Hoje, 31 de Janeiro, é dia de S. João Bosco, S. Pedro Nolasco e Sta. Marcela.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 31 de Janeiro, é dia de S. João Bosco, S. Pedro Nolasco e Sta. Marcela.
Um santo e abençoado dia para todos!
Não basta, com efeito, exaltar a comunhão. É urgente fazer tudo para nunca ferir a comunhão e para estar sempre em comunhão.
Distorcemos a comunhão quando a identificamos apenas como uma obrigação dos outros, esquecendo que ela é igualmente um dever nosso. E encolhemos a comunhão quando a circunscrevemos ao nosso movimento, à nossa espiritualidade.
Que esforço de comunhão existirá da nossa parte para com os outros?
Afinal, até onde vai a nossa comunhão?
A comunhão terá de ser apenas com os consensuantes? Não deverá ser também — e ainda mais — com os discrepantes?
Mas que disponibilidade temos para dar passos de comunhão em direcção àqueles que se mantêm ausentes?
E se eles não estão em comunhão connosco, será que nós devemos neutralizar toda e qualquer comunhão para com eles?
Não precisarão, antes, de uma mão que se lhes estenda?
Que fazemos para nos aproximarmos de grupos diferentes?
Aprendamos com o Seu «know-how» eclesial. Jesus é o maior perito em comunhão. Ele não coloca ninguém de lado. Vai mesmo ao ponto de deixar quem já está dentro para ir ao encontro dos que ainda estão perdidos, lá fora (cf. Lc 15, 4-7). Estaremos prontos, como Ele, para bater a todas as portas (cf. Ap 3, 20)?
Hoje, 30 de Janeiro, é dia de Sta. Jacinta Mariscotti, Sta. Bertilda e Sta. Martinha.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 29 de Janeiro, é dia de S. Julião, Sta. Bassilissa, S. Constâncio, S. Gildas o Sábio, S. Sulpício Severo, Sta. Arcângela Girlani, Sto. Aquilino e Sta. Boleslava Lament.
Um santo e abençoado dia para todos!
Ainda há pouco, ouvimos o Evangelho
e daqui a pouco vamos para o mundo viver o Evangelho.
O Evangelho é a nossa vida,
o nosso trabalho, o nosso ser.
«Ai de mim se não anunciar o Evangelho!».
Este é o grito de S. Paulo.
Esta há-de ser a nossa preocupação.
Que o Evangelho seja a nossa respiração,
o nosso acordar, o nosso viver e o nosso entardecer.
Leva-nos para o mundo, Senhor,
semear o Evangelho da esperança,
o Evangelho da justiça
e o Evangelho da paz.
Cura-nos, Senhor, da nossa febre,
como curaste a febre da sogra de Simão.
Que não haja nada nem ninguém a impedir-nos
de fazer do Evangelho a estrela do nosso firmamento,
a cintilar nos passos do nosso caminho.
Ajuda-nos, Senhor,
a ser eco do Teu Evangelho,
a levarmos a todos
a Tua presença de amor,
JESUS!
A. A orar antes de o dia começar
Refira-se, a propósito, que Cafarnaum («aldeia de Naum») situava-se a norte do mar da Galileia. Era uma espécie de cidade adoptiva de Jesus, a Sua residência mais frequente e o local de tantas maravilhas por Ele realizadas. Não espanta, pois, que Cafarnaum fosse vista como «a Sua cidade» (Mt 9, 1). Era lá que Jesus Se sentia em casa (cf. Mc 2, 1).
2. Ficamos, assim, a saber que dia-a-dia de Jesus era composto, basicamente, por quatro actividades: 1) oração; 2) acolhimento; 3) ajuda aos mais necessitados e 4) ensino. São estas as principais ocupações de Jesus. Pelo que hão-de ser estas também as ocupações de todo o discípulo de Jesus.
No começo de tudo, está a oração. A oração vem logo no início do dia ou até antes do início, pois Jesus começa a orar antes de o dia começar. Ele começa o dia de madrugada, «ainda muito escuro», num lugar solitário, em oração (cf. Mc 1, 35). Depois da oração pessoal, vem a oração comunitária. Jesus aparece na sinagoga para rezar em comunidade. Nem a oração pessoal dispensa a oração comunitária nem a oração comunitária dispensa a oração pessoal. As duas requerem-se, postulam-se e abastecem-se. A oração comunitária nasce da oração pessoal e a oração pessoal alimenta a oração comunitária.
B. Novas não eram as palavras; nova era a vida
3. A sinagoga, que significa «assembleia reunida», é o lugar de encontro por excelência da comunidade judaica. Aqui se fazia a profissão de fé (cf. Deut 6, 4-9). Aqui se proclamavam os textos da Lei e dos Profetas. Vinha, depois, a explicação dos textos, uma espécie de homilia. Seguiam-se as bênçãos. Como qualquer israelita cumpridor da Lei, Jesus frequentava a sinagoga. Foi na sinagoga que Jesus deu início à Sua missão e foi na sinagoga que ensinou muitas vezes. Aliás, os apóstolos farão o mesmo mais tarde (cf. Act 13, 14-44).
Desta forma, Jesus leva o novo ao antigo. Ele é o novo que renova o antigo. Como refere o Apocalipse, Jesus é aquele que faz novas todas as coisas (cf. Ap 21,5). Não ignora — nem subestima — o antigo. Pelo contrário, Jesus vai ao encontro do antigo para o renovar, para o completar, para o levar à plenitude.
Jesus preocupou-Se sempre mais com o porte do que com a pose, mais com a verdade do que com a mera aparência. São Marcos não se esquece de vincar que «Jesus ensinava como quem tem autoridade» (Mc 1, 22), em total contraste com os doutores da Lei. Estes eram mestres, mas sem dar testemunho. E, já naquele tempo, a humanidade (como notou Paulo VI) seguia mais as testemunhas que os mestres.
