O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Quarta-feira, 28 de Fevereiro de 2018

Hoje, 28 de Fevereiro, é dia de S. Torcato, S. Romão, S, Lupiccino, Bem-Aventurado Daniel Brottier e Bem-Aventurado Augusto Chapdelaine.

Um santo e abençoado dia de Quaresma para todos!

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Terça-feira, 27 de Fevereiro de 2018
  1. É certo que não podemos branquear o mal. Mas será correcto esquecer tão ostensivamente o bem?

Dizem que o positivo não vende e que só o negativo rende.

 

  1. «A boa notícia não é notícia».

Eis uma sentença que também parece contaminar alguns sectores da nossa Igreja.

 

  1. Por vezes, dá a impressão de que decalcamos o temperamento depressivo que o Padre Manuel Antunes reconhecia nos portugueses.

De facto, também em nós, cristãos, «o negativo prevalece sobre o positivo, os defeitos sobre as qualidades e os defeitos das nossas qualidades sobre as qualidades dos nossos defeitos».

 

  1. Com tanta predisposição para publicitar as suas fraquezas, até parece que na Igreja nada há de positivo.

Acontece que isto, além de não ser justo, está longe de ser verdadeiro.

 

  1. Mas o mais intrigante é que estas notícias e opiniões não vêm apenas de fora.

Muitas vezes é de dentro que surgem palavras de censura, que rapidamente encontram altos índices de aprovação.

 

  1. Esta situação contribui para criar um ambiente «eclesiodepressivo» e uma mentalidade «eclesiofóbica».

Parafraseando uma conhecida máxima, dir-se-ia que, acerca da Igreja, só o mal — não o bem — cá para fora vem.

 

  1. Porque é que — sem vaidade, mas também sem vergonha — não acendemos as luzes, que excedem em muito as sombras?

Será proibido falar bem da Igreja? Será que a única forma de «debater» a Igreja é «bater» na Igreja?

 

  1. Porque é que havemos de ocultar aquilo que o mundo deve à Igreja?

Como apurou o reputado académico Thomas Woods, foi a Igreja que introduziu as bases do sistema universitário e do direito internacional. E que pensar da rede mundial de assistência aos mais pobres que a Igreja continua a assegurar?

 

  1. A moldura da Europa foi desenhada sobretudo a partir dos mosteiros.

Réginald Grégoire, Léo Moulin e Raymond Oursel certificam fartamente como os monges ao fervor espiritual aliaram sempre um forte progresso civilizacional. Foram eles que lançaram centros de ensino, redes de fábricas e até métodos de criação de gado.

 

  1. Enquanto «tangibilidade histórica da presença de Deus» (Karl Rahner), a Igreja é portadora de um legado muito belo, que nos devia encher de alegria e inundar de gratidão.

As suas falhas são o preço que ela paga por não excluir ninguém. Como bem percebeu Henri de Lubac, a Igreja «não é uma academia de sábios nem uma assembleia de super-homens». Pelo contrário, «os miseráveis de toda a espécie têm cabimento na Igreja». Não são eles os que mais precisam dela?

publicado por Theosfera às 10:09

Hoje, 27 de Fevereiro, é dia de S. Gabriel das Dores, S. Leandro, Sta. Maria Deluil-Martigny e Sta. Francisca Ana das Dores de Maria.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Segunda-feira, 26 de Fevereiro de 2018

Hoje, 26 de Fevereiro, é dia de S. Porfírio de Gaza, S. Nestor e S. Vítor de Arcis.

Um santo e abençoado dia de Quaresma para todos!

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Domingo, 25 de Fevereiro de 2018

Hoje também, Senhor,

na manhã deste Domingo belo,

Tu nos levas ao monte,

a um monte muito alto,

a um monte que és Tu.

 

Hoje de novo,

Tu realizas o mistério da transfiguração.

Transfiguras a vida.

Transfiguras a humanidade.

Transfiguras cada pessoa.

Transfiguras o mundo.

 

A fé é uma contínua transfiguração.

Junto de Ti, somos os mesmos e somos outros.

 

Somos diferentes,

somos melhores,

mais felizes,

mais fraternos,

mais humanos,

mais descentrados de nós,

mais recentrados em Ti.

 

Transfigura-nos, Senhor.

Torna-nos mais amáveis,

mais abertos, solidários e serviçais.

Faz de nós arautos da Boa Nova,

portadores da Esperança

e mensageiros do Amor e da Paz.

 

Como Pedro, dizemos:

«Que bom é estarmos aqui»!

Que bom é estar conTigo, Senhor.

Que bom é sentir a Tua presença.

 

Também hoje, ouvimos a voz do Pai:

«Tu és o Filho muito amado».

Que nós Te escutemos

e que escutemos aqueles que são amordaçados.

 

Que, ao descermos o monte,

não percamos a energia.

 

Que, lá em baixo, em cada dia,

nós sejamos missionários do Teu amor.

 

Que participemos na transfiguração deste mundo.

Que não desanimemos perante as dificuldades

e que a todos levemos o eco da Tua paz,

JESUS!

publicado por Theosfera às 10:35

A. Em modo de preparação para a Paixão

 

  1. Eis um episódio belo, denso e intenso. Eis um episódio marcante na vida de Jesus e na vida dos discípulos de Jesus. É um episódio tão marcante que o Novo Testamento nos apresenta, dele, quatro versões. Além desta — de São Marcos (Mc 9, 2-10) —, temos as versões de São Mateus (Mt 17, 1-9), de São Lucas (cf. Lc 9, 28-36) e de São Pedro (2Ped 1, 16-18).

Não espanta, por isso, que a Igreja evoque este acontecimento duas vezes em cada ano: no Segundo Domingo da Quaresma e no dia 6 de Agosto. A festa da Transfiguração do Senhor é celebrada no Oriente desde o século V e no Ocidente desde 1457.

 

  1. Situada entre os dois anúncios da Paixão e da Morte de Jesus (cf. Mc 8, 31-33; 9, 30-32), a Transfiguração prepara os Apóstolos para a vivência dessa mesma Paixão e Morte. Assim, quando virem Jesus na Sua condição de Servo, estarão mais bem preparados para não esquecerem a Sua condição divina.

Também hoje, Jesus quer preparar-nos para a vivência do Seu mistério pascal. No fundo, Jesus torna bem claro que o Seu projecto não passa por triunfos humanos, mas pela oferta da vida na Cruz. Jesus sobe para o alto, mas não para o alto do poder. Ele sobe para o alto da Cruz, descendo até à morte. Jesus sobe descendo. Também nós só subiremos até Jesus descendo com Jesus.

 

B. Jesus transfigura-Se e transfigura-nos

3. É possível que, depois de terem ouvido falar do caminho da Cruz, os discípulos sentissem algum desânimo e frustração. À primeira vista, tudo parece encaminhar-se para um rotundo fracasso. E, no seu pensar, não era só o projecto de Jesus que fracassava. Fracassavam também os sonhos de glória, de honras e de triunfo dos Seus seguidores.

É muito provável que se perguntassem: valeria a pena seguir um mestre que nada mais tem para oferecer do que a morte na Cruz? É neste contexto que São Marcos insere o episódio da Transfiguração. Trata-se de uma forma de animar os discípulos — e os crentes, em geral —, pois, na Transfiguração, manifesta-se a glória de Jesus e atesta-se que Ele é, apesar da morte que se aproxima, o Filho muito amado de Deus (cf. Mc 9, 7).

