O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Quarta-feira, 31 de Janeiro de 2018

Hoje, 31 de Janeiro, é dia de S. João Bosco, S. Pedro Nolasco e Sta. Marcela.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Terça-feira, 30 de Janeiro de 2018

 

  1. A Igreja é comunhão, embora nem sempre se note verdadeira comunhão dentro da Igreja.

Não basta, com efeito, exaltar a comunhão. É urgente fazer tudo para nunca ferir a comunhão e para estar sempre em comunhão.

 

  1. Muito forte é a tentação para distorcer e para encolher a comunhão.

Distorcemos a comunhão quando a identificamos apenas como uma obrigação dos outros, esquecendo que ela é igualmente um dever nosso. E encolhemos a comunhão quando a circunscrevemos ao nosso movimento, à nossa espiritualidade.

 

  1. Pode acontecer que, falando de comunhão, estejamos unicamente a reclamar comunhão dos outros para connosco.

Que esforço de comunhão existirá da nossa parte para com os outros?

 

  1. Os outros podem não mostrar muita comunhão para connosco. Mas será que nós mostramos muita comunhão para com os outros?

Afinal, até onde vai a nossa comunhão?

 

  1. É estimável que cultivemos a comunhão dentro do nosso grupo. Mas que gestos de comunhão estamos dispostos a oferecer aos grupos diferentes?

A comunhão terá de ser apenas com os consensuantes? Não deverá ser também — e ainda mais — com os discrepantes?

 

  1. Costumamos fazer sobressair a comunhão para com os que já estão presentes.

Mas que disponibilidade temos para dar passos de comunhão em direcção àqueles que se mantêm ausentes?

 

  1. Será que os ausentes estão condenados a permanecer à margem da comunhão?

E se eles não estão em comunhão connosco, será que nós devemos neutralizar toda e qualquer comunhão para com eles?

 

  1. Que ganham os ausentes com palavras que os censurem?

Não precisarão, antes, de uma mão que se lhes estenda?

 

  1. A atitude «de saída», tão recomendada pelo Papa Francisco, autorizar-nos-á a verberar quem não está em sintonia com o nosso grupo?

Que fazemos para nos aproximarmos de grupos diferentes?

 

  1. Ainda estamos muito ancorados nos nossos «quintais». Ainda teimamos em confundir as nossas «capelas» particulares com a universal Igreja de Jesus Cristo.

Aprendamos com o Seu «know-how» eclesial. Jesus é o maior perito em comunhão. Ele não coloca ninguém de lado. Vai mesmo ao ponto de deixar quem já está dentro para ir ao encontro dos que ainda estão perdidos, lá fora (cf. Lc 15, 4-7). Estaremos prontos, como Ele, para bater a todas as portas (cf. Ap 3, 20)?

publicado por Theosfera às 09:43

Hoje, 30 de Janeiro, é dia de Sta. Jacinta Mariscotti, Sta. Bertilda e Sta. Martinha.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Segunda-feira, 29 de Janeiro de 2018

Hoje, 29 de Janeiro, é dia de S. Julião, Sta. Bassilissa, S. Constâncio, S. Gildas o Sábio, S. Sulpício Severo, Sta. Arcângela Girlani, Sto. Aquilino e Sta. Boleslava Lament.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Domingo, 28 de Janeiro de 2018

Ainda há pouco, ouvimos o Evangelho

e daqui a pouco vamos para o mundo viver o Evangelho.

 

O Evangelho é a nossa vida,

o nosso trabalho, o nosso ser.

 

«Ai de mim se não anunciar o Evangelho!».

Este é o grito de S. Paulo.

Esta há-de ser a nossa preocupação.

 

Que o Evangelho seja a nossa respiração,

o nosso acordar, o nosso viver e o nosso entardecer.

 

Leva-nos para o mundo, Senhor,

semear o Evangelho da esperança,

o Evangelho da justiça

e o Evangelho da paz.

 

Cura-nos, Senhor, da nossa febre,

como curaste a febre da sogra de Simão.

 

Que não haja nada nem ninguém a impedir-nos

de fazer do Evangelho a estrela do nosso firmamento,

a cintilar nos passos do nosso caminho.

 

Ajuda-nos, Senhor,

a ser eco do Teu Evangelho,

a levarmos a todos

a Tua presença de amor,

JESUS!

publicado por Theosfera às 10:52

A. A orar antes de o dia começar

 

  1. «Como seria o dia-a-dia de Jesus?» Este Domingo começa a responder à nossa pergunta e a satisfazer a nossa curiosidade. No âmbito da chamada «Jornada de Cafarnaum», São Marcos oferece-nos a descrição de um dia típico na vida de Jesus.

Refira-se, a propósito, que Cafarnaum («aldeia de Naum») situava-se a norte do mar da Galileia. Era uma espécie de cidade adoptiva de Jesus, a Sua residência mais frequente e o local de tantas maravilhas por Ele realizadas. Não espanta, pois, que Cafarnaum fosse vista como «a Sua cidade» (Mt 9, 1). Era lá que Jesus Se sentia em casa (cf. Mc 2, 1).

 

2. Ficamos, assim, a saber que dia-a-dia de Jesus era composto, basicamente, por quatro actividades: 1) oração; 2) acolhimento; 3) ajuda aos mais necessitados e 4) ensino. São estas as principais ocupações de Jesus. Pelo que hão-de ser estas também as ocupações de todo o discípulo de Jesus.

No começo de tudo, está a oração. A oração vem logo no início do dia ou até antes do início, pois Jesus começa a orar antes de o dia começar. Ele começa o dia de madrugada, «ainda muito escuro», num lugar solitário, em oração (cf. Mc 1, 35). Depois da oração pessoal, vem a oração comunitária. Jesus aparece na sinagoga para rezar em comunidade. Nem a oração pessoal dispensa a oração comunitária nem a oração comunitária dispensa a oração pessoal. As duas requerem-se, postulam-se e abastecem-se. A oração comunitária nasce da oração pessoal e a oração pessoal alimenta a oração comunitária.

 

B. Novas não eram as palavras; nova era a vida

 

3. A sinagoga, que significa «assembleia reunida», é o lugar de encontro por excelência da comunidade judaica. Aqui se fazia a profissão de fé (cf. Deut 6, 4-9). Aqui se proclamavam os textos da Lei e dos Profetas. Vinha, depois, a explicação dos textos, uma espécie de homilia. Seguiam-se as bênçãos. Como qualquer israelita cumpridor da Lei, Jesus frequentava a sinagoga. Foi na sinagoga que Jesus deu início à Sua missão e foi na sinagoga que ensinou muitas vezes. Aliás, os apóstolos farão o mesmo mais tarde (cf. Act 13, 14-44).

Desta forma, Jesus leva o novo ao antigo. Ele é o novo que renova o antigo. Como refere o Apocalipse, Jesus é aquele que faz novas todas as coisas (cf. Ap 21,5). Não ignora — nem subestima — o antigo. Pelo contrário, Jesus vai ao encontro do antigo para o renovar, para o completar, para o levar à plenitude.

 

  1. Toda a gente ficou encantada com Jesus. As pessoas maravilhavam-se com a Sua doutrina (cf. Mc 1, 22), que consideravam «nova» (cf. Mc 1, 27). Mas qual era a novidade de Jesus? A Sua novidade não estava tanto no que dizia; estava sobretudo no modo como dizia e agia. Como notou Walter Kasper, o que era novo em Jesus era, acima de tudo, «a Sua conduta», isto é, a Sua vida.

Jesus preocupou-Se sempre mais com o porte do que com a pose, mais com a verdade do que com a mera aparência. São Marcos não se esquece de vincar que «Jesus ensinava como quem tem autoridade» (Mc 1, 22), em total contraste com os doutores da Lei. Estes eram mestres, mas sem dar testemunho. E, já naquele tempo, a humanidade (como notou Paulo VI) seguia mais as testemunhas que os mestres.

 

C. Jesus tem sempre sabor a novidade

 

  1. Jesus sempre denunciou os que dizem e não fazem (cf. Mt 23, 3), os que dizem o contrário do que fazem, os que fazem o contrário do que dizem. Um dizer sem fazer cansa e um dizer contrário ao fazer afasta.

Percebe-se, então, que Jesus fosse uma autêntica lufada de ar fresco, sacudindo o bafio das atitudes incoerentes dos que alardeavam uma sabedoria sem vivência no dia-a-dia.

 

  1. Compreendemos, assim, porque é que a autoridade de Jesus era notada. É que Jesus dizia o que fazia e fazia o que dizia. Em Jesus, a palavra dos lábios estava sempre em sintonia com a palavra da vida.

O que vinha de Jesus soava a diferente e sabia a novo. Daí o efeito da Sua presença e a eficácia da Sua palavra. A palavra de Jesus não é meramente indicativa; é uma palavra performativa: diz o que realiza e realiza o que diz. Diz ao «espírito impuro» para sair do homem que entretanto aparecera na sinagoga e o «espírito impuro» sai imediatamente (cf. Mc 1, 25-26).

