- A Igreja é um corpo vivo. Por isso, nenhum dos seus membros pode manter-se passivo.
Uma vez que a Igreja está sempre em missão, não é aceitável que alguém, dentro dela, permaneça em demissão.
- Logo nos começos, a Igreja assumiu a sua congénita «natureza missionária».
Seguindo o mandato de Jesus (cf. Mc 16, 15), os Apóstolos levaram o Evangelho a todos os povos.
- O crescimento e a expansão das comunidades requereram uma multiplicação de tarefas.
Perante isto, os Apóstolos mostraram um discernimento absolutamente assombroso.
- A sua decisão não foi açambarcar todos os trabalhos.
Pelo contrário, optaram por se centrar, ainda mais, na sua missão específica: oração e anúncio da Palavra de Deus (cf. Act 6, 4).
- Para novos serviços, novos servidores. Para novas missões, novos missionários. Para novos ministérios, novos ministros.
Assim, o chamado «serviço às mesas» (Act 6, 2) — uma espécie de acção social — suscitou sete novos colaboradores, conhecidos pelo nome de «diáconos» (cf. Act 6, 3-6).
- As comunidades que surgiam tinham à sua frente dirigentes que eram denominados «pastores» (cf. Ef 4, 11), «bispos» (cf. Act 20, 28; 1Tim 3, 1) e «presbíteros» (cf. 1Ped 5, 1).
Outros ministérios eram desempenhados pelos «profetas», pelos «doutores» e pelos «evangelistas» (cf. Ef 4, 11).
- A Igreja distingue duas grandes categorias de ministérios: os «ministérios ordenados» (diaconado, presbiterado e episcopado) e os «ministérios instituídos» (leitor e acólito)
As Conferências Episcopais podem solicitar a instituição de outros ministérios. A título de exemplo: catequista, sacristão ou ministro da Comunhão.
- Há, entretanto, ministérios que, embora não ordenados nem instituídos, são estavelmente exercidos.
É o caso da animação do canto, das monições, do apoio ao altar, etc.
- E há um ministério que, à medida que o tempo passa, vai avultando como cada vez mais necessário: o ministério do Visitador.
Além de levar o Viático a quem está doente, o Visitador pode ser um precioso elo de ligação junto dos que estão sós ou dos que se vão afastando.
- Afinal, que é a Igreja senão um permanente mistério de visitação?
Em Cristo, Deus visita o Seu povo (cf. Lc 1, 68). E como Maria mostra a Isabel, quando um cristão visita alguém, é Cristo que o visita também!