Hoje, 10 de Dezembro (Dia Mundial dos Direitos do Homem), é dia de Nossa Senhora do Loreto, de Sta. Eulália e de S. Melquíades.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 10 de Dezembro (Dia Mundial dos Direitos do Homem), é dia de Nossa Senhora do Loreto, de Sta. Eulália e de S. Melquíades.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 09 de Dezembro, é dia de Sta. Leocádia, Sta. Clara Isabel, S. Bernardo Maria de Jesus e S. Libório Wagner.
Um santo e abençoado dia para todos!
Nossa Senhora, Mãe da esperança,
Acompanha-nos na nossa jornada pelo tempo.
Faz brilhar em nós a luz do Teu sim.
Tu és a toda santa, a toda bela, a toda pura.
Dá-nos a graça de sermos simples e fiéis,
Persistentes e constantes.
Semeia em nós a santidade.
Que sejamos humildes como Tu.
Que deixemos Deus fazer através de nós as maravilhas que Deus realizou por meio de Ti.
Ajuda-nos no caminho,
Acompanha-nos na viagem.
Apoia-nos quando cairmos.
Enxuga as nossas lágrimas.
Dá-nos a Tu mão, agora,
E recebe-nos no Teu coração, depois, na eternidade.
Que sejamos santos
E, por isso, felizes.
E por isso cada vez mais amigos,
Cada vez mais unidos,
Cada vez mais irmãos!
Daqui a 17 dias, celebraremos o nascimento de Teu Filho,
De hoje a nove meses estaremos aqui a celebrar o Teu próprio nascimento.
Dizer-Te obrigado é pouco,
Mas, à falta de melhor, é tudo o que nos resta.
Aceita, pois, a palavra dos nossos lábios
E o sentimento que brota do nosso coração.
Obrigado, Mãe.
Leva-nos conTigo ao coração do Pai!
O melhor que há no poder são os seus limites.
Um poder ilimitado não é necessariamente um poder eficaz. Um poder ilimitado é, quase sempre, um poder perigoso.
Daí a observação, bastante judiciosa, de Benjamin Constant: «Quando não se colocam limites aos representantes do povo, eles não se tornam defensores da liberdade, mas candidatos à tirania».
Muito cuidado, pois. Às vezes, em nome do povo, muito mal se faz ao povo!
A. O presépio inicial
Este é um verdadeiro dia da Mãe. É o dia em que a Mãe começou a existir. É o dia em que o céu se quis abrir e, para todos, sorrir. O primeiro suspiro de Maria acaba por ser o primeiro sopro de vida de Jesus. A Mãe também teve mãe, também teve pai. Mas Sta. Ana e S. Joaquim não imaginavam que aquele começo não mais teria fim. Este é, pois, o início antes do começo, o dia anterior ao dia primeiro. Este é o Natal que prepara o Natal. É o pré-Natal que nos vai conduzir até ao Natal.
É desde o início que Deus nos sustenta. Foi desde o início que Deus sustentou Maria com a Sua presença. Foi desde o início que Maria Se tornou a «cheia de graça»(Lc 1, 28) Desde sempre tatuada por Deus, Maria nunca conheceu o pecado original. A Igreja desde o princípio o reconheceu e, pela voz de Pio IX, o proclamou a 8 de Dezembro de 1854, na Bula «Ineffabilis Deus»: «A Bem-Aventurada Virgem Maria, no primeiro instante de Sua conceição, por singular graça e privilégio de Deus omnipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do género humano, foi preservada imune de toda a mancha do pecado original».
B. Uma festa universal, uma festa de Portugal
3. Por aqui se vê como Maria também precisou de ser redimida. Afinal, a Mãe também precisou do Filho, Maria também precisou de Jesus. Aliás, se assim se não fosse, ficaria em causa um dos pilares estruturantes da nossa fé: a universalidade da salvação. Se Maria não precisasse de ser salva, a salvação não seria plenamente universal pois haveria, pelo menos, uma criatura que a dispensava. Só que Maria também foi salva, Maria também foi redimida, mas por antecipação, por preservação. No Seu desígnio insondável, Deus preservou do pecado Aquela que haveria de gerar Aquele que nos iria libertar de todo o pecado.
E o certo é que esta verdade de fé tem sido acreditada desde os começos. Muitos escritores antigos defenderam a Imaculada Conceição da Virgem Maria, tanto no Oriente como no Ocidente. No século IV, Sto. Efrém sustentava que só Jesus e Maria estão limpos de todo o contágio do pecado. Daí que, já no século VIII, se celebrasse a festa litúrgica da Imaculada Conceição a 8 de Dezembro, ou seja, nove meses antes da festa de Sua natividade, comemorada a 8 de Setembro.