 

D. Em Cristo, nenhum poder será capaz de nos vencer

 

  1. Para os judeus, as doenças eram provocadas por «espíritos maus», que aprisionavam as pessoas. Estas ficavam impossibilitadas de cumprir a Lei e, nessa medida, caíam numa situação de «impureza». Daí que tais espíritos sejam qualificados como «impuros».

Só Deus, com o Seu poder absoluto, era capaz de vencer estes «espíritos». Acontece que os ritos para invocar a libertação de Deus eram muito demorados. Daí o espanto quando as pessoas vêem Jesus resolver tudo com uma única frase: «Cala-te e sai desse homem» (Mc 1, 25).

 

  1. Mais do que descrever a natureza do mal que afectava aquele homem, o que o texto sagrado nos mostra é a autoridade de Jesus sobre o próprio mal. Jesus é mais forte que o mal. É por isso que só em Jesus seremos capazes de vencer o mal. Aliás, sem Jesus que poderemos fazer (cf. Jo 15, 5)?

Não nos preocupemos, pois, com os «espíritos». Não há nada — nem ninguém — mais forte que Jesus. Ele veio para nos libertar. Se Ele está por nós, alguém terá qualquer poder contra nós? (cf. Rom 8, 31). Até pode haver quem esteja contra nós. Mas, quando estamos com Cristo, nenhum poder será capaz de nos vencer.

 

E. No nosso coração, a Sua salvação

 

  1. Jesus é mesmo diferente, é único, é inteiramente novo. Entende-se, portanto, que as pessoas se questionem: «O que vem a ser isto?» (Mc 1, 27). E não admira que a «fama de Jesus se tenha espalhado por toda a parte» (Mc 1, 28). Aliás, a «fama de Jesus» nunca cessa de se espalhar. Dois mil anos depois, Jesus continua a ser novo e a renovar. É sempre nova a Sua presença, é sempre nova a Sua palavra, é sempre novo o Seu mandamento (cf. Jo 13, 34), é sempre nova a Sua Lei, enfim é sempre nova a Sua vida.

É esta a novidade que dá sentido à nossa vida de cada dia. Ao contrário do que se ouve por aí, o profeta não é aquele que adivinha o futuro; é, sim, aquele que anuncia um sentido para o presente. Mas o profeta não tem discurso próprio. Deus põe na boca do profeta as Suas palavras para que ele diga sempre — e apenas — o que lhe mandar (cf. Deut 18, 18).

 

  1. Do profeta espera-se fidelidade. De todos nós, aliás, não se espera senão fidelidade. Como exorta São Paulo, a fidelidade é para todos: para os que se casam e para os celibatários por amor do Reino de Deus (cf. 1Cor 7, 32-35). No fundo, a fidelidade entre os esposos é também uma realização da fidelidade a Deus. O marido, ao ser fiel à sua esposa, está a ser fiel a Deus e a esposa, ao ser fiel ao seu marido, está a ser fiel a Deus. Foi diante de Deus que ambos prometeram fidelidade.

Nada nos pacifica tanto como ser fiel. As adversidades podem ser grandes, mas o Deus sempre fiel é imensamente maior. E Deus ajuda-nos a sermos fiéis: a sermos fiéis a Deus, a sermos fiéis às pessoas e a sermos fiéis aos compromissos para com Deus e para com as pessoas. Escutemos sempre a voz de Deus. E nunca Lhe fechemos o nosso coração (cf. Sal 95, 8). É até ao mais fundo do nosso coração que chegará a Sua salvação!

publicado por Theosfera às 05:32

Hoje, 28 de Janeiro (Quarto Domingo do Tempo Comum), é dia de S. Tomás de Aquino e S. Valério.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Sábado, 27 de Janeiro de 2018

Hoje, 27 de Janeiro, é dia de Sta. Ângela Merici, S. Feliciano, Sto. Henrique de Ossó y Cervelló e S. Jorge Matulaitis-Matusewic.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Sexta-feira, 26 de Janeiro de 2018

Hoje, 26 de Janeiro, é dia de S. Timóteo, S. Tito, S. Roberto, Sto. Alberico, Sto. Estêvão (abade) e S. Miguel Kosal.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Quinta-feira, 25 de Janeiro de 2018

Hoje, 25 de Janeiro (oitavo e derradeiro dia do Oitavário de Oração pela Unidade dos Cristãos), é dia da Conversão de S. Paulo, S. Projecto, S. Marinho e Sta. Maria Gabriela Saggedu. Faltam 11 meses para o Natal do Senhor.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Quarta-feira, 24 de Janeiro de 2018

Hoje, 24 de Janeiro (7º dia do Oitavário de Oração pela Unidade dos Cristãos), é dia de S. Francisco de Sales, S. Macedónio e S. Tiago Giaccardo.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Terça-feira, 23 de Janeiro de 2018

Hoje, 23 de Janeiro (6º dia do Oitavário de Oração pela Unidade dos Cristãos), é dia de Sto. Ildefonso, S. João Esmoler, Sta. Josefa Maria e Sto. Henrique Suzo.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Segunda-feira, 22 de Janeiro de 2018

Hoje, 22 de Janeiro (5º dia do Oitavário de Oração pela Unidade dos Cristãos), é dia de S. Vicente, S. Gualter de Bruges, S. Vicente Palloti, S. José Nascimbeni e Sta. Laura Vicunha.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Domingo, 21 de Janeiro de 2018

Obrigado, Senhor,

pelo Teu sorriso desta manhã,

pela Tua esperança deste Domingo.

 

Tu és o profeta esperado,

o Salvador querido,

o amor realizado.

 

Tu vences o mal

sem Te deixares contaminar pelo mal.

 

Tu és o sorriso que emoldura as nossas lágrimas

e suaviza, com torrentes de bondade, a nossa dor.

 

A Tua fama Se espalha.

Todos ficam admirados com a Tua autoridade,

uma autoridade que vem do amor,

uma autoridade humilde que nunca humilha.

 

Também nós, hoje, ficamos assombrados

e admirados com a Tua presença.

 

Tu és o supremo milagre

e o permanente sorriso de Deus.

 

Obrigado, Senhor, pelas maravilhas do Teu amor,

pelo eco da Tua paz.

Obrigado por seres a alavanca do nosso existir.

Obrigado, Senhor.

Obrigado, JESUS!

publicado por Theosfera às 10:34

A. Na companhia de Jesus

  1. Neste Domingo, acompanhamos, pela mão de São Marcos, as primeiras actividades públicas de Jesus. Tais actividades constituem como que o pórtico e uma síntese de toda a Sua missão. Encontrámo-Lo hoje, como O encontraremos sempre, a anunciar, a propor e a convidar. Foi isto o que Jesus fez e foi isto o que, em Seu nome, nos mandou fazer: anunciar, propor e convidar. Temos aqui, portanto, o conteúdo da evangelização: anúncio, proposta e convite. Há uma óbvia sequência entre os três momentos: o anúncio contém uma proposta e a proposta desagua num convite.

Jesus anuncia que o Reino de Deus está próximo, propõe uma mudança de vida e convida-nos a segui-Lo. Todos não somos demais na tarefa evangelizadora. Jesus quer que estejamos em toda a parte, que trabalhemos em todo o tempo e que cheguemos a toda a gente (cf. Mt 28, 16-20). Por conseguinte, a evangelização nunca está terminada nem, alguma vez, pode ser dada por concluída. Nenhum tempo pode ser perdido, nenhum contributo pode ser desperdiçado.

 

  1. Acompanhemos, então, Jesus no início da Sua missão. Ele parte para a Galileia a fim de «anunciar o Evangelho de Deus» (Mc 1, 14). Hoje como ontem, anunciar implica sair. O que Jesus tem para anunciar é uma notícia, uma notícia boa, uma notícia feliz. Como se sabe, Evangelho significa «boa nova», «boa notícia», «feliz notícia». Jesus surge-nos, desde o princípio, como o portador da feliz notícia de Deus.

Que falta sentimos nós, hoje, de boas notícias, de felizes notícias! Nestes tempos nocturnos, predominam notícias soturnas. Nestes dias cinzentos, continuam a prevalecer notícias pesadas. Importa, por isso, ter presente que a Igreja é depositária das boas notícias de Deus, trazidas por Jesus.

 

B. O Evangelho chega aonde chegarem os evangelizadores

 

  1. A Igreja de Jesus não pode limitar-se a ser reactiva, denunciando apenas o que está mal. Ela tem de ser pró-activa, anunciando o que pode estar bem, o que pode melhorar. Acontece que Jesus não é só o portador da boa notícia; Ele mesmo é a boa notícia, a feliz notícia. Com efeito, que melhor notícia do que saber que Deus está connosco? Jesus é o Deus-connosco, o Deus para nós, o Deus em nós.

