos!
Hoje, 27 de Abril, é dia de Nossa Senhora de Monserrate, Sta. Zita (padroeira das empregadas domésticas e das despenseiras) e Sto. Ântimo.
Um santo e abençoado dia pascal para todos!
Hoje, 26 de Abril, é dia de Nossa Senhora, Mãe do Bom Conselho, Sto. Anacleto, S. Marcelino, S. Pedro de Rates, S. Pascásio, S. Basílio de Amaseia, S. Gregório e S. Domingos (Pregadores).
Um santo e abençoado dia pascal para todos!
Hoje, 25 de Abril (feriado comemorativo da Instauração da Democracia), é dia de S. Marcos, Evangelista, Sto. Estêvão de Antioquia e S. Pedro de S. José Betancourt.
Refira-se que S. Marcos é considerado padroeiro dos vidraceiros e notários, e invocado contra a sarna.
Um santo e abençoado dia pascal para todos!
A preocupação do discípulo não é apenas reproduzir a mensagem do mestre; é também — e acima de tudo — viver a vida do mestre.
O objectivo — e a suprema realização — do discípulo é viver «como» o seu mestre (cf. Mt 10, 25).
Sucede que este «como», mais do que comparativo, é visceralmente causal.
Para o cristão, Cristo é «a» essência: a essência da sua existência.
«Como» Cristo foi, assim deve ser o cristão (cf. Jo 13, 15).
Deste modo, a chave da identidade cristã consiste em ser triplamente «como» Cristo: em servir «como» Cristo, em amar «como» Cristo e em unir «como» Cristo.
Cristo apresenta-Se como aquele que serve, como aquele que ama e como aquele que une. Que pode fazer o cristão senão servir, amar e unir? As vivências de Cristo têm de ser urgências para o cristão.
«Como» Cristo veio para servir (cf. Mt 20, 28), também o cristão é chamado a ser servidor (cf. Mt 20, 27).
E «como» Cristo está unido ao Pai e ao Espírito Santo, também os cristãos hão-de estar unidos entre si (cf. Jo 17, 21). Só assim será perfeita a unidade em cada comunidade (cf. Jo 17, 23).
Os cristãos fazem memória de Cristo e vão pelo mundo em nome de Cristo para a todos servir, para a todos amar e para todos unir. Haverá missão mais bela?
Hoje, 24 de Abril, é dia de S. Fiel de Sigmaringa, S. Gregório de Elvira, Sta. Maria de Santa Eufrásia Pelletier, S. Bento Menni e Conversão de Sto. Agostinho.
Um santo e abençoado dia pascal para todos!
Bom Pastor és Tu, Jesus,
que dás a vida pela ovelhas,
por cada um de nós.
Como é possível que, sendo Pastor,
não dês ordens, mas dês a vida?
Tu, Jesus, és diferente,
incomparável, único.
Tu conheces as ovelhas,
conheces cada ser humano,
tens um olhar singular para cada pessoa.
E pensas não só nas ovelhas que já estão no rebanho,
mas também em todas que estão dispersas.
Tu, Jesus, não dizes só para vir,
Tu és o primeiro a ir,
a ir ao encontro de todos.
Por isso, Jesus, és bom Pastor,
bom e belo Pastor,
porque nada há mais belo do que dar a vida.
Dá-nos, Jesus, pastores assim,
pastores como Tu,
capazes de dar a vida,
próximos das pessoas,
sensíveis aos problemas e ás dificuldades.
O amor que nos mostras,
o amor do Pai,
é admirável.
Por esse amor somos filhos do mesmo Pai.
Que todos escutem a Tua voz.
Que todos façam a Tua vontade.
Que todos sigam o Teu exemplo.
Que haja um só rebanho.
Que haja um só Pastor.
Que aumente a unidade
e cresça a comunhão
em ti, JESUS!
A. Um pastor que ama (ainda) mais as ovelhas perdidas
Não são os perdidos os mais carentes? São, sem dúvida, carentes de um amor maior, de um amor total. Jesus é justamente o pastor deste amor maior, deste amor total. Ele é o pastor que dá a vida pelas ovelhas (cf. Jo 10, 11). Ele é o oposto do «mercenário», que «abandona as ovelhas e foge» (cf. Jo 10, 12). Jesus conhece as Suas ovelhas e é conhecido por elas (cf. Jo 10, 14). Não lhes dá ordens, dá-lhes a vida, a Sua vida.