 

  1. Jesus transfigura-Se para nos transfigurar. A Sua figura altera-se para que toda a nossa vida se transforme. Agora, já não contam os nossos planos; a partir de agora, só devem contar os planos de Jesus. Temos diante de nós uma teofania, ou seja, uma manifestação de Deus. O autor do relato tem a preocupação de nos fornecer todos os ingredientes que acompanham as manifestações divinas: o monte, a voz do céu, as aparições, as vestes brilhantes, a nuvem e até o medo típico de quem presencia o encontro com o divino.

A iniciativa é sempre de Jesus. Tal como tomou conSigo Pedro, Tiago e João, também hoje nos toma, a nós, com Ele. É Ele que nos atrai, é Ele que nos convida, é Ele que nos faz subir até ao monte alto da Transfiguração. Na Transfiguração, tudo é diferente com Jesus e tudo será diferente em nós se nos dispusermos a transfigurar-nos em Jesus.

 

C. Este não é o tempo de fazer as «tendas»

 

  1. A brancura das vestes de Jesus não era terrena (cf. Mc 9,3). Nós, na terra, somos convidados a transfigurar-nos em seres não apenas terrenos. A aparição de Elias juntamente com Moisés (cf. Mc 9, 4) é como uma espécie de adesão do Antigo Testamento em relação a Jesus. Ele é o esperado. Ele é o Messias anunciado pela Lei (figurada em Moisés) e antecipado pelos Profetas (representados por Elias).

Ele é o novo Moisés, aquele que vai guiar o povo para a verdadeira libertação, já não pelas águas do Mar Vermelho, mas pelas águas do Baptismo. E Ele é o definitivo profeta, que transfigura o nosso ser e nos encaminha para a Verdade e para a Vida (cf. Jo 14, 6).

 

  1. A reacção de Pedro é compreensível. Ele sente que é bom estar ali, com Jesus transfigurado (cf. Mc 9, 5). Por isso, quer fazer três tendas (cf. Mc 9, 5). Acontece que Pedro não sabia — nem podia saber — o que estava a dizer (cf. Mc 9, 6). Ele queria já permanecer com Jesus glorioso. Só que, antes, é preciso acompanhar Jesus crucificado. Sabemos que tal não foi fácil para Pedro. Será que é fácil para algum de nós?

Antes de armar a tenda junto de Jesus glorioso, é preciso levar Jesus junto de tantos que não têm tendas: nem para dormir, nem para comer, nem para viver, nem para trabalhar. Este ainda não é o tempo de descansar com Jesus. Este é o tempo para, incansavelmente, anunciar Jesus.

 

D. Ainda não podemos vê-Lo, mas já podemos escutá-Lo

 

  1. Não é por acaso que a voz de Deus se faz ouvir através de uma nuvem. A nuvem é o que não deixa ver ou não deixa ver bem. A nuvem é, por isso, o que nos faz sentir que não sabemos tudo e que nem sequer sabemos o bastante. Mas se a nuvem nos impede de ver com nitidez, não nos impede de escutar com atenção. É da nuvem que o Pai fala (cf. Mc 9, 7). É na nuvem que devemos escutar o Pai que fala. Enfim, não devemos andar nas nuvens, mas devemos escutar o se diz na nuvem.

Na Sagrada Escritura, Deus surge, muitas vezes, através das nuvens. É natural que, ao olhar para uma nuvem, só reparemos na obscuridade, no cinzento ou em tons ainda mais carregados. Era bom que nos habituássemos a estar atentos também à sua leveza e à sua subtileza. A grande luz é a que nos vem de além das nuvens, não a que se enxerga imediatamente para cá das nuvens.

 

  1. É preciso ter em conta que, segundo a Bíblia, a presença de Deus está envolvida por «nuvens e trevas» (cf. Sal 97, 2). Como bem frisou Karl Rahner, nem a palavra Deus é adequada para dizer Deus. A própria palavra Deus é uma criação humana.

Por conseguinte, quando falamos sobre Deus, falamos habitualmente do que os seres humanos têm dito sobre Deus. Alguém pode garantir que tal dizer sobre Deus corresponde cabalmente ao ser de Deus? Santo Agostinho não alimentava ilusões: «Por mais altos que sejam os voos do pensamento sobre Deus, Ele está sempre mais além».

 

E. Só Deus deixa ver Deus

 

  1. Deus é luz (cf. Sal 27, 1), mas, como avisa São Paulo, parece habitar numa luz inacessível, numa luz que ninguém vê (cf. 1Tim 6, 16). A morada de Deus parece ser a nuvem (cf. Sal 97, 2), que é um manto de obscuridade que se interpõe entre nós e a luz. Mesmo assim, Deus não deixa de vir ao nosso encontro. E se não vemos o Seu rosto na nuvem, sempre podemos ouvir a Sua voz entre as nuvens (cf. Êx 24, 6; Mt 17, 5).

Para ver Deus, precisamos de Deus. Só na Sua luz encontramos a luz (cf. Sal 36, 5). É por isso que Deus envia o Seu Filho. Ele é a luz de Deus para cada homem (cf. Jo 1, 9) e para todo o mundo (cf. Jo 8, 12). Como confessamos no Símbolo, Jesus é a «luz da luz». É a luz que nos deixa ver a Luz.

 

  1. Com Abraão, que cada um de nós diga: «Aqui estou» (Gén 22, 1). Que cada um de nós esteja atento quando Deus nos visita, ainda que nos visite através de alguma das muitas nuvens que se atravessam nos nossos caminhos. Que cada um de nós esteja atento quando Deus nos fala. E que cada um de nós não esmoreça — nem desfaleça — diante dos obstáculos.

Como recorda São Paulo, «se temos Deus por nós, quem poderá estar contra nós?» (Rom 8, 31). Deus ofereceu-nos o melhor que tinha, o melhor que tem: o Seu próprio Filho, que Ele entregou para dar a vida por nós (cf. Rom 8, 32). Se Deus dá o melhor por nós, como é que nós não havemos de dar o melhor a Deus?

publicado por Theosfera às 05:43

 

Hoje, 25 de Fevereiro (Segundo Domingo da Quaresma), é dia de Sto. Avertano, S. Romeu, S. Sebastião de Aparício, Bem-Aventurado Luís Versiglia e Bem-Aventurado Calisto Caravário.

Um santo e abençoado dia quaresmal para todos!

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Sábado, 24 de Fevereiro de 2018

Hoje, 24 de Fevereiro, é dia de S. Sérgio, S. Lázaro Pintor e Sta. Josefa Naval Girbés.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Sexta-feira, 23 de Fevereiro de 2018

Hoje, 23 de Fevereiro, é dia de S. Policarpo de Esmirna e Sta. Rafaela Ibarra.

É dia de abstinência e também dia de oração e jejum pela paz. 

Um santo e abençoado dia para todos!

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Quinta-feira, 22 de Fevereiro de 2018

Hoje, 22 de Fevereiro, é dia da Cadeira de S. Pedro e Bem-Aventurada Isabel de França.

Um santo e abençoado dia de Quaresma para todos!

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Quarta-feira, 21 de Fevereiro de 2018

Hoje, 21 de Fevereiro, é dia de S. Pedro Damião (invocado contra as insónias e dores de cabeça), S. Natal Pinot e Sta. Maria Henriqueta Dominici.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Terça-feira, 20 de Fevereiro de 2018
  1. Quem não gosta de ser aplaudido?

