O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Terça-feira, 31 de Outubro de 2017

A vida, na sua moldura superlativamente paradoxal, é tecida de oportunidades e bloqueios.

Por norma, gostamos de criticar os que não agem, esquecendo-nos de reparar nos bloqueios que lhes erguemos para os impedir de agir.

Colocamos bloqueios à acção para, depois, cominarmos responsabilidades pela superveniente inacção.

Como esperar frutos se não cuidamos da semente?

Anatole France verbalizou o que, no fundo, todos sentimos: «É acreditando nas rosas que as fazemos florir».

Se não acreditamos nas pessoas, se espezinhamos as pessoas, que autoridade temos para lhes exigir o que quer que seja?

Não cortemos asas a ninguém. Abramos caminhos para todos!

publicado por Theosfera às 09:46

Hoje, 31 de Outubro, é dia de Sto. Afonso Rodrigues, Sto. Ângelo de Acri, S. Quintino (invocado contra a tosse), S. Wolfang e Sta. Joana Delanoue.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Segunda-feira, 30 de Outubro de 2017

Hoje, 30 de Outubro, é dia de S. Marcelo, S. Cláudio, Sta. Doroteia Swartz e S. Domingos Collins.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:08

Domingo, 29 de Outubro de 2017

Em cada dia, a cada instante,

Tu nos surpreendes, Senhor.

Estás sempre a surpreender-nos.

 

Em cada dia, a cada instante,

vens ao nosso mundo, vens à nossa terra, vens à nossa casa

e levas tanta gente.

 

Para nós, é tudo inopinado e desconcertante.

Estamos sempre impreparados

para acolher a notícia.

Mas, afinal, alguma vez estaríamos preparados?

A morte chega sempre cedo para os nossos desejos.

 

Mas Tu, Senhor,

sabes bem o que fazes.

Se vens chamar, é porque assim o entendes.

 

Sabemos que não retiras ninguém do nosso convívio.

Sentimos a falta,

choramos a partida,

mas contamos sempre com a presença de quem parte.

 

Em Ti, todos continuam connosco.

ConTigo, todos permanecem ao nosso lado.

 

Obrigado, Senhor, pela vida dos que já partiram,

obrigado pelo seu testemunho,

pela sua ilimitada dedicação.

publicado por Theosfera às 10:56

A. O que queriam os «profissionais da rasteira»?

 

  1. Armadilhas não são coisa de agora. Jesus pisou, frequentemente, terrenos armadilhados. Sucede que Ele desembaraçou-Se sempre dos «profissionais da rasteira», daqueles que gostam de fazer cair os outros nas suas armadilhas. Tendo feito calar os saduceus (cf. Mt 22, 34), é compreensível que os fariseus também quisessem experimentar Jesus, para ver se conseguiria fazer-lhes o mesmo. Sendo especialistas em leis, achavam que não lhes custaria muito arrastar Jesus para alguma resposta equívoca ou, pelo menos, imprecisa.

No entanto, a pergunta não parecia ser das mais difíceis: «Qual é o maior mandamento que há na Lei?» (Mt 22, 36). O Decálogo é muito claro e conciso. Sucede que a Lei (Thora) compreendia não só os Dez Mandamentos, mas tudo quanto está nos cinco primeiros livros da Bíblia: Génesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronómio. Foi a partir deles que os doutores da Lei chegaram a contabilizar 613 preceitos: 365 negativos, que estipulavam o que não se podia fazer, e 248 positivos, que apontavam o que se devia realizar. Uma coisa é escolher o maior entre dez e outra coisa (bem diferente e bem mais difícil) é seleccionar o mais importante no meio de 613.

 

  1. Suspeito, porém, que pode ter havido um outro motivo para esta rasteira. Além da óbvia dificuldade em seleccionar o preceito mais importante no meio de 613 preceitos (todos eles) importantes, é possível que alguém achasse que, para Jesus, o amor ao próximo estava acima do próprio amor a Deus. Apesar de Jesus tratar Deus por Pai — o que muito irritava os «profissionais da rasteira» —, Ele amava tanto as pessoas que alguns poderiam ter dúvidas acerca da Sua ortodoxia.

Será que Jesus iria ser apanhado em falso? É muito fácil ver onde estava a rasteira. Se Jesus dissesse que o mandamento mais importante era o amor ao próximo, imediatamente O acusariam de heresia. Nada pode estar antes — nem acima — de Deus.

 

B. Dois mandamentos em «pacote»

 

  1. Só que Jesus desmontou, com genial mestria, toda esta armadilha. Ou seja, não foi arrastado pelos «profissionais da rasteira». Jesus não deixou subsistir qualquer dúvida de que o amor a Deus está acima de tudo. Mas Jesus fez mais: colocou o amor ao próximo em estreitíssima ligação com o amor a Deus. Foi como se dissesse que é impossível amar a Deus não amando o próximo.

É assim que Jesus desarma, completa e brilhantemente, quem se preparava para lhe montar uma armadilha, à partida complicada. Na verdade, Jesus surpreende de tal modo o auditório que não somente indica com destreza o primeiro mandamento («o amor a Deus») como aponta, logo a seguir, o segundo («o amor ao próximo»). É como se os dois mandamentos só pudessem ser apresentados — e vividos — em «pacote». Isto é, só consegue amar a Deus quem se dispuser a amar o próximo.

 

  1. É espantoso verificar como a acção contida neste duplo mandamento é o amor. Ou seja, o que Jesus espera de nós — para com Deus e para com o próximo — é o mesmo, é o amor. Não é o conhecimento, não é sequer o trabalho; é o amor. No fundo, o amor é a lei; no fundo, a lei é o amor. Que temos feito nós desta lei? Que estamos nós dispostos a fazer desta lei?

Se repararmos, o amor foi a lei que Jesus nos deixou pois foi a lei que Jesus sempre viveu. Trata-se de uma lei que se encontra esculpida no Mandamento Novo: «Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei» (Jo 13, 34). Só que a lentidão com que nós, cristãos, vivemos essa lei é exasperante. Nos começos, notava-se um grande entusiasmo à volta desta lei. Tertuliano dá-nos conta de que os outros, olhando para os cristãos, exclamavam: «Vede como eles se amam!» Ou seja, «vede como eles fazem o que dizem»; «vede como eles cumprem a sua lei».

 

C. A lei do amor consegue mais que o amor da lei

 

  1. Se a lei do amor fosse mais observada, as outras leis quase poderiam ser dispensadas. Já dizia Disraeli: «Quando os homens são puros, as leis são desnecessárias; quando são corruptos, as leis são inúteis». Com efeito, um homem honesto não precisa da lei. Já um homem desonesto nem com a lei melhora.

Tudo isto mostra que obtemos mais com a lei do amor do que com o amor da lei. O mero amor da lei esquece, quase sempre, que a lei é um instrumento, não uma finalidade. A lei existe para proteger as pessoas, nunca podendo servir de pretexto para destruir pessoas. Importa ter presente que, como lembrou Luther King, «tudo o que Hitler fez na Alemanha foi legal». Arrepia, mas é verdade: há sempre vidas que vão sendo degoladas à luz da lei, na escuridão de certas leis.

 

  1. Jesus não veio revogar as leis, mas aperfeiçoar a Lei (cf. Mt 5, 17). E o critério de Jesus para aperfeiçoar a Lei foi sempre o amor. O amor deve ser vivido junto dos que pensam como nós e não deve esquecido junto dos que pensam diferente de nós.

Parafraseando Pedro Laín Entralgo, diria que é preciso ser «consensuante» mesmo com quem se mostra «discrepante». Assim, o crente amará os que merecem ser amados e não deixará de amar os que, não merecendo, também precisam de ser amados.

 

D. É impossível amar a Deus não amando o próximo

 

  1. É sob este pano de fundo que Jesus faz sabiamente rebentar a armadilha que Lhe prepararam: «Qual é o maior mandamento que há na Lei?» (Mt 22, 36). Jesus começa por responder citando a própria Lei, mais concretamente o Livro do Deuteronómio 6, 5: «Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças».

Acontece que Jesus vai mais longe. Diz não apenas qual é o primeiro mandamento, mas aponta logo o segundo, qualificando-o como semelhante ao primeiro: «Amarás o próximo como a ti mesmo». Aqui, cita uma outra passagem da Lei, consignada no Livro do Levítico 19, 18.

 

  1. Se este segundo mandamento é semelhante ao primeiro, podemos concluir que ele não é apenas segundo, pois faz parte do primeiro. Sendo assim, o amor a Deus é realizado no amor ao próximo. É impossível amar a Deus não amando o próximo. Só amando o próximo mostraremos que amamos a Deus.

Aliás, já São João perguntava: «Quem não ama o irmão que vê, como pode amar a Deus que não vê?» (1Jo 4, 20). Por isso — prossegue o mesmo apóstolo — «quem ama a Deus, ame também o seu irmão» (1Jo 4, 21).

