E lá voltamos nós às ondas do pessimismo. A bem dizer, nunca o teremos deixado.
Usando uma conhecida expressão de Gramsci, talvez nunca tenhamos abandonado o pessimismo da razão. E parece que estamos a ser envolvidos por um sinuoso pessimismo da vontade.
Sentimos, em eco, o diagnóstico tremendo de Eça: «Portugal não é um país; é um sítio mal frequentado».
Pedro Sena-Lino acaba de publicar um romance a que deu o melancólico título de...«Despaís».
Há que não baixar os braços. Ainda há muito sol por cima das nuvens. O que não vemos, hoje, não deixará de nos surpreender num qualquer amanhã.
Fiquemos, entretanto, com Vergílio Ferreira: «Quando a situação é mais dura, a esperança tem de ser mais forte».
Este é, pois, o tempo da esperança!