Mas será que o aplauso é mobilizador? Bastará o aplauso para mobilizar as pessoas?


  1. É um facto que vivemos numa época onde todos parecemos contaminados pela vertigem do aplauso.

O aplauso desponta como o grande certificado de aprovação.


  1. Para o senso comum, uma acção aplaudida é uma acção aprovada e, consequentemente, boa.

Veja-se o que acontece nos estádios e nas plateias. Um atleta muito aplaudido torna-se facilmente um «herói». Um cantor muito aplaudido converte-se rapidamente numa «estrela».


  1. O mais sintomático é que nem nós, cristãos, conseguimos escapar completamente a esta vertigem.

Até nos momentos em que não estão previstos, os aplausos acabam por estar presentes.


  1. Há celebrações onde o assentimento (expresso através do «ámen») é ruidosamente asfixiado pelos aplausos (sinalizados pelas palmas).

Sem nos apercebermos, estamos a fazer sobressair não o que agrada a Deus, mas o que nos agrada, a nós.


  1. Acresce que nem sempre o aplauso redunda em participação. Hoje em dia, há formas de aplauso que dispensam qualquer participação.

Sem sair de casa, é possível escrutinar as nossas preferências. O «facebook» até se dá ao trabalho de contabilizar os «gostos» — e «adoros»! — de cada publicação.


  1. Como se compreenderá, nós, cristãos, não podemos coleccionar aplausos para nós. É preciso mobilizar para a participação em Igreja e (sobretudo) para o seguimento de Cristo.

Dir-se-á que uma coisa conduz à outra. Não necessariamente, porém.


  1. Jesus raramente foi aplaudido. Chegou até a ser contestado. E, implicitamente, preveniu-nos mesmo contra a busca do aplauso.

De facto, Ele avisou-nos para não nos deslumbrarmos quando todos nos louvarem (cf. Lc 6, 26). E foi ao ponto de garantir que poderíamos ser odiados, torturados e condenados (cf. Mt 24, 9).


  1. Jesus sabia de antemão que o Seu projecto de salvação do mundo incomoda o mundo. E percebeu que a nossa sede de aplauso resulta de um desejo de não ser incomodado.

Acontece que evangelizar é ter a ousadia de incomodar. Mas quem está disposto a isso?


  1. Christian Duquoc notou que estamos numa época que «adora o consenso». Mas, ao «consentir» com o mundo, não correremos o risco de «dissentir» de Jesus Cristo?

Os primeiros cristãos foram, quase todos, condenados pelo mundo. Curiosamente, nós veneramos — como mártires — todos esses condenados. Mas teremos a coragem que eles mostraram?

publicado por Theosfera às 10:34

Hoje, 20 de Fevereiro, é dia de São Francisco e Santa Jacinta Marto, Santo Euquério, Santo Eleutério, Santa Amada e Nossa Senhora, Rainha da China.

Um santo e abençoado dia de Quaresma para todos.

publicado por Theosfera às 00:00

Segunda-feira, 19 de Fevereiro de 2018

Hoje, 19 de Fevereiro, é dia de S. Conrado Placência, S. Gabino e Stos. Mártires da Terra Santa.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Domingo, 18 de Fevereiro de 2018

Eis-nos chegados, uma vez mais,

ao tempo da conversão,

ao tempo da mudança,

ao tempo da transformação.



Quaresma é tempo de penitência,

mas não é tempo de tristeza.



É oportunidade de sermos diferentes,

de nos abrirmos a Deus

e de pensarmos mais nos outros.



É convite a vencermos o egoísmo

e a partilharmos o que somos e o que temos

com os que mais sofrem.



É sermos o sorriso de Deus na penumbra triste do mundo.

É sermos o ombro onde repousam as mágoas de tantos corações.

É sermos o rosto onde desagua o pranto de tantas vidas.



A Quaresma não nos rouba a alegria

e até nos pode acrescentar felicidade.



Vamos fazer jejum e abstinência da comida e da bebida,

mas também das palavras agressivas e dos sentimos violentos.



Vamo-nos abster da superficialidade e do egoísmo,

dos juízos apressados e dos julgamentos implacáveis.



Vamos acompanhar Jesus pelo deserto e pelas ruas de Jerusalém.

Ele acompanha-nos em cada instante da nossa vida.



Vamos acolher o dom.

Vamos ser dom.

Vamos ser a ressonância do grande dom, do único dom:

JESUS!

publicado por Theosfera às 10:37

A. Significado do número 40

  1. O tempo de Deus chegou e chegou para ficar. A Quaresma, preparando-nos para a celebração anual da Páscoa, já acontece depois da Páscoa, já acontece em tempo de Páscoa. Vivemos a Quaresma porque estamos em Páscoa desde há dois mil anos. É, portanto, num clima pascal que iniciamos a Quaresma. E que pode haver de mais pascal do que o apelo à conversão que atravessa já este Primeiro Domingo? A conversão «pascaliza-nos», permitindo-nos mudar na vida e ajudando-nos a mudar de vida.

A esta luz, entende-se que, inicialmente, a preparação da Páscoa durasse apenas três dias. Naquela altura, os cristãos viviam tão entranhadamente a vida cristã — a que nem faltava o martírio —, que não havia necessidade de um tempo especial para responder ao apelo à conversão. Nessa altura, não havia muita preparação porque havia muita vivência. Os cristãos tinham uma consciência aguda de que a sua vida era pascal. Por isso, a penitência era contínua. Não havia necessidade de um jejum especial porque a prática do jejum era habitual.

 

  1. Nem a iminência da morte amortecia a eminência da fé. Curiosamente, se não havia formalmente 40 dias de preparação para a Páscoa, já havia 50 dias de celebração da Páscoa, até ao Pentecostes. Foi por volta do ano 350 que os cristãos entenderam que três dias de preparação era pouco para uma festa tão grande. Decidiram, então, optar por 40 dias.

O número 40 é muito significativo na Sagrada Escritura. Está sempre ligado à preparação de algo importante. Por exemplo, o dilúvio — que foi como que a preparação de uma nova humanidade, purificada pelas águas — durou 40 dias e 40 noites (cf. Gén 7, 4). Foi ao longo de 40 anos que o povo eleito caminhou pelo deserto rumo à terra prometida (cf. Deut 2, 7; 8, 4). Foi também de 40 dias o prazo fixado para a destruição de Nínive (cf. Jn 3, 4). O profeta Elias caminhou 40 dias e 40 noites para chegar ao monte de Deus, o Horeb (cf. 1Rs 19, 8). Moisés jejuou 40 dias e 40 noites (cf. Deut 9, 9). E, como sabemos, foi também esta a duração do jejum de Jesus (cf. Mt 4, 2).

 

B. A Quaresma é um tempo de preparação

 

3. Curiosamente, São Marcos não diz que Jesus jejuou. Limita-se a informar que esteve 40 dias no deserto a ser tentado, no meio de feras e anjos (cf. Mc 1, 13). Foi esta a Sua preparação para a missão. Após a prisão de João, Jesus parte para a Galileia e começa a anunciar o Evangelho de Deus (cf. Mc 1, 14).

