O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Terça-feira, 17 de Outubro de 2017

 

 

  1. Na «era dos extremos» (Eric Hobsbawm), estamos a assistir ao excruciante combate entre um fundamentalismo e um fanatismo.

Em campos opostos encontramos um «fundamentalismo religioso» (que quase todos denunciam) e um «fanatismo anti-religioso» (em que praticamente ninguém repara).

 

  1. Os dois querelam, permanentemente, no espírito humano e no espaço público.

De um lado há quem imponha determinadas concepções de Deus. Do outro lado não falta quem implante uma completa ausência de Deus.

 

  1. Há locais onde os sinais religiosos surgem em toda a parte. E há lugares onde a menor referência espiritual é repelida a todo o custo.

Os regimes «teocráticos» convivem, deste modo, com comportamentos cada vez mais «teofóbicos». Ambos conflituam, flagrantemente, com a liberdade.

 

  1. É óbvio que a presença de Deus não pode ser forçada. Mas será que a Sua ausência deverá ser imposta?

Ninguém pode obrigar alguém a ter fé. Mas será legítimo impedir quem quer que seja de assumir a fé que possa ter?

 

  1. Todos aceitamos que, numa sociedade livre, os cidadãos podem manifestar publicamente as suas opções políticas, culturais e desportivas.

Porque é que os mesmos cidadãos não hão-de poder manifestar publicamente a sua vivência religiosa? Será que, no espaço público, temos todos de nos comportar de uma maneira não-religiosa?

 

  1. De facto, há quem se incomode com actos religiosos em âmbitos não especificamente religiosos.

Mas parece que poucos se preocupam com atitudes claramente não religiosas em ambientes religiosos.

 

  1. É cada vez mais frequente conversar, telefonar, beber e até fumar nas igrejas.

Em muitos templos, é mais fácil ver um telemóvel do que um terço nas mãos das pessoas.

 

  1. Para muitos, a fé é um assunto meramente privado, do foro íntimo. Paradoxalmente, esta restrição é determinada em nome da liberdade, da liberdade de não ser perturbado.

E a liberdade de intervir? A liberdade constrói-se não abafando o diferente, mas aceitando as diferenças.

 

  1. Que oportunidade estamos dispostos a dar ao discurso crente em debates sobre temas como a eutanásia, o aborto ou a justiça social?

Somos todos livres. Mas, na hora que passa, parece que uns são mais livres que outros.

 

  1. Num tempo de «filias» e «fobias», muitos dão sinal de estar afectados por uma estranha «teofobia».

Nesta época crescentemente «teofóbica», quem se disporá a ser coerentemente «teófilo»? Onde estão os «amigos de Deus»?

publicado por Theosfera às 10:58

Hoje, 17 de Outubro, é dia de Sto. Inácio de Antioquia (que gostava de se apresentar como «Teóforo», aquele que traz Deus), Sta. Zélia, S. Balduíno e S. Gilberto.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 05:39

mais sobre mim
pesquisar
 
Outubro 2017
D
S
T
Q
Q
S
S

1
2
3
4
5
6
7

8
9





Últ. comentários
Sublimes palavras Dr. João Teixeira. Maravilhosa h...
E como iremos sentir a sua falta... Alguém tão bom...
Profundo e belo!
Simplesmente sublime!
Só o bem faz bem! Concordo.
Sem o que fomos não somos nem seremos.
Nunca nos renovaremos interiormente,sem aperfeiçoa...
Sem corrigirmos o que esteve menos bem naquilo que...
Sem corrigirmos o que esteve menos bem naquilo que...

blogs SAPO


Universidade de Aveiro