Nas cortes de 1646, o rei D. João IV declarou, sob juramento, Nossa Senhora da Conceição Padroeira de Portugal. Este mesmo rei, em 1648, mandou cunhar moedas de ouro e de prata chamadas «Conceição». Em 1654, o referido monarca enviou a todas as câmaras municipais cópia da inscrição comemorativa do juramento solene feito em 1646 para que fosse mais notória a obrigação de defender «que a Virgem Senhora Nossa foi concebida sem pecado original». Também em 1654, o reitor e os professores da Universidade de Coimbra determinaram que a fórmula do juramento de todos os futuros graduados começasse pelo compromisso de «defender sempre e em toda a parte que a Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe de Deus, foi concebida sem a mancha do pecado original». E até 1910 o cumprimento de tal juramento era condição para se obter qualquer grau universitário.
C. O Filho que Maria nos deu pela fé O concebeu
5. É com pesar que noto que a memória começa a ser difusa acerca de toda uma história que é também tão lusa. De facto, Maria, sendo genuinamente universal, é muito nossa, é muito de Portugal. Se os nossos antepassados aprenderam cedo a venerá-La, iremos nós, agora, ignorá-La?
Maria é uma presença que a nossa fé não dispensa. É uma lembrança que nos acalenta na esperança. Ela é a toda pura e é com emoção que olhamos para a Sua figura. Ela é a toda bela e a nossa vida está sempre iluminada por Ela. Ela é toda luz e com suave segurança nos conduz. Ela esteve junto à Cruz e continua a levar-nos até Jesus.
Maria não era muito de falar, era mais de escutar. A Palavra de Deus não A encontrou distraída, por isso a mesma Palavra n’Ela Se fez vida. O Filho que Ela nos deu pela fé O concebeu.
D. Um sim que não tem fim
7. Deixemo-nos, pois, guiar por Maria. Ela não nos afasta de Jesus. Aliás, como poderia afastar-nos de Jesus Aquela que nos dá Jesus? Como reconhecia Charles Péguy, «é preciso que a gente suba Àquela que intercede, Àquela que é infinitamente celeste porque é também infinitamente terrestre, Àquela que é infinitamente eterna porque é também infinitamente temporal, Àquela que está infinitamente acima de nós porque está infinitamente entre nós, Àquela que é Maria porque é cheia de graça, Àquela que é cheia de graça porque é connosco, Àquela que é connosco porque o Senhor é com Ela, Àquela que está infinitamente longe porque está infinitamente perto, Àquela que é a mais alta princesa porque é a mais humilde mulher, Àquela que está mais próxima de Deus porque é a que está mais próxima dos homens».
Como notou o mesmo poeta, a Maria não falta nada, a não ser o ser Deus, ser o Seu Criador. «Porque, sendo carnal, Ela também é pura. Sendo pura, também é carnal. Por isso, Ela não é apenas uma mulher única entre todas as mulheres, mas uma criatura única entre todas as criaturas. Ela é uma criatura única, infinitamente única, infinitamente rara».
«Ave» significa «alegra-Te», pelo que a nova humanidade só tem motivos para se alegrar. A nova humanidade começa por um acto de fidelidade. O «sim» de Maria nunca mais terá fim. O amor de Maria é fecundo porque o seu «sim» é profundo. Os Seus lábios disseram «amém» e todo o Seu ser anuiu também. O Verbo fez-Se carne pela carne de Maria. A Palavra fez-Se vida na vida de Maria. Foi no silêncio de Maria que fermentou a Palavra que salva. O Seu coração guardou a Palavra que Deus enviou (cf. Lc 2, 19). Com Maria digamos «sim». Com Maria digamos também «amém».
E. Tanta tristeza na beleza, tanta beleza na tristeza
9. Termino com o meu poema preferido sobre Nossa Senhora. Foi composto por Antero de Quental. Era um espírito inquieto, mas que sempre soube encontrar a bússola certa para os seus caminhos incertos. É um texto sentido, um texto sofrido. É um texto que fala da Mãe, do Seu amor e da Sua dor, da Sua tristeza e da Sua beleza.
De facto, tanto amor há na dor e tanta dor há no amor; tanta tristeza há na beleza e tanta beleza há na tristeza.