Eis-nos perante sinais da chegada de um tempo novo: a prisão de João como que assinala o encerramento do tempo antigo. Também não é por acaso que Jesus parte para a Galileia, iniciando aí a Sua missão. A Galileia é o local por excelência do anúncio das novidades. Não esqueçamos que a novidade maior que Jesus transmitiu aos Seus discípulos (a Ressurreição) foi comunicada precisamente aqui, na Galileia (cf. Mc 16, 7.14).

 

  1. É por isso que a Quaresma é, essencialmente, um tempo de renovação. Ou, melhor, é um tempo de preparação para a renovação pascal. É por isso que na Quaresma se ultima a preparação para o Sacramento da Vida Nova (o Baptismo), que se celebra na Vigília Pascal. E é por isso que na Quaresma se celebra o Sacramento que renova em nós a graça recebida no Baptismo.

Trata-se do Sacramento da Reconciliação. O objectivo é (como se depreende da própria palavra) que nos voltemos a conciliar com a vida oferecida no Baptismo. No Baptismo, recebemos uma vida nova: deixámos de ser Adão e passámos a ser Cristo. O problema é que, como notamos por experiência própria, nem sempre vivemos «baptismalmente». No balanceamento da nossa existência, por vezes recuamos e trocamos Cristo por Adão. Daí que necessitemos de recuperar o que vamos perdendo.


 

C. A Confissão é uma cura, não uma tortura

 

  1. Mas se o pecado é grande, a graça que vence o pecado é muito maior. Se o assédio do pecado é contínuo, a presença da graça é ainda mais constante. Não existe, portanto, uma simetria entre graça e pecado. Como bem notou S. Paulo, «onde abundou o pecado, superabundou a graça» (Rom 5, 20).

A Confissão é, para usar uma expressão da Liturgia, uma «segunda tábua de salvação depois do Baptismo». Com muita propriedade, os escritores cristãos antigos chamavam-lhe «Baptismo laborioso». A Confissão devolve a graça que o Baptismo nos oferece e que o pecado obscurece. Não há, pois, que ter medo da Confissão.

 

  1. Quem diz que não peca está a dizer que não se conhece. Se até «o justo cai sete vezes ao dia» (Prov 24, 16), quem somos nós para não cairmos? Acontece que a santidade não consiste só em não cair. A santidade consiste também — e bastante — em levantarmo-nos depois de cair. É Jesus quem, na Confissão, nos estende a Sua mão (cf. Mt 14, 31). É Jesus quem, na Confissão, nos toca e nos levanta (cf. Mc 1, 31).

Ele está em condições únicas para nos curar do pecado, pois até Ele foi tentado (cf. Mc 1, 13). Só em Jesus conseguiremos não cair na tentação. Só em Jesus seremos capazes de nos erguer se pela tentação nos deixarmos abater. Nunca nos esqueçamos. A Confissão é uma cura, não uma tortura. É por tal motivo que, enquanto tempo penitencial, a Quaresma é habitada por uma persistente alegria: pela alegria de quem se sente curado, libertado, amado e salvo.

 

 

D. Mais espiritualidade gera maior solidariedade

 

  1. A Confissão abre-nos a Deus e, em Deus, ao nosso irmão. É que quem se fecha a Deus, também se fecha aos outros. O amor a Deus e o amor ao próximo foram por Cristo unidos de tal forma que quem ama a Deus tem de amar o seu irmão (cf. 1Jo 4, 21).

Há, pois, uma imensa sabedoria na proposta quaresmal. A mudança no mundo tem de começar pela transformação de cada pessoa que há no mundo. Se nós não mudarmos, como poderemos esperar que o mundo mude?

 

  1. Os dois maiores eixos do tempo quaresmal são a espiritualidade e a solidariedade. Não é possível seguir Jesus sem O acompanhar no Seu silêncio no deserto (cf. Mc 1, 12). Desde logo, porque só na medida em que O acompanharmos no silêncio, estaremos em condições de acolher a Sua palavra. Sabemos que não é fácil criar silêncio no barulhento mundo de hoje. Vivemos cercados por toneladas de ruído: de ruído sonoro e de ruído visual. Mas se o silêncio não nos procura, temos de ser nós a procurar o silêncio. Fazer silêncio é muito mais do que estar calado. É criar uma predisposição para a escuta: para a escuta de Deus, para a escuta do outro, para a escuta da vida.

A solidariedade ajudar-nos-á a fortalecer a nossa relação com o próximo a partir de Deus. Aqui se compendia, aliás, todo o ensinamento de Jesus. Ele fala-nos de Deus como Pai e, nessa medida, apresenta-nos cada ser humano como Irmão. É por tudo isto que a Quaresma é um precioso auxílio para escovar a poeira do egoísmo que nos infecta.

 

 

E. Como jejuar?

 

  1. Juntamente com a partilha, a oração e o jejum compõem o tripé do itinerário quaresmal. O jejum, ao despojar-nos da satisfação do nosso apetite, despoja-nos de nós e habilita-nos para uma vida centrada em Deus e no próximo. Não fazemos nós jejum por razões egoístas? Porque é que não havemos de fazer também por razões altruístas? Se nos privamos de alimentos para manter a linha, porque é que não nos privamos de alimento para nos mantermos em linha com Jesus?

O nosso jejum identifica-nos com Jesus, que fez jejum, e com tantos que são obrigados a fazer jejum (cf. Mt 4, 2). Nos que passam fome reencontramos Jesus, que também sentiu fome (cf. Mt 4, 2). Tudo o que fizermos a eles será feito a Ele (cf. Mt 25, 40).

 

  1. Nesta Quaresma, despojemo-nos, então, de alguma carne e do peixe caro. Mas façamos também, de vez em quando, jejum do automóvel desanuviando o ambiente. Façamos igualmente jejum do cigarro, contribuindo para a nossa saúde e para a saúde dos nossos semelhantes. Façamos jejum de certas imagens e de algumas palavras. Façamos total jejum das intrigas, das insinuações e das calúnias. Façamos total jejum dos juízos precipitados, das acções agressivas e dos sentimentos violentos. Deixemos que a bondade brilhe, que a paz reluza, que a justiça floresça e que o amor vença.

Uma vez mais, o tempo de Deus chegou.Convertamo-nos à Boa Nova!

publicado por Theosfera às 05:15

Hoje, 18 de Fevereiro (Primeiro Domingo da Quaresma), é dia de S. Teotónio, Sta. Bernardette Soubirous, S. João de Fiésole (Fra Angélico), S. Francis Régis Clet e Sta. Gertrudes Comensoli.

Um santo e abençoado dia quaresmal para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Sábado, 17 de Fevereiro de 2018

Hoje, 17 de Fevereiro, é dia dos Sete Santos Fundadores dos Servitas, S. Silvino e Sta. Mariana.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Sexta-feira, 16 de Fevereiro de 2018

Hoje, 16 de Fevereiro, é dia de Sto. Elias, Sto. Isaías, S. Jeremias, S. Samuel, S. Daniel, Sto. Onésimo, Sto. Honesto, Sta. Filipa Mareria, S. Simão de Cássia e Beato José Allamano. É dia de abstinência.

Um santo e abençoado dia de Quaresma para todos!

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Quinta-feira, 15 de Fevereiro de 2018

Hoje, 15 de Fevereiro, é dia de. S. Faustino, S. Jovita e S. Cláudio la Colombière.

Um santo e abençoado dia de Quaresma para todos!