 

E. Sem amor, não há nada; nem sequer há fé

 

  1. A ligação entre o amor a Deus e o amor ao próximo é tão estreita que São Gregório Magno entreviu aqui uma razão simbólica para Jesus mandar os discípulos em missão dois a dois. Mandou-os dois a dois porque «dois são os mandamentos, a saber, o amor a Deus e o amor ao próximo». No amor está tudo: está a Lei e estão os Profetas (cf. Mt 22, 40), isto é, está toda a Sagrada Escritura.

Por aqui se vê como Jesus, na resposta que dá, vai muito mais além da pergunta que Lhe tinha sido feita. Ele deixa bem claro que é toda a Bíblia que está perfumada pelo amor: pelo amor a Deus e pelo amor ao próximo. A qualidade do nosso amor a Deus mede-se pela intensidade do nosso amor ao próximo. Se não há amor, não há nada, nem sequer há fé.

 

  1. É por isso que quem mais sabe a Lei não é quem mais a conhece, mas quem melhor a vive. É preciso viver o amor a partir da nascente, a partir de Deus. E Deus, como nos diz a Primeira Leitura, tem um amor de predilecção pelos mais necessitados: os pobres, os órfãos, as viúvas, os estrangeiros, isto é, todos os que passam privações (cf. Ex 22, 20-26). Também São Paulo dá testemunho do amor divino ao pôr à frente dos seus interesses os interesses dos outros (cf. 1Tes 1, 5).

Afinal e como garante Jesus, «há mais alegria em dar do que em receber» (Act 20, 35). Até porque quando damos, somos presenteados com a alegria de quem recebe. Nunca recebemos tanto como quando damos tudo. Nunca recebemos tanto como quando nos damos totalmente!

publicado por Theosfera às 05:53

Hoje, 29 de Outubro (30º Domingo do Tempo Comum), é dia de S. Narciso, Sta. Ermelinda e S. Miguel Rua.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Sábado, 28 de Outubro de 2017

Hoje, 28 de Outubro, é dia de S. Simão, S. Judas e S. Malchion.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Sexta-feira, 27 de Outubro de 2017

Hoje, 27 de Outubro, é dia de Nossa Senhora das Vitórias, S. Gonçalo de Lagos, S. Vicente, Sta. Sabina e Sta. Cristeta.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:13

Quinta-feira, 26 de Outubro de 2017

Se não fosse este acontecimento, eu não estaria aqui, neste momento.

Foi neste dia 26 de Outubro que, há 54 anos, meus queridos Pais uniram as suas vidas para gerarem as nossas vidas: a minha e a do meu Irmão.

Minha Mãe continua connosco. E meu Pai está sempre em nós.

Ele nunca nos deixou, mesmo quando a morte o (e)levou.

Quem está em Deus continua a estar com todos.

Aqui, com minha Mãe, e na eternidade, com meu Pai, unidos estamos.

E cada vez mais unidos estaremos!

publicado por Theosfera às 00:01

Hoje, 26 de Outubro, é dia de Sto. Evaristo e S. Boaventura de Potenza.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Quarta-feira, 25 de Outubro de 2017

Hoje, 25 de Outubro, é dia de S. Crispim, S. Crispiniano, S. Crisanto, Sta. Daria, S. João Stone e Sta. Maria Jesus Masiá Ferragut.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 05:38

Terça-feira, 24 de Outubro de 2017

 

  1. O mundo vive das vitórias do cosmos sobre o caos e dos triunfos da ordem sobre a desordem.

Mas a vida no mundo fica em perigo com as ameaças do caos contra o cosmos e com os atropelos da desordem contra a ordem.

 

  1. Tais ameaças e atropelos, não sendo contínuos, têm-se tornado cada vez mais frequentes e devastadores.

Os últimos dias mostraram-nos até onde pode chegar a (explosiva) combinação entre fúria e incúria: entre a fúria da natureza e a incúria do homem.

 

  1. O mais intrigante é sentir que, em muitos casos, a fúria da natureza é exponenciada pela incúria do homem.

Como admitir que se faça queimar aquilo que já tem uma descontrolada predisposição para arder? Como entender que, quando a temperatura é alta, a responsabilidade seja tão baixa?

 

  1. O pior é que, tal como sucede com muitos homens, também a natureza anda com falta de autodomínio.

Quando se «sente» provocada, «revolta-se» e ninguém a detém. Na sua sanha devoradora, leva tudo na frente. Nem a vida humana é poupada.

 

  1. É sabido que a natureza tanto nos abriga como nos agride. Pelo que o risco é constante e as cautelas serão sempre poucas.

Esta não é a hora de «imaginar mundos melhores». Como alertou Tony Judt, este é o momento de «prevenir mundos piores».

 

  1. Só que é precisamente aqui — na prevenção — que mais temos vindo a falhar.

Temos falhado na prevenção sobre as flutuações da natureza. E temos falhado na prevenção sobre os comportamentos humanos.

 

  1. De facto, é estranho que, revelando-se o homem impotente para melhorar a natureza, se mostre tão «potente» a destruir a natureza.

Sucede que, ao destruir a natureza, o homem está a destruir-se a si mesmo.

 

  1. Em causa não está só a manutenção da floresta. Está, desde logo, a existência da própria floresta.

Quem quiser desencadear um incêndio, poderá fazê-lo mesmo que as florestas estejam limpas.

 

  1. Sem recriminações, há que apostar em efectivas soluções. Quando as temperaturas aumentam, têm de aumentar também as formas de vigilância: postos de vigia, aeronaves e satélites.

E se as forças de segurança costumam actuar nos locais de maior perigo, há que lhes dar condições para que possam operar onde, actualmente, nascem os maiores perigos: nas matas e nos arvoredos.

 

  1. Um Ministério da Floresta e de Combate aos Incêndios merecia ter lugar em todos os governos. E um pelouro com as mesmas atribuições deveria também ser criado em todas as autarquias.

O que tem sido tão dramático tem de começar a ser — definitivamente —prioritário!

 

N.B. Curvo-me respeitosamente perante os que morreram e os que sobreviveram.

Façamos luto e continuemos a luta: luto pelos mortos e luta por uma maior protecção aos vivos!

 

publicado por Theosfera às 10:51

Hoje, 24 de Outubro, é dia de Sto. António Maria Claret, S. Proclo, S. José Baldo e S. Luís Guanella.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Segunda-feira, 23 de Outubro de 2017

Hoje, 23 de Outubro, é dia de S. João de Capistrano, S. Servando, S. Germano e Sto. Arnulfo Reche.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Domingo, 22 de Outubro de 2017

Precisamos de ver

e só Tu és a luz.

 

Precisamos de ver

por fora e por dentro.

 

Precisamos de ver a vida,

o passado, o presente e o futuro.

 

 

A fé salvou o cego.

A fé salva-nos a nós,

tantas vezes cegados pela mentira, pela insinuação e pela inveja.

 

A fé salva na esperança e no amor.

A fé é luz que ilumina e brilha.

A fé é luz que liberta e redime.

 

Hoje também,

Tu, Senhor, continuas a chamar,

a chamar por nós nesta situação difícil.

 

 

Ouve, Senhor,

o clamor dos pobres, dos aflitos e dos famintos.

 

Ouve, Senhor,

o grito dos sem-abrigo e dos sem-amor.

 

Ouve, Senhor,

a súplica dos desempregados e dos que têm salários em atraso.

 

Ouve, Senhor,

o pedido dos que querem dar pão aos seus filhos e não têm conseguem encontrar esse pão.

 

As prateleiras até estão cheias,

mas há corações que permanecem vazios.

 

Mas Tu, Senhor, fazes maravilhas.

Tu, Senhor, és a constante maravilha.

 

 

Por isso continuamos a soltar brados de alegria.

Apesar da crise,

apesar do sufuco e da tempestade,

nós sabemos que, neste tempo de fome,

nós dás o alimento.

 

 

Tu, Senhor, és o alimento,

o pão da Palavra e o pão da vida.

 

Vem connosco saciar a fome deste mundo:

a fome de pão,

a fome de justiça

e a fome de paz.

 

Há nuvens por debaixo do sol.

Mas há sol por cima das nuvens.

 

Obrigado, Senhor, por este pão.

Que ele chegue a todas as casas.

Que ele entre em todos os corações.

 

Obrigado, Senhor, pelos sonhos.

Um dia, as lágrimas hão-de regar as avenidas da vida.

E o sonho de um mundo melhor há-de sorrir para todos.

 

Tu, Senhor, és esse sonho,

um sonho que se realiza em cada instante.

 

O sonho és Tu,

JESUS!

publicado por Theosfera às 10:45

Na vida, temos de encontrar o nosso caminho. E temos de estar atentos aos que se cruzam connosco no caminho.

Afinal, o nosso caminho não é só nosso. O nosso caminho é percorrido por muitos caminhantes.

Não podemos ficar condicionados pelos outros, mas também não devemos ser indiferentes aos outros.