C. Jesus tem sempre sabor a novidade
Percebe-se, então, que Jesus fosse uma autêntica lufada de ar fresco, sacudindo o bafio das atitudes incoerentes dos que alardeavam uma sabedoria sem vivência no dia-a-dia.
O que vinha de Jesus soava a diferente e sabia a novo. Daí o efeito da Sua presença e a eficácia da Sua palavra. A palavra de Jesus não é meramente indicativa; é uma palavra performativa: diz o que realiza e realiza o que diz. Diz ao «espírito impuro» para sair do homem que entretanto aparecera na sinagoga e o «espírito impuro» sai imediatamente (cf. Mc 1, 25-26).
D. Em Cristo, nenhum poder será capaz de nos vencer
Só Deus, com o Seu poder absoluto, era capaz de vencer estes «espíritos». Acontece que os ritos para invocar a libertação de Deus eram muito demorados. Daí o espanto quando as pessoas vêem Jesus resolver tudo com uma única frase: «Cala-te e sai desse homem» (Mc 1, 25).
Não nos preocupemos, pois, com os «espíritos». Não há nada — nem ninguém — mais forte que Jesus. Ele veio para nos libertar. Se Ele está por nós, alguém terá qualquer poder contra nós? (cf. Rom 8, 31). Até pode haver quem esteja contra nós. Mas, quando estamos com Cristo, nenhum poder será capaz de nos vencer.
E. No nosso coração, a Sua salvação
É esta a novidade que dá sentido à nossa vida de cada dia. Ao contrário do que se ouve por aí, o profeta não é aquele que adivinha o futuro; é, sim, aquele que anuncia um sentido para o presente. Mas o profeta não tem discurso próprio. Deus põe na boca do profeta as Suas palavras para que ele diga sempre — e apenas — o que lhe mandar (cf. Deut 18, 18).
Nada nos pacifica tanto como ser fiel. As adversidades podem ser grandes, mas o Deus sempre fiel é imensamente maior. E Deus ajuda-nos a sermos fiéis: a sermos fiéis a Deus, a sermos fiéis às pessoas e a sermos fiéis aos compromissos para com Deus e para com as pessoas. Escutemos sempre a voz de Deus. E nunca Lhe fechemos o nosso coração (cf. Sal 95, 8). É até ao mais fundo do nosso coração que chegará a Sua salvação!
Hoje, 28 de Janeiro (Quarto Domingo do Tempo Comum), é dia de S. Tomás de Aquino e S. Valério.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 27 de Janeiro, é dia de Sta. Ângela Merici, S. Feliciano, Sto. Henrique de Ossó y Cervelló e S. Jorge Matulaitis-Matusewic.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 26 de Janeiro, é dia de S. Timóteo, S. Tito, S. Roberto, Sto. Alberico, Sto. Estêvão (abade) e S. Miguel Kosal.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 25 de Janeiro (oitavo e derradeiro dia do Oitavário de Oração pela Unidade dos Cristãos), é dia da Conversão de S. Paulo, S. Projecto, S. Marinho e Sta. Maria Gabriela Saggedu. Faltam 11 meses para o Natal do Senhor.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 24 de Janeiro (7º dia do Oitavário de Oração pela Unidade dos Cristãos), é dia de S. Francisco de Sales, S. Macedónio e S. Tiago Giaccardo.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 23 de Janeiro (6º dia do Oitavário de Oração pela Unidade dos Cristãos), é dia de Sto. Ildefonso, S. João Esmoler, Sta. Josefa Maria e Sto. Henrique Suzo.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 22 de Janeiro (5º dia do Oitavário de Oração pela Unidade dos Cristãos), é dia de S. Vicente, S. Gualter de Bruges, S. Vicente Palloti, S. José Nascimbeni e Sta. Laura Vicunha.
Um santo e abençoado dia para todos!
Obrigado, Senhor,
pelo Teu sorriso desta manhã,
pela Tua esperança deste Domingo.
Tu és o profeta esperado,
o Salvador querido,
o amor realizado.
Tu vences o mal
sem Te deixares contaminar pelo mal.
Tu és o sorriso que emoldura as nossas lágrimas
e suaviza, com torrentes de bondade, a nossa dor.
A Tua fama Se espalha.
Todos ficam admirados com a Tua autoridade,
uma autoridade que vem do amor,
uma autoridade humilde que nunca humilha.
Também nós, hoje, ficamos assombrados
e admirados com a Tua presença.
Tu és o supremo milagre
e o permanente sorriso de Deus.
Obrigado, Senhor, pelas maravilhas do Teu amor,
pelo eco da Tua paz.
Obrigado por seres a alavanca do nosso existir.
Obrigado, Senhor.
Obrigado, JESUS!
A. Na companhia de Jesus
Jesus anuncia que o Reino de Deus está próximo, propõe uma mudança de vida e convida-nos a segui-Lo. Todos não somos demais na tarefa evangelizadora. Jesus quer que estejamos em toda a parte, que trabalhemos em todo o tempo e que cheguemos a toda a gente (cf. Mt 28, 16-20). Por conseguinte, a evangelização nunca está terminada nem, alguma vez, pode ser dada por concluída. Nenhum tempo pode ser perdido, nenhum contributo pode ser desperdiçado.
Que falta sentimos nós, hoje, de boas notícias, de felizes notícias! Nestes tempos nocturnos, predominam notícias soturnas. Nestes dias cinzentos, continuam a prevalecer notícias pesadas. Importa, por isso, ter presente que a Igreja é depositária das boas notícias de Deus, trazidas por Jesus.