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Quarta-feira, 14 de Fevereiro de 2018

Hoje, 14 de Fevereiro (Quarta-Feira de Cinzas, início da Quaresma), é dia de S. Cirilo, S. Metódio, S. Marão e S. João Baptista da Conceição.  É dia de Jejum e Abstinência.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Terça-feira, 13 de Fevereiro de 2018
  1. A humanidade tem registado avanços como sempre. Mas está exposta e perigos como (talvez) nunca.

Preocupante é sentir que muitos destes perigos resultam de alguns daqueles avanços.

 

  1. É por isso que o fluxo da esperança tem de ser permanentemente temperado com muitas doses de realismo.

É que, se o bem cresce, o mal também progride.

 

  1. Por conseguinte, não estamos em condições de apresentar uma visão unitária da história.

Como percebeu Jacques Maritains, temos de contar com «várias descrições contraditórias» da existência.

 

  1. É certo que, como lembra Maurice Blondel, «tudo tende para o cume». Mas quem pode garantir, em cada momento, que estamos mais perto da plenitude?

Não nos iludamos. Cada progresso — alerta Edgar Morin — acarreta sempre um retrocesso.

 

  1. O progresso da tecnologia devia ser (simetricamente) correspondido por um progresso de humanismo.

Mas a experiência mostra que o progresso tecnológico está visceralmente ligado a um inquietante retrocesso humanitário.

 

  1. Não é a técnica que ameaça o homem. Afinal, não é o homem o produtor — e o contínuo utilizador — da técnica?

A bem dizer, é o homem que ameaça o próprio homem. Como é possível que o homem se deixe dominar por aquilo que gerou?

 

  1. Na sua obra «Technology vs humanity», Gerd Leonhard verbaliza o que todos sentem: a tecnologia está a mudar e sobretudo a mudar-nos.

O autor não hesita quanto ao caminho a seguir: tem de ser a humanidade a orientar a tecnologia; não pode ser a tecnologia a conduzir a humanidade.

 

  1. Estando cada vez mais conectados, já nos consciencializamos de que também estamos cada vez mais vigiados?

O mais intrigante é o caudal de irracionalidade em todo este processo. Não gostamos de ser vigiados, mas somos nós que fornecemos os elementos para que nos vigiem.

 

  1. E, como é óbvio, não podemos negligenciar a (momentosa) questão do emprego.

A intervenção humana já não dispensa a tecnologia. Mas, ao mesmo tempo, é a tecnologia que vai dispensando a intervenção humana.

 

  1. É fundamental apostar mais na via cooperativa que na via corporativa. A tecnologia existe para a cooperar com o homem. É urgente impedir que, em nome de lucros corporativos, a tecnologia ocupe o lugar do homem.

Não deixemos que a tecnologia vença a humanidade. Façamos tudo para que a humanidade vença com a tecnologia!

publicado por Theosfera às 10:38

Hoje, 13 de Fevereiro (Véspera do início da Quaresma), é dia de S. Martiniano, S. Jordão da Saxónia, Sta. Cristina de Espoleto e S. Benigno.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Segunda-feira, 12 de Fevereiro de 2018

Hoje, 12 de Fevereiro, é dia de Sta. Eulália de Barcelona e Sto. António Cauleas.

Um santo e abençoado dia para todos.

publicado por Theosfera às 00:19

Domingo, 11 de Fevereiro de 2018

Só uma palavra.

Só uma palavra para Ti, Senhor.

Só uma palavra para Te agradecer,

para Te louvar.

 

Hoje, Senhor, apareces com uma mensagem de alento,

com uma proposta com sabor a novidade.

 

Tu queres, Senhor, que olhemos para a frente,

que não fiquemos dominados pelo passado.

 

Obrigado, Senhor, por fazeres algo de novo,

por fazeres tudo de novo.

 

Essa novidade já começa a aparecer,

essa novidade és Tu:

a Tua palavra e a Tua presença.

 

Tu, Senhor, és o caminho aberto no deserto,

o rio lançado na terra árida.

 

Tu és aquele que junta multidões,

que faz andar os paralisados.

 

Tu és aquele que perdoa,

que transforma e revigora.

 

Como há dois mil anos,

também hoje nunca vimos nada assim,

nunca vimos nada igual.

 

Tu, Senhor, és incomparável,

Tu, Senhor, és único.

 

Por isso, nós Te dizemos «sim»,

sim com os lábios,

sim com a vida.

 

Recebe o sim do nosso amor,

do amor que vem de Ti,

JESUS!

publicado por Theosfera às 10:36

A. «Quem é Deus?», «Onde está Deus?»

  1. Acerca de Deus, duas são as perguntas que mais fazemos: «Quem é?» e «Onde está?»; «Quem é Deus?», «Onde está Deus?». Sucede que as respostas nunca nos satisfazem. Cada resposta parece não fechar as portas a mais perguntas. Pelo contrário, cada resposta é uma porta aberta a um novo vendaval de perguntas.

«Quem é Deus?» Aprendíamos, outrora, na catequese, que «Deus é um espírito puro, eterno e criador». «Onde está Deus?» Ouvíamos, na mesma — e saudosa — catequese, que «Deus está no céu, na terra e em toda a parte».

 

2. Curiosamente, a Oração Colecta da Eucaristia deste Domingo também nos oferece uma resposta para esta última pergunta. (Refira-se, a propósito, que a oração que antecede a Primeira Leitura chama-se colecta porque colecciona os nossos pedidos elevando-os até Deus). «Onde está Deus», então? Segundo a Oração Colecta deste Domingo — e desta semana —, Deus está presente «nos corações rectos e sinceros». É nos corações rectos e sinceros que Deus faz a Sua morada.

A rectidão e a sinceridade são fundamentais. Não são as palavras que convencem. Ser recto é seguir em frente, é não andar às curvas, ora para um lado, ora para o outro. E sincero quer dizer — etimologicamente — sem cera, ou seja, sem enfeites artificiais. Pelo que ser recto e ser sincero é ser liso, é ser transparente, é ser autêntico.

 

B. A pior lepra — hoje — é a falsidade

 

 

3. Entende-se, então, que Deus Se deixe encontrar na rectidão e na sinceridade. Deus deu-nos um só rosto, não duas caras. Devemos ter, por isso, uma personalidade única e não uma personalidade dupla, ou múltipla. A nossa personalidade não deve variar conforme as ocasiões ou os interesses. Em cada situação, devemos ser inteiros e limpos. Não devemos ser integristas, mas devemos ser íntegros. Caso contrário, nunca nos conheceremos nem nos conhecerão.

Não podemos ser uns em casa e outros fora de casa. Não podemos ser uns na igreja e outros fora da igreja. Há que ser coerente. A mentira dos lábios faz mal, mas a falsidade da vida faz muito pior.

 

4. A falsidade é, hoje em dia, a grande lepra de que padecemos. Como sabemos, a lepra já não é uma doença incurável. Mas é uma doença de que muitos não se querem curar. Há quem não queira curar-se da lepra da falsidade, da lepra da corrupção, da lepra da injustiça. É uma lepra que todos reconhecemos, mas que poucos assumem.

Jesus, que Se apresentou como sendo a Verdade (cf. Jo 14, 6), é o médico — e o medicamento — para vencermos esta lepra da falsidade.