É esta a notícia que nos foi confiada. Trata-se de uma notícia que não é tanto para plantar nos jornais ou nas televisões, mas para gravar no coração de cada pessoa. Não esqueçamos que o Evangelho está escrito em forma de livro para ser permanentemente inscrito em forma de vida. É da vida que brota o Evangelho. É na vida que há-de fermentar sempre o Evangelho.

 

  1. O Evangelho deve ser anunciado como Jesus o anunciou: pessoa a pessoa, coração a coração, vida a vida. Hoje, o Evangelho está nas nossas mãos, nos nossos pés, nos nossos lábios, no nosso coração, enfim, em toda a nossa vida. Hoje, nós somos os motores do Evangelho e as asas do Evangelho: o Evangelho chegará aonde chegarem os evangelizadores, os portadores das felizes notícias de Deus.

A chegada do evangelizador tem de ser a chegada do Evangelho. Assim sendo, o evangelizador também tem de ser evangelizado. É por isso que evangelizar não é o primeiro passo do evangelizador; é o segundo. O primeiro passo do evangelizador é deixar-se evangelizar. Só pode ajudar a converter a Cristo quem se deixa converter por Cristo.

 

C. Evangelizar é — essencialmente — felicitar

 

  1. A primeira notícia que Jesus traz de Deus é que «o tempo chegou ao seu termo e o Reino de Deus está próximo» (Mc 1, 15). Jesus é, Ele próprio, o tempo último, a plenitude dos tempos (cf. Gál 4, 4). É o tempo novo que suplanta o tempo antigo. É o tempo definitivo que dá sentido ao tempo breve. É o tempo permanente que leva à plenitude o tempo passageiro.

Por aqui se vê como Jesus nunca é um tempo esgotado até porque, em Si mesmo, Ele é inesgotável. Jesus é a última e plena notícia de Deus para o homem.

 

  1. Em Jesus, temos todos os motivos para acreditar que, afinal, o melhor é possível. Se até a morte foi vencida, como não hão-de ser vencidos os problemas que nos vão surgindo na vida? A evangelização existe para assegurar a todo o ser humano que Deus o ama.

O mundo tem o direito de saber que Deus é o maior investidor na felicidade do homem. Ele apostou o melhor que tinha — o próprio Filho (cf. Jo 3, 16) — na felicidade de todos os homens. Evangelizar é, pois, felicitar, semear felicidade.

 

D. Mudar (também) é para nós

 

  1. O anúncio do Reino de Deus é uma notícia que tem de ter consequências. A maior de todas elas é a mudança de vida: «Convertei-vos e acreditai no Evangelho» (Mc 1,15). Trata-se de um imperativo inadiável, selado em tons de urgência. A conversão não pode esperar; tem de ser para já, para agora. Tanto mais que, como se depreende da anotação de São Paulo, «o tempo é breve» (1Cor 7, 29).

Este apelo de Jesus pressupõe que há muito a mudar na nossa vida. Se tudo estivesse bem, para quê mudar, para quê convertermo-nos? Habitualmente — e quase por instinto —, propendemos a achar que a mudança é para os outros. É verdade que os outros têm de mudar. Mas será que nós poderemos continuar na mesma?

 

  1. Nós também temos de mudar. Temos de mudar e não apenas por fora. Uma mudança só é profunda quando vem do fundo: do fundo da alma, do fundo da vida. Foi essa a voz interior que se fez ouvir em Roger Schutz quando, perante a devastação da Segunda Guerra Mundial, se interrogava sobre o que era preciso mudar para que aquele horror não se repetisse. «Começa por ti», foi o que escutou.

Deus não deixa ninguém de fora deste apelo à conversão. Podemos mesmo dizer que Ele é o Deus das «novas oportunidades», o Deus de «todas as oportunidades». As primeiras leituras falam-nos de duas cidades (Nínive e Corinto) onde a corrupção moral era grande. Mesmo assim, Deus não desiste, Deus insiste. Através de Jonas, Deus chama os habitantes de Nínive à conversão. Através de Paulo, o mesmo Deus convida os habitantes de Corinto à mudança.

 

E. Seguir Jesus tem de estar acima de tudo

 

  1. A conversão tem de ser prioritária, tem de acontecer quanto antes. Deus insta cada um de nós a viver com os olhos postos no futuro, aderindo aos valores eternos, aos valores do Reino. Razão tinha Miguel Torga quando confessava que «a sua fome não era de fama, mas de eternidade». Não adiemos, pois, para amanhã a conversão que tem de começar hoje. «Quem não precisa de conversão?», perguntava D. Hélder Câmara. Todos precisamos de conversão.

Jesus dá-nos todas as condições para escutarmos o Seu anúncio e para oferecermos uma resposta à Sua proposta. Ele indica-nos o caminho a seguir. O caminho é Ele próprio: «Eu sou o Caminho» (Jo 14, 6). Deste modo, convida-nos a segui-Lo como convidou Simão e André, Tiago e João: «Vinde atrás de Mim» (Mc 1, 16).

 

  1. Ser discípulo é precisamente ir atrás do Mestre, percorrendo o mesmo caminho do Mestre. Os primeiros discípulos deixaram o que estavam a fazer — e deixaram até a própria família! — para seguir Jesus. O que estavam a fazer era importante e possivelmente urgente, mas seguir Jesus era mais importante e muito mais urgente. Por isso, eles foram logo atrás de Jesus. Por isso, eles deixaram tudo por Jesus.

Seguir Jesus está acima de tudo. Já São Bento tinha esta prioridade muito vincada quando proclamou: «Nada — absolutamente nada — anteponham a Cristo». Na nossa vida, o lugar de Cristo tem de ser o lugar primeiro e o lugar central. Como não dar tudo a quem se nos dá sempre? Não tenhamos medo de nos dar. Deus é generoso em retribuir. Ele recompensa sempre «cem vezes mais» (Mt 19, 29)!

publicado por Theosfera às 05:32

Hoje, 21 de Janeiro (3º Domingo do Tempo Comum e 4º dia do Oitavário de Oração pela Unidade dos Cristãos), é dia de Sta. Inês e S. Pátroclo.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Sábado, 20 de Janeiro de 2018

Hoje, 20 de Janeiro (3º dia do Oitavário de Oração pela Unidade dos Cristãos), é dia de S. Fabião, S. Sebastião (padroeiro principal da Diocese de Lamego), Sto. Eustóquio Calafato e S. José Freinademetz.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Sexta-feira, 19 de Janeiro de 2018

Hoje, 19 de Janeiro (2º dia do Oitavário de Oração pela Unidade dos Cristãos), é dia de S. Germânico, S. Canuto, S. Mário, S. Tiago Sales e seus Companheiros e S. Marcelo Spínola Maestre.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Quinta-feira, 18 de Janeiro de 2018

Hoje, 18 de Janeiro (1º dia do Oitavário de Oração pela Unidade dos Cristãos), é dia de Sta. Margarida da Hungria, S. Liberto ou Leobardo, Sta. Prisca ou Priscilla e S. Jaime Cosán.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Quarta-feira, 17 de Janeiro de 2018

Hoje, 17 de Janeiro, é dia de Sto. Antão e Sta. Rosalina de Villeneuve.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Terça-feira, 16 de Janeiro de 2018
  1. Quem não se lembra do «Cristo partido»?

Pessoalmente, tenho dado comigo a pensar se nós, cristãos, não andamos, muitas vezes, a «partir» Cristo.

 

  1. O «Cristo partido» era uma imagem. Já o Cristo que nós (frequentemente) «partimos» é o Seu corpo.

Ao «Cristo partido» (celebrizado num conhecido livro de Ramón Cué) faltavam alguns membros. Ao Cristo que nós «partimos» não faltam «feridas» em muitos dos seus membros.

 

  1. Não esqueçamos que o Cristo total inclui também o corpo eclesial (cf. 1Cor 12, 12-31).

Fazendo nós parte de Cristo, não estaremos — com as nossas divisões — a concorrer para «partir» o Seu corpo?

 

  1. Em vez de oferecermos ao mundo o Cristo inteiro, parece que nos entretemos a apresentar um Cristo «quebrado», em «parcelas».

As nossas representações «hemiplégicas» acabam por exibir um Cristo «mutilado», «encolhido», «fragmentado».

 

  1. Será que um Cristo parcial tem alguma coisa que ver com o Cristo real?

O certo é que muitas discussões absolutizam tanto um determinado aspecto de Cristo que praticamente excluem outras dimensões do mesmo Cristo.

 

  1. Uns agarram-se a um Cristo só divino, que quase não é humano. Outros exaltam um Jesus apenas humano, que quase não é divino.

Ouvindo uns, Cristo é justiça sem perdão. Escutando outros, Cristo é perdão sem justiça. Uns acham que Cristo é lei. Outros entendem que Cristo é a anulação de todas as leis.

 

  1. Para uns, Cristo é somente passado, sem a menor abertura à renovação.

Para outros, Cristo é unicamente futuro, sem qualquer lugar para a tradição.

