- Uma só é Maria. Mas são muitos os nomes que Lhe fazem companhia.
Todos os nomes Lhe ficam bem. Mas nenhum mostra tudo o que Ela é, tudo o que Ela tem.
- Em Fátima, Ela apresentou-Se como a Senhora do Rosário.
E os pastorinhos viram-Na também em forma de Nossa Senhora das Dores e Nossa Senhora do Carmo.
- Curiosamente, Fausto Guedes Teixeira entreviu uma outra figuração de Maria na Cova da Iria.
Para o renomado poeta lamecense, quem desceu a Fátima foi…Nossa Senhora dos Remédios.
- Eis o que ele versejou:
«Caminho d’oiro que nos leva ao Céu
Foi esse, a alma cheia d’esperanças,
Que a Virgem dos Remédios percorreu
P’ra Se mostrar em Fátima às crianças»!
- Não se fica por aqui, contudo, a afinidade entre Nossa Senhora de Fátima e Nossa Senhora dos Remédios.
Fixemo-nos no rosto da imagem que está na Capelinha das Aparições e no rosto da imagem que, em Lamego, sai nas procissões.
- Não é preciso grande esforço para colher algumas semelhanças e para vislumbrar traços comuns.
Não admira. Elas têm uma única proveniência. Ambas foram esculpidas na Casa Fânzeres, de Braga.
- A imagem de Nossa Senhora dos Remédios é de 1904 e a de Nossa Senhora de Fátima é de 1920.
O autor não foi seguramente o mesmo. José Ferreira Thedim, que esculpiu a imagem de Nossa Senhora de Fátima, tinha apenas 12 anos em 1904.
- Nunca se soube ao certo quem esculturou a imagem de Nossa Senhora dos Remédios. Muitos anos depois, foi dito que teria sido um artista cujo sobrenome era Marçal.
É possível, porém, que a inspiração de ambas as obras tenha sido haurida nas mesmas correntes artísticas.
- Até a altura é praticamente igual: 1,30m no caso da Senhora dos Remédios e 1,37m no caso de Nossa Senhora de Fátima.
As duas imagens foram oferecidas: a de Nossa Senhora dos Remédios por Maximiano da Costa Cardoso (a residir no Porto) e a de Nossa Senhora de Fátima por Gilberto Fernandes dos Santos (de Torres Novas).
- Este enlace entre Fátima e os Remédios leva-nos a pensar nos grandes Remédios de Fátima: a conversão, a penitência e a oração.
É esta a «medicação» que há-de «curar» o nosso (humano) coração!