O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Domingo, 31 de Dezembro de 2017

Natal é a noite, mas é também o dia.

 

Natal é o frio, mas é também o calor.

 

Natal é Jesus, Natal é a família,

Natal é a humanidade e Natal também és tu.

 

Não fiques à espera do Natal,

sê tu mesmo o melhor Natal para os outros.

 

O Natal não terminou no dia 25.

Constrói, por isso, um Natal para todo o ano,

para toda a vida.

 

Tu és o Natal

que Deus desenhou e soube construir.

 

É por ti que Deus hoje continua a vir ao mundo.

É em ti que Ele também renasce.

 

Sê, pois, um Natal de esperança,

de sorriso e de abraços,

de aconchego e doação.

 

Também podes ser um Natal com algumas lágrimas.

São elas que, tantas vezes, selam o reencontro e sinalizam a amizade.

 

Eu vejo o Natal no teu olhar, no teu rosto, no teu coração,

na tua alma, em toda a tua vida.

 

Há tanta coisa de bom e de belo em ti.

Tanta coisa que Deus semeou no teu ser.

 

Descobre essa riqueza, celebra tanta surpresa,

partilha com os outros o bem que está no fundo de ti.

 

Diz aos teus familiares que os amas,

aos teus amigos que gostas deles,

aos que te ajudam como lhes estás agradecido.

 

Não recuses ser Natal junto de ninguém. Procura fazer alguém feliz.

 

Não apagues a luz que Deus acendeu em ti.

Deixa brilhar em ti a estrela da bondade e deixa atrás de ti um rasto de paz.

 

Que continues a ter um bom Natal.

A partir de agora. Desde já. E para sempre!

publicado por Theosfera às 10:44

Hoje é o dia da Sagrada Família.
José, Maria e Jesus formaram uma família humilde.
O ambiente era de paz. Não se falava muito. Escutava-se bastante.
Havia uma sabedoria feita de subtileza e adornada pela simplicidade.
Uma oração por todas as famílias. Para que o mundo seja uma grande família. E para que cada família se capacite de que é um pequeno mund
Qual o segredo? Que cada um se assuma como é. Que todos sejam amados como são.
Que haja autenticidade e nunca traição. O brilho dos olhos de uma criança será sempre o melhor certificado do amor de seus pais!

Para a família, não há soluções prévias nem receitas impostas. Há caminhos.
Às vezes, falar é decisivo. Outras vezes, calar é fundamental.
Viver em família é uma arte, uma permanente descoberta.
Cada dia é uma novidade. É preciso saber admirar o outro. E é necessário também aprender a suportar o outro.
Não há escola para viver em família. A família é a melhor escola para si mesma.
O dia mais importante é hoje. Cada momento é uma etapa, sem a qual o caminho fica inconcluído e a obra interminada.
Um abraço de admiração a todas as famílias!

publicado por Theosfera às 10:41

 

A. Deus vem ao mundo através de uma família

  1. Dizem — e não é mentira — que o Natal é a Festa da Família. De facto, sendo a festa do nascimento de Jesus, o Natal é, por inerência, a festa da família de Jesus. E é, por extensão, a festa da nossa família com Jesus.

Curiosamente, houve uma altura em que se pretendeu sobrepor a Festa da Família à Festa do Nascimento de Jesus. Apenas uma semana após a revolução de 5 de Outubro de 1910, foi promulgado um decreto que estabelecia que o 25 de Dezembro deixasse de ser a comemoração do nascimento de Jesus para passar a ser somente o dia da Festa da Família. Só que o bom povo, na sua sábia coragem e na sua corajosa sabedoria, nunca deixou de celebrar — em família! — o nascimento de Jesus.

 

  1. A família não esvazia o Natal e o Natal não esvazia a família. A família oferece o ambiente natural para o Natal e o Natal oferece o sentido sobrenatural para a família. A família fica mais cheia na quadra do Natal e fica mais preenchida com o mistério do Natal. Afinal, que nos mostra o Natal? Essencialmente, mostra-nos Jesus, mostra-nos Maria e mostra-nos José. Ou seja, mostra-nos uma família.