 

  1. Enquanto uns consideram que somos uma «Igreja apressada», outros preocupam-se por, supostamente, continuarmos a ser uma «Igreja adiada».

Para uns, Cristo é só liturgia, sem intervenção social. Para outros, Cristo é exclusivamente intervenção social, sem liturgia.

 

  1. Os últimos tempos mostram que a divisão é o grande «tópico», pelo que a unidade se afigura cada vez mais «utópica».

Como facilmente se pode depreender, o mal não está no que se afirma, mas no que se rejeita.

 

  1. Não é bonito que um cristão fale de outro cristão como se de um adversário (ou inimigo) se tratasse. Belo é acolher a diferença como um dom, não como um estigma.

Afinal, Cristo conta com cada um de nós. Todos temos o dever de O «repartir». O que ninguém jamais terá é o direito de O «partir»!

publicado por Theosfera às 10:32

Hoje, 16 de Janeiro, é dia de S. Berardo e seus Companheiros, S. Marcelo e S. José Vaz.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Segunda-feira, 15 de Janeiro de 2018

Hoje, 15 de Janeiro, é dia de Sto. Amaro, S. Plácido, S. Luís Variara, Sto. Arnaldo Jansen, S. Paulo Eremita, S. Remígio e S. Macário o antigo.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Domingo, 14 de Janeiro de 2018

Neste momento de louvor
— de louvor porque estamos em Eucaristia
e de louvor porque, dentro da Eucaristia, estamos em acção de graças —
nós Te bendizemos, Senhor,
por esta tocante celebração
que, mais uma vez, presencializa a Tua presença no mundo,
que, mais uma vez, actualiza a Tua entrega na história
e que, mais uma vez, sinaliza o Teu imenso amor no coração de cada homem.

Mas não queremos, Senhor,
que a Eucaristia seja um momento com princípio e fim.
Queremos, sim, que a Eucaristia envolva toda a nossa vida:
do princípio até ao fim.
Queremos que a Missa gere Missão,
modelando todas as fibras do nosso interior
e lubrificando todas as vértebras da nossa alma.
Por conseguinte, que à Eucaristia sacramental suceda sempre a Eucaristia existencial,
para que nada no nosso ser fique à margem desta grande celebração.

Neste dia, o nosso coração entoa um canto de louvor a Ti, Pai,
que, pelo Teu Filho e pelo Teu Espírito,
nos tocas permanentemente
como se fossem as Tuas mãos delicadas a afagar-nos com carícias etéreas.


Faz de nós testemunhas do Evangelho,
com a mesma intrepidez,
com igual disponibilidade
e sobretudo com idêntica generosidade.


Que nos disponhamos a ser pão
que os outros possam comer.
Que o «ide em paz» ressoe, para nós,
não como uma despedida,
mas como um incessante envio.

Que, pelo nosso testemunho e pela nossa humildade,
todos tenham acesso ao Pão da Vida,
ao Pão do Amor,
ao Pão da Solidariedade,
ao Pão da Paz e da Esperança,
ao Pão que és Tu, Senhor,
e que, através de nós, chegue ao mundo inteiro!

publicado por Theosfera às 11:24

A. Deus também é peregrino do homem

  1. Deus vem. Deus fala. Deus permanece. Vem, fala e permanece desde o princípio. Deus, em Si mesmo, é um mistério de presença, de comunicação e de encontro. É certo que esta clareza nem sempre anula toda a obscuridade. Nem sempre estamos em nós quando Deus vem até nós. Ou talvez estejamos demasiado em nós quando Ele vem até nós.

Muito se tem falado, nos últimos tempos, no silêncio de Deus. São, de facto, muitas as vezes em que Deus está em silêncio. Mas isso não quer dizer que Deus não fale. Deus fala, quase sempre, em silêncio. Pelo que só em silêncio poderemos escutá-Lo. O problema não é, pois, Deus ser silencioso. O problema é Deus estar a ser (por nós) silenciado.

 

2. A contínua atenção de Deus esbarra, quase sempre, com a permanente desatenção do homem. O nosso Deus é um «Deus falante» e, mais concretamente, um «Deus chamante». Deus vem sempre ao nosso encontro e nunca deixa de nos interpelar.

Deus vem quando estamos acordados e vem — ainda mais — para nos acordar quando, como sucedeu a Samuel, estamos a dormir (cf. 1Sam 5, 3). Deus é o despertador da sonolência em que, tantas vezes, nos deixamos cair. Quando procuramos Deus, verificamos que já Deus nos tinha procurado. Quando vamos ao encontro de Deus, notamos que já Deus nos tinha encontrado. No fundo, não é apenas o homem que se torna peregrino de Deus. Deus também Se torna peregrino do homem.

 

B. Que espaço damos a Deus?

 

  1. Na peregrinação que faz pela interioridade humana, Deus não desiste. Deus persiste. Deus é persistente. Como aconteceu com Samuel, também junto de nós Deus chama uma vez, chama duas vezes, chama três vezes, enfim, chama-nos sempre. Nesta procura, não devemos ter medo de pedir ajuda e não devemos hesitar em oferecer ajuda. Samuel recorreu à ajuda de Eli e Eli não negou a sua ajuda a Samuel. Deus serve-Se do homem para chegar ao próprio homem.

Como notou Edward Schillebeeckx, «o homem é a palavra de que Deus Se serve para escrever a Sua história». De dia ou de noite, importa estar atento. Um crente não pode ter as portas fechadas. As portas de um crente têm de estar sempre abertas.

 

  1. A história da salvação não está sobreposta à história da humanidade. A história da salvação acontece na história da humanidade. Como alertou Xavier Zubiri, nem sequer é preciso trazer Deus para dentro do homem porque Deus já lá está. É urgente acolher esta presença e escutar esta voz. O primeiro passo é, pois, deixar Deus falar: «Falai, Senhor, que o Vosso servo escuta» (1Sam 3, 9).

Hoje, as pessoas sentem necessidade de falar, mas não têm grande vontade de escutar. Como todos estão ocupados a falar, como há-de haver disponibilidade para escutar? Resultado: nunca se falou tanto, mas nunca se terá comunicado tão pouco.

 

C. O primeiro passo: escutar

 

  1. A escuta é a primeira atitude do servidor. A oração é o grande alento — e o principal alimento — da missão. Como pode falar de Deus quem não está habituado a escutar Deus? Como pode fazer a vontade de Deus quem não conhece a vontade de Deus?

A missão de Samuel nasce da oração de Samuel, da escuta de Samuel. Os nossos lábios até repetem muitas vezes «seja feita a Vossa vontade» (Mt 6, 10). Mas até que ponto nos disponibilizamos como o salmista: «Aqui estou, Senhor, para fazer a Vossa vontade» (Sal 40, 7)?

 

  1. O nosso fazer é a epifania do nosso ser. E o nosso fazer revela que o nosso ser ainda está muito cheio de nós. O nosso ser ainda permanece muito «egocentrado», muito «ego-sentado». Precisamos de converter o nosso ser para transformar o nosso fazer. É preciso que estejamos mais à escuta e mais alerta. A oração não é um desperdício, é um investimento, um poderoso — e precioso — investimento. É na oração que aprendemos a não agir em nosso nome, mas em nome de Deus.

O Deus que vem e que fala é também um Deus que mostra, um Deus que Se mostra. Jesus é a mostração de Deus. Muitos já tinham escutado Deus, mas ainda ninguém O tinha visto (cf. Jo 1, 18). Jesus é Aquele que deixa ver Deus. Por isso, ao ver passar Jesus, João Baptista encaminha para Jesus, o «Cordeiro de Deus»(Jo 1, 36). Dois dos discípulos de João seguem logo Jesus e querem entrar imediatamente na Sua intimidade.

 

D. Deus não Se fecha a quem se abre

 

  1. Encontramos aqui o verdadeiro significado de discípulo. Discípulo é mais que aluno. Aluno é aquele que ouve o mestre; discípulo é aquele que vive com o mestre. Daí a preocupação de Jesus em escolher doze para andarem com Ele, para viverem com Ele (cf. Mc 3, 14). Estes dois discípulos de João querem conhecer a morada de Jesus como passaporte para conhecerem a vida de Jesus.

Deus nunca Se fecha a quem se abre. Os discípulos perguntam: «Mestre, onde moras?» (Jo 1, 38). E Jesus responde de imediato: «Vinde ver» (Jo 1, 39). Abrir as portas da casa é abrir as portas da vida. Ficar com Jesus é ficar com Deus, donde vem a vida de Jesus. Daí o uso de um verbo que é típico de São João: o verbo «permanecer». Em Jesus, Deus permanece em nós e nós permanecemos em Deus.