B. O Evangelho chega aonde chegarem os evangelizadores
É esta a notícia que nos foi confiada. Trata-se de uma notícia que não é tanto para plantar nos jornais ou nas televisões, mas para gravar no coração de cada pessoa. Não esqueçamos que o Evangelho está escrito em forma de livro para ser permanentemente inscrito em forma de vida. É da vida que brota o Evangelho. É na vida que há-de fermentar sempre o Evangelho.
A chegada do evangelizador tem de ser a chegada do Evangelho. Assim sendo, o evangelizador também tem de ser evangelizado. É por isso que evangelizar não é o primeiro passo do evangelizador; é o segundo. O primeiro passo do evangelizador é deixar-se evangelizar. Só pode ajudar a converter a Cristo quem se deixa converter por Cristo.
C. Evangelizar é — essencialmente — felicitar
Por aqui se vê como Jesus nunca é um tempo esgotado até porque, em Si mesmo, Ele é inesgotável. Jesus é a última e plena notícia de Deus para o homem.
O mundo tem o direito de saber que Deus é o maior investidor na felicidade do homem. Ele apostou o melhor que tinha — o próprio Filho (cf. Jo 3, 16) — na felicidade de todos os homens. Evangelizar é, pois, felicitar, semear felicidade.
D. Mudar (também) é para nós
Este apelo de Jesus pressupõe que há muito a mudar na nossa vida. Se tudo estivesse bem, para quê mudar, para quê convertermo-nos? Habitualmente — e quase por instinto —, propendemos a achar que a mudança é para os outros. É verdade que os outros têm de mudar. Mas será que nós poderemos continuar na mesma?
Deus não deixa ninguém de fora deste apelo à conversão. Podemos mesmo dizer que Ele é o Deus das «novas oportunidades», o Deus de «todas as oportunidades». As primeiras leituras falam-nos de duas cidades (Nínive e Corinto) onde a corrupção moral era grande. Mesmo assim, Deus não desiste, Deus insiste. Através de Jonas, Deus chama os habitantes de Nínive à conversão. Através de Paulo, o mesmo Deus convida os habitantes de Corinto à mudança.
E. Seguir Jesus tem de estar acima de tudo
Jesus dá-nos todas as condições para escutarmos o Seu anúncio e para oferecermos uma resposta à Sua proposta. Ele indica-nos o caminho a seguir. O caminho é Ele próprio: «Eu sou o Caminho» (Jo 14, 6). Deste modo, convida-nos a segui-Lo como convidou Simão e André, Tiago e João: «Vinde atrás de Mim» (Mc 1, 16).
Seguir Jesus está acima de tudo. Já São Bento tinha esta prioridade muito vincada quando proclamou: «Nada — absolutamente nada — anteponham a Cristo». Na nossa vida, o lugar de Cristo tem de ser o lugar primeiro e o lugar central. Como não dar tudo a quem se nos dá sempre? Não tenhamos medo de nos dar. Deus é generoso em retribuir. Ele recompensa sempre «cem vezes mais» (Mt 19, 29)!
Hoje, 21 de Janeiro (3º Domingo do Tempo Comum e 4º dia do Oitavário de Oração pela Unidade dos Cristãos), é dia de Sta. Inês e S. Pátroclo.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 20 de Janeiro (3º dia do Oitavário de Oração pela Unidade dos Cristãos), é dia de S. Fabião, S. Sebastião (padroeiro principal da Diocese de Lamego), Sto. Eustóquio Calafato e S. José Freinademetz.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 19 de Janeiro (2º dia do Oitavário de Oração pela Unidade dos Cristãos), é dia de S. Germânico, S. Canuto, S. Mário, S. Tiago Sales e seus Companheiros e S. Marcelo Spínola Maestre.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 18 de Janeiro (1º dia do Oitavário de Oração pela Unidade dos Cristãos), é dia de Sta. Margarida da Hungria, S. Liberto ou Leobardo, Sta. Prisca ou Priscilla e S. Jaime Cosán.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 17 de Janeiro, é dia de Sto. Antão e Sta. Rosalina de Villeneuve.
Um santo e abençoado dia para todos!
Pessoalmente, tenho dado comigo a pensar se nós, cristãos, não andamos, muitas vezes, a «partir» Cristo.
Ao «Cristo partido» (celebrizado num conhecido livro de Ramón Cué) faltavam alguns membros. Ao Cristo que nós «partimos» não faltam «feridas» em muitos dos seus membros.
Fazendo nós parte de Cristo, não estaremos — com as nossas divisões — a concorrer para «partir» o Seu corpo?
As nossas representações «hemiplégicas» acabam por exibir um Cristo «mutilado», «encolhido», «fragmentado».
O certo é que muitas discussões absolutizam tanto um determinado aspecto de Cristo que praticamente excluem outras dimensões do mesmo Cristo.
Ouvindo uns, Cristo é justiça sem perdão. Escutando outros, Cristo é perdão sem justiça. Uns acham que Cristo é lei. Outros entendem que Cristo é a anulação de todas as leis.
Para outros, Cristo é unicamente futuro, sem qualquer lugar para a tradição.
Para uns, Cristo é só liturgia, sem intervenção social. Para outros, Cristo é exclusivamente intervenção social, sem liturgia.
Como facilmente se pode depreender, o mal não está no que se afirma, mas no que se rejeita.
Afinal, Cristo conta com cada um de nós. Todos temos o dever de O «repartir». O que ninguém jamais terá é o direito de O «partir»!
Hoje, 16 de Janeiro, é dia de S. Berardo e seus Companheiros, S. Marcelo e S. José Vaz.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 15 de Janeiro, é dia de Sto. Amaro, S. Plácido, S. Luís Variara, Sto. Arnaldo Jansen, S. Paulo Eremita, S. Remígio e S. Macário o antigo.
Um santo e abençoado dia para todos!
