Como a verdade é rara, o verdadeiro é contido, quase silencioso.
Como a mentira abunda, o mentiroso é prolixo, loquaz. Sempre tem mais sobre que falar.
Não sei se esta associação entre mentira e verborreia se verifica sempre.
Mas é curioso que Santo Agostinho estabelecia tal conexão.
«O falador gosta da mentira. O seu grande prazer é falar. Pouco importa o que diga, desde que fale. Como reconhecer então o servo de Deus? Ele gosta mais de ouvir do que de falar. É dentro do nosso coração que ouvimos a verdade».
E quem se habitua a ouvir nem sempre tem tempo (ou disposição) para falar.
Uma coisa é certa. Precisamos de «higienizar» mais a nossa comunicação!