O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Quarta-feira, 21 de Junho de 2017

 

  1. Mais uma tragédia cobriu de luto o nosso país. Sentimo-nos abatidos como sempre e, ao mesmo tempo, impotentes como nunca.

Por mais recomendações que se façam, por esta altura contamos sempre com uma vaga de incêndios. O que certamente não esperávamos é que, alguma vez, houvesse uma quantidade tão grande de vítimas mortais.

 

  1. Sucede que quem ouve os especialistas fica com a sensação de que tudo isto poderia ser evitado ou, pelo menos, atenuado.

Porque é que, só depois de acontecer, é que toda a gente parece saber o que fazer? Não será possível agir antes para não termos que lamentar depois?

 

  1. No rescaldo das tragédias, nada é esquecido e ninguém é poupado.

Na distribuição de responsabilidades e na transumância das culpas, até o próprio Deus é implicado.

 

  1. Também desta vez, perante as dantescas chamas de Pedrógão Grande, já surgiram as inevitáveis perguntas.

Porque é que Deus castiga assim as pessoas? Ou então: porque é que Deus não intervém?

 

  1. No mínimo, censuramos Deus pela inactividade. No limite, interpelamos Deus pela Sua presumida severidade.

Mas será que Deus castiga. Será que Deus não actua?

 

  1. Olhando para o que Jesus nos mostra acerca de Deus, uma coisa é possível garantir.

As tragédias não mostram a acção castigadora de Deus, mas a presença sofredora do Pai. Deus não castiga ninguém. Deus sofre com todos.

 

  1. Assim sendo, não peçamos a Deus a explicação para o que acontece. Acolhamos, antes, o amor que Ele sempre nos oferece.

E é sobretudo quando Ele parece mais ausente que Ele mais está presente.

 

  1. A partir da Cruz de Jesus, nós acreditamos que Deus estava com todos os que morreram no terrível incêndio de sábado.

E continuamos a acreditar que, a esta hora, todos os que morreram no incêndio de sábado estão com Deus.

 

  1. Deus nunca está ausente. Só que costuma destacar-Se por uma presença silenciosa.

Acontece que esta presença silenciosa não é inactiva, mas inteiramente solidária e plenamente compassiva.

 

  1. Deus faz Seu o que é nosso para que nós façamos nosso o que é Seu. Deus sofre connosco no tempo para que nós possamos ser felizes com Ele na eternidade.

É por isso que sentimos Deus a «arder» naquelas chamas de morte. Mas também pressentimos o mesmo Deus a entreabrir para todos uma eterna luz de vida.

 

  1. Sejamos nós como Deus. Com menos palavras e mais gestos.

Coloquemo-nos no lugar dos outros, sobretudo daqueles que partiram. Eles já estiveram onde nós estamos. Nós estaremos onde eles já estão.

 

  1. Afinal, num breve instante tudo muda. Não adianta construirmos castelos (aparentemente) muito fortificados. Também eles ruem, também eles caem.

Estamos aqui de passagem. Somos nómadas neste mundo. A viagem pelo tempo é acelerada e, quase sempre, termina depressa.

 

  1. Não nos portemos como donos e senhores, humilhando os outros. É que também nós somos finitos e limitados.

A verdadeira grandeza não está em pisar os pés, mas em dar as mãos. E em vivermos — sempre — como irmãos!

publicado por Theosfera às 11:47

Tão obstinados andamos com o afã de possuir que até reduzimos o ser ao ter.

Só que, como bem alertou Jean-Paul Sartre, «o homem não é a soma do que tem».

Para o filósofo existencialista, o homem é «a totalidade do que ainda não tem, do que poderá vir a ter».

Estou persuadido, porém, que o homem está (muito) para lá do ter. Até no ter ele mostra o que é.

Não é por muito se ter que bem se é. O ser é que revela tudo. E sempre!

publicado por Theosfera às 10:29

Hoje, 21 de Junho, é dia de S. Luís Gonzaga e S. Raul.

Refira-se que o Papa Pio XI declarou, em 1926, S. Luís Gonzaga padroeiro da juventude.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

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