 

  1. O Tempo Comum é o tempo para estar com Jesus e o tempo para, em Jesus, estar com Deus. Sucede que o novo corpo de Jesus tem o nome de Igreja, da qual Ele é a cabeça e nós somos membros. A Igreja é a morada de Jesus hoje. Foi Ele quem o garantiu: «Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos» (Mt 28, 20). Pertencer à Igreja não é fazer parte de uma organização qualquer. A Igreja não tem luz própria nem vida específica. A luz da Igreja é Cristo. A vida da Igreja só pode ser Cristo. Pelo que pertencer à Igreja é pertencer a Cristo. E, neste sentido, convidar as pessoas para pertencer à Igreja é convidar as pessoas para pertencer a Cristo.

Foi, aliás, o que fez André, um dos discípulos de João que seguiu Jesus. Apesar do relativo adiantado da hora — eram quatro horas da tarde —, foi logo ter com seu irmão Simão e trouxe-o até Jesus (cf. Jo 1, 42). E é tal o impacto do encontro de Jesus com Simão que até o nome é mudado para Cefas, que quer dizer Pedro (cf. Jo 1, 42). Nasce assim uma pessoa nova, prenúncio da missão totalmente nova que iria ter num tempo, também ele, inteiramente novo.

 

E. Nunca em «part-time», sempre em «full-time»

 

  1. A missão é, fundamentalmente, isto: quem se deixa encontrar por Jesus é chamado a levar outros até Jesus. Tal é o segredo na Nova Evangelização: sair para convidar outros a entrar.

Ninguém é obrigado a vir. Mas nós temos a obrigação de ir. Não vamos impor, vamos propor. A evangelização é uma proposta que anela por uma resposta. A proposta tem de chegar a todos: aos de perto, que tantas vezes se sentem longe, e aos longe que anseiam ficar mais perto.

 

  1. São Paulo indica que a evangelização não pode ser feita de qualquer maneira. Afinal, a evangelização é para todos, mas não é para tudo. Paulo convida os cristãos a viverem de uma forma consentânea com o chamamento que Deus lhes fez. Um discípulo não pode sê-lo em «part-time», mas sempre em «full-time». Tal como Deus não Se dá parcialmente, mas inteiramente, também nós somos chamados a dar-nos não parcialmente, mas inteiramente.

A vida de um cristão tem de respirar Cristo, tem de saber a Cristo. Se a nossa vida não souber a Cristo, as nossas palavras não atrairão para Cristo. Não tenhamos medo de nos entregar totalmente a Cristo. Quem por Cristo se perde nunca se perderá. E a todos conquistará!

publicado por Theosfera às 05:38

Hoje, 14 de Janeiro (2º Domingo do Tempo Comum), é dia de S. Félix de Nola, Sta. Macrina a Antiga e S. Pedro Donders.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Sábado, 13 de Janeiro de 2018

Hoje, 13 de Janeiro, é dia de Sto. Hilário de Poitiers (eminente Triadólogo e invocado contra as serpentes), S. Gumersindo e S. Serdieu.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Sexta-feira, 12 de Janeiro de 2018

Hoje, 12 de Janeiro, é dia de S. Modesto, S. João de Ravena, S. Bento Biscop, Sto. António Maria Pucci e Sta. Margarida de Bourgeoys.

Um santo e abençoado dia para todos!

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Quinta-feira, 11 de Janeiro de 2018

Hoje, 11 de Janeiro, é dia de Sto. Higino e S. Vital.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Quarta-feira, 10 de Janeiro de 2018

Hoje, 10 de Janeiro, é dia de S. Gonçalo de Amarante, S. Guilherme de Bourges, Sto. Agatão, Sta. Irmã Francisca de Sales Aviat e S. Gregório de Nissa.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Terça-feira, 09 de Janeiro de 2018
  1. Às vezes, parece que nos resignamos a ser meros «cristãos da tarde», caminhando soturnamente para o ocaso.

Quem nos ouve fica com a sensação de que a «noite» é o nosso inevitável (e único) destino. Não haverá lugar para novas «manhãs»?

 

  1. É certo que a Bíblia nidifica, frequentemente, a nossa existência na «tarde» e na «noite».

Mas sempre com vista para a «manhã».

 

  1. Segundo alguns relatos da criação, o mundo não viaja da manhã para a tarde, mas da tarde para a manhã (cf. Gén 1,1-2,4). É por isso que, para Isaías, a função da sentinela é — na noite — anunciar a chegada da manhã (cf. Is 21, 11-12).

Assim sendo, não será missão do crente proclamar que a «noite» vai adiantada e que o «dia» já reluz (cf. Rom 13, 13)?

 

  1. O nosso mal é que, como assinala Ruy Belo, «já não sabemos donde a luz mana».

Portamo-nos como quem perdeu «a luta da fé; não é que no mais fundo não creiamos, mas não lutamos já firmes e a pé».

 

  1. Precisamos, pois, não só de uma «reforma perene» (de que fala o Vaticano II), mas também de um «renascimento contínuo».

Para Christoph Theobald, não basta que a Igreja esteja «em reforma». É fundamental — e cada vez mais urgente — que constituamos uma «Igreja em nascente», uma «Igreja em permanente gestação».

 

  1. Mais do que a preocupação pelas estruturas, o que tem de avultar é a paixão pelo anúncio de Cristo e pela vida em Cristo.

Tendo em conta que muitos já não vêm à procura, é imperioso que nós vamos ao encontro.

 

  1. Christoph Theobald sugere que apostemos numa «pastoral da visitação». Que batamos às portas e que, em casa das pessoas, promovamos a leitura das Escrituras.

Essa será uma oportunidade para propor uma abertura «à dimensão sacramental da fé em Cristo».

 

  1. É vital recuperar a chama, o viço e o encanto dos começos.

Não podemos apresentar a Igreja como se de uma «carcúndia» entorpecida se tratasse.

 

  1. Há que ser original na transmissão da fé.

E tenhamos presente que ser original não é (necessariamente) afastar-se do que tantos fizeram; até pode ser trilhar o que muitos andaram.

 

  1. Afinal, ser original é ser fiel às origens. É transportar o entusiasmo das origens para o nosso tempo.

Nunca envelhecerá quem, em cada momento, for capaz de renascer!

publicado por Theosfera às 11:02

Segunda-feira, 08 de Janeiro de 2018

Hoje, 08 de Janeiro (Festa do Baptismo do Senhor e último dia do Tempo do Natal), é dia de S. Pedro Tomás e S. Severino.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Domingo, 07 de Janeiro de 2018

Ainda criança já todos Te procuram.

Até os grandes se ajoelham diante de Ti.

Porque sabem que, na Tua simplicidade,

és rei, rei de amor e de paz.



Como os magos, também nós aqui estamos

e diante de Ti nos prostramos.



Não trazemos ouro, incenso ou mirra.

Transportamos a pobreza da nossa vida,

a simplicidade dos nossos gestos,

a ternura do nosso amor

e a vontade de estarmos conTigo.



Aceita, pois, Jesus Menino,

os nossos presentes,

o presente da nossa presença.



Tu vieste para nós.

Nós nunca queremos afastar-nos de Ti,

de Ti, que és a luz e a paz.



Tu manifestas-Te a todos.

Vieste à Terra

para seres o salvador e irmão de todos os homens.



Em cada um de nós, Tu encontras uma habitação.

Que nós nunca Te esqueçamos.



Fica sempre connosco.

Nós queremos ficar sempre conTigo,

JESUS!

publicado por Theosfera às 10:41

 

A. Ser Deus é ser fiel

  1. Deus cumpre. Em Deus, tudo se cumpre. Podemos, pois, confiar sempre em Deus. De facto, ser Deus é ser fiel. E ser humano, à imagem de Deus, também devia equivaler a ser fiel. Mas mesmo que o homem não seja fiel, Deus permanece fiel «porque não pode negar-Se a Si mesmo»(2Tim 2, 13). O mistério da Encarnação é, por excelência, um mistério de fidelidade.

Ao longo deste tempo de Natal, ouvimos anunciar que «uma virgem conceberá»(Is 7, 14) e, de facto, a Virgem concebeu (cf. Lc 1, 31-38). Também ouvimos vaticinar que seria de Belém, terra de Judá, que iria sair o Pastor de Israel (cf, Miq 5, 1). E, na verdade, foi em Belém que Jesus nasceu (cf. Mt 5, 1). Acabamos de ouvir falar dos que haviam de vir de longe para cantar as glórias do Senhor (cf. Is 60, 1-6). E eis que o Evangelho nos reporta a vinda de pessoas que, efectivamente, vêm de muito longe procurar o Senhor (cf. Mt 2, 1).

 

  1. Afinal, o Deus que nos procura também Se deixa procurar, o Deus que nos visita também Se deixa visitar, o Deus que vem ao nosso encontro também Se deixa encontrar. Ele vem ao encontro de todos e todos são convidados a ir ao encontro d’Ele: os de perto, como os pastores (cf. Lc 2, 16) e os de longe, como os magos (cf. Mt 2, 1).