«Num sonho todo feito de incerteza,
De nocturna e indizível ansiedade
É que eu vi o teu olhar de piedade
E (mais que piedade) de tristeza.
Não era o vulgar brilho da beleza,
Nem o ardor banal da mocidade.
Era outra luz, era outra suavidade,
Que até nem sei se as há na Natureza.
Um místico sofrer... uma ventura
Feita só de perdão, só da ternura
E da paz da nossa hora derradeira.
Ó visão, visão triste e piedosa!
Fita-me assim calada, assim chorosa.
E deixa-me sonhar a vida inteira!»
Maria é a estrela do Advento. É Ela, afinal, que nos embala até ao Natal. É Ela que nos oferece o Natal. Foi o Seu amor profundo que trouxe o Filho de Deus até ao nosso mundo!
Hoje, 08 de Dezembro, é dia da Imaculada Conceição (Padroeira principal de Portugal), de Sta. Elfrida, Sta. Edite, Sta. Sabrina e Sta. Narcisa de Jesus Martilho Morán.
Um santo e abençoado dia para todos!
A saudade aperta. Mas também liberta.
Ela faz sofrer por causa da ausência. Mas também tranquiliza porque torna presente quem está ausente.
A saudade, como dizia Torres Queiruga, é «presença na ausência». Ou, como precisava Olavo Bilac, «presença dos ausentes».
Ninguém está ausente quando alguém o torna presente!
Hoje, 07 de Dezembro (51º aniversário da «Gaudium et Spes» e 41º aniversário da invasão de Timor-Leste pela Indonésia), é dia de Sto. Ambrósio (invocado como protector das abelhas e dos gansos) e de Sta. Maria Josefa Roselho.
Um santo e abençoado dia para todos!
As voltas que o mundo dá! Quem diria que um fiel seguidor de Jesus viria a converter-se — ainda que involuntariamente — no maior rival do Menino Jesus?
Com efeito, é em São Nicolau que supostamente se inspira o Pai Natal. Em muitos lugares, esta figura sobrepõe-se ao Menino Jesus como símbolo principal da quadra natalícia.
São Nicolau, que viveu entre 270 e 342, foi Bispo de Mira, na Turquia. Sob o domínio de Diocleciano, chegou a ser detido por se recusar a negar a sua fé. Após a subida ao poder de Constantino, Nicolau voltou a enfrentar oposição, desta vez interna.
Dizem que, durante uma discussão no Concílio de Niceia, deu umas bofetadas em Ario, que negava a plena divindade de Cristo. O Concílio começou por destitui-lo, mas reintegrou-o depois de alguns bispos terem tido uma visão em que Jesus entregou a Nicolau o Evangelho e Nossa Senhora o cobriu com o Seu manto.
Entretanto, o que o tornou mais conhecido foi a sua dedicação aos pobres e a sua predilecção pelas crianças. Devido à sua generosidade e aos milagres que lhe foram atribuídos, foi canonizado pela Igreja. Conta-se que uma família não tinha meios para custear o dote do casamento das suas filhas. São Nicolau, pela calada da noite, atirou um saco de moedas para pagar o referido dote.
Mesmo depois da morte, a fama da sua beneficência não se apagou. Existem notícias de uma aparição de São Nicolau na Espanha em 1583, distribuindo pão pelos pobres. Estes, ao serem abordados sobre quem lhes dera o alimento, teriam dito que foi «um senhor de feições muito serenas e mãos firmes».
Por tudo isto, não admira que a sua imagem tenha sido associada — sobretudo a partir do século XIX — ao Pai Natal. Este costuma ser apresentado como um velhinho de barba branca, trazendo nas costas um saco cheio de prendas. Nos Estados Unidos, no Canadá e na maior parte dos países anglófonos, é também conhecido como «Santa Claus» ou «Father Christmas».
O imaginário ligado ao Pai Natal descreve-o como um ancião simpático, que conduz um trenó puxado por renas, voando com afã para distribuir presentes pelos mais pequenos. Entra, pela chaminé, em casa das crianças bem comportadas, depositando as ofertas na árvore de Natal ou nas meias colocadas à lareira.
Toda esta iconografia teve origem num poema de Clement Clark More, intitulado «Um relato da visita de São Nicolau». Foi publicado no jornal «Troy Sentinel», de Nova Iorque, em 1823.
Há quem diga que os primeiros fatos do Pai Natal eram verdes, entremeados com cores castanhas, prateadas e brancas. Foi Thomas Nast, um desenhador norte-americano, quem representou pela primeira vez o Pai Natal com uma indumentária próxima da actual.