Jean-Paul Sartre, num fecundo jogo de palavras, alertou: «O importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós fazemos do que os outros fizeram de nós».

No fundo, os outros também nos pertencem. E nós também pertencemos aos outros.

Todos somos, literalmente, «com+vivas». Ou seja, todos vivemos com os outros, para os outros e nos outros.

Viver é sempre «com+viver»!

publicado por Theosfera às 08:30

A. Ele fica em nós quando saímos de nós

  1. Por hábito, todos gostamos de levar e trazer. Mas, por norma, não gostamos de quem leva e traz. O povo diz que «quem leva e traz não faz a paz». Levar e trazer é o pantanoso terreno da intriga, da insinuação e de toda a maledicência.

Acontece que, se pensarmos bem, a missão consiste, antes de mais, em levar e trazer. Levar e trazer é o que faz a missão acontecer. O missionário é o que leva e traz: é o que leva Cristo e é o que traz para Cristo; é o que leva Cristo às pessoas e é o que traz as pessoas para Cristo.

 

  1. Foi, aliás, o próprio Jesus que lançou as bases da missão. Antes de voltar para o Pai, ofereceu-nos uma certeza e deixou-nos uma ordem. A certeza é que Ele iria ficar (cf. Mt. 28, 20). E a ordem era que nós saíssemos (cf. Mt. 28, 19). Concretizando, Jesus fica quando nós saímos; Jesus fica em nós quando nós saímos de nós.

O Papa Francisco lembra que, «hoje, ainda há muita gente que não conhece Jesus Cristo». De facto, há muita gente que não conhece Jesus Cristo porque nunca ouviu falar d’Ele. E há muita gente que não conhece Jesus Cristo mesmo tendo ouvido falar d’Ele. É por isso que «a missão da Igreja é animada por uma espiritualidade de êxodo contínuo»Trata-se, como assinala o Santo Padre, de «sair da própria comodidade e de ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho».

 

B. Evangelizar não é o primeiro passo; é o segundo

 

  1. Evangelizar é converter-se ao Jesus do Evangelho e anunciar o Evangelho de Jesus. Assim sendo, o primeiro passo do evangelizador não é evangelizar. Evangelizar será o segundo passo. O primeiro passo do evangelizador é deixar-se evangelizar.

Com efeito, como pode evangelizar quem não está evangelizado? Como pode evangelizar quem não se deixa evangelizar? Mas como poderá deixar-se evangelizar quem pensa que já está evangelizado? Nunca percamos de vista que a evangelização não é uma coisa feita; é um constante fazer-se. Alguma vez poderá ser dada por concluída a evangelização?

 

  1. Só está em condições de evangelizar quem se deixa evangelizar. Será que toda a evangelização sabe a Evangelho? Sem Evangelho na vida, será lícito falar de evangelização? Sem oração, haverá evangelização? Sem Eucaristia, haverá evangelização? Sem formação, haverá evangelização? Sem amor ao próximo, haverá evangelização?

Para haver Evangelho, não pode haver apenas conhecimento do Evangelho; tem de haver sobretudo vivência do Evangelho: uma vivência despojada, uma vivência constante, uma vivência alegre, uma vivência autenticamente felicitante.

 

C. O evangelizador também tem de ser evangelizado

 

  1. Como muito bem explica D. António Couto, o problema da evangelização «não reside nos destinatários» (…); «reside no sujeito evangelizador que, para o ser, terá também de ser fruto de evangelização». O nosso mal é que continuamos a achar que a responsabilidade do insucesso nosso é culpa de outros.

Será que nós não damos motivos para recusar? Será que nós nos dispomos a sair? E, quando saímos, que levamos? Não basta ir a todos os lugares. Não é suficiente chegar a todas as pessoas. É preciso ir a toda a parte com o Evangelho. É urgente chegar a toda a gente com o Evangelho. A chegada do evangelizador tem de ser a chegada do Evangelho. Mas só pode levar Evangelho quem procura converter-se ao Evangelho.

 

  1. «Quem não precisa de conversão?», perguntava o saudoso D. Hélder Câmara. O evangelizador também de ser evangelizado. Só pode ajudar a converter a Cristo quem se deixa converter por Cristo. Quem não assume as suas falhas, como pode ajudar os outros a reconhecer os seus erros? A conversão a Cristo e ao Evangelho de Cristo é o ponto de partida para atrair os outros para Cristo.

Para isso, não chega trazer o Evangelho na mente e nos lábios; é fundamental trazer o Evangelho no coração e na vida. Só a partir da vida se pode chegar à vida. Aliás, o Evangelho está escrito no livro para ser (permanentemente) inscrito na vida. Entende-se, assim, que São João de Calábria, que clamava por um «regresso ao Evangelho», insistisse para que fôssemos «Evangelhos vivos».

 

D. Ser cristão é ser missionário

 

  1. O Evangelho é mais da ordem do testemunho do que do mero conhecimento. O Bem-Aventurado Paulo VI percebeu que «o homem contemporâneo escuta com maior boa vontade as testemunhas do que os mestres». Se escuta os mestres, é «porque os mestres são testemunhas». De resto, o referido Pontífice tinha já identificado, como sendo um dos grandes males do nosso tempo, o divórcio entre a fé e a vida. E é notório que, não poucas vezes, a fé parece estar com pouca vida e a vida parece estar com pouca fé. É preciso, portanto, pôr mais vida na fé e colocar mais fé na vida.

Perante a magnitude deste cenário, a missão não é só para alguns nem para alguns momentos. A missão é para todos e é para sempre. Ela não começa com o sacramento da Ordem nem com a consagração religiosa. A missão começa com o sacramento do Baptismo. Foi por isso que o Vaticano II recordou que «a Igreja é, por natureza, missionária». Não se pode ser cristão sem ser missionário. Onde está o cristão, aí tem de estar a missão.

 

  1. Porque, como recorda o Santo Padre, a missão está no coração da fé, então a missão incumbe a todos. Por conseguinte, vós sois tão missionários como eu. Eu sou missionário para vós e convosco, vós sois missionários para mim e comigo. Eu também preciso de ser evangelizado por vós. Os padres, os bispos e os religiosos também precisam de ser evangelizados pelo povo. Cada um tem a sua missão e cada um tem muito a crescer com a missão dos outros. O Evangelho não é privilégio de ninguém nem exclusivo de alguns; é dom para cada um e responsabilidade para todos.

Este é, pois, um dia para tomarmos consciência do que devemos ser todos os dias: enviados, apóstolos, evangelizadores. Neste dia, somos convidados a oferecer alguma coisa para as missões. Em cada dia, somos interpelados para que nos ofereçamos a nós mesmos em missão. Ninguém se pode sentir demissionário; cada um deve sentir-se sempre missionário. Somos chamados a viver sempre em estado de missão e jamais em estado de demissão.

 

E. Sempre em missão, nunca em demissão

 

  1. O mundo tem necessidade do Evangelho, do Evangelho inteiro, do Evangelho sem glosas e sem pausa. Como adverte São Paulo, o Evangelho não se anuncia apenas com palavras (cf. 1Tes 1, 5); há-de anunciar-se sobretudo com o testemunho da vida, sob «a acção do Espírito Santo e com profunda convicção» (1Tes 1, 5).

Neste sentido e voltando às fecundas expressões de D. António Couto, diria que é urgente implementar uma «evangelização non-stop», sem pausas, sem recuos e «sem andaimes». O Evangelho tem de estar no começo, no meio e no fim de tudo, sem equívocos nem confusões: o que pertence a César deve ser entregue (ou devolvido) a César; o que pertence a Deus deve ser entregue (ou devolvido) a Deus (cf. Mt 22, 21). E o que é que pertence a Deus? A Deus pertence o ser humano, pertencemos nós. É por isso que, como notava Santo Agostinho, o nosso coração anda inquieto enquanto não repousar em Deus.

 

  1. A evangelização existe para chegar a todo o homem, para lhe dizer que Deus o ama e para lhe assegurar que só será feliz em Deus. Deus é o maior investidor na felicidade do homem: apostou o melhor que tinha — o próprio Filho (cf. Jo 3, 16) — na felicidade de todos os homens.

