O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Terça-feira, 31 de Janeiro de 2017

 

  1. Por muito que nos esforcemos, dela não nos protegemos. Por muito que lhe tentemos fugir, ela acaba sempre por vir.

Com ela todos temos encontro marcado. Mas quem de nós para ele está preparado?

 

  1. Foi difícil para o próprio Cristo. Como haveria de ser fácil para nós lidar com isto?

Na morte ninguém gosta de pensar. Mas o mais que conseguimos é adiar. Não há qualquer meio de a evitar.

 

  1. Afinal, começamos a morrer logo ao nascer. A morte coloca-se teimosamente diante da vida e a vida vai resistindo teimosamente diante da morte.

Está aqui, para Xavier Zubiri, a essência da vida: «existir frente à morte». Montaigne achava mesmo que «filosofar é aprender a morrer».

 

  1. Como fazer, porém, esta dolorosa aprendizagem?

O certo é que, mesmo sem querer, estamos sempre a aprender. E a experiência ensina que só aprende a viver quem vai aprendendo a morrer.

 

  1. Recordo alguém que chegou a este mundo três anos depois de o século XX ter começado. E que partiu deste mundo três anos antes de o século XX terminar.

Não nasceu, longe disso, em berço de ouro. Bem cedo, teve de mourejar pelos íngremes socalcos do Douro.

 

  1. A família foi obrigado a deixar para melhor a poder ajudar.

Ainda quase em idade de menino, do Brasil fez o seu destino.

 

  1. Na hora de regressar, a sua própria família quis formar. Só que o imprevisto aconteceu. E, de repente, a sua esposa faleceu.

Contudo, uma nova família procurou constituir. E, desta vez, dois filhos acabaram por surgir.

 

  1. Educou-os na rectidão, na fé e com muita oração.

Desde o berço, habituaram-se a ouvi-lo recitar o Terço. À Igreja os acompanhava. E, diante do Sacrário, com eles rezava.

 

  1. Os campos foram o seu terreno de missão. Uma enxada estava sempre pronta na sua mão.

Mesmo quando os noventa chegaram, os seus passos não pararam. Enquanto se pôde mover, nenhum trabalho ficou por fazer.

 

  1. Dia 7, faz vinte anos que nos deixou. Mas de nós jamais se separou. Em Deus, sentimo-lo junto dos seus.

A saudade, que é imensa, reacende cada vez mais a sua presença. O seu exemplo de nós nunca sai. Por tudo, obrigado, querido Pai!

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publicado por Theosfera às 11:00

A experiência ensina que existe uma espécie de paralelismo assimptótico entre a verdade e o poder.

O verdadeiro raramente coincide com o oficial e o oficial raramente coincide com o verdadeiro.

O problema é que a versão que tende a prevalecer é a que vem pelo poder.

Tomás Eloy Martínez parece insurgir-se pelo facto de «a história ser escrita pelo poder, a partir do poder e ao serviço do poder».

Quando passamos da história escrita à história vivida, apercebemo-nos, quase sempre, de diferenças colossais.

É preciso estar atento e tomar alguns cuidados!

publicado por Theosfera às 10:23

Num tempo em que tantos exacerbam as emoções, talvez não seja despropositado reabilitar a ponderação e o autodomínio.

São João Bosco era muito concreto nas recomendações: «Nada de agitação de ânimo, nada de desprezo no olhar, nada de injúria nos lábios».

Muita verborreia só os ânimos incendeia.

Daí que, em momentos de aperto, seja melhor «uma recomendação a Deus do que uma tempestade de palavras, que só fazem mal a quem as ouve e de nenhum proveito servem para quem as merece»!

publicado por Theosfera às 10:12

Hoje, 31 de Janeiro, é dia de S. João Bosco, S. Pedro Nolasco e Sta. Marcela.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

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