Neste momento de louvor
de louvor porque estamos em Eucaristia
e de louvor porque, dentro da Eucaristia, estamos em acção de graças
nós Te bendizemos, Senhor,
por esta tocante celebração
que, mais uma vez, presencializa a Tua presença no mundo,
que, mais uma vez, actualiza a Tua entrega na história
e que, mais uma vez, sinaliza o Teu imenso amor no coração de cada homem.
Mas não queremos, Senhor,
que a Eucaristia seja um momento com princípio e fim.
Queremos, sim, que a Eucaristia envolva toda a nossa vida:
do princípio até ao fim.
Queremos que a Missa gere Missão,
modelando todas as fibras do nosso interior
e lubrificando todas as vértebras da nossa alma.
Por conseguinte, que à Eucaristia sacramental suceda sempre a Eucaristia existencial,
para que nada no nosso ser fique à margem desta grande celebração.
Neste dia, o nosso coração entoa um canto de louvor a Ti, Pai,
que, pelo Teu Filho e pelo Teu Espírito,
nos tocas permanentemente
como se fossem as Tuas mãos delicadas a afagar-nos com carícias etéreas.
Faz de nós testemunhas do Evangelho,
com a mesma intrepidez,
com igual disponibilidade
e sobretudo com idêntica generosidade.
Que nos disponhamos a ser pão
que os outros possam comer.
Que o «ide em paz» ressoe, para nós,
não como uma despedida,
mas como um incessante envio.
Que, pelo nosso testemunho e pela nossa humildade,
todos tenham acesso ao Pão da Vida,
ao Pão do Amor,
ao Pão da Solidariedade,
ao Pão da Paz e da Esperança,
ao Pão que és Tu, Senhor,
e que, através de nós, chegue ao mundo inteiro!
A. Deus também é peregrino do homem
Muito se tem falado, nos últimos tempos, no silêncio de Deus. São, de facto, muitas as vezes em que Deus está em silêncio. Mas isso não quer dizer que Deus não fale. Deus fala, quase sempre, em silêncio. Pelo que só em silêncio poderemos escutá-Lo. O problema não é, pois, Deus ser silencioso. O problema é Deus estar a ser (por nós) silenciado.
2. A contínua atenção de Deus esbarra, quase sempre, com a permanente desatenção do homem. O nosso Deus é um «Deus falante» e, mais concretamente, um «Deus chamante». Deus vem sempre ao nosso encontro e nunca deixa de nos interpelar.
Deus vem quando estamos acordados e vem — ainda mais — para nos acordar quando, como sucedeu a Samuel, estamos a dormir (cf. 1Sam 5, 3). Deus é o despertador da sonolência em que, tantas vezes, nos deixamos cair. Quando procuramos Deus, verificamos que já Deus nos tinha procurado. Quando vamos ao encontro de Deus, notamos que já Deus nos tinha encontrado. No fundo, não é apenas o homem que se torna peregrino de Deus. Deus também Se torna peregrino do homem.
B. Que espaço damos a Deus?
Como notou Edward Schillebeeckx, «o homem é a palavra de que Deus Se serve para escrever a Sua história». De dia ou de noite, importa estar atento. Um crente não pode ter as portas fechadas. As portas de um crente têm de estar sempre abertas.
Hoje, as pessoas sentem necessidade de falar, mas não têm grande vontade de escutar. Como todos estão ocupados a falar, como há-de haver disponibilidade para escutar? Resultado: nunca se falou tanto, mas nunca se terá comunicado tão pouco.
C. O primeiro passo: escutar
A missão de Samuel nasce da oração de Samuel, da escuta de Samuel. Os nossos lábios até repetem muitas vezes «seja feita a Vossa vontade» (Mt 6, 10). Mas até que ponto nos disponibilizamos como o salmista: «Aqui estou, Senhor, para fazer a Vossa vontade» (Sal 40, 7)?
O Deus que vem e que fala é também um Deus que mostra, um Deus que Se mostra. Jesus é a mostração de Deus. Muitos já tinham escutado Deus, mas ainda ninguém O tinha visto (cf. Jo 1, 18). Jesus é Aquele que deixa ver Deus. Por isso, ao ver passar Jesus, João Baptista encaminha para Jesus, o «Cordeiro de Deus»(Jo 1, 36). Dois dos discípulos de João seguem logo Jesus e querem entrar imediatamente na Sua intimidade.
D. Deus não Se fecha a quem se abre
Deus nunca Se fecha a quem se abre. Os discípulos perguntam: «Mestre, onde moras?» (Jo 1, 38). E Jesus responde de imediato: «Vinde ver» (Jo 1, 39). Abrir as portas da casa é abrir as portas da vida. Ficar com Jesus é ficar com Deus, donde vem a vida de Jesus. Daí o uso de um verbo que é típico de São João: o verbo «permanecer». Em Jesus, Deus permanece em nós e nós permanecemos em Deus.
Foi, aliás, o que fez André, um dos discípulos de João que seguiu Jesus. Apesar do relativo adiantado da hora — eram quatro horas da tarde —, foi logo ter com seu irmão Simão e trouxe-o até Jesus (cf. Jo 1, 42). E é tal o impacto do encontro de Jesus com Simão que até o nome é mudado para Cefas, que quer dizer Pedro (cf. Jo 1, 42). Nasce assim uma pessoa nova, prenúncio da missão totalmente nova que iria ter num tempo, também ele, inteiramente novo.
E. Nunca em «part-time», sempre em «full-time»
Ninguém é obrigado a vir. Mas nós temos a obrigação de ir. Não vamos impor, vamos propor. A evangelização é uma proposta que anela por uma resposta. A proposta tem de chegar a todos: aos de perto, que tantas vezes se sentem longe, e aos longe que anseiam ficar mais perto.
