- Está quase a chegar aquele primeiro dia «inteiro e limpo, onde emergimos da noite».
Sophia tem mesmo razão: «A casa de Deus está assente no chão».
- É por isso que o Natal é o dia que não tem fim. É o dia que jamais anoitece e em que até o frio nos aquece.
É o dia em que os céus se abriram, em que os anjos saíram e melodias se ouviram.
- O silêncio de Deus, que gemeu em Belém, continua a crepitar nos pobres também.
Quem não os ouve a eles, como pode ouvi-Lo, a Ele?
- Aquele Menino é tão divino que até quis ser humano. Aquele Menino é tão humano que só pode ser divino.
O Deus que está naquele Menino humaniza-Se e diviniza-nos. Ele não nos retira humanidade. Pelo contrário, é a Sua divindade que deposita em nós humanidade.
- O Menino está na rua, na minha história e também na sua. Está no sofredor, naquele que estende a mão e mendiga amor.
Está no pobre, no que não tem pão. Está em quantos vão penando na solidão.
- O Seu tempo nunca é distante pois a Sua presença é constante. O Seu lugar não é só em Belém, é na nossa vida também.
Ouçamos sempre a Sua voz. E nunca deixemos de O acolher em cada um de nós.
- Aquele Menino é tão santo que só consegue provocar encanto. É tão cheio de mansidão que os nossos joelhos caem logo em adoração.
O Seu rosto destila tanta pureza que até os antípodas aspiram o perfume da Sua beleza. Enfim, a Sua imagem desperta tal ternura que nem há palavras para descrever tamanha formosura.
- O Natal é o dia em que o futuro nasceu e até justiça choveu.
Só o impossível desapareceu no preciso instante em que aconteceu.
- Deus veio ao mundo. Acampou na terra para eliminar o ódio e acabar com a guerra.
Trouxe, como única veste, a paz e é imensa a alegria que a todos nos traz.
- Veio em forma de criança. Haverá quem fique indiferente a tanta esperança?
Naquele dia, colocaram-No numa manjedoura, perto do chão. Mas, desde então, a Sua morada passou a ser o nosso coração!