Como bem notou S. Paulo, todos, em Cristo Jesus, «pertencem ao mesmo Corpo e beneficiam da mesma Promessa»(Ef 3, 6). Caem pois os muros, só ficam as pontes. Todos estamos ligados a todos através do Pontífice, isto é, d’Aquele que faz as pontes: o próprio Jesus.

 

B. Número, nome e condição dos mago

 

3. O Evangelho, com extrema parcimónia, apresenta-nos «uns magos»(Mt 2, 1). Não refere nem o seu número nem o seu nome. Nem sequer diz que seriam reis, assim chamados talvez pela alusão que o Salmo 72 faz aos reis que viriam pagar tributo e oferecer presentes (cf. Sal 72, 10). A designação de magos não se reporta seguramente a artes mágicas, mas ao estudo dos astros.

Cedo, porém, a tradição entrou em campo. Quanto ao número, foi fácil chegar a três por causa dos presentes que levaram: ouro, incenso e mirra (cf. Mt 2, 11). Ouro porque aquele Menino era Rei, incenso porque aquele Menino era Deus e mirra porque aquele Menino iria ser Mártir. Remontará a esta oferta o costume de dar presentes nesta época natalícia. No que respeita à identidade dos magos, há um evangelho apócrifo arménio, datado do século VI, que refere o nome, a condição e a proveniência. Assim, Baltasar seria rei da Arábia, Gaspar seria rei da Índia e Melchior seria rei da Pérsia. Tal escrito também diz que seriam irmãos e que a viagem que fizeram teria demorado nove meses, chegando a Belém na altura do nascimento de Jesus.

 

  1. É claro que estes dados são fantasiosos, mas o certo é que se tornaram muito populares. Até um homem culto como S. Beda Venerável dá voz, no século VIII, a pormenores que já estariam muito difundidos. Segundo um dos seus escritos, «Melchior era velho de 70 anos, de cabelos e barbas brancas. Gaspar era jovem, de 20 anos, robusto. E Baltasar era mouro, de barba cerrada e com 40 anos».

De acordo com uma tradição medieval, os magos ter-se-iam reencontrado quase 50 anos depois de terem estado com Jesus, em Sewa, na Turquia, onde viriam a falecer. Mais tarde, os seus corpos teriam sido levados para Milão, onde teriam permanecido até ao século XII, quando o imperador alemão Frederico terá trasladado os seus restos mortais para Colónia.

 

C. Um mistério de mostração

 

5. Acerca da estrela que viram, também tem havido não poucos palpites. Muitos têm identificado aquela estrela com o cometa Halley, que foi visto por volta dos anos 12-11 a.C. Também poderia ser uma luz resultante da tríplice conjunção de Júpiter e Saturno na constelação de Peixes, ocorrida em 7 a.C. Há ainda quem fale de uma «nova» ou «supernova», visível por volta dos anos 5-4 a.C.

Esta estrela pode ser vista como um símbolo messiânico insinuado já no livro dos Números, quando o Balaão diz que «um astro procedente de Jacob se torna chefe»(Núm 24,17). Também Isaías garante que «o povo que andava nas trevas viu uma grande luz, uma luz raiou para os que habitavam uma terra sombria»(Is 9, 1).

 

  1. A verdadeira luz é o próprio Jesus. Ele mesmo Se apresentará como a luz do mundo (cf. Jo 8, 12). O Concílio Vaticano II proclama que «a luz dos povos é Cristo». Jesus é uma luz que nunca deixa de brilhar. Mas essa luz só é acessível a olhares lisos e limpos. Só quem for puro e transparente conseguirá ver esta luz. Herodes não viu esta luz porque não queria deixar-se iluminar: estava corroído pela inveja e dominado pelo poder (cf. Mat 2, 7-17).

A Epifania é, toda ela, uma festa de luz, de uma luz que ilumina toda a terra. Esta festa autentica a universalidade da missão de Jesus. Jesus manifesta-Se a todos, dá-Se a conhecer a todos. E a manifestação é essencialmente uma automanifestação. Em Jesus, Deus manifesta-Se a Si mesmo, dá-Se a conhecer a Si mesmo. A Epifania não é, portanto, um mistério de demonstração, mas de mostração. E Deus mostra-Se de uma forma disponível, despojada e encantadoramente humilde.

 

D. Uma festa que chegou a englobar o Natal

 

7. Aliás, é o que depreende do magnífico conto de Sophia de Mello Breyner. Baltasar, em nome dos outros magos, foi consultar os homens da ciência e da política para que lhes dissessem onde estava o «Rei dos Judeus» (cf. Mt 2, 2). Decepcionado com a resposta, virou-se para os homens da religião. É que encontrara um altar dedicado ao «deus dos poderosos», outro ao «deus da terra fértil» e outro ao «deus da sabedoria». Insatisfeito de novo, perguntou aos sacerdotes pelo «deus dos humilhados e dos oprimidos». Resposta dos sacerdotes: «Desse deus nada sabemos». Então Baltasar subiu ao terraço e «viu a carne do sofrimento, o rosto da humilhação». Deus estava ali, o Deus que os sacerdotes desconheciam.

Deus está, desde os começos, nos humilhados e oprimidos (cf. Mt 25, 40). E foram muitos os que, também desde os começos, O encontraram na humildade e entre as vítimas da opressão.

 

  1. Não espantará, assim, que esta seja uma festa muito antiga, mais antiga que o próprio Natal. Aliás, houve uma altura em que a Epifania englobava também a celebração do nascimento de Jesus. De facto, não há notícia de qualquer festa específica do Natal nos três primeiros séculos. A primeira vez que o Natal é mencionado no dia 25 de Dezembro é no ano 354.

Como sabemos, não é conhecido o dia exacto do nascimento de Jesus. S. Clemente de Alexandria indica que uns celebravam o Natal a 28 de Março, outros a 19 ou 20 de Abril, outros a 20 de Maio ou, então, na festa da Epifania. A opção por 25 de Dezembro deveu-se ao facto de, nessa altura, se celebrar em Roma a festa do «Sol invicto». Uma vez que o verdadeiro sol é Cristo, os cristãos optaram por cristianizar esta festa pagã, celebrando nela o nascimento do Salvador.

 

E. Um misto de aceitação, rejeição e indiferença

 

9. No Oriente, criou-se a 6 de Janeiro a festa da Epifania, cujo conteúdo era inicialmente variável conforme as regiões: nascimento de Jesus, bodas de Caná, Baptismo de Jesus. Muito depressa, ainda no século IV, o Ocidente acolheu a festa da Epifania, mas deu-lhe, sobretudo em Roma e no Norte de África, um conteúdo inteiramente novo: a adoração dos magos.

Foi esta evolução que ditou a actual estrutura do Tempo do Natal: Natal a 25 de Dezembro, Epifania a 6 de Janeiro e Baptismo do Senhor no Domingo depois da Epifania. No fundo, entre o Natal e a Epifania há um intercâmbio de significado. Celebra-se o mesmo em ambos os casos: a manifestação de Deus aos homens. No Natal e na Epifania, celebramos portanto a mesma Teofania.

 

  1. Mistério de luz e humildade, a Epifania envolve igualmente um misto de aceitação, indiferença e rejeição. Jesus começa, desde o início, a ser adorado e a ser rejeitado. Diante de Jesus, diferentes personalidades assumem diferentes atitudes, que vão desde a adoração (os magos), até à rejeição total (Herodes), passando pela indiferença. Esta última é a atitude dos sacerdotes e dos escribas, que não se preocupam em ir ao encontro desse Messias que eles bem conheciam dos textos sagrados.

Não basta, com efeito, conhecer Jesus, é fundamental ir ao encontro d’Ele para O anunciar. Uma vez que Ele Se dá totalmente, é de esperar que também nos demos inteiramente. Ele vem para mudar os nossos passos. Por isso é que os magos regressaram à sua terra por outro caminho (cf. Mt 2, 12). Quando nos encontramos com Jesus, que é o caminho (cf. Jo 14, 6), os nossos caminhos são outros. Transformemos, então, a nossa vida. Convertamo-nos Àquele que Se converteu a nós, Àquele que Se fez um de nós. Se Deus veio ao nosso encontro, não deixemos, também nós, de ir ao encontro de Deus. E, em Deus, procuremos ir ao encontro de todos!

publicado por Theosfera às 05:44

Hoje, 07 de Janeiro (Solenidade da Epifania do Senhor e Jornada Mundial da Infância Missionária), é dia de S. Luciano, S. Raimundo de Penhaforte e Sta. Maria Teresa Haze.