A vida de um cristão tem de respirar Cristo, tem de saber a Cristo. Se a nossa vida não souber a Cristo, as nossas palavras não atrairão para Cristo. Não tenhamos medo de nos entregar totalmente a Cristo. Quem por Cristo se perde nunca se perderá. E a todos conquistará!
Hoje, 14 de Janeiro (2º Domingo do Tempo Comum), é dia de S. Félix de Nola, Sta. Macrina a Antiga e S. Pedro Donders.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 13 de Janeiro, é dia de Sto. Hilário de Poitiers (eminente Triadólogo e invocado contra as serpentes), S. Gumersindo e S. Serdieu.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 12 de Janeiro, é dia de S. Modesto, S. João de Ravena, S. Bento Biscop, Sto. António Maria Pucci e Sta. Margarida de Bourgeoys.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 11 de Janeiro, é dia de Sto. Higino e S. Vital.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 10 de Janeiro, é dia de S. Gonçalo de Amarante, S. Guilherme de Bourges, Sto. Agatão, Sta. Irmã Francisca de Sales Aviat e S. Gregório de Nissa.
Um santo e abençoado dia para todos!
Quem nos ouve fica com a sensação de que a «noite» é o nosso inevitável (e único) destino. Não haverá lugar para novas «manhãs»?
Mas sempre com vista para a «manhã».
Assim sendo, não será missão do crente proclamar que a «noite» vai adiantada e que o «dia» já reluz (cf. Rom 13, 13)?
Portamo-nos como quem perdeu «a luta da fé; não é que no mais fundo não creiamos, mas não lutamos já firmes e a pé».
Para Christoph Theobald, não basta que a Igreja esteja «em reforma». É fundamental — e cada vez mais urgente — que constituamos uma «Igreja em nascente», uma «Igreja em permanente gestação».
Tendo em conta que muitos já não vêm à procura, é imperioso que nós vamos ao encontro.
Essa será uma oportunidade para propor uma abertura «à dimensão sacramental da fé em Cristo».
Não podemos apresentar a Igreja como se de uma «carcúndia» entorpecida se tratasse.
E tenhamos presente que ser original não é (necessariamente) afastar-se do que tantos fizeram; até pode ser trilhar o que muitos andaram.
Nunca envelhecerá quem, em cada momento, for capaz de renascer!
Hoje, 08 de Janeiro (Festa do Baptismo do Senhor e último dia do Tempo do Natal), é dia de S. Pedro Tomás e S. Severino.
Um santo e abençoado dia para todos!
Ainda criança já todos Te procuram.
Até os grandes se ajoelham diante de Ti.
Porque sabem que, na Tua simplicidade,
és rei, rei de amor e de paz.
Como os magos, também nós aqui estamos
e diante de Ti nos prostramos.
Não trazemos ouro, incenso ou mirra.
Transportamos a pobreza da nossa vida,
a simplicidade dos nossos gestos,
a ternura do nosso amor
e a vontade de estarmos conTigo.
Aceita, pois, Jesus Menino,
os nossos presentes,
o presente da nossa presença.
Tu vieste para nós.
Nós nunca queremos afastar-nos de Ti,
de Ti, que és a luz e a paz.
Tu manifestas-Te a todos.
Vieste à Terra
para seres o salvador e irmão de todos os homens.
Em cada um de nós, Tu encontras uma habitação.
Que nós nunca Te esqueçamos.
Fica sempre connosco.
Nós queremos ficar sempre conTigo,
JESUS!
A. Ser Deus é ser fiel
Ao longo deste tempo de Natal, ouvimos anunciar que «uma virgem conceberá»(Is 7, 14) e, de facto, a Virgem concebeu (cf. Lc 1, 31-38). Também ouvimos vaticinar que seria de Belém, terra de Judá, que iria sair o Pastor de Israel (cf, Miq 5, 1). E, na verdade, foi em Belém que Jesus nasceu (cf. Mt 5, 1). Acabamos de ouvir falar dos que haviam de vir de longe para cantar as glórias do Senhor (cf. Is 60, 1-6). E eis que o Evangelho nos reporta a vinda de pessoas que, efectivamente, vêm de muito longe procurar o Senhor (cf. Mt 2, 1).
Como bem notou S. Paulo, todos, em Cristo Jesus, «pertencem ao mesmo Corpo e beneficiam da mesma Promessa»(Ef 3, 6). Caem pois os muros, só ficam as pontes. Todos estamos ligados a todos através do Pontífice, isto é, d’Aquele que faz as pontes: o próprio Jesus.
B. Número, nome e condição dos mago
3. O Evangelho, com extrema parcimónia, apresenta-nos «uns magos»(Mt 2, 1). Não refere nem o seu número nem o seu nome. Nem sequer diz que seriam reis, assim chamados talvez pela alusão que o Salmo 72 faz aos reis que viriam pagar tributo e oferecer presentes (cf. Sal 72, 10). A designação de magos não se reporta seguramente a artes mágicas, mas ao estudo dos astros.
Cedo, porém, a tradição entrou em campo. Quanto ao número, foi fácil chegar a três por causa dos presentes que levaram: ouro, incenso e mirra (cf. Mt 2, 11). Ouro porque aquele Menino era Rei, incenso porque aquele Menino era Deus e mirra porque aquele Menino iria ser Mártir. Remontará a esta oferta o costume de dar presentes nesta época natalícia. No que respeita à identidade dos magos, há um evangelho apócrifo arménio, datado do século VI, que refere o nome, a condição e a proveniência. Assim, Baltasar seria rei da Arábia, Gaspar seria rei da Índia e Melchior seria rei da Pérsia. Tal escrito também diz que seriam irmãos e que a viagem que fizeram teria demorado nove meses, chegando a Belém na altura do nascimento de Jesus.