Os seus desenhos apareceram em 1863 na revista «Harper’s Weekly». Em vez de desenhar um homem alto e magro vestido de verde, como era hábito, concebeu um Pai Natal corpulento num fato vermelho e branco.
Quem, entretanto, deu o impulso decisivo para a popularidade do Pai Natal foi a Coca-Cola. A empresa recorreu a ele para promover a sua bebida nos anúncios de Inverno. É que o vermelho e branco encaixavam bem na marca por serem as suas cores.
Foi em 1920 que o Pai Natal apareceu num anúncio da Coca-Cola publicado no «The Saturday Evening Post». Mas o Pai Natal como todos o conhecemos surgiu em 1931, por acção do artista Haddon Sundblom. A sua fonte de inspiração terá sido o supracitado poema de Clement Clark Moore.
Deste modo, São Nicolau tornou-se o modelo para a criação de uma personagem afectuosa, acolhedora e solícita que rapidamente conquistou o público. Todos os anos, até 1964, Haddon Sundblom desenhou um Pai Natal para a Coca-Cola. Posteriormente, foram introduzidas algumas peças com base no seu trabalho.
O Natal, festa de alegria, como que começa a despontar na festa deste dia.
Maria foi o primeiro presépio, um presépio desenhado e construído por mão divina.
A Sua concepção é o início da fase definitiva da nossa salvação. Foi do ventre da Mãe do saboroso amor que chegou até nós o Salvador.
É o dia em que a Mãe começou a existir. É o dia em que o céu se quis abrir e, para todos, sorrir.
A Mãe também teve mãe, também teve pai. Mas Santa Ana e São Joaquim não imaginavam que aquele começo não mais teria fim.
Este é o Natal que prepara o Natal. É o pré-Natal que nos vai conduzir até ao Natal.
Preparou-Lhe uma Mãe sem mancha, uma Mulher sem mácula. Desde a Sua concepção, Maria foi imaculada.
É desde o início que Deus nos sustenta. Foi desde o início que Deus sustentou Maria com a Sua presença. Foi desde o início que Maria Se tornou a «cheia de graça»(Lc 1, 28) Desde sempre tatuada por Deus, Maria nunca conheceu o pecado original.
Ela é a toda pura e é com emoção que olhamos para a Sua figura. Ela é a toda bela e a nossa vida está sempre iluminada por Ela. Ela é toda luz e com suave segurança nos conduz.
Foi o Seu amor profundo que trouxe o Filho de Deus até ao nosso mundo!
A forma como se fala do que há de positivo no negativo dá a entender que é necessário promover o negativo para colher o positivo.
Às vezes, até parece que as ditaduras são governadas por democratas e que as democracias é que são geridas por ditadores.
Como é óbvio, nem tudo é negativo no negativo. Mas importa perceber que o positivo que há no negativo não basta para converter o negativo em positivo.
O modo como se exaltam os resultados positivos de uma ditadura (designadamente na educação e na saúde) deixa no ar a ideia de que pode ser preciso suspender a democracia para obter tais conquistas.
Saúde-se o que há de bem, mas não se ignore o que subsiste de mal.
A legião de perseguidos, ostracizados e eliminados não nos dirá nada?
Uma sociedade não decai pela escassez de desenvolvimento.
O que verdadeiramente faz definhar uma sociedade é a ausência de justiça.
Razão tinha, pois, Lídia Jorge, quando anotou que «as sociedades que não seguram a justiça criam a desordem».
E, nessa altura, ninguém se segura.
Daí que o melhor seja pugnar pela justiça.
Haja muito ou haja pouco, que nunca falte o essencial para todos!
Hoje, 06 de Dezembro, é dia de S. Nicolau, S. Sabas, Sta. Dionísia e S. Majórico.
Um santo e abençoado dia para todos!
Neste dia de São Martinho de Dume, será interessante anotar que ele foi o primeiro a usar a terminologia eclesiástica para designar os dias da semana: «feria secunda, feria tertia, feria quarta, feria quinta, feria sexta, Sabbatum e Dominica Dies».
Daqui procede a designação dos dias em língua portuguesa: «segunda-feira, terça-feira, quarta-feira, quinta-feira, sexta-feira, Sábado e Domingo».
Trata-se de um caso único entre as línguas novilatinas, já que o português foi a única língua a substituir a terminologia pagã pela terminologia cristã!
Hoje, 05 de Dezembro, é dia de S. Martinho do Dume, S. Frutuoso, S. Geraldo, S. Bartolomeu Fanti, S. Filipe Rinaldi e S. Nicolau Stensen.
