O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Terça-feira, 13 de Dezembro de 2016

 

  1. Afinal, o que é o mal?

O mal não é. O mal é o que não é. O mal é negação.

 

  1. O mal é antigo, mas não é o primeiro.

Enquanto negação, o mal supõe o que está antes e é negado depois.

 

  1. O mal existe porque existe o bem e porque há quem não suporte o bem.

O mal é, pois, uma agressão que redunda numa ausência. O problema é que se trata de uma agressão persistente e de uma ausência prolongada.

 

  1. Apesar de não ser o primeiro, o mal parece contaminar-nos por inteiro. E, embora não tenha ser, o mal dá sinais de ter um enorme poder.

Como é que uma ausência pode dominar tanto a nossa existência?

 

  1. O domínio desta «ausência de bem» (Santo Agostinho) só pode ser explicado por um transtorno: por um implacável «transtorno de ser» (Walter Kasper).

É este transtorno que leva a que o mal chegue a ser apresentado como bem (cf. Is 21, 5).

 

  1. Parafraseando Xavier Zubiri, dir-se-ia que, num mundo comandado pelo mal, até os maldosos são retratados como bondosos.

O pior que tem o mal é que a própria maldade permite-se exibir como se fosse bondade.

 

  1. Basta olhar para o que se diz, para o que se escreve e, mais vastamente, para o que se faz.

Depressa notamos que vivemos cercados por um oceano de «maledicência», «malescrevência» e «maleficência».

 

  1. E, no entanto, parece que convivemos pacificamente com isso.

Aparentemente, aceitamos — sem grandes sobressaltos — que se diga mal de alguém, que se escreva mal sobre alguém e que se faça todo o tipo de mal a alguém.

 

  1. É certo que o mal não pode ser ignorado. Se «falar mal» nunca faz bem, «falar “do” mal» pode ser necessário: para evitar o mal e para vencer o mal.

Mas, nesse caso, falemos do mal «com» os outros, sem jamais falar mal «dos» outros. Mal em cima de mal só espalha o mal. Apenas o bem sobrevive ao mal (cf. Rom 12, 21).

 

  1. O mal não é o primeiro e também não será o último.

Fomos feitos para o bem. Para bendizer, para bem-fazer e para bem viver. Já basta de maldizer, de mal fazer e de mal viver!

 

publicado por Theosfera às 10:49

As influências más tornam más as pessoas boas? Não necessariamente.

Mas expõem-nas e, às vezes, vulnerabilizam-nas.

Não raramente, as pessoas boas não se apercebem de como são más certas influências. Até podem achar que nem são influências.

A páginas tantas e sem querer, podem tornar-se coniventes com o mal. Ou, pelo menos, passam a ser menos comprometidas com o bem.

Foi em tudo isto que pensei ao ouvir o juramento do novo secretário-geral das Nações Unidas.

Prometeu não seguir as influências de qualquer governo ou instituição privada.

O bem de todos há-de sobrepor-se sempre aos interesses de cada um!

publicado por Theosfera às 10:07

Será o pessimismo um intervalo entre dois optimismos? Ou será o optimismo um interregno entre dois pessimismos?

João Lobo Antunes achava que «o pessimismo é uma profecia que se cumpre».

Nem sempre, mas muitas vezes.

Creio que o importante não é ser optimista nem pessimista.

De pouco adianta o que sentimos diante do que acontece. Importante é ser determinado e esperançoso.

Com a alma inundada de torrentes de optimismo ou de pessimismo, fundamental é não desistir de mudar (para melhor) a realidade!

publicado por Theosfera às 09:54

Hoje, 13 de Dezembro, é dia de Sta. Luzia de Siracusa (invocada para a cura das doenças dos olhos, das desinterias e das hemorragias) e Sta. Otília.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

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