De acordo com uma tradição medieval, os magos ter-se-iam reencontrado quase 50 anos depois de terem estado com Jesus, em Sewa, na Turquia, onde viriam a falecer. Mais tarde, os seus corpos teriam sido levados para Milão, onde teriam permanecido até ao século XII, quando o imperador alemão Frederico terá trasladado os seus restos mortais para Colónia.
C. Um mistério de mostração
5. Acerca da estrela que viram, também tem havido não poucos palpites. Muitos têm identificado aquela estrela com o cometa Halley, que foi visto por volta dos anos 12-11 a.C. Também poderia ser uma luz resultante da tríplice conjunção de Júpiter e Saturno na constelação de Peixes, ocorrida em 7 a.C. Há ainda quem fale de uma «nova» ou «supernova», visível por volta dos anos 5-4 a.C.
Esta estrela pode ser vista como um símbolo messiânico insinuado já no livro dos Números, quando o Balaão diz que «um astro procedente de Jacob se torna chefe»(Núm 24,17). Também Isaías garante que «o povo que andava nas trevas viu uma grande luz, uma luz raiou para os que habitavam uma terra sombria»(Is 9, 1).
A Epifania é, toda ela, uma festa de luz, de uma luz que ilumina toda a terra. Esta festa autentica a universalidade da missão de Jesus. Jesus manifesta-Se a todos, dá-Se a conhecer a todos. E a manifestação é essencialmente uma automanifestação. Em Jesus, Deus manifesta-Se a Si mesmo, dá-Se a conhecer a Si mesmo. A Epifania não é, portanto, um mistério de demonstração, mas de mostração. E Deus mostra-Se de uma forma disponível, despojada e encantadoramente humilde.
D. Uma festa que chegou a englobar o Natal
7. Aliás, é o que depreende do magnífico conto de Sophia de Mello Breyner. Baltasar, em nome dos outros magos, foi consultar os homens da ciência e da política para que lhes dissessem onde estava o «Rei dos Judeus» (cf. Mt 2, 2). Decepcionado com a resposta, virou-se para os homens da religião. É que encontrara um altar dedicado ao «deus dos poderosos», outro ao «deus da terra fértil» e outro ao «deus da sabedoria». Insatisfeito de novo, perguntou aos sacerdotes pelo «deus dos humilhados e dos oprimidos». Resposta dos sacerdotes: «Desse deus nada sabemos». Então Baltasar subiu ao terraço e «viu a carne do sofrimento, o rosto da humilhação». Deus estava ali, o Deus que os sacerdotes desconheciam.
Deus está, desde os começos, nos humilhados e oprimidos (cf. Mt 25, 40). E foram muitos os que, também desde os começos, O encontraram na humildade e entre as vítimas da opressão.
Como sabemos, não é conhecido o dia exacto do nascimento de Jesus. S. Clemente de Alexandria indica que uns celebravam o Natal a 28 de Março, outros a 19 ou 20 de Abril, outros a 20 de Maio ou, então, na festa da Epifania. A opção por 25 de Dezembro deveu-se ao facto de, nessa altura, se celebrar em Roma a festa do «Sol invicto». Uma vez que o verdadeiro sol é Cristo, os cristãos optaram por cristianizar esta festa pagã, celebrando nela o nascimento do Salvador.
E. Um misto de aceitação, rejeição e indiferença
9. No Oriente, criou-se a 6 de Janeiro a festa da Epifania, cujo conteúdo era inicialmente variável conforme as regiões: nascimento de Jesus, bodas de Caná, Baptismo de Jesus. Muito depressa, ainda no século IV, o Ocidente acolheu a festa da Epifania, mas deu-lhe, sobretudo em Roma e no Norte de África, um conteúdo inteiramente novo: a adoração dos magos.
Foi esta evolução que ditou a actual estrutura do Tempo do Natal: Natal a 25 de Dezembro, Epifania a 6 de Janeiro e Baptismo do Senhor no Domingo depois da Epifania. No fundo, entre o Natal e a Epifania há um intercâmbio de significado. Celebra-se o mesmo em ambos os casos: a manifestação de Deus aos homens. No Natal e na Epifania, celebramos portanto a mesma Teofania.
Não basta, com efeito, conhecer Jesus, é fundamental ir ao encontro d’Ele para O anunciar. Uma vez que Ele Se dá totalmente, é de esperar que também nos demos inteiramente. Ele vem para mudar os nossos passos. Por isso é que os magos regressaram à sua terra por outro caminho (cf. Mt 2, 12). Quando nos encontramos com Jesus, que é o caminho (cf. Jo 14, 6), os nossos caminhos são outros. Transformemos, então, a nossa vida. Convertamo-nos Àquele que Se converteu a nós, Àquele que Se fez um de nós. Se Deus veio ao nosso encontro, não deixemos, também nós, de ir ao encontro de Deus. E, em Deus, procuremos ir ao encontro de todos!
Hoje, 07 de Janeiro (Solenidade da Epifania do Senhor e Jornada Mundial da Infância Missionária), é dia de S. Luciano, S. Raimundo de Penhaforte e Sta. Maria Teresa Haze.
Um santo e abençoado dia para todos.
Hoje, 06 de Janeiro, é dia de Sto. André Bessette e Sta. Rafaela Maria.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 05 de Janeiro, é dia de S. Simeão Estilita, S. Telésfero, S. João Neponucemo, Sta. Maria Repetto e S. Pedro Bonilli.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 04 de Janeiro, é dia de Sta. Isabel Ana Seton e Sta. Ângela de Foligno.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 03 de Janeiro, é dia do Santíssimo Nome de Jesus, S. Fulgêncio de Ruspas, Sta. Genoveva de Paris, Sto. Antero e S. Ciríaco Elias Chavara.