Evangelizar é, pois, felicitar, é semear felicidade. Não é o Evangelho que nos afasta de ninguém. O Evangelho é o que mais nos aproximará de todos!

publicado por Theosfera às 05:57

Hoje, 22 de Outubro (29º Domingo do Tempo Comum e Dia Mundial das Missões), é dia de Sta. Josefina Léroux e suas Companheiras mártires, Sto. Abércio, Sta. Salomé, Sta. Nunilona e Sta. Alódia, S. Tiago Giaccardi e S. João Paulo II.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Sábado, 21 de Outubro de 2017

Hoje, 21 de Outubro, é dia de Sto. Hilarião, Sta. Úrsula e S. Gaspar del Búfalo.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Sexta-feira, 20 de Outubro de 2017

Hoje, 20 de Outubro, é dia de S. Maria Bertila Boscardin, S. Contardo Ferrini, Sta. Iria, S. Caprásio e Sta. Madadelena de Nagasaky.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Quinta-feira, 19 de Outubro de 2017

Hoje, 19 de Outubro, é dia de S. João Brebeuf, Sto. Isaac Jogues, S. Pedro de Alcântara e S. Paulo da Cruz.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 05:39

Quarta-feira, 18 de Outubro de 2017

Hoje, 18 de Outubro, é dia de S. Lucas e S. Monon, eremita.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:21

Terça-feira, 17 de Outubro de 2017

 

 

  1. Na «era dos extremos» (Eric Hobsbawm), estamos a assistir ao excruciante combate entre um fundamentalismo e um fanatismo.

Em campos opostos encontramos um «fundamentalismo religioso» (que quase todos denunciam) e um «fanatismo anti-religioso» (em que praticamente ninguém repara).

 

  1. Os dois querelam, permanentemente, no espírito humano e no espaço público.

De um lado há quem imponha determinadas concepções de Deus. Do outro lado não falta quem implante uma completa ausência de Deus.

 

  1. Há locais onde os sinais religiosos surgem em toda a parte. E há lugares onde a menor referência espiritual é repelida a todo o custo.

Os regimes «teocráticos» convivem, deste modo, com comportamentos cada vez mais «teofóbicos». Ambos conflituam, flagrantemente, com a liberdade.

 

  1. É óbvio que a presença de Deus não pode ser forçada. Mas será que a Sua ausência deverá ser imposta?

Ninguém pode obrigar alguém a ter fé. Mas será legítimo impedir quem quer que seja de assumir a fé que possa ter?

 

  1. Todos aceitamos que, numa sociedade livre, os cidadãos podem manifestar publicamente as suas opções políticas, culturais e desportivas.

Porque é que os mesmos cidadãos não hão-de poder manifestar publicamente a sua vivência religiosa? Será que, no espaço público, temos todos de nos comportar de uma maneira não-religiosa?

 

  1. De facto, há quem se incomode com actos religiosos em âmbitos não especificamente religiosos.

Mas parece que poucos se preocupam com atitudes claramente não religiosas em ambientes religiosos.

 

  1. É cada vez mais frequente conversar, telefonar, beber e até fumar nas igrejas.

Em muitos templos, é mais fácil ver um telemóvel do que um terço nas mãos das pessoas.

 

  1. Para muitos, a fé é um assunto meramente privado, do foro íntimo. Paradoxalmente, esta restrição é determinada em nome da liberdade, da liberdade de não ser perturbado.

E a liberdade de intervir? A liberdade constrói-se não abafando o diferente, mas aceitando as diferenças.

 

  1. Que oportunidade estamos dispostos a dar ao discurso crente em debates sobre temas como a eutanásia, o aborto ou a justiça social?

Somos todos livres. Mas, na hora que passa, parece que uns são mais livres que outros.

 

  1. Num tempo de «filias» e «fobias», muitos dão sinal de estar afectados por uma estranha «teofobia».

Nesta época crescentemente «teofóbica», quem se disporá a ser coerentemente «teófilo»? Onde estão os «amigos de Deus»?

publicado por Theosfera às 10:58

Hoje, 17 de Outubro, é dia de Sto. Inácio de Antioquia (que gostava de se apresentar como «Teóforo», aquele que traz Deus), Sta. Zélia, S. Balduíno e S. Gilberto.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 05:39

Segunda-feira, 16 de Outubro de 2017

O egoísmo é a maior doença do nosso tempo.

E o pior do egoísmo é que ele não consiste em cada um viver sobre si mesmo.

O pior do egoísmo é cada um pretender que os outros vivam à sua volta.

Para Oscar Wilde, «egoísmo não é tanto viver à nossa maneira, mas desejar que os outros vivam como nós queremos».

Além de egoísmo, isso é prepotência. Só que, infelizmente, é o que mais estamos habituados a ver!

publicado por Theosfera às 09:34

Hoje, 16 de Outubro, é dia de Sta. Hedwiges, Sta. Margarida Maria Alacoque, Sta. Josefa Vanini e S. Gerardo Majela.

Faz também 39 anos que foi eleito o Papa São João Paulo II.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Domingo, 15 de Outubro de 2017

Tu sabes tanto.

Tu sabes tudo, Senhor.

Mas não sabes conjugar o verbo «mandar».

Tudo só sabes conjugar o verbo «servir».

 

Tu ficaste triste e desapontado

quando os Teus discípulos se mostravam preocupados pelo poder,

pela ambição de mandar,

pelo desejo de possuir.

 

O Teu Reino, Senhor, não é de poder,

é de amor, esperança e paz.

 

Nestes tempos convulsos e incertos,

Tu és a bússola e o sentido,

o horizonte e a paz,

 

 

Obrigado, Senhor,

por estares sempre connosco

e por nos ensinares a servir.

 

 

 

Ajuda-nos a constituir uma Igreja do serviço,

da ajuda e da solidariedade.

 

Ajuda-nos a crescer na disponibilidade

e na mansidão.

 

Tu estás no meio de nós como quem serve.

Tu não vens para ser servido, mas para servir

e dar a vida por todos.

 

Que nós aprendamos conTigo.

Que nós queiramos servir.

 

Tu experimentaste a dor

e toda a espécie de provações.

 

Tu és, pois, o nosso Cireneu,

aquele que condivide a nossa Cruz.

 

Obrigado, Senhor, pela Tua bondade,

pelo Teu infinito amor

e pela Tua intensa paz.

 

Que tudo em nós faça ressoar

a beleza da vida que vem de Ti,

JESUS!

publicado por Theosfera às 10:40

A. A única «guerra» que vale a pena travar

  1. Dolorosa não é só a fome de muitos; é também — e bastante — o contraste com a opulência de tantos. De facto e como notou Eduardo Lourenço, o drama da fome «coexiste com o espectáculo de uma civilização aparentemente dotada de todos os meios, de todos os poderes para a abolir». Não dá para acreditar, mas importa saber que as 85 pessoas mais ricas do mundo possuem tanto como cerca de 3 mil milhões de pessoas do mesmo mundo. Ou seja, poucos com tanto e tantos com tão pouco!

Será que não podemos eliminar a fome ou será que não queremos eliminar a fome? Será que já reparamos na súbita emergência de um novo continente — o «continente da fome» —, que consegue até a assustadora proeza de ser mais populoso que a Oceania, a África e a América Latina?

 

  1. O trágico é notar como muita gente tem mais acesso ao armamento do que ao pão. Com efeito, nunca vimos ninguém a mendigar armas. Estas parecem estar ao alcance de todos. Mas as pessoas continuam a estender a mão para mendigar pão! É caso para dizer — para gritar — aos partidários da guerra: «Se querem lutar, lutem contra a fome»!

Este é um dos poucos «adversários» que vale a pena enfrentar, um dos raros «inimigos» que vale a pena combater e a única «guerra» que vale a pena travar. Aliás, a vitória nesta «guerra» não acarreta baixas nem danos colaterais: todos são vencedores, ninguém sai a perder. Habitualmente, os inimigos dos povos são outros povos. Nestas guerras, todos perdem, até os que (presuntivamente) ganham.

 

B. Quem olha para o «Cristo faminto»?

 

3. Os povos e as pessoas não deviam ter inimigos. Todos os povos e todas as pessoas deviam unir-se contra os reais inimigos da humanidade. Que inimigos são esses? São principalmente quatro: a doença, a ignorância, a violência e a fome. A «guerra» contra a doença é crucial. A «guerra» contra a ignorância é determinante. A «guerra» contra a violência é decisiva. E a «guerra» contra a fome é urgente.

Enquanto não vencermos estas quatro «guerras», não teremos paz e arriscamo-nos a nem sequer ter vida. Se, como disse o Papa Paulo VI, o clamor dos povos da fome chegou até Deus, como é que pode não chegar até nós?

 

  1. Não esqueçamos que Cristo também está presente no irmão que passa fome. Tantas vezes, o Cristo faminto é um Cristo ignorado. Tantas vezes Ele passa por nós e nós nem sequer reparamos. Mas, um dia, esse mesmo Cristo faminto poderá dizer-nos: «Tive fome e não Me destes de comer» (Mt 25, 42). É que «tudo o que não fizestes ao mais pequeno dos Meus irmãos foi a Mim que o deixaste de fazer» (Mt 25, 45).

Daí que São João Crisóstomo dirija um apelo a cada um de nós: «Enquanto adornas o templo, não esqueças o teu irmão que sofre, porque este templo é mais precioso que o outro». Se alguém quiser honrar a Cristo, «não permita que Ele seja desprezado nos Seus membros, isto é, nos pobres», nos que passam fome. Afinal, «de que serviria adornar a mesa de Cristo com vasos de ouro se Ele morre de fome na pessoa dos pobres?». É assim que se compreende que, numa visita que fez ao Peru, São João Paulo II tenha atordoado a humanidade com uma exclamação interpelante: «Fome de Deus sempre! Fome de pão nunca!»