Deus quis entrar no mundo através de uma família, através de uma família formada por um homem e por uma mulher. É esta a família que Deus quer, a família que Deus criou. Nos relatos da criação, diz-se expressamente que, quando Deus criou o homem à Sua imagem e semelhança, criou o homem e a mulher (cf. Gén 1, 26). É por tal motivo que o homem deixa pai e mãe para se unir à sua esposa passando os dois a ser uma só carne (cf. Gén 2, 24). Jesus retoma e confirma este desígnio primordial recomendando: «Não separe o homem o que Deus uniu»(Mc 10, 9). Estão aqui consignadas as propriedades essenciais do matrimónio: unidade e indissolubilidade com a consequente abertura à geração de vida.

 

B. A família é uma criação divina

 

3. A família não é, portanto, uma invenção humana, mas uma criação divina. Aliás, o próprio Deus é uma família composta pelo Pai, pelo Filho e pelo Espírito Santo.

Tal como sucede na família divina, também na família humana não há — ou não devia haver — superiores nem inferiores. Tal como o Pai não é mais que o Filho e o Espírito Santo, também o marido não é mais que a esposa. Tal como os membros da família divina têm igual divindade, também os membros da família humana possuem igual humanidade.

 

  1. Jesus elevou a união entre o homem e a mulher à dignidade de Sacramento. Ou seja, deu a esta união um valor sagrado. Também no matrimónio, a iniciativa é de Deus. É Deus, que a todos chama à vida e à fé, que também chama alguns ao matrimónio.

Nós acreditamos que, sem obviamente contender com a liberdade de cada um, é Deus quem coloca este homem no caminho daquela mulher e esta mulher no caminho daquele homem. Na celebração do Matrimónio, os dois formalizam a sua resposta à proposta de Deus.

 

C. Os problemas existem para serem vencidos, não para (nos) vencerem

 

5. Não faltam, hoje em dia, atentados contra a família: atentados no exterior e atentados no interior. O Estado e a sociedade não apoiam devidamente a família, mas será que a família se apoia adequadamente a si mesma? O Estado e a sociedade não são amigos da família, mas será que a família é amiga da própria família?

Além do flagelo do desemprego, há ainda o drama por causa de muitos empregos. Há esposos que são obrigados a estar longe um do outro. Há pais que são obrigados a passar a maior parte do tempo fora dos filhos. Resultado: há famílias onde não há praticamente nenhuma vida familiar. E sem vida familiar poderá dizer-se que há família?

 

  1. Actualmente, por cada 100 famílias que se constituem, há cerca de 70 famílias que se desfazem. E antes de se desfazer, há muitas famílias que se vão destruindo. A violência doméstica não pára de crescer. Em vez de ser uma alternativa de paz aos conflitos que há no mundo, a família parece ser o rastilho que incendeia muitos desses conflitos.

Em relação à família, também parece haver partidários da «solução final». Há quem pense que a única maneira de acabar com os problemas na família é acabar com a própria família. Seria bom que percebêssemos que, às vezes, recuar é a maneira mais inteligente de avançar. Quando a situação é complicada, um irreflectido passo em frente pode ser um passo para o abismo. É preciso aprender a esperar para discernir. Às vezes, é quando parece que tudo acaba que tudo verdadeiramente (re)começa. Afinal, os problemas existem não para nos vencerem, mas para serem vencidos por nós…com a ajuda de Deus.

 

D. O dia mais importante para a família

 

7. Vou confiar-vos um segredo. O segredo para que uma família se fortaleça consiste em valorizar cada pessoa e cada momento da convivência entre as pessoas. O dia mais importante para a família não é só o dia do casamento. Esse foi o dia do início da família. Mas a família não tem importância só quando começa. Uma família é sempre importante. Por isso, o dia mais importante para a família é «hoje», o «hoje» de cada dia. Eu atrever-me-ia a dizer que nem a morte põe fim à família, nem a morte termina com os laços gerados em família. Um filho que vê morrer o seu pai considera-se sempre filho desse pai. E uma mãe que vê morrer a sua filha não se considera sempre mãe daquela filha?