Um santo e abençoado dia para todos.

publicado por Theosfera às 00:00

Sábado, 06 de Janeiro de 2018

Hoje, 06 de Janeiro, é dia de Sto. André Bessette e Sta. Rafaela Maria.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Sexta-feira, 05 de Janeiro de 2018

Hoje, 05 de Janeiro, é dia de S. Simeão Estilita, S. Telésfero, S. João Neponucemo, Sta. Maria Repetto e S. Pedro Bonilli.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Quinta-feira, 04 de Janeiro de 2018

Hoje, 04 de Janeiro, é dia de Sta. Isabel Ana Seton e Sta. Ângela de Foligno.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Quarta-feira, 03 de Janeiro de 2018

Hoje, 03 de Janeiro, é dia do Santíssimo Nome de Jesus, S. Fulgêncio de Ruspas, Sta. Genoveva de Paris, Sto. Antero e S. Ciríaco Elias Chavara.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Terça-feira, 02 de Janeiro de 2018

 

    1. O país começa, finalmente, a descobrir os prejuízos trazidos pelo esquecimento do interior.

    Será que nós, cristãos, já estaremos disponíveis para reparar os malefícios provocados por um prolongado desinvestimento no nosso interior?

     

    1. A recente criação de um «Movimento pelo Interior» constitui, desde logo, uma poderosa chamada de atenção.

    Ele faz avultar a percepção de que, com o abandono do interior, não é só o interior que é afectado; é todo o país que se sente atingido.

     

    1. Daí que o «Movimento pelo Interior» tenha sido lançado a pensar não apenas no interior, mas na totalidade do país.

    Ele nasceu não para defender uma parcela territorial, mas — como, aliás, é dito na apresentação — para promover a «coesão» nacional.

     

    1. O país vai-se apercebendo de que não cresce quando a densidade do interior (sobretudo em população) é incomparavelmente menor que a do litoral. Os actuais residentes parecem ser os últimos «resistentes».

    Quando é que nós, cristãos, compreenderemos que a nossa densidade interior continua a ser assustadoramente baixa?

     

    1. Não terá chegado a hora de nós, cristãos, apostarmos também num «Movimento pelo Interior»?

    Já teremos advertido que, sem interior, estamos incompletos e, nessa medida, debilitados?

     

    1. Será que já tomamos consciência de que a missão tem início no Filho que está no interior do Pai (cf. Jo 1, 18)?

    A missão só é inteira quando nos eleva ao interior do Pai e nos leva ao interior dos irmãos.

     

    1. Acontece que a missão que realizamos estaciona, quase sempre, no exterior.

    Não entramos em nós, não entramos nos outros e acabamos por não contribuir para que os outros entrem em nós. Como havemos de ajudar a entrar em Deus?

     

    1. A acção exterior só faz sentido a partir de uma vivência interior.

    Não será que muito do que fazemos é expressão do que não vivemos nem ajudamos a viver?

     

    1. Os nossos ajuntamentos conduzirão sempre ao encontro? A missão nunca é total quando não cuidamos da regeneração espiritual.

    Não correremos o risco de subtrair às pessoas o que as pessoas mais procuram, isto é, «o caminho da interioridade» (Christoph Theobald)?

     

    1. Como alertam Agnès de Matteo e Xavier Amherdt, não permitamos que a pastoral deixe escapar a espiritualidade.

    E tenhamos sempre presente que o mais importante não é o que levamos; é Aquele que ajudamos a encontrar!

publicado por Theosfera às 11:01

Hoje, 02 de Janeiro, é dia de S. Basílio Magno e S. Gregório Nazianzeno.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 05:39

Segunda-feira, 01 de Janeiro de 2018

Estamos a chegar ao fim do início de 2018.

O tempo é um enigma dificilmente decifrável.

O mais distante, afinal, está muito próximo.

O princípio e o fim tocam-se com uma intimidade (quase) intimidante.

Uma fracção de segundo nos trouxe de 2017 para 2018.

A primeira parcela das 365 fatias deste ano já está praticamente consumida.

Como diria Churchill, não é o fim nem o princípio do fim; é apenas o fim do princípio.

Em suma, o fim já começou. Desde o princípio!

publicado por Theosfera às 16:52

Ao colo está um Menino que para cada um sorri e a todos diz: «CoMigo tereis um ano inteiro feliz».

Feliz Ano Novo então. Sempre com Jesus no coração!

Ano Novo.jpg

 

publicado por Theosfera às 13:48

Que ao longo deste ano, que hoje começa

nós queiramos ser

construtores da paz,

peregrinos da esperança,

arautos da Boa Nova,

testemunhas da verdade,

promotores da justiça,

semeadores do perdão,

paladinos da liberdade

e anunciadores da salvação.

 

Que, ao longo deste ano, nos encontres, Senhor,

mais atentos à Tua presença,

mais comprometidos com a Tua Palavra,

mais iluminados pela Tua luz,

mais fortalecidos pelo Teu Espírito

e mais inundados — por dentro e por fora — pela Tua infinita paz!

 

Que tudo isto não seja só o nosso sonho, mas também o nosso projecto.

Não só o nosso desejo, mas também o nosso esforço.

Não só o nosso horizonte longínquo, mas também o nosso empenhamento constante.

 

Pedimos-Te, Senhor,

que a santidade seja o nosso objectivo,

que a fé seja a nossa prioridade,

que a oração seja o ar que absorvemos,

que o silêncio seja a atmosfera que aspiramos

e que o Mandamento Novo seja a nossa eterna Lei!

 

Concede-nos

que o Teu rosto ilumine os nossos olhos,

que a Tua Palavra resplandeça em nossos lábios,

que o Teu exemplo desinstale o nosso ser

e que a Tua Vida transforme a nossa própria vida!

 

A Ti, Senhor, queremos agradecer,

em Ti, Senhor, queremos permanecer,

conTigo, Senhor, queremos gritar:

 

«Nunca mais a guerra!

Nunca mais o ódio!

Nunca mais a violência e a injustiça!».

 

Contamos conTigo,

conta connosco também

para fazermos deste ano

um passo em frente

na construção de um mundo melhor,

de um mundo onde não haja grandes nem pequenos,

onde todos se sintam irmãos,

onde só Tu sejas Senhor,

pois o Teu senhorio

é a garantia mais segura

de que a humanidade

ainda pode ser uma única família,

um imenso povo de irmãos!

publicado por Theosfera às 11:39

Senhora do Ano Novo,

olha por este Teu povo.

Acompanha-nos a cada instante,

com o Teu amor fiel, constante.

 

Senhor do Ano Bom,

enche os nossos ouvidos com o Teu som,

com o som do Teu sim,

com o Teu amor sem fim.

 

Senhora de cada dia,

acende em nós a alegria.

Transforma-nos por inteiro

desde o início de Janeiro.

 

Todo o ano será diferente

na vida de toda a gente

se nos guiarmos pelo brilho

da luz que é Teu Filho.

 

Senhora da vida nova,

o nosso coração renova.

Que nunca de Te louvar nos cansemos

e que a Tua bondade imitemos.

 

Do corpo de Teu Filho

cada um de nós é membro.

Que o Seu Evangelho nos guie

dia a dia, até Dezembro.

 

Senhora do silêncio,

que tudo guardas no coração.

Ensina-nos a vencer o mal

e a crescer na mansidão.

  

Senhora que nos assistes

nas horas alegres e nos momentos tristes,

afaga-nos com a Tua mão,

sê para todos amparo e consolação.

 

Pedimos-Te não só saúde,

conforto e prosperidade.

Rogamos que a nossa vida mude

e que prospere sobretudo em santidade.

 

Senhora da compaixão,

Mãe do amor e do perdão,

aconchega os que estão sós,

os que, de tanto soluçar, ficam sem voz.

 

Senhora silenciosa,

ouve a nossa prece dolorosa:

que acabe de vez a guerra,

que venha a paz para toda a terra!

publicado por Theosfera às 11:35

 

 

A. Não comecemos a desistir e nunca desistamos de começar

  1. Nestas alturas, é praticamente impossível ser original. Como notava Terêncio, «não se diz nada que já não tenha sido dito». As palavras parecem sempre velhas, mesmo quando falam do que é novo. Que esperar, então, do ano novo?

Após os desejos habituais, eis que nos preparamos para as amargas desilusões de sempre. À primeira vista, já nenhum ano parece ser novo. A própria palavra «novo» é bem antiga. Há quantos séculos não anda a humanidade a desenhar promessas de novidade?

 

  1. Por vezes, a vontade de desistir é grande. Mas é precisamente por isso que a determinação de persistir tem de ser ainda maior. Afinal e como dizia Sto. Agostinho, «é quando parece que tudo acaba que tudo verdadeiramente começa». Na vida, são muitas as situações em que tudo parece que vai acabar. Na vida, são muitos os momentos em que temos de ganhar forças para recomeçar.

O início de um ano sinaliza que a vida é um recomeço constante. Há 12 meses, também estávamos a começar um ano. Há 24 e há 36 meses, estávamos igualmente a começar outros anos. O que jamais podemos é desistir: não comecemos a desistir e nunca desistamos de começar.