 

C. Deus convida-nos para um «banquete»

 

5. Deus também é pão. Deus também Se faz pão. Os textos que escutámos neste Domingo são atravessados por um convite. Deus convida-nos para uma refeição, para um banquete «com manjares suculentos, um banquete com excelentes vinhos, comidas de boa gordura e vinhos puríssimos» (Is 25, 6).

Durante tal banquete, Deus vai «retirar o luto» (Is 25, 7) e «destruir a morte» (Is 25, 8). Vai, por isso, «enxugar todas as lágrimas» (Is 25, 8) e acabar com «a vergonha do Seu povo» (Is 25, 8). Tudo isto acontecerá nos tempos últimos, inaugurados por Jesus Cristo. Ele é o Último, o Definitivo e o Perene. Ele é o eco de todos os nossos anseios e o horizonte de todos os nossos caminhos.

 

  1. O Evangelho garante que «o banquete está pronto» (Mt 22, 8). De facto, é em Jesus Cristo que Deus Se faz pão. Cristo é pão para que ninguém tenha mais fome de pão. Quem come deste pão, vive e vivifica. Ou seja, alimenta-se para alimentar os outros.

Aliás, é esse o mandato do próprio Jesus: «Dai-lhes vós de comer» (Lc 9, 13). Por conseguinte, somos nós que temos de dar o pão. E que pão? Toda a espécie de pão: o pão que vem da terra e o pão que vem do Céu (cf. Jo 6, 32).

 

D. O Pão da Vida e o pão para cada dia

 

7. O pão que vem do Céu é Jesus Cristo. É Ele o Pão da Vida (cf. Jo 6, 35). É por isso que o homem não vive só do pão que vem da terra (cf. Mt 4, 4). Assim sendo, o pão que somos chamados a distribuir é sobretudo Cristo. Cristo alimenta-nos na mesa da Palavra e na mesa da Eucaristia. É pela Palavra que o pão da terra se transforma no Corpo de Cristo (cf. 1Cor 11, 23). A Eucaristia é uma refeição servida em duas mesas: na Mesa da Palavra e na Mesa do Pão.

Quanto mais nos alimentarmos com o Pão da Palavra e da Eucaristia, tanto melhor alimentaremos os outros com o pão de cada dia. É por este motivo que a Missa não tem fim. Termina a Missa, começa a Missão. E a Missão consiste, basicamente, na distribuição do Pão: do Pão que vem de Deus e do pão que vem da terra pela graça de Deus.

 

  1. Deus está sempre a convidar. Mas há quem recuse, há quem não queira vir (cf. Mt, 22, 3). São muitos os que vêm, mas continuam a ser muitos mais os que não querem vir. Eis, pois, um compromisso para todos nós: fazer eco do divino convite. Vamos convidar outros (em casa, na escola, na rua, no trabalho e até no café) para virem no próximo Domingo. E se os que estão perto persistirem em não vir, convidemos os que estão longe, nas periferias, os que se encontram nas «encruzilhadas dos caminhos» (Mt 22, 9).

A Igreja é para todos, embora não seja para tudo. Quando o banquete se inicia, o rei apercebe-se de que um convidado «não vestira o traje de cerimónia» (Mt 22, 11). O traje é essencial. É o que se coloca por cima de nós, é o que nos reveste e que, nessa medida, nos identifica.

 

E. Cristo é Pão para todos

 

  1. As pessoas, quando nos vêem, olham para aquilo que vestimos. Que traje devemos trazer, então, para este banquete que é a Eucaristia? Só pode ser o traje de uma vida nova, de uma vida transformada. Não se pode ir para um banquete com o traje habitual. Isto é, não se pode ir para o sacramento da vida nova com a vida que se tem. É preciso mudar de vida. É por isso que a Eucaristia começa com a confissão. É por isso que nos devemos confessar com frequência. A graça de Deus é a vida nova, a vida renovada.

Deus não falta nem nos falta. Aliás, foi o que reconhecemos no Salmo Responsorial: «O Senhor é meu pastor, nada me falta» (Sal 22, 1). N’Ele encontramos o que precisamos e o que desejamos. Sem Ele, nada; com Ele, tudo. São Paulo o atesta com grande ênfase: «Tudo posso em Cristo que me dá força» (Fil 4, 13).

 

  1. Em Cristo, estamos à espera do melhor e sentimo-nos preparados para enfrentar o pior. Em Cristo, sabemos viver na abundância e saberemos viver na pobreza (cf. Fil 4, 12). Em Cristo, conseguimos viver modestamente na prosperidade e não deixaremos de viver dignamente na penúria. É que, em Cristo, somos capazes de relativizar os bens em função do bem que é contribuir para o bem dos outros.

Em Cristo, nunca descansaremos enquanto alguém passar fome. Cristo é pão para todos. Sejamos nós os distribuidores de pão junto de todos. Se todos tiverem fome de Deus, ninguém terá fome de pão!

 

publicado por Theosfera às 05:34

Hoje, 15 de Outubro (28º Domingo do Tempo Comum), é dia de Sta. Teresa de Jesus e Sto. Eutímio, o Jovem.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Sábado, 14 de Outubro de 2017

Hoje, 14 de Outubro, é dia de S. Calisto, Sta. Madalena Panattieri e S. João Ogilvie.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Sexta-feira, 13 de Outubro de 2017

Hoje, 13 de Outubro, é dia de Sto. Eduardo III, S. Fausto e Bem-Aventurada Alexandrina Maria da Costa.

Um santo e abençoado dia para todos.

publicado por Theosfera às 00:00

Quinta-feira, 12 de Outubro de 2017

Hoje, 12 de Outubro, é dia de Nossa Senhora do Pilar, Nossa Senhora de Aparecida, S. Serafim de Montegranaro, S. Vilfrido e S. João Beyzym.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Quarta-feira, 11 de Outubro de 2017

O sono não é um tempo perdido.

Até a dormir podemos estar a produzir, a pensar e (quem sabe?) a ler.

Jean Cocteau dizia que «os sonhos são a literatura do sono».

O importante é que não deixemos de sonhar quando acordamos.

Há um importante «livro» que aguarda pela sua «composição»: o «livro da vida».

Este «livro» é composto de realidades sonhadas e de sonhos realizados.

Quando haverá um Nobel para o incomparável Livro da Vida?

publicado por Theosfera às 10:03

Hoje, 11 de Outubro, é dia de Sta. Soledade Torres, Sto. Alexandre Sáuli e S. João XXIII, o Papa Bom.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Terça-feira, 10 de Outubro de 2017

 

  1. Parece que, hoje em dia, somos todos «ex-alguma coisa».

Basta abrir um jornal, folhear uma revista, ligar a televisão ou passear os olhos pelas redes sociais.

 

  1. Não é preciso muito para coleccionar um cardápio de funções ou estados de vida antecedidos do (omnipresente) prefixo «ex».

A toda a hora, vemos listados «ex-ministros», «ex-vereadores», «ex-directores», «ex-dirigentes», «ex-conselheiros», «ex-colaboradores», «ex-professores», «ex-colegas», «ex-manequins», «ex-futebolistas», «ex-treinadores», «ex-campeões», «ex-padres», «ex-maridos», «ex-companheiros», «ex-namorados» etc., etc.

 

  1. Pouco faltará para que o nosso Presidente seja tratado como «ex-comentador»!

Chegaremos, alguma vez, ao absurdo de descrever os mortos como «ex-vivos»?

 

  1. Sem nos apercebermos, identificam-nos mais pelo que fomos do que pelo que somos.

Daí que, à medida que os anos correm, não falte quem tenha o seu nome precedido de vários «ex». É uma forma de dar relevo o que se foi. Mas, ao mesmo tempo, não será um modo de obscurecer o que se é?

 

  1. Ao contrário do que pensamos, vivemos muito amarrados ao passado.

É como se, a páginas tantas do «livro» da vida, ninguém olhasse pelas janelas do presente nem cuidasse de abrir as portas do futuro.

 

  1. Num tempo em que nos declaramos comprometidos com o que há-de vir, espanta que, afinal, nos mostremos tão enquistados no que já aconteceu.

Não raramente, o que se deixou acaba por ter um impacto superior ao que se vai encontrando.

 

  1. Até as relações mais estáveis estão a ser asfixiadas por uma crescente instabilidade.

Apesar de não haver muitas referências a «ex-amigos», abundam expressões que verbalizam a efemeridade de algumas amizades.

 

  1. Quem já não se lastimou por causa dos «amigos da onça» ou «de Peniche»? E que pensar da «remoção» de amigos no «facebook»?

Na era da velocidade, como é vertiginosa a passagem de amigo para «ex-amigo»!