 

C. Curar é salvar, salvar é curar

 

 

5. Não é por acaso que, na Bíblia, o verbo que significa curar («sozô») também significa salvar. Do mesmo modo, o latim «salus» tanto significa saúde como salvação. E a experiência confirma que, quando se vêem livres de uma doença grave, as pessoas não dizem «Aquele médico curou-me», mas «Aquele médico salvou-me». De facto, curar é salvar e salvar é curar. A cura é salvação e a salvação é cura, a definitiva cura.

Não é, pois, em vão que o Evangelho coloca a cura de um leproso nos começos da missão pública de Jesus. A lepra era não só um facto, mas também um sinal. Além de uma doença, a lepra era um estigma que acarretava exclusão. O Evangelho quer mostrar que Jesus vem para incluir os que estão excluídos, atraindo para o centro os que são atirados para as margens.

 

  1. Tenhamos em conta que, naquela altura, a lepra era uma doença incurável e, ainda por cima, contagiosa. O leproso era privado do convívio com as outras pessoas sendo remetido para um lugar isolado. Como ouvimos na Primeira Leitura, o leproso tinha de usar «vestuário andrajoso» e «cabelo desalinhado». Era obrigado a gritar: «Impuro, impuro». Era como impuro que costumava ser visto pelos outros (cf. Lev 13, 44-46).

Se um leproso viesse ao encontro das outras pessoas, teria de tocar um sino, para se fazer anunciar e, assim, manter as distâncias. Podemos dizer que se tratava de uma espécie de morte antes da morte. A lepra era uma morte antecipada. No caso — muitíssimo raro — de um leproso se curar, teria de ir ao Templo de Jerusalém para se mostrar ao sacerdote, que o examinava e lhe permitia voltar a conviver com qualquer pessoa. Foi por isso que Jesus, que conhecia as apertadas normas do Judaísmo, determinou que este leproso, agora curado, se fosse apresentar ao sacerdote (cf. Mc 1, 44).

 

D. Jesus é o Deus-abraço

 

 

  1. Ao curar o leproso, Jesus sinaliza que está no mundo para nos curar da grande lepra que é o pecado. A cura está, portanto, à nossa disposição. Mas é fundamental assumir que estamos doentes. Tal como sucede com a lepra, também o pecado pode criar em nós alguma insensibilidade. A zona do corpo atingida pela lepra vai caindo aos bocados, tornando-se insensível. Também nós vamos decaindo no pecado e, a certa altura, pode acontecer que já nem nos apercebamos do pecado.

«O pecado do nosso tempo — alerta Pio XII — é a perda do sentido do pecado». É preciso, por conseguinte, ter a lucidez e a coragem deste leproso. Tal como o primeiro passo para reaver a saúde é reconhecer que estamos doentes, também a primeira atitude para recuperar a graça é assumir que somos pecadores.

 

  1. Neste contexto, o afastamento do sacramento da Confissão não certifica, necessariamente, que as pessoas tenham uma vida mais santa. Pode indicar, antes, que muitos já nem sequer têm consciência do pecado em que vivem. É importante «cair de joelhos» como o leproso (cf. Mc 1, 40). O leproso venceu as barreiras do estigma e as barreiras da multidão. Ele tinha a certeza de que Jesus era o Emanuel, o Deus-connosco, o Deus em nós. O leproso percebeu — como nós devíamos perceber — que só em Jesus encontramos a cura e, portanto, a salvação.

Jesus é o Deus próximo, o Deus compadecido, o Deus que estende a mão, o Deus que abraça, o Deus-abraço. Jesus é o Deus que (nos) toca. Nunca é demais recordar que Jesus curava tocando nas pessoas e deixando-se tocar pelas pessoas. Em Jesus, Deus não age à distância. Ele supera a estranheza ontológica, que nos distancia de Deus, através de uma entranheza pessoal, que nos amarra definitivamente a Deus.

 

E. Deixemo-nos limpar por Jesus

 

 

  1. Estaremos nós dispostos a vencer as barreiras que erguemos dentro de nós e que construímos fora de nós? O nosso olhar ainda se mostra muito insensível e o nosso coração ainda se mantém bastante fechado. Mas não tenhamos medo de nos aproximar de Jesus.

Ele é luz para o nosso olhar e limpidez para o nosso coração. Jesus quer-nos limpar. Como ao leproso, também a cada um de nós Ele diz: «Quero, fica limpo!» (Mc 1,41). Deixemo-nos limpar sempre por Jesus.

 

  1. Depois de limpos, já não precisamos de gritar, como os leprosos, que estamos impuros. Agora, o grito é outro. Já não gritamos para denunciar a impureza, mas para anunciar a beleza: a beleza da Boa Nova de Jesus. O que era leproso — desobedecendo à ordem de Jesus (cf. Mc 1, 44) — começou a anunciar a boa nova da cura da sua lepra (cf. Mc 1, 45). Nós somos chamados a anunciar a boa nova da cura de todas as lepras. Evangelizar é gritar que estamos curados, que estamos limpos, que estamos salvos.

Foi o que fez São Paulo que, depois de perseguir Jesus, dedicou toda a sua vida a seguir Jesus. Tal como Paulo imitou Jesus, também nós somos convidados a imitar Paulo (cf. 1Cor 11, 1), anunciando Jesus. Muita gente está à espera, mas o Evangelho não pode esperar. É connosco que Jesus conta, hoje, para levar o Evangelho. Não faltemos à chamada. Tudo pode ser diferente se cada um de nós não for indiferente. Que o «não» nunca se solte dos nossos lábios. E que um imenso «sim» se faça ouvir nas nossas vidas!

publicado por Theosfera às 05:34

Hoje, 11 de Fevereiro (Sexto Domingo do Tempo Comum e Dia Mundial do Doente), é dia de Nossa Senhora de Lourdes, Sto. Adolfo e S. Bento de Aniano.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Sábado, 10 de Fevereiro de 2018

Hoje, 10 de Fevereiro, é dia de Sta. Escolástica (irmã de S. Bento), S. Luís Stepinac, Sta. Sotera e Sto. Arnaldo.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Sexta-feira, 09 de Fevereiro de 2018

Hoje, 09 de Fevereiro, é dia de Sta. Apolónia e S. Miguel Febres Cordero.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Quinta-feira, 08 de Fevereiro de 2018

Hoje, 08 de Fevereiro, é dia de S. Jerónimo Emiliano, Sta. Jacoba ou Jacquelina e Sta. Josefa Fortunata Backhita.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:05

Quarta-feira, 07 de Fevereiro de 2018

Ao entrar, hoje, no cemitério da minha terra natal, havia sol, mas não vi o sol. Não caía chuva, mas chovia. Chovia pranto.

Qualquer coisa tumultuava cá dentro. Estava frio, um frio entremeado pelo calor arfante da saudade.

Só o tom azul do exterior amenizava o breu que se alojava no interior: o breu da dor. Nada disto se explica, tudo isto se sente.

Sei que meu querido Pai, falecido há 21 anos, mora em Deus. Não era preciso, por isso, passar pelo cemitério. Mas a vida é feita de sinais.

E o túmulo é mais um sinal de uma presença que não se apaga, de um amor que não se extingue.

Ali deixei um punhado de flores. Ali depositei uma prece.

Ir a um cemitério não é uma experiência fácil, mas é uma experiência necessária, purificadora.

Meu querido Pai costumava dizer, nos últimos tempos, que faltava pouco para ir para a Senhora da Guia. O cemitério fica mesmo ao lado da capela que Lhe é dedicada.