Queridas famílias, valorizai o dom de cada dia. Ao acordar pela manhã, dizei uns aos outros: «Hoje é o dia mais importante da nossa vida». E, no dia seguinte, voltai a dizer: «Hoje é o dia mais importante para a nossa família».

 

  1. Em cada hoje, há coisas pequenas que podem ter um resultado muito grande. Procurai dar valor aos pequenos gestos, às pequenas palavras e até aos pequenos silêncios. Sim, a família é o espaço por excelência do diálogo, mas também deve ser um lugar privilegiado para o silêncio. Como reconheceu Paulo VI, a Sagrada Família de Nazaré oferece-nos uma interpelante lição de silêncio. Às vezes, ficar calado pode ajudar muito. Pelo menos, pode ajudar a não agravar certos problemas. Há palavras que não só não resolvem como ainda complicam. Há palavras que magoam e que chegam a agredir mais do que certas agressões. Perante alguém que diz muito e muito alto, não dizer nada pode ser o melhor contributo para restaurar a paz e repor a serenidade.

Todos gostam de ter razão, mas eu diria com S. Paulo que mais importante do que ter razão é ter «bondade, humildade, mansidão e paciência»(Col 3, 12). Quando tivermos de falar, não nos limitemos a repreender e a exigir. Procuremos saber também agradecer e elogiar. Como tem dito o Papa Francisco, expressões simples como «obrigado», «com licença», «faça o favor» ou «desculpe» podem ter um efeito extraordinário para o presente e para o futuro da família. Pedir perdão não é um acto de fraqueza. É uma demonstração de força que acaba por fortalecer a família.

 

E. A maior riqueza da família

 

9. É sabido que as famílias, hoje, não têm tempo. Gastam tempo para ter uma casa e depois acabam por não ter tempo para estar em casa. Mas, se não existe o tempo ideal, que a família, ao menos, aproveite o tempo real, o tempo possível, o tempo disponível: o tempo disponível para estar, para conviver, para rezar. Como bem disse S. João Paulo II, «família que reza unida permanece unida».

A oração é o grande alimento — e o maior cimento — da união. É desejável que a família comece e termine o dia com uma oração conjunta. A oração permite perceber que a maior riqueza não é o só o que existe em cada membro da família, mas o que existe entre todos os membros da família. Entre todos os membros da família encontra-se Deus, que sabe conjugar as diferenças numa comunhão indestrutível e fecunda.

 

  1. Que a família nunca deixe de ser família. Que a família não se destrua. E que a família seja um espaço para todos: para os que estão a começar e para os que já começaram há muito. Infelizmente, a tumultuosa agitação do dia-a-dia não deixa que as gerações convivam muito entre si. Primeiro, são os pais que não têm tempo para os filhos; depois, são os filhos que não têm tempo para os pais. E é assim que nascemos, crescemos e acabamos por morrer deslaçados, sem tempo para estar uns com os outros, sem tempo para dizermos quanto gostamos uns dos outros. Apesar de tudo, sinto que a família tem um belo futuro à sua frente, como tem um lindo passado atrás de si.

Queridas famílias, olhai para a Sagrada Família de Nazaré que a Oração Colecta desta Missa aponta como «um modelo de vida». Sobretudo vós, que vos sentis em maior dificuldade, olhai bem para Jesus, para Maria e para José. É bem verdade que, como cantava o Padre Zezinho, «tudo seria bem melhor se o Natal não fosse um dia, se as mães fossem Maria e se os pais fossem José; e se toda a gente se parecesse com Jesus de Nazaré». Tudo seria bem melhor, sem dúvida. Tudo há-de ser melhor apesar de todas as dúvidas. Tenho a certeza de que, como dizia o Concílio Vaticano II, «a família há-de continuar a ser «o berço da vida e do amor». No fundo, cada família é um pequeno mundo. Que o nosso mundo possa vir a ser uma grande família!

publicado por Theosfera às 05:44

Hoje, 31 de Dezembro (Domingo da Sagrada Família), é dia de Sta. Comba de Sens, Sta. Melânia, a Nova, S. Piniano, S. Silvestre I e Sto. Alão de Solominihac.

Um santo e abençoado dia de Natal para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

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