Aliás, como aprendemos desde a antiguidade, o bom, o belo e o verdadeiro interagem entre si. Pelo que o bom é belo e verdadeiro, o belo é bom e verdadeiro e o verdadeiro é bom e belo. A beleza está na bondade e na verdade. A bondade está na beleza e na verdade. E a verdade está na beleza e na bondade. Dizer, portanto, que Jesus é o Belo Pastor é o mesmo que dizer que Ele é o Bom Pastor e o Verdadeiro Pastor.
B. Bom — e Belo — Pastor é este
É por isso que, voltando a Dostoiévsky, «a humanidade pode viver sem ciência, pode viver sem pão, mas sem beleza não poderia viver nunca, porque não teríamos mais nada para fazer no mundo».
Franz Kafka reconheceu que «quem possui a faculdade de ver a beleza, não envelhece». Hoje em dia, fazem falta gestos belos, atitudes belas, comportamentos belos. É preciso dar mais valor ao porte do que à pose. Na vida, precisamos não só de uma filosofia, mas também — e bastante — de uma filocalia. O amor da sabedoria surge sempre irmanado ao amor pela beleza.
C. Pastores como o Pastor
Compreende-se, assim, que, todos os anos, o quarto Domingo da Páscoa seja o «Domingo do Bom Pastor». Em cada ano, neste Domingo, a Liturgia propõe à nossa consideração um pedacinho do capítulo 10 do Evangelho de São João. Ele apresenta Cristo como o Pastor-modelo e, nessa medida, como modelo de todos os pastores. À semelhança do Pastor, os pastores não hão-de priorizar o seu próprio bem, mas o bem do seu rebanho.
Não custa perceber, portanto, que este Domingo tenha sido escolhido para Dia Mundial de Oração pelas Vocações. Toda a vida há-de ser acolhida como resposta a uma proposta. A proposta é para que haja pastores à imagem do Bom — e Belo — Pastor. A humanidade precisa de pastores que, como Jesus, dêem a vida; que, como Jesus, acolham os que estão fora e não afastem os que estão dentro.
D. Os pastores devem ser «mergulhadores», não «alpinistas»
Por aqui se vê como o pastor é mais que um gestor. Para ser testemunha no exterior tem de se deixar transformar no seu interior. Está aqui, aliás, a maior carência e, nessa medida também, a mais gritante urgência. Diz São Gregório: «É necessário que o pastor seja puro nos seus pensamentos, inatacável nas suas obras, discreto no silêncio, proveitoso nas palavras, compreensivo para com todos, que se entregue à contemplação, que seja companheiro dos bons de uma forma humilde, firme na justiça contra os vícios. Importa que a ocupação das coisas exteriores não diminua o cuidado com as interiores e que estas não o impeçam de ver as exteriores».
A humildade não desclassifica o pastor. Pelo contrário, requalifica-o soberanamente. O pastor deve ser um mergulhador, não um alpinista. A sua preocupação deve ser mergulhar nas profundezas da existência e não «subir na vida, para ter mais poder».
E. Ser padre é ser pastor, não patrão
O verbo que é chamado a conjugar não é o verbo «mandar», mas o verbo «servir». Os pastores não têm vida própria. Depõem a sua vida em casa. A vida das ovelhas passa a ser a vida dos pastores.
Se ninguém estiver longe de Cristo, estaremos todos, pastores e fiéis leigos, próximos uns dos outros. Quem segue a Cristo até ao fim, a todos dirá sempre «sim»!
Hoje, 22 de Abril (Quarto Domingo da Páscoa e do Bom Pastor), é dia de Sta. Senhorinha, S. Sotero, S. Caio, S. Leónidas, Sto. Hugo de Grenoble e Nossa Senhora, Mãe da Companhia de Jesus.
Um santo e abençoado dia pascal ara todos!
Hoje, 21 de Abril, é dia de Sto. Anselmo de Aosta, S. Conrado de Parzham e S. Maximiano de Constantinopla.
Um santo e abençoado dia pascal para todos!
Hoje, 20 de Abril, é dia de Sta. Inês de Montepulciano, S. Marcelino de Embrun e Sta. Oda.
Um santo e abençoado dia pascal para todos!