 

  1. Com «ex-aluno» é diferente. Aliás, nem deveríamos usar «ex» antes de «aluno».

As aulas podem ter terminado, mas a aprendizagem nunca há-de cessar. Ser aluno — notou Xavier Zubiri — «pertence ao que não passa».

 

  1. O que jamais ouviremos é falar de «ex-pais», «ex-mães», «ex-filhos», «ex-irmãos».

Não obstante os sobressaltos que possa haver, estes são laços eternos, a valer. Nem a morte apaga aquilo que na vida se apega. Pai, mãe, filhos e irmãos nunca são «ex». Estão sempre «in». Estão sempre dentro. Sempre no mais fundo de nós!

publicado por Theosfera às 10:15

Hoje, 10 de Outubro, é dia de S. Daniel e seus Companheiros Mártires, S. Daniel Comboni, S. Miguel Píni e S. Tomás de Vilanova.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Segunda-feira, 09 de Outubro de 2017

Hoje, 09 de Outubro, é dia de Sto. Abraão, S. João Leonardo, S. Dionísio Areopagita, S. Luís Beltrão, Sto. António Prazzini e Sto. Inocêncio Camauro.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Domingo, 08 de Outubro de 2017

Nada é impossível para Ti.

Tudo é possível conTigo, Senhor.

 

Hoje em dia, precisamos de acreditar,

de não desistir

e de sempre caminhar.

 

Obrigado, Senhor, pelo estímulo

e pelo constante apoio.

 

O caminho é difícil, mas não é inviável.

Ele pode ser trilhado.

E, como aos discípulos de Emaús,

também hoje nos acompanhas.

 

És o nosso companheiro,

o que partilha a nossa vida.

 

Tu queres, Senhor, que saibamos os mandamentos.

Mas não chega.

 

Mais importante que saber é fazer.

Saber é necessário, mas fazer é decisivo.

 

Às vezes, falta-nos apenas uma coisa.

Mas essa coisa pode ser a mais importante.

 

É preciso dar aos pobres,

repartir com os pobres.

 

Como são actuais estas palavras.

Como é pertinente este apelo.

Como é urgente esta prioridade.

 

É aqui que está a sabedoria.

A sabedoria não está apenas no conhecimento.

A sabedoria está sobretudo no amor.

O amor é mais sábio que a sabedoria.

 

Essa sabedoria está na Tua Palavra

e no Teu Pão.

 

Obrigado, Senhor, por seres a Mesa

e o Pão.

 

Obrigado, Senhor, por nos dares tudo em abundância.

Obrigado por tanto. Obrigado por tudo.

 

Que nós saibamos repartir.

Aumenta a nossa solidariedade

e faz crescer o nosso amor!

publicado por Theosfera às 08:44

A. Não faltou quem agredisse Jesus

 

  1. Todos nós conhecemos — e tememos — o «bullying». O ano lectivo, que ainda há pouco começou, já traz muita gente preocupada com ele. Como é sabido, o «bullying» é uma forma deliberada de violência que se repete ao longo do tempo com o objectivo de afirmar o poder do agressor sobre a vítima.

Há, portanto, aqui três ingredientes explosivos: o poder, a conquista do poder contra os outros e a conquista do poder através da violência. Sintetizando ainda mais, dir-se-ia que o «bullying» significa três coisas, três coisas muito negativas: dominar, humilhar e agredir.

 

  1. Acresce que a violência pode não ser física ou pode não ser apenas física. A violência pode igualmente envolver ameaças, humilhações, ofensas e calúnias. E todos nós sabemos que a dor que mais dói não é a dor física. A dor da alma não dói menos nem mói menos.

Entretanto e se pensarmos bem, verificaremos que o «bullying» não é de agora. Afinal, o Filho de Deus também esteve submetido a um permanente assédio do «bullying». Ainda criança e já recebia ameaças, tendo de fugir para o Egipto (cf. Mt, 2, 1-12). E que foi a Sua vida pública senão uma contínua exposição a toda a sorte de «bullying»? Nunca Lhe faltaram adversários e inimigos. Não faltou sequer quem O atacasse fisicamente (cf. Jo 18, 22), agredisse verbalmente e desgastasse moralmente (cf. Mt 11, 19).

 

B. A rejeição que dói — e que mói — é a dos que estão perto

 

  1. O texto do Evangelho que acabamos de ouvir é uma parábola que sinaliza o constante «bullying» a que Jesus esteve sujeito. Ele é o Filho que o proprietário envia à vinha depois de previamente ter mandado criados. Estes criados são os profetas que Deus enviou e que foram sucessivamente rejeitados. O mesmo iria acontecer ao próprio Filho, que também foi eliminado (cf. Mt 21, 38).

Toda a vida de Jesus foi um cruzamento entre aceitação e rejeição. O mais curioso — e mais doloroso — é verificar que a rejeição não veio de fora, mas de dentro.

 

  1. Os agricultores que matam o filho são a figura dos fariseus, dos sumos sacerdotes e dos anciãos do povo. Ou seja, são a figura daqueles que sempre hostilizaram Jesus: os do Seu tempo, os do Seu povo. Como diz o quarto Evangelho, Jesus «veio para o que era Seu e os Seus não O receberam» (Jo 1, 11).

De facto, a rejeição que magoa não é tanto a que vem dos que estão longe; é especialmente a que vem dos que estão perto. E rejeitar é também um modo de eliminar. Na verdade, não se morre só quando a morte chega. A morte também vai chegando com a rejeição.

 

C. Tanto de Deus para nós, tão pouco de nós para Deus

 

  1. A rejeição não afecta apenas o homem em relação ao homem. Também afecta o homem na sua relação com Deus. Não falta, na verdade, quem insista em afastar Deus da vida e em afastar a vida de Deus. O problema é que, ao cortar com Deus, o homem não fica só sem Deus; arrisca-se a ficar também sem mundo e sem…ele mesmo. E, nesse caso, como escreveu Xavier Zubiri, «é a solidão absoluta».

Já o Antigo Testamento mostrava como Deus esperava muito do Seu povo, que Ele trata como sendo a Sua vinha: «A vinha do Senhor (…) é a Casa de Israel» (Is 5, 7). É uma vinha que Deus trata com enlevo e com desvelo: «Que mais se podia fazer à Minha vinha que Eu não lhe tivesse feito?» (Is 5, 4). Tanta amava Deus a Sua vinha, tanto esperava Deus da Sua vinha e tão pouco ofereceu a Sua vinha a Deus: «Quando Eu esperava que viesse a dar uvas, porque deu ela só uvas azedas?» (Is 5, 4)! Aliás, este é um sentimento que nós entendemos bem. Tanto trabalho dá a vinha ao viticultor e tão pouco proveito parece tirar o viticultor da vinha!

 

  1. De Israel Deus esperava «a rectidão e só há sangue derramado; esperava justiça e só há gritos de horror» (Is 5, 7). Sem Deus, o povo não acerta no seu caminho. Daí que o povo clame para que Deus reconsidere, como escutámos no Salmo Responsorial: «Deus do universo, vinde de novo, olhai dos Céus e vede, visitai esta vinha» (Sal 79, 15).

Os profetas continuaram a vir. O próprio Filho de Deus visitou o Seu povo. E, não obstante, a rejeição manteve-se. Ao longo destes vinte séculos, a rejeição de Jesus Cristo não ocorre apenas lá fora; também ocorre cá dentro. Aliás, Jesus, perante alguma animosidade em Nazaré, disse que «um profeta é desprezado na sua terra, entre os seus familiares e em sua casa» (Mc 6, 4).

 

D. De fora, as interpelações; de dentro, os obstáculos

 

  1. Nós, Igreja, somos, hoje, a Sua terra, a Sua família e a Sua casa. E, como há dois mil anos, é entre os Seus que sobrevém a traição (cf. Mt 26, 15-27, 3). Do exterior vêm as interpelações. Mas, frequentemente, é do interior que advêm os maiores obstáculos. Muito antes de se tornar Papa, Bento XVI reconhecia que a Igreja, em vez de ser «a medida e o lugar do anúncio, pode apresentar-se quase como o seu impedimento». É por isso que, não raramente, quando se diz Igreja, muitos pensam num sistema que afasta de Deus e não num povo que caminha para Deus.

Impõe-se, por conseguinte, retornar à génese da Igreja, isto é, a Deus e ao Povo: ao Deus do Povo e ao Povo de Deus. A Igreja é a proposta amorosa de Deus ao Povo. E há-de ser a resposta amorosa do Povo a Deus. É neste sentido que a Igreja é amada por Deus e querida pelo Povo.