Um santo e abençoado dia para todos!
Será que nós, cristãos, já estaremos disponíveis para reparar os malefícios provocados por um prolongado desinvestimento no nosso interior?
Ele faz avultar a percepção de que, com o abandono do interior, não é só o interior que é afectado; é todo o país que se sente atingido.
Ele nasceu não para defender uma parcela territorial, mas — como, aliás, é dito na apresentação — para promover a «coesão» nacional.
Quando é que nós, cristãos, compreenderemos que a nossa densidade interior continua a ser assustadoramente baixa?
Já teremos advertido que, sem interior, estamos incompletos e, nessa medida, debilitados?
A missão só é inteira quando nos eleva ao interior do Pai e nos leva ao interior dos irmãos.
Não entramos em nós, não entramos nos outros e acabamos por não contribuir para que os outros entrem em nós. Como havemos de ajudar a entrar em Deus?
Não será que muito do que fazemos é expressão do que não vivemos nem ajudamos a viver?
Não correremos o risco de subtrair às pessoas o que as pessoas mais procuram, isto é, «o caminho da interioridade» (Christoph Theobald)?
E tenhamos sempre presente que o mais importante não é o que levamos; é Aquele que ajudamos a encontrar!
Hoje, 02 de Janeiro, é dia de S. Basílio Magno e S. Gregório Nazianzeno.
Um santo e abençoado dia para todos!
Estamos a chegar ao fim do início de 2018.
O tempo é um enigma dificilmente decifrável.
O mais distante, afinal, está muito próximo.
O princípio e o fim tocam-se com uma intimidade (quase) intimidante.
Uma fracção de segundo nos trouxe de 2017 para 2018.
A primeira parcela das 365 fatias deste ano já está praticamente consumida.
Como diria Churchill, não é o fim nem o princípio do fim; é apenas o fim do princípio.
Em suma, o fim já começou. Desde o princípio!
Ao colo está um Menino que para cada um sorri e a todos diz: «CoMigo tereis um ano inteiro feliz».
Feliz Ano Novo então. Sempre com Jesus no coração!
Que ao longo deste ano, que hoje começa
nós queiramos ser
construtores da paz,
peregrinos da esperança,
arautos da Boa Nova,
testemunhas da verdade,
promotores da justiça,
semeadores do perdão,
paladinos da liberdade
e anunciadores da salvação.
Que, ao longo deste ano, nos encontres, Senhor,
mais atentos à Tua presença,
mais comprometidos com a Tua Palavra,
mais iluminados pela Tua luz,
mais fortalecidos pelo Teu Espírito
e mais inundados — por dentro e por fora — pela Tua infinita paz!
Que tudo isto não seja só o nosso sonho, mas também o nosso projecto.
Não só o nosso desejo, mas também o nosso esforço.
Não só o nosso horizonte longínquo, mas também o nosso empenhamento constante.
Pedimos-Te, Senhor,
que a santidade seja o nosso objectivo,
que a fé seja a nossa prioridade,
que a oração seja o ar que absorvemos,
que o silêncio seja a atmosfera que aspiramos
e que o Mandamento Novo seja a nossa eterna Lei!
Concede-nos
que o Teu rosto ilumine os nossos olhos,
que a Tua Palavra resplandeça em nossos lábios,
que o Teu exemplo desinstale o nosso ser
e que a Tua Vida transforme a nossa própria vida!
A Ti, Senhor, queremos agradecer,
em Ti, Senhor, queremos permanecer,
conTigo, Senhor, queremos gritar:
«Nunca mais a guerra!
Nunca mais o ódio!
Nunca mais a violência e a injustiça!».
Contamos conTigo,
conta connosco também
para fazermos deste ano
um passo em frente
na construção de um mundo melhor,
de um mundo onde não haja grandes nem pequenos,
onde todos se sintam irmãos,
onde só Tu sejas Senhor,
pois o Teu senhorio
é a garantia mais segura
de que a humanidade
ainda pode ser uma única família,
um imenso povo de irmãos!
Senhora do Ano Novo,
olha por este Teu povo.
Acompanha-nos a cada instante,
com o Teu amor fiel, constante.
Senhor do Ano Bom,
enche os nossos ouvidos com o Teu som,
com o som do Teu sim,
com o Teu amor sem fim.
Senhora de cada dia,
acende em nós a alegria.
Transforma-nos por inteiro
desde o início de Janeiro.
Todo o ano será diferente
na vida de toda a gente
se nos guiarmos pelo brilho
da luz que é Teu Filho.
Senhora da vida nova,
o nosso coração renova.
Que nunca de Te louvar nos cansemos
e que a Tua bondade imitemos.
Do corpo de Teu Filho
cada um de nós é membro.
Que o Seu Evangelho nos guie
dia a dia, até Dezembro.
Senhora do silêncio,
que tudo guardas no coração.
Ensina-nos a vencer o mal
e a crescer na mansidão.
Senhora que nos assistes
nas horas alegres e nos momentos tristes,
afaga-nos com a Tua mão,
sê para todos amparo e consolação.
Pedimos-Te não só saúde,
conforto e prosperidade.
Rogamos que a nossa vida mude
e que prospere sobretudo em santidade.
Senhora da compaixão,
Mãe do amor e do perdão,
aconchega os que estão sós,
os que, de tanto soluçar, ficam sem voz.
Senhora silenciosa,
ouve a nossa prece dolorosa:
que acabe de vez a guerra,
que venha a paz para toda a terra!
A. Não comecemos a desistir e nunca desistamos de começar
Após os desejos habituais, eis que nos preparamos para as amargas desilusões de sempre. À primeira vista, já nenhum ano parece ser novo. A própria palavra «novo» é bem antiga. Há quantos séculos não anda a humanidade a desenhar promessas de novidade?