Hoje, 19 de Abril (13º aniversário da eleição do Papa Bento XVI), é dia de S. Leão IX, S. Vicente Colibre, Sta. Ema, Sto. Hermógenes, S. Caio e Sto. Expedito.
Um santo e abençoado dia pascal para todos!
Hoje, 18 de Abril, é dia de S. Perfeito, Sta. Maria da Encarnação, S. Tiago de Oldo e Sta. Sabina Petrilli.
Um santo e abençoado dia pascal para todos!
Não espanta, por conseguinte, que a numeração dos anos se sobreponha — quase sempre — à vivência do tempo.
«Que horas são?» «Em que dia estamos?» «Em que ano nos encontramos?» A resposta a estas — e a outras perguntas — costuma ser debitada através de números.
Desde o mais ínfimo milésimo de segundo até à agregação dos anos em séculos e milénios, as diversas unidades do tempo surgem-nos indexadas a números.
Mas nem neste caso a terminologia escapa totalmente a uma matriz numeral. Basta notar que «Setembro» vem de «sete», «Outubro» de «oito», «Novembro» de «nove» e «Dezembro» de «dez».
É o que sucede com a vida de Jesus. Quando queremos identificar um ano, os Evangelhos não costumam indicar números. Mas será que nos deixam sem resposta?
Daí que tenhamos de ir mais além dos números sempre que nos voltamos para a vida de Jesus.
Há muitas respostas, por aproximação ou cálculo. Todas elas procuram numerar um ano. Há, entretanto, uma resposta — de teor mais teológico que cronológico — a que raramente prestamos atenção.
Não espanta, aliás, que a designação dos anos chegasse a incorporar, além de um número, a expressão «Anno Domini» (Ano do Senhor) ou «Anno Domini Nostri Iesu Christi» (Ano de Nosso Senhor Jesus Cristo).
É Ele a graça que Deus nos faz, é Ele a graça que Deus nos envia.
É neste tempo que continuamos a viver (cf. Act 17, 28)!
Hoje, 17 de Abril, é dia de Sto. Aniceto, Sta. Maria Ana de Jesus, Sta. Catarina Tekakwitha e S. Benjamim Mantuano.
Um santo e abençoado dia pascal para todos.
Hoje, 16 de Abril, é dia de S. Bento José Labre, Sta. Engrácia de Saragoça e S. Magno da Escócia.
Também faz 91 anos o Papa Emérito Bento XVI.
Um santo e abençoado dia pascal para todos!
Obrigado, Senhor,
por, também hoje, Te apresentares no meio de nós,
por, também hoje, nos ajudares a vencer as nossas perturbações.
Obrigado, Senhor, pela paz que nos dás,
pela paz que és Tu,
pela paz que chega ao mundo inteiro.
A Páscoa está no tempo
para que esteja na vida,
na vida de cada um,
na vida de todos.
Como há dois mil anos,
Tu, Senhor, comes connosco.
Tu és o nosso pão,
o alimento da nossa vida.
Tu, Senhor, continuas a abrir os nossos corações,
a purificar a nossa existência,
a transformar o nosso caminhar.
Tu és, Senhor,
o sol que ilumina,
a chuva que fecunda,
o vento que sopra.
Tu és o Deus das novas oportunidades.
Mesmo quando pecamos, Tu és o perdão.
Por isso nos convidas ao arrependimento,
à mudança, à conversão.
Continua, Senhor, a transformar a nossa vida.
Que nós nunca Te esqueçamos,
que nunca esqueçamos de Te anunciar,
JESUS!
A. O Pão que abre os olhos
O Evangelho deste Terceiro Domingo da Páscoa começa por nos apresentar o relato que esses dois discípulos fazem do encontro que tiveram com Jesus. Aquele que Se revelara como «o» caminho (cf. Jo 14, 6) aparece-lhes no caminho (cf. Lc 24, 35). Aquele que Se manifestara como o Pão da Vida (cf. Jo 6, 35) é reconhecido ao «partir do pão» (cf. Lc 24, 35).
É por isso que não pode haver Igreja sem Eucaristia nem cristãos sem Domingo. É para a Eucaristia que caminha a missão e é da Eucaristia que nasce a missão. A missão consiste, fundamentalmente, em ir do caminho para a mesa e em voltar da mesa para o caminho. O mesmo Jesus que nos manda para a missão (cf. Mt 28, 16-20) também nos manda partir o pão em Sua memória (cf. 1Cor 11, 24).