Um santo e abençoado dia para todos!
Conta-se que um professor de Teologia visitou um ancião da Santa Montanha.
Apresentou-se como era, isto é, como teólogo.
Ao ouvi-lo, o Ancião não se conteve: «Um teólogo? Ah, uma bela flor... artificial»!
Depois de respirar, completou: «Com um pouco de perfume... artificial»!
O professor, que tinha um coração humilde, guardou silêncio.
Mais tarde, reconheceu que aquela palavra do Ancião tinha ido directamente ao seu coração e que tinha mudado toda a sua maneira de pensar, de ensinar e de viver.
A Teologia, para ser Teologia, tem de vir da vida para a vida: da vida divina para a vida humana.
Caso contrário, não passa de diletantismo!
Vim, Senhor, à Tua procura
e notei que Tu já estavas comigo.
Fiquei, Senhor, à Tua espera
e verifiquei que Tu já moravas comigo.
Pensei, Senhor, que Te encontravas a meu lado
e apercebi-me de que já habitavas no meu coração.
O Teu presépio, Jesus, é o íntimo de cada ser humano.
A manjedoura em que, hoje, Tu (re)nasces
é a vida de tanta gente.
Por isso é sempre Advento,
porque Tu estás sempre a chegar.
E por isso é sempre Natal,
porque Tu estás sempre a nascer.
Nasce, Senhor, no meu peito.
Nasce, Senhor, na minha alma.
Nasce, Senhor, na minha vida.
Nasce, Senhor, no nosso mundo.
Não tardes mais.
O mundo precisa de Ti,
da Tua Palavra,
do Teu Pão,
do Teu imenso Amor
e da Tua infinita Paz!
A. Por falar em degraus
Foi, com efeito, a 4 de Dezembro de 1966 — curiosamente, também um Domingo — que Lamego se cobriu de festa para assinalar a conclusão da construção do Escadório. 189 anos depois de ter começado, nas imediações do Santuário, era concluído, em plena cidade. 605 anos após a inauguração da Capela de Santo Estêvão, aqui em cima, os primeiros degraus de acesso eram colocados, lá em baixo.
Só que tais tentativas foram continuando até que, a 11 de Novembro de 1962, as obras arrancaram. O primeiro degrau foi benzido a 4 de Maio de 1963, por D. João da Silva Campos Neves. Os trabalhos prosseguiram ao longo de mais três anos: 85 degraus ligaram o Largo da Meia Laranja à Estrada Nacional e outros 157 degraus trouxeram o Escadório da Estrada Nacional para a Av. Dr. Alfredo de Sousa. Deste modo, mais 242 degraus foram acrescentados aos 683 que já existiam.
B. A Mãe é o grande degrau para o Filho
3. Depois de estar aprazada para Setembro, a cerimónia de inauguração decorreu, então, a 4 de Dezembro de 1966, um Domingo. Houve uma Santa Missa no Santuário, presidida por D. Américo Henriques, Bispo Auxiliar e que tinha sido ordenado pouco antes. Entre os presentes, encontrava-se o Ministro das Obras Públicas, Eng. Eduardo Arantes e Oliveira. A sua fotografia foi descerrada na Sala dos Retratos, onde ainda se encontra. Recebeu um diploma de membro benemérito da Irmandade, a medalha de ouro do município e o título de cidadão honorário da cidade.
As palavras inscritas há 50 anos dizem tudo porque provêm da alma de todos: «Devota homenagem/Bendita seja, Nossa Senhora dos Remédios, excelsa e querida Padroeira da Cidade». De facto, a cidade é d’Ela é Ela também é da cidade. A vida agita-se lá em baixo, mas os olhos — e sobretudo o coração — apaziguam-se sempre que se voltam cá para cima, para o brilho que vem da Mãe. O brilho do Escadório faz reluzir, ainda mais, o amor que nele ferve à medida em que é escalado.
Eles perceberam que o centro da Casa da Mãe é o Altar do Seu Filho, que, em cada Eucaristia, renasce para nós a fim de que nós renasçamos para Ele. É por isso que a Eucaristia é o contínuo Advento e o perene Natal.
C. A mudança já devia ter começado ontem
5. Vale, por isso, a pena reparar não apenas na arquitectura do Escadório, mas também na teologia do Escadório e na espiritualidade do Escadório. O Escadório não é só — nem principalmente — um espaço para trilhar; é sobretudo uma atmosfera para respirar e para meditar.