Há uma atmosfera de dor naquele lugar. De uma dor, porém, ungida pela fé e ornada pela esperança.

Nada disto se explica. Tudo isto se sente!

publicado por Theosfera às 13:37

Neste dia, completam-se 21 anos sobre a morte de meu querido Pai.

Vim a descobrir que, nesse mesmo dia (embora 45 anos antes), tinha morrido o grande poeta Sebastião da Gama.

E D. Hélder Câmara veio ao mundo também a 7 de Fevereiro, mas de 1909. Já lá vão 109 anos. Nessa altura, meu Pai já tinha quase seis anos.

Hoje também faz 208 anos que nasceu o grande escritor inglês Charles Dickens.

E faz igualmente 124 anos que faleceu o musicólogo alemão Adolf Sax, que inventou o saxofone.

Eis, pois, um dia marcante na minha história pessoal e na história de tantas outras pessoas.

Tudo ocorreu há (já) muito tempo. E, no entanto, parece que tudo foi ontem, há instantes!

publicado por Theosfera às 10:01

Hoje, 07 de Fevereiro, é dia das Cinco Chagas do Senhor, Beato João Maria Mastai Ferretti (Pio IX), Sta. Coleta e S. Ricardo.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Terça-feira, 06 de Fevereiro de 2018
  1. Com fina ironia — mas não pouca pertinência —, Rainer Maria Rilke considerava mais prósperas as associações que «não sabem o que fazer».

De facto, o nosso problema pode não estar só no que não sabemos; pode estar também no que presumimos saber.


  1. A nossa tendência é — quase instintivamente — para agir em função do tempo em que vivemos e dos ambientes em que nos encontramos.

Não deveria ser nossa prioridade agir em nome do Jesus que nos envia e do Evangelho que levamos?


  1. É normal que procuremos conhecer a nossa época bem como as pessoas que nela vivem.

Mas não será urgente propor-lhes que façam a experiência de Deus a partir do Evangelho de Jesus?


  1. Dá a impressão de que nos acomodamos mais às circunstâncias do presente do que à força das origens.

Parece que nos vamos resignando à realidade em vez de nos lançarmos à missão difícil (mas não impossível) de «fazer discípulos» (cf. Mt 28, 19).


  1. É importante, sem dúvida, saber onde se está. Mas não será igualmente necessário saber de onde se vem?

É bom não esquecer que o nosso ser cristão provém do imperativo de fazer discípulos. É um imperativo que nunca prescreve, sendo válido até ao fim dos tempos.


  1. Nos tempos que correm, há um excesso de programação e um repetido défice de ousadia.

Em devido tempo, fomos avisados — entre outros, por Edgar Morin — de que cada progresso acarreta sempre algum retrocesso.

  1. Assim sendo, não terá chegado o momento de apurar os eventuais retrocessos provocados por tanto progresso?

É indiscutível que fazemos muito. Mas será que temos avançado bastante?


  1. Levemos o Evangelho de Jesus e anunciemos o Jesus do Evangelho.

Não nos preocupemos com grandes acções laterais. Ocupemo-nos sempre com a aposta central: Jesus.


  1. Não nos esqueçamos de que o evangelizador também precisa de ser evangelizado.

Neste sentido, empreendamos sempre um caminho de aprendizagem e de escuta. Disponhamo-nos a aprender com o Deus do Povo e a escutar o Povo de Deus.


  1. Nos nossos investimentos evangelizadores, não nos apresentemos munidos de certezas prévias ou com diagnósticos (supostamente) seguros.

Abramos também um espaço à surpresa. E deixemos que, através de nós, Deus faça as Suas maravilhas!

publicado por Theosfera às 10:07

Hoje, 06 de Fevereiro, é dia de S. Paulo Miki e seus Companheiros Mártires, Sta. Doroteia, Sto. Amândio e S. Mateus Correa de Magallanes.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Segunda-feira, 05 de Fevereiro de 2018

Hoje, 05 de Fevereiro, é dia de Sta. Águeda e S. Jacob.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Domingo, 04 de Fevereiro de 2018

Uma vez mais aqui estamos, Senhor,

para ser envolvidos por Ti,

pela Tua presença amorosa,

pela Tua presença curadora,

sanante e salvadora.



Junto de Ti,

sentimo-nos curados de todas as nossas lepras,

sobretudo da lepra asfixiante do egoísmo e da falsidade.



Como há dois mil anos,

também nós, hoje, caímos de joelhos, a Teus pés,

e Te suplicamos: «Cura-nos, Senhor»!



Obrigado, Senhor, pela Tua bondade,

pelo Teu amor, pela Tua paz.



Tu és o melhor medicamento

e a única terapia.



Também hoje, estendes a Tua mão

e tocas-nos:

Tocas as nossas feridas,

tocas as nossas ansiedades,

tocas os nossos sonhos,

tocas o nosso coração,

tocas a nossa vida.



Que bom, Senhor,

é ser tocado por Ti,

abraçado por Ti.



Num mundo de tanto abandono e rejeição,

as crianças, os velhinhos,

os marginalizados e os oprimidos

sentem o Teu abraço.



Que nós não nos afastemos de ninguém.

Que nós não afastemos ninguém.



Que tenhamos para todos uma palavra de esperança

e gestos de ternura.



Que cada um de nós, lá fora,

seja o eco do Teu amor

e o prolongamento do Teu ser:

JESUS!

publicado por Theosfera às 11:12

 

A. Ser cristão é viver Cristo e convidar outros a viver Cristo

 

 

  1. Se um escritor existe para escrever, um governante para governar, um cantor para cantar e um jogador para jogar, um cristão existe para quê? É óbvio que um cristão só pode existir para cristianizar ou, mais especificamente, para «cristificar». Isto significa que um cristão existe para cristianizar a sua vida, incorporando nela a vida de Jesus Cristo.

Teilhard de Chardin usava até a expressão «pancristianização» para urgir a necessidade de meter Cristo em tudo e em todos. Tudo há-de estar marcado por Cristo. Todos são chamados a viver segundo Cristo.

 

  1. Ser cristão é viver Cristo e convidar outros a viver Cristo. Consequentemente, ser cristão é levar Cristo e trazer para Cristo. É por isso que ser cristão é ser missionário. A missão não nasce do sacramento da Ordem nem da Consagração Religiosa. A missão nasce logo a partir do Baptismo. Por conseguinte, ser missionário não é apenas para padres e para religiosos: é para todos.

Ser missionário significa transmitir o que nos foi transmitido e oferecer o que nos é concedido. Cada um de nós foi agraciado com a feliz notícia de Deus chamada Jesus Cristo. Se as más novas não são caladas, como admitir que esta boa — e bela — nova possa ser silenciada?

 

B. Evangelho só há um, o de Cristo e mais nenhum

 

 

 

3. Os cristãos da primeira hora sentiam bem a urgência de levar Cristo e de trazer para Cristo. Evangelizar é sempre isto e apenas isto: anunciar Jesus Cristo. Ele é o Evangelho vivo, o Evangelho em forma de vida. Daí que São Paulo clamasse: «Ai de mim, se não evangelizar» (1Cor 9, 16).

Para ele, não fazia sentido existir fora do Evangelho de Cristo. Anunciar o Evangelho não era, para São Paulo, um «título de glória», mas «uma obrigação» (1Cor 9, 16). Não se tratava de uma actividade facultativa, mas de um imperativo, do maior imperativo.