B. A Palavra que faz arder o coração
É o Pão da Vida que — hoje e sempre — nos dá força para vencer todos os obstáculos na missão de evangelizar. É este Pão que fortalece mesmo quando a energia enfraquece. É este Pão que nos faz sair ainda que as dificuldades nos tentem impedir.
A missão consiste, fundamentalmente, em levar o Pão e em aquecer o coração. Vivemos num tempo habitado por tanta gente faminta e por tantos corações frios. A frieza do coração é mais fria que as noites mais geladas. Não espanta, por isso, que o Papa Francisco tenha denunciado a «cardioesclerose» como a «grande doença de hoje». Trata-se da rigidez e da indiferença de vidas fechadas sobre si mesmas.
C. É preciso «incendiar» os corações
É por isso que, como aos discípulos de Emaús, Jesus quer fazer «arder» o nosso coração (cf. Lc 24, 32). Mas será que ainda somos «uma Igreja capaz de aquecer o coração?» É preciso incendiar não as florestas, mas os corações. Para isso, temos de aquecer o nosso coração com a Palavra de Deus e de, com a mesma Palavra de Deus, fazer arder todos os corações.
Esta foi a quinta — e última — aparição do Senhor no dia em que ressuscitou. Tal aparição corresponde seguramente à que São João relata no capítulo 20 do seu Evangelho (cf. Jo 20, 19-31) e que ouvimos no passado Domingo. Jesus apresenta-Se de novo no meio da comunidade com o dom da paz (cf. Lc 24, 36). Ele próprio é a Paz (cf. Ef 2, 14). Só n’Ele encontramos a Paz.
D. A Ressurreição não é um afastamento; é uma nova presença
Jesus pede aos discípulos que olhem para Ele e O toquem (cf. Lc 24, 39). Jesus é o Deus que toca e o Deus que Se deixa tocar. Hoje, podemos continuar a tocar Jesus na Sua Palavra, no Seu Pão e em cada Irmão que encontramos na missão. Não tenhamos medo de tocar Jesus. Não sejamos frios na missão. A todos levemos o calor que Jesus faz arder no nosso coração.
Naquela noite, Jesus pede «alguma coisa para comer» (Lc 24, 41). Em cada dia, é Jesus quem Se nos dá a comer. Jesus é — para todo o sempre — o nosso alento e alimento.
E. Até ao último entardecer, nenhum dia se pode perder
E é assim que, após a Ressurreição, Jesus retoma o que havia dito no início da Sua missão: «Convertei-vos e acreditai no Evangelho» (Mc 1, 15). Eis o núcleo da missão: o apelo à conversão, à mudança, à transformação.
A este propósito e como refere D. António Couto, refira-se que, em Emaús, há uma igreja com um belo e significativo poema, que reza assim: «Todos os dias/ Te encontramos/ no caminho./ Mas muitos reconhecer-Te-ão/ apenas/ quando/ repartires connosco/ o Teu pão./ Quem sabe?/ Talvez/ no último entardecer». Vamos, então, partir em missão. Nenhum dia se pode perder até que chegue esse «último entardecer»!
Hoje, 15 de Abril (Terceiro Domingo da Páscoa e inauguração da Semana de Oração pelas Vocações), é dia de S. Crescente, Sta. Basilissa e Sta. Anastácia, S. César de Bus e S. Damião de Molokai.
Um santo e abençoado dia pascal para todos!
Hoje, 14 de Abril, é dia de Sta. Ludovina, S. Pedro González Telmo e Sto. Hermenegildo.
Um santo e abençoado dia pascal para todos!
Hoje, 13 de Abril, é dia de Sta. Ida de Bolonha, S. Martinho I e Sta. Margarida de Métola.
Um santo e abençoado dia pascal para todos!
Hoje, 12 de Abril, é dia de S. Júlio I, S. Zenão de Verona, S. Vítor de Braga e Sta. Teresa de Jesus (chilena).
Um santo e abençoado dia pascal para todos!
Hoje, 11 de Abril, é dia de Sto. Estanislau, Sto. Isaac e Sta. Helena Guerra.
Um santo e abençoado dia para todos!