 

  1. A tragédia de Israel foi a rejeição de Cristo. Mas Aquele que é rejeitado pelos homens acaba por ser aprovado por Deus (cf. Act 4, 10): «A pedra que os construtores rejeitaram veio a tornar-se pedra angular» (Mt 21, 43; Sal 118, 22). Trata-se da pedra angular de uma nova construção, de uma nova vinha, de um novo povo. Trata-se da pedra angular da Igreja, formada por judeus e não judeus, sem privilégios nem exclusões. É este povo que há-de dar frutos (cf. Mt 21, 43), ou seja, que há-de levar Cristo a toda a parte e anunciá-Lo a toda a gente (cf. Mt 28, 16-20).

Este povo está destinado a quebrar as fronteiras entre todos os povos. É neste espírito que São Paulo diz aos cristãos para aceitarem «tudo o que é verdadeiro e nobre, tudo o que é justo e puro, tudo o que é amável e de boa reputação, tudo o que é virtude e digno de louvor» (Fil 4, 8). Venha donde vier, tudo o que é bom vem sempre de Deus. Numa altura em que praticamente deixou de haver fronteiras entre os povos, porque é que hão-de crescer as barreiras entre as pessoas?

 

E. Deus está no alto, mas quer ser encontrado em baixo

 

  1. Joaquim Alves Correia, homem de coração forte e vistas largas, convidava-nos a olhar precisamente para a «largueza do Reino de Deus». Quebremos, então, todas as barreiras. Não humilhemos mais os humildes nem empobreçamos mais os pobres. Tenhamos presente que muita gente sai porque nós afastamos. Não ignoremos que muita gente não quer entrar porque nós não cativamos. E nunca percamos de vista que Jesus não está só no templo; também está no tempo.

Jesus está em todos, especialmente nos mais pequenos. Ele o assumiu: «Tudo o que fizerdes ao mais pequeno dos Meus irmãos, é a Mim que o fazeis» (Mt 25, 40).

 

  1. Deus está nas alturas, mas Jesus ensina-nos que, para encontrar Deus, o primeiro passo não é olhar para cima; é olhar para baixo, para o fundo. O Reino de Deus é como a semente lançada à terra (cf. Mc 4, 26).

Como avisava S. Francisco Xavier, «para Deus sobe-se descendo». É na terra — é em cada pessoa que habita na terra — que encontraremos Deus. Nunca nos desencontremos d’Ele. E nunca contribuamos para que alguém deixe de se reencontrar com Ele. Nunca nos esqueçamos disto: levemos Cristo a todos e encaminhemos todos para Cristo!

publicado por Theosfera às 05:59

Hoje, 08 de Outubro (27º Domingo do Tempo Comum), é dia de Sta. Pelágia, Sta. Taís e Sto. Artoldo.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Sábado, 07 de Outubro de 2017

Hoje, 07 de Outubro, é dia de Nossa Senhora do Rosário e S. Marcos, Papa.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Sexta-feira, 06 de Outubro de 2017

Andamos sempre a suspirar pela harmonia e a lidar continuamente com a desarmonia.

É um dos paradoxos estruturantes da nossa vida.

William Golding achava que «existe uma desarmonia nas nossas naturezas».

É por isso que, segundo ele, «não podemos viver juntos sem nos ferirmos uns aos outros».

E, de facto, há quem abuse. Há quem não saiba senão ferir.

Mas, em compensação, também há quem se esmere em (ajudar a) curar todas as feridas!

publicado por Theosfera às 10:11

Hoje, 06 de Outubro, é dia de S. Bruno, Sta. Maria Francisca das Cinco Chagas, S. Diogo de San Vítores, Sta. Maria Ana Mógas de Funtcuberta, Sta. Fé e S. Francisco Gárate.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Quinta-feira, 05 de Outubro de 2017

Hoje, 05 de Outubro, é dia de S. Plácido, Sta. Flor, S. Raimundo de Cápua, S. Bartolomeu Longo, Sta. Faustina, S. Francisco Xavier Seelos e St. Alberto Marvelli.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Quarta-feira, 04 de Outubro de 2017

A liberdade não pode dispensar o bom senso.

O bom senso é a moldura que enriquece (e entifica) a liberdade.

É normal que os povos tenham aspirado à independência.

Num tempo em que quase tudo se decidia dentro, a independência era um trunfo.

Mas numa época (a nossa), em que praticamente tudo se decide fora, que resultados práticos terá a independência?

Num mundo cada vez mais interdependente, a vida das pessoas não se decide apenas no seu território.

É por isso que o amor ao povo não se traduz somente em declarações de independência.

Traduz-se, acima de tudo, na melhoria das condições de vida dos seus cidadãos.

E isto passa pela abertura ao exterior.

Não se extreme o que, por agora, já está deveras extremado. Aposte-se no diálogo e no bom senso!

publicado por Theosfera às 09:49

Hoje, 04 de Outubro, é dia de S. Francisco de Assis, Sta. Calistena e Sto. Adaucto.

Retenhamos o conselho do «Poverello» e sejamos «simples, humildes e puros».

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 05:39

Terça-feira, 03 de Outubro de 2017

 

  1. Por vezes, dá a impressão de que nós, cristãos, estamos acomodados, quase em «modo de pausa».

Parece que só nos incomodamos quando nos inquietam, quando «mexem» connosco.

 

  1. Devíamos olhar um pouco mais para os políticos em campanha. Nota-se que algo os faz «mexer» e os faz querer «mexer» connosco.

De facto, quando algo — ou alguém — «mexe» connosco, nós não descansamos enquanto não «mexemos» com outros. Porque é que nós, cristãos, nos «mexemos» tão pouco?

 

  1. O que se passou nos últimos dias deve ajudar-nos a pensar, a reflectir e, porventura, a inflectir.

O que os políticos mais nos mostraram foi a importância de ir ao encontro das pessoas. Não basta ficar à espera delas; é fundamental ir à procura delas.

 

  1. E, justiça seja feita, nestes contactos os políticos não costumam usar de rodeios. Pelo contrário, vão logo directos ao que os traz.

Não hesitam em pedir o voto. Mostram que acreditam no que os move. E não têm qualquer receio em assumir que o seu projecto é o melhor.

 

  1. Recorrem a todos os meios disponíveis. Tanto convocam as pessoas para a rua como as visitam em casa. Nem as mais sozinhas são esquecidas.

Cumprimentam, sorriem, abraçam, partilham refeições. Apresentam medidas e escutam anseios.

 

  1. Não se dispensam de surgir nos jornais nem, como é óbvio, de recorrer às redes sociais.

Além de mobilizar, esforçam-se por seduzir. Daí que tanto façam desfilar argumentos como se insinuem com presentes.

 

  1. A resposta não vem de todos. Mas a proposta não deixa de chegar a todos.

O mais sintomático é que até alguns dos mais renitentes acabam por ser convencidos. E é assim que, não obstante a abstenção, muitos votos são conquistados.

 

  1. Dizem que os políticos só aparecem nesta altura. Mas aparecem.

E nós, cristãos, quando é que aparecemos na vida das pessoas?

 

  1. Os políticos aparecem porque algo «mexe» com eles e porque algo os dispõe a «mexer» com os outros. Não devia acontecer o mesmo connosco?

Não só em alguns dias, mas em cada dia, era bom que nos vissem sair para convidar outros a vir.

 

  1. Não temos presentes para dar. Mas temos o melhor presente para oferecer: Jesus.

Se Jesus «mexe» connosco, porque é que não havemos de nos «mexer» para atrair outros para Jesus?

publicado por Theosfera às 10:07

Segunda-feira, 02 de Outubro de 2017

Hoje, 02 de Outubro, é dia dos Stos. Anjos da Guarda, S. Tomás de Bereford e Sto. António Chevrier. Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Domingo, 01 de Outubro de 2017

Obrigado, Senhor, por não nos deixares sós.

Obrigado por estares sempre connosco, sempre em nós.

 

A Tua presença é a nossa vida,

a cor dos nossos sonhos,

o horizonte do nosso olhar.

 

Tu és família,

uma família de amor formada pelo Pai, pelo Filho e pelo Espírito Santo.

 

Que todas as famílias vivam esse amor.

Que o amor de todas essas famílias seja alimentado pelo Teu amor.

 

Que os problemas não vençam as famílias.

Que as famílias possam vencer os problemas.

 

Mas sem Ti nada se consegue.

ConTigo tudo se obtém,

tudo se alcança.

 

As famílias são um pequeno mundo.

Que o mundo possa ser uma grande família.

 

Que estejamos todos unidos.

Que sejamos sempre amigos.

Que sejamos sempre irmãos.

 

Que as famílias não sejam fonte de sofrimento.

Que as famílias sejam espaço de paz,

tolerância, concórdia e amor.

 

Que sejamos como as crianças:

simples, humildes e puras.

 

Que saibamos acolher as crianças,

os mais simples e os mais pequenos.

 

Que as crises nos deixem mais fortes.

Que não vacilemos no amor.

 

A eternidade é amor.

O amor é eterno.

 

Que saibamos alimentar o amor

com a Tua palavra e o Teu pão.

 

Obrigado, Senhor, por tanto.

Obrigado, Senhor, por tudo.