Este Escadório nasceu para ser um monumental oratório. Por estes degraus tornou-se hábito aspirar um profundo hálito. Tornou-se hábito humano aspirar, aqui, o hálito divino. Aqui, todos sentem o aconchego de uma mão, da mão da Mãe. Por toda esta escadaria ressoará sempre uma imensa «Ave, Maria»!
Atenção, pois. A mudança já devia ter começado ontem. Não adiemos para amanhã a mudança que é urgente começar (pelo menos) hoje. Jesus não vem para que tudo fique na mesma. Jesus vem para que tudo seja diferente, para que tudo seja melhor. Jesus não vem para mudar só as estruturas. Jesus quer mudar a vida, a minha e a tua. Vamos deixá-Lo sozinho, a clamar na rua? A Sua proposta merece sempre a nossa melhor resposta.
D. Deus oferece-nos um mundo novo
7. Na Primeira Leitura, o profeta Isaías apresenta um enviado de Deus, sobre quem repousa a plenitude do Espírito divino. É um espírito de sabedoria e de inteligência como Salomão. É um espírito de conselho e de fortaleza como David. É um espírito de conhecimento e de temor de Deus como os patriarcas e os profetas. Refira-se que aos seis dons aqui enunciados, a tradução grega dos chamados «Setenta» acrescentará a piedade. Como se pode ver, está aqui a origem da lista dos sete dons do Espírito Santo.
A missão deste enviado é construir um reino de justiça e de paz sem fim. Todas as divisões serão banidas, todos os conflitos serão superados. Até os que se dão mal passarão a dar-se bem. Vão passar a dar-se bem: o lobo e o cordeiro, a pantera e o cabrito, o bezerro e o leão; a vaca e o urso.
Recorrendo a imagens muito sugestivas, o profeta apresenta um mundo novo, um mundo belo. Destruídas as inimizades e superadas as desarmonias, o homem viverá em paz e em comunhão total com Deus. Esta descrição não pode ser vista como meramente idílica ou como um ideal irreal. O que aqui é dito corresponde ao que nos é oferecido e há-de ser permanentemente construído.
E. Nem justiça sem paz nem paz sem justiça, nem paz nem justiça sem Cristo
9. Como resposta a esta descrição, cantámos expressando a nossa plena convicção de que, «nos dias do Senhor, nascerá a justiça e a paz para sempre». Porque é que parece demorar tanto a justiça que não temos e a paz que não vemos? Talvez porque pretendemos uma sem a outra e as duas sem Cristo.
Pura ilusão, porém. Não há paz sem justiça nem justiça sem paz. E não há paz nem justiça sem Cristo. Só em Cristo a paz e a justiça despertarão juntas. Em Cristo, a paz e a justiça estão geminadas. Como podemos querê-las separadas?
Hoje, 04 de Dezembro (2º Domingo do Advento), é dia de S. João Damasceno, Sta. Bárbara, S. João Orani Calábria e Bem-Aventurado Adolfo Kolping.
Um santo e abençoado dia para todos!
Percebo a intenção, mas aflige-me a concepção deste dia mundial da pessoa com deficiência.
Afinal, quem não é deficiente? Afinal, quem não é insuficiente?
E, afinal, quem, mesmo sendo considerado deficiente, não pode tornar-se eficiente?
Estas catalogações são sempre tão relativas.
O importante é que todos sejamos membros uns dos outros.
Só com os outros suprimos a nossa radical insuficiência!
Hoje, 03 de Dezembro, é dia de S. Francisco Xavier e Sto. Eduardo Coleman.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 02 de Dezembro, é dia de Sta. Bibiana (invocada para as dores de cabeça e para a epilepsia), S. João Ruysbroeck e S. Rafael Chilinski.
Um santo e abençoado dia para todos!
Não falta quem preze a liberdade. Sobretudo a sua, apenas a sua.
Sem o respeito pela liberdade dos outros, a minha liberdade pode degenerar em autoritarismo.
Era talvez por isso que Thomas Jefferson reconhecia que «a liberdade é um mar tempestuoso, os cobardes preferem a calma do despotismo».
Mas essa calma é prenúncio de forte tormenta.
Amemos a nossa liberdade e não deixemos de amar a liberdade dos outros!
Hoje, 01 de Dezembro, é dia da Bem-Aventurada Maria Clara, Sto. Edmundo, S. Roberto, Sta. Maria Clementine Anuarite e Sto. Elói.
Um santo e abençoado dia para todos!