Acontece que, por uma psicopatia que só as profundezas mais inacessíveis explicarão, há quem agrida mais facilmente quem faz o bem do que quem pratica o mal.
Antes de ser morto, foi julgado, vexado e barbaramente agredido.
Não satisfeitos, puseram-Lhe uma coroa de espinhos e bateram-Lhe com uma cana (cf. Mc 15, 18).
Ainda no decurso do julgamento, confrontou quem O maltratava: «Se falei mal, mostra onde está o mal; mas, se falei bem, porque Me bates?» (Jo 18, 23)
Havia quem não suportasse o que Jesus fazia. Mas Ele teve o desassombro de apontar o motivo. Era pelas «boas obras» realizadas que as pedras Lhe eram atiradas (cf. Jo 10, 32).
O supremo desaforo da astúcia é trocar o bem pelo mal, não faltando sequer o topete de chamar mal ao próprio bem.
É uma espécie de «Síndrome de Estocolmo» moral. O contacto prolongado com o mal leva, muitas vezes, a ficar contaminado pelo mal, tingindo-o com «tintas» de bem.
Há quem se esmere em «atirar pedras» pelo bem que se espalha e pela bondade que se semeia.
Assim sendo, devíamo-nos preocupar não só com a protecção dos nossos dados, mas sobretudo com a dignidade dos nossos actos.
E paremos de «atirar pedras» aos que ainda vão inundando o mundo com torrentes de bondade, de verdade e de beleza. Afinal, porque é que o bem irrita tanto?
Hoje, 10 de Abril, é dia de Sto. Ezequiel, S. Terêncio, S. Macário, S. Fulberto, Sto. António Neyrot e Sta. Madalena de Canossa.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 09 de Abril (Solenidade da Anunciação do Senhor, diferida), é dia de Sta. Cassilda, Sto. Acácio de Amida e Sta. Maria Cléofas.
Um santo e abençoado dia para todos!
Páscoa é todos os dias, Páscoa é todo o tempo.
Páscoa não foi. Páscoa é. A Páscoa não passa. A Páscoa é passagem, mas nunca é passado.
A Páscoa não foi apenas há oito dias. A Páscoa também é hoje.
Também hoje, Senhor, vens ter connosco. Também hoje nos dás a Tua paz, o Teu perdão, o Teu amor.
O Teu mandamento não é pesado, o Teu jugo é suave, a Tua carga é leve.
Quando Te amamos, amamos também as pessoas. Quando amamos as pessoas, amamos-Te também a Ti.
Também hoje, queremos ter um só coração e uma só alma.
Também hoje, queremos pôr tudo em comum.
Também hoje, queremos que ninguém passe necessidade, que ninguém tenha fome.
Também hoje, queremos conjugar, com os lábios e com a vida, o verbo «dar», o verbo «repartir», o verbo «amar».
O que é de cada um queremos que seja de todos.
Ajuda-nos, Jesus, a vencer a pior doença: o egoísmo.
Ensina-nos, Jesus, a vencer a falsidade e a mentira.
Envolve-nos, Jesus, com a Tua misericórdia e habita-nos com a Tua bondade.
Obrigado, Jesus, por morreres por nós.
Obrigado, Jesus, por ressuscitares para nós.
Obrigado por vires sempre ao nosso encontro.
Como S. Tomé, também hoje Te adoramos, também hoje Te dizemos:
«Meu Senhor e meu Deus!»
A. Em casa, nos caminhos e até junto ao sepulcro
O Evangelho de hoje apresenta-nos a visita que Jesus fez aos discípulos em Jerusalém, na tarde do dia da Ressurreição (cf. Jo 20, 1). Este não foi, porém, o único — nem sequer o primeiro — encontro que Jesus teve com os Seus discípulos. Nessa mesma tarde, antes deste encontro, veio ter com outros dois discípulos que iam «a caminho de uma aldeia chamada Emaús» (cf. Lc 24, 13).
Pela reacção, ficamos a saber que Jesus já tinha aparecido a Pedro: «Na verdade, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão» (Lc 24, 34). É precisamente enquanto os discípulos conversavam que se dá a aparição de que fala São João no Evangelho deste dia (cf. Lc 24, 36-40).
B. Quem foi a primeira pessoa a ser visitada pelo Ressuscitado?
São Marcos, por sua vez, indica que Jesus apareceu primeiramente a Maria Madalena (cf. Mc 16, 9), apesar de referir que ela tinha ido ao sepulcro na companhia de Maria, mãe de Tiago, e de Salomé (cf. Mc 16, 1).