 

4. Ele sabia que a iniciativa não era dele. Se anunciasse o Evangelho por sua iniciativa, até poderia esperar alguma recompensa. Mas evangelizar era um «encargo que lhe foi confiado» (1Cor 9, 17). Aliás, São Paulo sempre se considerou apóstolo não por iniciativa humana, mas por iniciativa de Jesus Cristo e do próprio Pai (cf. Gál 1, 1).

É neste sentido que o evangelizador não pode alterar o Evangelho. Não é o evangelizador que inventa o Evangelho; o evangelizador recebe o Evangelho. Ele é servo do Evangelho, não dono do Evangelho. São Paulo sabia muito bem que «não há outro Evangelho». Evangelho só há um: o «Evangelho de Cristo» (Gál 1, 7) e mais nenhum. É este Evangelho — e não nenhum outro — que somos chamados a viver e a testemunhar.

 

C. Evangelizar sem parar

 

 

 

5. É de «maneira gratuita» (1Cor 9, 18) que o Evangelho deve ser anunciado. Aliás, também foi de maneira gratuita que o Evangelho nos foi entregue. Esta gratuidade vai ao ponto de o evangelizador aceitar ser escravo de todos com o objectivo de a todos tentar ganhar para o Evangelho (cf. 1Cor 9, 19). A «causa do Evangelho» (1Cor 9, 23) justifica tudo: todos os trabalhos, todos os sacrifícios. A resposta pode não vir de todos, mas a proposta tem de chegar a todos. É por isso que, com vontade firme e coração aberto, o evangelizador tem de se fazer «tudo para todos» (1Cor 9, 22).

Neste empreendimento, São Paulo parecia nunca se cansar mesmo quando se sentia cansado. Como reconheceu São João Crisóstomo, por causa do Evangelho, Paulo «desejava sempre mais o trabalho sem descanso do que nós desejamos o descanso depois do trabalho». Aliás, foi o que São Paulo aprendera com Jesus, o Evangelho em pessoa. Jesus também não descansa: «Meu Pai trabalha continuamente e Eu também trabalho» (Jo 5, 17). Jesus não trabalha de sol a sol, mas de noite a noite. Jesus trabalha de dia e não Se poupa de noite.

 

6. Neste Domingo, voltamos a acompanhar Jesus na «Jornada de Cafarnaum». Vemo-Lo, incansável, a sair da sinagoga para ir curar a sogra de Simão e todos os doentes que Lhe apareciam (cf. Mc 1, 31-34). Teve de atender toda a população da cidade, que se reuniu junto da porta da casa de Pedro (cf. Mc 1, 33).

A população de Cafarnaum naquela altura andaria por mil habitantes. Atender mil pessoas é, seguramente, desgastante. Apesar disso, na manhã seguinte, Jesus não dispensou a oração. O encontro com os homens não dispensa — antes requer — o encontro com Deus. E é assim que contemplamos Jesus a orar, «de manhãzinha, ainda muito escuro», num «sítio muito ermo» (Mc 1, 35).

 

D. É a oração que gera a missão

 

  1. Que fique bem claro. Não é a oração que tira tempo à missão. É a oração que alenta — amamenta e alimenta — a missão. O encontro com Deus não afasta as pessoas, atrai as pessoas. É no encontro com Deus que Jesus é encontrado pelas pessoas, por todas as pessoas. «Todos Te procuram!» (Mc 1, 37) — dizem Simão e os companheiros.

É espantoso como todos procuram o Orante. É espantoso como todos são contagiados pelo aroma da oração. É espantoso como a oração move e comove. Não admira, portanto, que a experiência evangelizadora de São Paulo também tenha começado por uma forte experiência de oração (cf. Act 13, 1-3). A oração é como que a parteira da missão.

 

  1. São Marcos não diz que Jesus tenha tomado o pequeno-almoço. O alimento de Jesus era outro: O alimento de Jesus era fazer a vontade do Pai (cf. Jo 4, 34). E a vontade do Pai é que o Filho chegue a todos. A oração é moção, é fonte de missão. A paz da oração não aquieta nunca; inquieta sempre.

É por isso que, finda a oração, Jesus dirige-Se imediatamente para «as povoações vizinhas» (Mc 1, 38), para «toda a Galileia» (Mc 1, 39). Mas não vai só. Jesus move-Se e comove, isto é, move-Se com outros. Daí a Sua ordem, de ontem, de hoje e de sempre: «Vamos para outro lado» (Mc 1, 38).

 

E. A única coisa que não se pode perder: tempo

 

  1. Haverá quem pense não ter capacidade para a missão. Acontece que — como alertou Einstein — Deus não escolhe os capazes; capacita os escolhidos. A missão não se faz em nosso nome, mas em nome de Jesus. De um evangelizador não se requer capacidade, mas apenas — e sempre — disponibilidade. Não somos nós que missionamos; é Jesus que missiona em nós (cf. Gál 2, 20).

Tal como Jesus foi a transparência do Pai — «quem Me vê, vê o Pai» (Jo 14, 9) —, também o missionário é chamado a ser a transparência de Jesus. É Jesus, Ele mesmo, que está com todos aqueles que envia em missão. Quem os ouve a eles, ouve-O a Ele (cf. Lc 10, 16).

 

  1. Por causa da missão, vale a pena estar disposto a perder tudo, excepto o tempo. Na missão, não há tempo a perder. A missão é urgente, é a coisa mais urgente. Como nos recorda Job, «a nossa vida não passa de um sopro» (Job 7, 7) e «os nossos dias fogem mais rápidos que a lançadeira no tear» (Job 7, 5). Assim sendo, todo o tempo é escasso para anunciar o Evangelho.

Em relação ao Evangelho, poderá haver quem não o aceite, mas não deve haver quem não o anuncie. A nossa fraqueza está habitada pela força de Deus. Transportemos, pois, o Evangelho com os nossos lábios e sobretudo com o testemunho da nossa vida. Levemos a todos o Evangelho em forma de amor, em forma de solidariedade, em forma de justiça, em forma de paz. Onde estiver o Evangelho, estará sempre a acender-se a manhã de um tempo novo!

 

 

publicado por Theosfera às 05:44

Hoje, 04 de Fevereiro (Dia Mundial da Luta Contra o Cancro), é dia de S. João de Brito, S. José de Leonissa, Sta. Maria de Matias e Sta. Catarina de Ricci.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Sábado, 03 de Fevereiro de 2018

Hoje, 03 de Fevereiro, é dia de S. Brás, Sto. Estêvão Bellesini, Sto. Ansgário (ou Óscar), Sta. Claudina Thévenet e Sta. Ana Maria Rivier.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Sexta-feira, 02 de Fevereiro de 2018

Hoje, 02 de Fevereiro, é dia da Apresentação de Jesus no Templo (festa conhecida também como Nossa Senhora da Candelária ou das Candeias), Sta. Joana de Lestonnac, S. Cornélio (centurião), Sto. André Maria Ferrari e Sta. Maria Catarina Kasper. É também o Dia do Consagrado.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Quinta-feira, 01 de Fevereiro de 2018

Hoje, 01 de Fevereiro, é dia de Sta. Viridiana, Sto. António Peregrino, Sto. André de Ségni, Sta. Maria Vaiblot, Sta. Odília de Baumgarten e Sta. Ana Michelotti.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

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