O início de um ano sinaliza que a vida é um recomeço constante. Há 12 meses, também estávamos a começar um ano. Há 24 e há 36 meses, estávamos igualmente a começar outros anos. O que jamais podemos é desistir: não comecemos a desistir e nunca desistamos de começar.
B. Um dia para Jesus, um dia com Maria
Hoje ocorre a solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus. Sendo Mãe de Cristo e sendo Cristo o Filho de Deus, os cristãos cedo perceberam que Maria era Mãe de Deus. Não era só Mãe do homem Jesus, mas Mãe do Filho de Deus que encarnou em Jesus. O Concílio de Éfeso oficializou esta doutrina em 431. S. Cirilo de Alexandria já tinha tornado tudo muito claro: «Se Nosso Senhor Jesus Cristo é Deus e se a Virgem Santa O deu à luz, então Ela tornou-Se a Mãe de Deus».
C. A paz tem um nome: Jesus
5. Foi por Maria que Jesus veio até nós. Será sempre com Maria que nós iremos até Jesus. Aquela que nos dá Jesus é sempre a melhor condutora para irmos ao encontro de Jesus. Façamos, portanto, como os pastores. Como os pastores, corramos (cf. Lc 2, 16). Procuremos ir depressa, sem demora, ao encontro de Jesus. O encontro com Jesus terá de ser sempre a prioridade da nossa vida e o centro da missão na vida.
Em Jesus, oferecido por Maria, encontramos o que mais procuramos para nós e o que mais desejamos para o mundo: a paz. Jesus não é apenas o portador da paz. Ele próprio é a paz hipostasiada. Aliás, é assim que o Messias é descrito por Miqueias: «Ele será a paz»(Miq 5, 5). Isaías apresenta o Menino «que nos nasceu» como o «príncipe da paz»(Is 9, 6). Por sua vez, os salmos apontam os tempos messiânicos como sendo marcados por uma grande paz (cf. Sal 72, 7).
É neste sentido que o Concílio Vaticano II recorda que a paz é muito mais do que a mera ausência de guerra. De resto, a ausência de guerra é, muitas vezes, ocupada com a preparação para a guerra. A paz é mais do que «pax», que, segundo os antigos romanos, resultava da negociação entre as partes desavindas. As partes continuavam desavindas, apenas não entravam em conflito. Semelhante é o conceito veiculado pelo grego «eirene». A paz, para os gregos da antiguidade, é uma tentativa de harmonia entre forças contrárias. As forças permanecem contrárias, unicamente não avançam para o combate.
D. Para estar no mundo, a paz tem de estar em cada pessoa
7. O hebraico «shalom» contém muito mais. A paz, aqui, é anterior a qualquer esforço humano. É um dom de Deus que faz o homem sentir-se completo, integral. É por isso que a paz só estará no mundo se estiver em cada pessoa que há no mundo. Antes da negociação, é fundamental pugnar pela conversão à paz. Jesus, no Sermão da Montanha, considera felizes os construtores da paz. Só eles serão «chamados filhos de Deus»(Mt 5, 9).
Importa perceber que o primeiro sinal de Deus é a paz. Quando Deus vem à terra em forma de criança, os enviados celestes entoam um cântico que diz tudo: «Glória a Deus nas alturas e paz na terra» (Lc 2, 14). A paz desponta, assim, como o grande indicador de que Deus já está entre nós.
Para 2018, assinalando o 51º Dia Mundial da Paz, o Papa Francisco propõe um tema de suma pertinência: «Migrantes e refugiados, homens e mulheres em busca de paz». Não esqueçamos que a Sagrada Família também experimentou o desterro. Jesus, Maria e José também foram refugiados. É por isso que não podemos ser indiferentes à situação dos mais de 22 milhões de refugiados que há no mundo. Do mesmo modo, temos de olhar para os 250 milhões de migrantes espalhados pela terra. Muitos deles são portugueses. Ninguém pode ser considerado estrangeiro. Deus não entregou uma pátria aos seus cidadãos; Deus entregou a terra (toda a terra) aos homens (a todos os homens). Neste sentido e como recomenda o Santo Padre, é urgente que saibamos acolher, proteger, promover e integrar todas pessoas. Venham donde vierem, são nossos irmãos.
E. Antes de mais, importa atingir o zero
9. Afinal, ainda há aspectos onde nem sequer atingimos o «grau zero» de humanidade. Ainda há aspectos onde nos encontramos abaixo de zero. E abaixo de zero, tudo é negativo, tudo é negação. Como pode haver paz no mundo se no mundo não há justiça nem respeito pela dignidade humana? Temos, pois, um longo caminho a percorrer. Temos muito que fazer ou, como diria Sebastião da Gama, «temos muito que amar».
Diante dos que vaticinam o iminente fim da história, é importante começar com urgência uma história de re-humanização do mundo. Sim, porque a humanidade ainda consegue ser muito não-humana, muito desumana. Para re-humanizar o mundo, diria que duas são as coisas que têm de acabar já: a guerra e a fome. Consequentemente, duas têm de ser as coisas que importa assegurar desde já: paz para todos e pão para cada um. Para re-humanizar cada pessoa que há no mundo, duas são também as coisas a que urge pôr fim: egoísmo e violência. E duas serão igualmente as coisas que é imperioso introduzir: solidariedade e educação.
O novo ano pode nem ser melhor, mas nós podemos ser melhores no ano novo. Não é o ano novo que faz a vida nova. Só uma vida nova fará o ano novo. Só uma vida nova trará o tempo novo, o mundo novo!
Hoje, 01 de Janeiro (início de um novo ano e dia mundial da paz), é dia de Santa Maria, Mãe de Deus, S. Vicente Maria Strambi e S. José Maria Tomasi.
Um santo e abençoado dia de Natal para todos!