De tudo isto é pertinente extrair dois dados importantes: 1) das doze aparições do Ressuscitado, cinco aconteceram logo no dia da Ressurreição e 2) as duas primeiras destas cinco aparições tiveram como destinatários mulheres.
C. A «hora das discípulas»
Junto à Cruz de Jesus, tirando os soldados, só um discípulo se manteve até ao fim: o Discípulo Amado (cf. Jo 19, 26). De resto, apenas mulheres ali permaneceram: Maria, Mãe de Jesus, e mais três mulheres (cf. Jo 19, 25; Mc 15, 40; Mt 27, 56). Ao funeral de Jesus, feito por José de Arimateia e Nicodemos (cf. Jo 19, 38-42), só compareceram mulheres (cf. Mc 15, 47; Mt 27, 61; Lc 23, 55).
E assim fizeram, pelo que esta se tornou a «hora das discípulas», mais que dos discípulos. Não espanta, por isso, que as notícias em primeira mão da manhã da Ressurreição tenham sido dadas pelas discípulas. Foi, desde logo, uma discípula a dar a dois discípulos a notícia de que teriam levado o corpo de Jesus (cf. Jo 20, 2). E foram as discípulas a dar aos discípulos a notícia de que, afinal, Jesus tinha ressuscitado (cf. Mt 28, 7-8).
D. Em louvor das «miróforas»
Por tal motivo, é lícito concluir, como fez a Tradição, que as mulheres foram as «apóstolas dos apóstolos», aquelas que deram aos apóstolos a maior — e a mais bela — notícia. E o certo é que, ainda hoje, o Evangelho da Vigília Pascal começa com a referência às mulheres e ao seu papel na divulgação da Ressurreição.
A Liturgia Ortodoxa elabora uma figuração da cena: «Ao amanhecer, as “miróforas”, tomando consigo os aromas, foram ao sepulcro do Senhor e, notando coisas que não esperavam, pasmas ao ver a pedra removida, diziam: “Onde estão os lacres do túmulo? Onde estão os guardas que Pilatos enviou?” Mas os seus temores cessaram ao ver o anjo dirigir-se a elas: “Porque procurais em pranto Aquele que está vivo? Cristo ressurgiu dos mortos”. Então, as santas mulheres derramaram óleos perfumados e lágrimas no sepulcro e a sua boca encheu-se de júbilo ao proclamar: “O Senhor ressuscitou!”». Outro hino bizantino resume o que aconteceu: «Às piedosas “miróforas” o Anjo disse: “Os aromas são para aos mortos! Cristo, porém, está vivo”».
E. Melhor do que «ver para crer» é «crer para ver»
Haveria aqui alguma ponta de rivalidade ou — quem sabe — de misoginia? Marcos declara que os discípulos não acreditaram que Jesus fosse visto por Madalena (cf. Mc 16, 11). É por isso que Tomé não foi o único a ser afogado pelas dúvidas. Os outros discípulos também se mostraram cépticos antes de saberem da aparição de Pedro e de serem, também eles, visitados por Jesus.
Digamos a todos o que os discípulos disseram a Tomé: «Vimos o Senhor» (Jo 20, 25). E que felizes nós somos porque vemos o Senhor! Vemo-Lo — estamos sempre a vê-Lo — na fé. Por conseguinte, melhor do que «ver para crer» é «crer para ver». Feliz não é quem crê porque vê. Feliz é quem vê porque crê. Nós não acreditamos porque vemos. Nós vemos porque acreditamos. Na fé conseguimos ver até o invisível. Em vez de «ver para crer», habituemo-nos, então, a «crer para ver». Quem acreditar nunca deixará de encontrar. São os «óculos da fé» que nos guiarão pelas estradas do mundo. São os «óculos da fé» que nos iluminarão com um amor sempre mais profundo!
Hoje, 08 de Abril, (Oitava da Páscoa e Domingo da Divina Misericórdia) é dia de S. Dionísio, S. Gualter Abade, Sta. Constança de Aragão, Sta. Teresa Margarida do Sagrado Coração de Jesus e S. Domingos do Santíssimo Sacramento.
Um santo e abençoado dia de Páscoa para todos!