 

Mãe do amor formoso,

inspira os nossos corações,

lava o nosso espírito.

 

Faz projectar no mundo

a paz de Teu Filho,

a paz de JESUS!

publicado por Theosfera às 10:57

A. O prometido é devido, mas raramente é cumprido

 

  1. Prometer e não cumprir. Eis o que mais denunciamos e eis, ao mesmo tempo, o que mais fazemos. Quem de nós pode assegurar que cumpre tudo o que promete? É por isso, que quanto a promessas não cumpridas, «quem não tiver pecado, que atire a primeira pedra» (Jo 8, 9).

É um facto que não são apenas os políticos, que tão apressadamente causticamos, a prometer o que não cumprem e a não cumprir o que prometem. Bismark achava que onde mais se mente tanto é antes das eleições, durante a guerra e depois da caça. Mas a experiência mostra que é praticamente em todos os momentos da vida que faltamos ao prometido. É praticamente em todos os momentos da vida que não fazemos o que dizemos ou fazemos o contrário do que dizemos. Enfim, o prometido até será devido, mas raramente é cumprido.

 

  1. Será que marido e esposa procuram cumprir as promessas que assumiram no dia do Matrimónio? Será que se esforçam por serem fiéis um ao outro, amando-se e respeitando-se «na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias [e não apenas alguns] da sua vida»? Será que os pais procuram educar os filhos na fé cristã e na observância dos Mandamentos, como prometeram no dia do Baptismo? E será que, na sequência da referida promessa, procuramos amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos?

Será que santificamos o Domingo e os dias santos participando na Eucaristia? Será que honramos devidamente o nosso pai e a nossa mãe? Será que não alimentamos falsos testemunhos? Será que procuramos ser castos nas palavras e nas obras, nos pensamentos e nos desejos? Será que respeitamos aquilo que não é nosso?

 

B. Ninguém é excluído, todos são mobilizados

 

  1. E será que nós, sacerdotes, procuramos — como prometemos — exercer, «digna e sabiamente, o ministério da Palavra, na pregação do Evangelho e na exposição da fé católica»? Será que nós, sacerdotes, procuramos — como prometemos — «celebrar com fé e piedade os mistérios de Cristo (…) principalmente no sacrifício da Eucaristia e no sacramento da Reconciliação»? Será que, como nos foi mandado na ordenação diaconal, «acreditamos no que lemos, ensinamos o que cremos e vivemos o que ensinamos»?

Ninguém está, portanto, em posição de apontar o dedo a alguém. Faltar à palavra dada e à promessa feita não é um exclusivo de alguns, é uma falha de todos. Nossa também.

 

  1. É para toda esta situação que somos alertados, neste Domingo, num cenário que nos é bastante familiar. Se há significante que conhecemos bem é a vinha. É na vinha onde muitos trabalham não só agora, mas também agora, sobretudo agora. A vinha na Bíblia é um significante com um poderoso significado. Ela simboliza o Reino de Deus na terra, tipificado no Antigo Testamento pelo povo de Israel e no Novo Testamento pela Igreja, novo Israel.

Para o trabalho desta vinha ninguém é excluído, todos são mobilizados: os que estão fora e os que estão dentro. Há oito dias, falava-se de um proprietário que saiu para convidar trabalhadores para a vinha. Hoje, fala-se de um homem que manda sair os seus próprios filhos para a vinha. Aos de fora faz-se um convite para entrar na vinha, aos de dentro faz-se um apelo para sair para a vinha.

 

C. Nem tudo se resolve com palavras

 

  1. Os que estão dentro têm de sair, para que os que têm estado fora possam entrar. O ponto de encontro é a «vinha do Senhor», isto é, a Igreja que se encontra ao serviço da humanidade. O trabalho é para todos, o trabalho é para sempre e — pormenor nada despiciendo — o trabalho é para começar hoje.

Note-se, a este propósito, a fórmula que o pai usa: «Filho, vai hoje trabalhar para a vinha» (Mt 21, 28). Este hoje não é apenas um dia com 24 horas. Este hoje aponta para o tempo inteiro da nossa vida. Envolve, portanto, todos os hojes e cada hoje: o hoje deste dia também. É caso para dizer: «Não adies para amanhã a missão que podes — e deves — realizar hoje». É que a missão, além de necessária, é urgente.

 

  1. Estes dois filhos corporizam duas atitudes distintas diante da urgência da missão. Um recusa a missão com os lábios, mas aceita a missão com a vida (cf. Mt 21, 29). O outro aceita a missão com os lábios, mas recusa a missão com a vida (cf. Mt 21, 30). Ou seja, promete, mas não cumpre.

Isto significa que quem faz a vontade de Deus não é quem fala, é quem faz. Não é mal falar. Mal é falar sem fazer, é fazer o contrário do que se diz. Daí a advertência do Mestre em relação aos que assim procedem: «Fazei o que eles dizem, mas não o que eles fazem» (Mt 23, 3). Logo no Sermão da Montanha, Jesus tornara tudo muito claro: «Nem todo aquele que Me diz “Senhor, Senhor” entrará no Reino dos Céus, mas somente aquele que faz a vontade do Meu Pai que está nos Céus» (Mt 7, 21).

 

D. Até os que estão atrás são puxados para a frente

 

  1. O discurso dos lábios conta pouco se não é acompanhado pelo discurso da vida. Só vale a pena quando se diz o que se faz e se faz o que se diz. Santo António, que estava saturado de retórica vazia, gritou: «Cessem as palavras e falem as obras. De palavras estamos cheios, de obras vazios». Para o Padre Giuseppe de Luca, «a melhor maneira de dizer as coisas é fazê-las». É que, como observou Abraham Lincoln, as «acções falam mais alto que as palavras». Não admira, pois, que São João nos exorte a que não amemos com palavras nem com a língua, mas com obras e em verdade (cf. 1Jo 3, 18).

Apesar de tudo, Jesus não exclui ninguém, nem sequer aqueles que se auto-excluem. Aquele filho que disse que ia trabalhar na vinha, mas depois não foi, é imagem dos sumos sacerdotes e dos anciãos, que mostravam muitas palavras, mas poucas acções. Jesus não diz que eles estão excluídos do Reino do Deus. Diz, sim, que os publicanos e as mulheres de má vida irão à frente deles (cf. Mt 21, 31). E vão à frente deles não por continuarem com a sua má vida, mas precisamente por estarem dispostos a deixar a sua vida má. Ir para a vinha significa entrar na vida, numa nova vida.

 

  1. O mal de muitos é achar que não é preciso mudar. É achar que mudar é para os outros. Hoje como ontem, não falta quem pense que até Deus está errado. Que está errado por ser misericordioso, por dar uma oportunidade ao pecador que «se afaste do mal» (Ez 18, 27).

Hoje como ontem, não falta quem considere a misericórdia um sinal de fraqueza. E, no entanto, como reconhecíamos há momentos na Oração Colecta, a maior prova do poder de Deus está quando Ele perdoa e Se compadece. Não espanta, pois, que o salmista suplique: «Lembrai-Vos, Senhor, das Vossas misericórdias» (Sal 24, 6). E Deus lembra-Se. Deus lembra-Se até quando nós nos esquecemos, até quando nós O esquecemos.

 

E. Precisamos de vitamina C, de «vitamina Cristo»

 

  1. Como explica São Paulo, Cristo Jesus, pelo caminho da humildade, vem ao encontro do homem sem deixar de ser divino (cf. Fil 2, 6-8. Pelo mesmo caminho da humildade, o homem é chamado a ir ao encontro de Deus sem deixar de ser humano.

Deus não nos desumaniza. Pelo contrário, é Deus quem mais nos humaniza e fraterniza. É Deus quem mais faz de nós humanos e fraternos. Em Cristo, Deus venceu as distâncias que nos separavam. É a humildade que nos aproxima de Deus. E é a humildade que nos aproxima uns dos outros, sem preconceitos nem censuras.

 

  1. Procuremos, então, ter «os mesmos sentimentos que havia em Cristo Jesus» (Fil 2, 5), que era «manso e humilde» (Mt 11, 29). Desse modo, ficaremos unidos e nada faremos por rivalidade nem por vanglória (cf. Fil 2, 3). Nada faremos a pensar nos nossos interesses e tudo faremos a pensar nos interesses dos outros (cf. Fil 2, 4).

No fundo, o nosso maior adversário pode estar dentro de nós. O egoísmo é uma doença que cega, uma doença que tolhe, uma doença que pode matar. Só venceremos o egoísmo com muitas doses de vitamina C, de «vitamina Cristo». É Cristo que nos ensina a olhar para os outros como eles são. Cristo também está neles. Em Cristo, todos estaremos unidos a todos!

publicado por Theosfera às 05:23

Hoje, 01 de Outubro (26º Domingo do Tempo Comum, início do mês do Rosário e das Missões), é dia de Sta. Teresa do Menino Jesus e da Santa Face e S. Bavão.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:17

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