 

B. Um dia para Jesus, um dia com Maria

 

    1. Começamos cada ano com os ouvidos a captar os ecos do Natal. Aliás, hoje ainda é Dia de Natal. Como sabemos, cada dia tem 24 horas. Mas há um dia — em Outubro — com 25 e outro dia — em Março — com 23 horas. E, depois, há o dia de Páscoa e este dia de Natal, com 192 horas. Não é engano, é a verdade. O Natal, como a Páscoa, é um dia com 192 horas. É um dia que se estende por oito dias, até hoje, 01 de Janeiro. A este dia com oito dias chama-se Oitava. É por isso que nunca deveríamos perguntar, como certamente perguntamos nos últimos dias, «Como foi o teu Natal?» ou «Como foi esse Natal?». É que, de facto, o Natal não «foi», o Natal «é», o Natal nunca deixa de ser. O Natal é uma manhã sem ocaso, é um começo sem fim.
Como acabamos de escutar, foi na Oitava do Natal — ou seja, oito dias após o Seu nascimento — que o Menino recebeu o nome de Jesus (cf. Lc 2, 21). Daí que, durante muitos anos, este fosse também o dia da festa do Santíssimo Nome de Jesus. Entretanto, o Tempo Litúrgico do Natal não acaba nesta Oitava. Ele só termina com a festa do Baptismo do Senhor, que este ano ocorrerá a 08 de Janeiro. Mas, no fundo, é sempre tempo de Natal. O Natal está no tempo para que possa estar na vida, para que possa estar na nossa vida no tempo.

 

  1. É, então, a Jesus que entregamos este nosso novo percurso no tempo, que queremos percorrer também na companhia de Maria, que tudo — e a todos — guarda em Seu coração (cf. Lc 2, 19). Com D. António Couto, saudámo-La, hoje, como «Senhora e Mãe de Janeiro, do Dia Primeiro e do Ano inteiro». Diante d’Ela nos sentimos «tão cheios de coisas e tão vazios de nós mesmos e de humanidade e divindade» Apesar de nos faltar muita coisa, ainda temos bastante. Falta-nos, porém, o essencial: «a simplicidade e a alegria» de Maria. Mas Maria está connosco, está connosco como Mãe.

Hoje ocorre a solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus. Sendo Mãe de Cristo e sendo Cristo o Filho de Deus, os cristãos cedo perceberam que Maria era Mãe de Deus. Não era só Mãe do homem Jesus, mas Mãe do Filho de Deus que encarnou em Jesus. O Concílio de Éfeso oficializou esta doutrina em 431. S. Cirilo de Alexandria já tinha tornado tudo muito claro: «Se Nosso Senhor Jesus Cristo é Deus e se a Virgem Santa O deu à luz, então Ela tornou-Se a Mãe de Deus».

 

C. A paz tem um nome: Jesus

 

5. Foi por Maria que Jesus veio até nós. Será sempre com Maria que nós iremos até Jesus. Aquela que nos dá Jesus é sempre a melhor condutora para irmos ao encontro de Jesus. Façamos, portanto, como os pastores. Como os pastores, corramos (cf. Lc 2, 16). Procuremos ir depressa, sem demora, ao encontro de Jesus. O encontro com Jesus terá de ser sempre a prioridade da nossa vida e o centro da missão na vida.

Em Jesus, oferecido por Maria, encontramos o que mais procuramos para nós e o que mais desejamos para o mundo: a paz. Jesus não é apenas o portador da paz. Ele próprio é a paz hipostasiada. Aliás, é assim que o Messias é descrito por Miqueias: «Ele será a paz»(Miq 5, 5). Isaías apresenta o Menino «que nos nasceu» como o «príncipe da paz»(Is 9, 6). Por sua vez, os salmos apontam os tempos messiânicos como sendo marcados por uma grande paz (cf. Sal 72, 7).

 

  1. Não espanta, por isso, que, no século V, S. Leão Magno tenha dito que «o nascimento de Cristo é o nascimento da paz». De facto e como reconhece S. Paulo, Cristo «é a nossa paz»(Ef 2, 14). É aquele que derruba todos os muros de separação e que de todos os povos faz um só povo (cf. Ef 2, 14). Trata-se de uma paz única, sem paralelo. O próprio Jesus viria a dizer que a Sua paz era diferente: «Deixo-vos a paz, dou-vos a Minha paz; não vo-la dou como o mundo a dá»(Jo 14, 27).

É neste sentido que o Concílio Vaticano II recorda que a paz é muito mais do que a mera ausência de guerra. De resto, a ausência de guerra é, muitas vezes, ocupada com a preparação para a guerra. A paz é mais do que «pax», que, segundo os antigos romanos, resultava da negociação entre as partes desavindas. As partes continuavam desavindas, apenas não entravam em conflito. Semelhante é o conceito veiculado pelo grego «eirene». A paz, para os gregos da antiguidade, é uma tentativa de harmonia entre forças contrárias. As forças permanecem contrárias, unicamente não avançam para o combate.

 

D. Para estar no mundo, a paz tem de estar em cada pessoa

 

7. O hebraico «shalom» contém muito mais. A paz, aqui, é anterior a qualquer esforço humano. É um dom de Deus que faz o homem sentir-se completo, integral. É por isso que a paz só estará no mundo se estiver em cada pessoa que há no mundo. Antes da negociação, é fundamental pugnar pela conversão à paz. Jesus, no Sermão da Montanha, considera felizes os construtores da paz. Só eles serão «chamados filhos de Deus»(Mt 5, 9).

Importa perceber que o primeiro sinal de Deus é a paz. Quando Deus vem à terra em forma de criança, os enviados celestes entoam um cântico que diz tudo: «Glória a Deus nas alturas e paz na terra» (Lc 2, 14). A paz desponta, assim, como o grande indicador de que Deus já está entre nós.

 

  1. Desde 1968, o dia de ano novo tornou-se também o Dia Mundial da Paz. Pretendia Paulo VI colher inspiração na invocação que, neste dia, se faz de Jesus e de Maria: «Estas santas e suaves comemorações devem projectar a sua luz de bondade, de sabedoria e de esperança sobre o modo de pedirmos, de meditarmos e de promovermos o grande e desejado dom da paz, de que o mundo tem tanta necessidade». Com aquele grande Papa, pedimos para que «seja a paz, com o seu justo e benéfico equilíbrio, a dominar o processamento da história no futuro».

Para 2018, assinalando o 51º Dia Mundial da Paz, o Papa Francisco propõe um tema de suma pertinência: «Migrantes e refugiados, homens e mulheres em busca de paz». Não esqueçamos que a Sagrada Família também experimentou o desterro. Jesus, Maria e José também foram refugiados. É por isso que não podemos ser indiferentes à situação dos mais de 22 milhões de refugiados que há no mundo. Do mesmo modo, temos de olhar para os 250 milhões de migrantes espalhados pela terra. Muitos deles são portugueses. Ninguém pode ser considerado estrangeiro. Deus não entregou uma pátria aos seus cidadãos; Deus entregou a terra (toda a terra) aos homens (a todos os homens). Neste sentido e como recomenda o Santo Padre, é urgente que saibamos acolher, proteger, promover e integrar todas pessoas. Venham donde vierem, são nossos irmãos.

 

E. Antes de mais, importa atingir o zero

 

9. Afinal, ainda há aspectos onde nem sequer atingimos o «grau zero» de humanidade. Ainda há aspectos onde nos encontramos abaixo de zero. E abaixo de zero, tudo é negativo, tudo é negação. Como pode haver paz no mundo se no mundo não há justiça nem respeito pela dignidade humana? Temos, pois, um longo caminho a percorrer. Temos muito que fazer ou, como diria Sebastião da Gama, «temos muito que amar».

Diante dos que vaticinam o iminente fim da história, é importante começar com urgência uma história de re-humanização do mundo. Sim, porque a humanidade ainda consegue ser muito não-humana, muito desumana. Para re-humanizar o mundo, diria que duas são as coisas que têm de acabar já: a guerra e a fome. Consequentemente, duas têm de ser as coisas que importa assegurar desde já: paz para todos e pão para cada um. Para re-humanizar cada pessoa que há no mundo, duas são também as coisas a que urge pôr fim: egoísmo e violência. E duas serão igualmente as coisas que é imperioso introduzir: solidariedade e educação.

 

  1. Neste início de ano, acolhamos o olhar com que Deus nos presenteia e a paz que Ele benevolamente nos concede (cf. Núm 6, 26). Não esqueçamos que o lugar onde a paz mais se decide é o nosso interior. Se o nosso interior não for indiferente, o nosso exterior começará a ser diferente. E a verdadeira novidade descerá à terra.

O novo ano pode nem ser melhor, mas nós podemos ser melhores no ano novo. Não é o ano novo que faz a vida nova. Só uma vida nova fará o ano novo. Só uma vida nova trará o tempo novo, o mundo novo!

publicado por Theosfera às 05:47

Hoje, 01 de Janeiro (início de um novo ano e dia mundial da paz), é dia de Santa Maria, Mãe de Deus, S. Vicente Maria Strambi e S. José Maria Tomasi.

Um santo e abençoado dia de Natal para todos!

publicado por Theosfera às 01:05

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