Hoje, 07 de Abril (Sábado da Oitava Páscoa), é dia de S. João Baptista de La Salle, Sto. Hermano José e Sta. Maria Assunta Pallota.
Um santo e abençoado dia de Páscoa para todos!
Hoje, 06 de Abril (Sexta-Feira da Oitava da Páscoa), é dia de S. Prudêncio, 120 Mártires da Pérsia, S. Marcelino, S. Winebaldo e Sta. Pierina Morosini.
Um santo e abençoado dia de Páscoa para todos!
Hoje, 05 de Abril (Quinta-Feira da Oitava da Páscoa), é dia de S. Vicente Ferrer e Sta. Juliana de Cornillon.
Um santo e abençoado dia de Páscoa para todos!
Hoje, 04 de Abril (Quarta-Feira da Oitava da Páscoa), é Sto. Isidoro de Sevilha, Padroeiro da Internet, S. Bento, o Africano, Sta. Irene e S. José Bento Dusmet. Um santo e abençoado dia de Páscoa para todos!
A Pedro? Aos outros discípulos? Às mulheres?
Do exposto fica claro que Pedro viu Jesus antes de muitos. Mas não é dito que tenha sido ele «o» primeiro a ver Jesus.
Jesus mete conversa com dois discípulos que «iam a caminho de uma aldeia chamada Emaús» (Lc 24, 13).
Em qualquer caso, também não se diz categoricamente que estas sejam as «primeiras» aparições de Jesus.
Já a primeira aparição descrita por Marcos e João inclui apenas Maria Madalena (cf. Mc 16, 9; Jo 20, 14-17).
A sua anotação é inequívoca: «Jesus apareceu primeiramente a Maria de Magdala» (Mc 16, 9).
Suspeitando de um assalto, vai depressa informar Pedro e o Discípulo Amado (cf. Jo 20, 2).
Pelo contrário, Maria Madalena resolve ficar. E não pára de chorar a perda do corpo do «seu» Senhor (cf. Jo 20, 11-13).
Eis a preciosa lição desta «protofania» pascal: é preciso escutar Jesus para (re)conhecer Jesus.
É por isso que ela é venerada como «iso-apóstola» («igual aos apóstolos»). Anunciar Jesus não é a (única) tarefa de todo o apóstolo?
Hoje, 03 de Abril (Terça-Feira da Oitava da Páscoa), é dia de Sta. Ágape, Sta. Quiónia, Sta. Irene, Sta. Engrácia, S. Conrado de Saxónia, Sto. Estêvão da Hungria e S. Luís Scropussi.
Um santo e abençoado dia de Páscoa para todos!
Hoje, 02 de Abril (segunda-feira da Oitava da Páscoa), é dia de S. Francisco de Paula e Sta. Maria Egipcíaca.
Um santo e abençoado dia de Páscoa para todos!
Já é Páscoa no tempo,
há alegria e esplendor,
vivacidade e contentamento.
Os foguetes vão estourar,
as flores vão brilhar,
as pessoas vão vibrar,
as casas vão encher
para Te acolher, Senhor.
Há dois mil anos,
removeste a pesada pedra do Teu sepulcro.
Pedimos-Te, Senhor,
que, hoje mesmo,
removas alguma pedra que ainda endureça os nossos corações:
a pedra do pecado,
a pedra do egoísmo,
a pedra da falsidade,
a pedra da injustiça, do ódio e da violência.
Aqui nos tens, Senhor,
não queremos ser sepultura mas berço.
Queremos que nasças sempre em nós
e queremos renascer sempre para Ti.
É tempo de Páscoa.
Exulta a natureza.
Vibram as crianças.
Cantem as multidões.
Que a Páscoa traga Paz,
Amor, Partilha e Felicidade.
Que os rostos sorriam,
que as mãos se juntem,
que os passos se aproximem,
que os corações se abram.
Obrigado, Senhor,
por morreres por nós.
Obrigado, Senhor,
por ressuscitares para nós.
Voltaste para o Pai e permaneces connosco.
Na Eucarista, és sempre o Emanuel.
Que Te saibamos receber
e que Te queiramos anunciar.
Hoje vais entrar em nossas casas.
Que nós nunca Te afastemos da nossa vida.
É Páscoa no tempo.
Que seja Páscoa na vida,
na nossa vida,
na vida da humanidade inteira.
A. As novidades transmitem-se a correr
Compreende-se que assim tenha sido. Compreende-se que tenha havido toda esta «correria pascal». As novidades transmitem-se a correr. E tudo era novo naquela manhã. São João tem o cuidado de anotar que aquele era não um «outro dia», mas o «primeiro dia» (cf. Jo 20, 1). Tratava-se do «primeiro dia» não de uma nova semana, mas de uma nova vida.
Só que onde estava escuro não era no exterior; era no interior. Era dentro de Maria Madalena — e de todos os outros — que persistia a escuridão.
B. Não houve um assalto, mas um salto
Vazios pareciam estar eles: vazios de fé, vazios de ânimo, vazios de esperança. Ainda era noite no seu íntimo. Para eles, a pedra retirada do túmulo (cf. Jo 20 1) era sinal de um assalto, não de um salto. Mas o que tinha havido não era o assalto ao corpo de um morto, mas um salto da morte para a vida.
Sem Jesus ou com um Jesus morto, não há orientação possível. De resto, é impressionante notar como, nestes nove versículos, a palavra «túmulo» é mencionada sete vezes. O que domina é, pois, a ideia de que Jesus está morto. Há uma atitude de procura, mas trata-se da procura de um Jesus morto.
C. O túmulo não estava vazio, mas aberto
O Discípulo Amado, que estivera com Jesus até ao fim (cf. Jo 19, 26), vai à frente. Pedro, que não esteve com Jesus até ao fim, vai atrás. É por isso que, como bem notou D. António Couto, Pedro tem de seguir quem seguiu Jesus. Na Igreja inteira, o amor tem a dianteira. O Discípulo Amado chega primeiro ao túmulo: inclina-se, vê, mas não entra (cf. Jo 20, 6). Porque o amor é paciente (cf. 1Cor 13, 4), é capaz de esperar até por aqueles que vacilam no amor.
Mas há ainda outra razão para que os discípulos tenham entendido o que se passou. É que a posição do lenço na mesa constituía uma mensagem do senhor para o seu servo. Este nunca tocava na mesa antes de o senhor ter terminado a refeição. E como é que ele saberia que o senhor terminou? Precisamente pela posição do lenço. Se o senhor colocasse o lenço amarrotado queria dizer: «Eu terminei». Mas se deixasse o lenço dobrado ao lado do prato, o servo continuava a não tocar na mesa, porque aquele lenço dobrado queria dizer: «Eu voltarei!»
D. Foi Deus que tirou a pedra do túmulo
7. Os discípulos viram, acreditaram e perceberam a mensagem que vinha do túmulo. Jesus tinha voltado. Isto significa que aquilo que se passou no túmulo não foi acção humana, mas obra divina. O túmulo foi aberto por Deus. A pedra foi removida por Deus. A morte foi vencida por Deus. Não esqueçamos que, segundo Mateus, foi um anjo do Senhor que desceu do Céu e retirou a pedra (cf. Mt 28, 2)Foi Deus que tirou a pedra do túmulo
Deus «desamarra» Jesus de todas as «amarras». É Deus que «desliga» Jesus de todas aquelas «ligaduras». É então que se faz luz nas escuras vidas dos discípulos. Faz-se luz sobre a Ressurreição e faz-se até luz sobre a morte. Nem a morte eliminou Jesus. A Sua vida não foi interrompida, mas transfigurada. A morte de Jesus é uma morte «morticida», uma morte que mata a morte. Não elimina a vida; ilumina a vida.
Aquela morte não era um termo da vida, mas uma oferta da vida. Esta ressurreição não era um regresso à vida, mas um ingresso na Vida: na vida que vence a morte. Nós que, tantas vezes, sentimos que vamos morrendo na vida, encontramos assim sentido na própria morte.
E. Sempre em Páscoa
É a vida de Páscoa que dá sentido ao dia de Páscoa, ao tempo de Páscoa.
Digamos, então, a todos que aquele que foi à morada dos mortos continua vivo. Até aos mortos Ele dá vida. É Jesus que nos faz viver. É por Jesus que nem na morte havemos de morrer!
Hoje, 01 de Abril (Páscoa da Ressurreição), é dia de S. Hugo de Grenoble e S. Macário.
Um santo e abençoado dia de Páscoa para todos!