Hoje, vieram mais peregrinos que ontem e vieram menos que amanhã.
O «caudal» vai enchendo e alastrando.
Vale sempre a pena participar na Novena.
Dia a dia, manhã cedo, continuaremos a louvar a Senhora de Lamego!
Hoje, vieram mais peregrinos que ontem e vieram menos que amanhã.
O «caudal» vai enchendo e alastrando.
Vale sempre a pena participar na Novena.
Dia a dia, manhã cedo, continuaremos a louvar a Senhora de Lamego!
Mas já muito antes — aliás, desde sempre — o povo crente habituou-se a invocar Maria como Mãe da Misericórdia. Quem não se sente misericordiado no regaço desta Mãe?
Quem não conhece a «Salve, Rainha»? Quem não recita a «Salve, Rainha»? É uma oração muito popular, muito sentida e bastante dorida.
Dizem que Frei Hermano Contracto nasceu raquítico e disforme, em 1013. Daí que o apelido «Contracto» lhe fosse acoplado ao nome «Hermano» pois «contracto» significa precisamente «contraído», «deformado».
Aos sete anos, foi confiado pelos pais aos monges do Mosteiro de St. Gallen para ser instruído nas ciências e nas artes. Posteriormente, foi admitido como monge nesse mesmo mosteiro e ficou famoso como astrónomo, físico, matemático, teólogo, poeta e músico. Já adulto, andava e escrevia com dificuldade. Anos mais tarde, foi transportado, numa liteira, até Reichenau, onde, com o tempo, chegou a ser mestre de noviços.
«De três modos se pode sofrer: estando inocente, como Nosso Senhor na Cruz; estando-se culpado, como o bom ladrão; e para fazer penitência. Eu quero carregar a minha cruz para pagar pelos meus pecados e pelos pecados dos outros. É este o meio mais seguro de chegar à glória do Céu. Mas, sinto-me muito fraco. O demónio quer fazer-me vacilar. Mãe do Céu, ajudai-me, para que, como Vós, eu não murmure e não me queixe, mas reconheça no sofrimento uma prova do amor de Deus».
Pouco depois, entrou na sua cela o irmão enfermeiro. Então, Frei Hermano pediu-lhe que o ajudasse a ir à capela, dedicada precisamente a Nossa Senhora. Ali, continuou a sua meditação e a sua prece. E rezou assim: «Eia, pois, advogada nossa, esses Vossos olhos misericordiosos a nós volvei; e, depois deste desterro, mostrai-nos Jesus, bendito fruto do Vosso ventre».
Recorde-se que São Bernardo foi um dos primeiros a denominá-La «Nossa Senhora». Há quem diga que, ao ouvir cantar a «Salve Rainha» naquela Catedral, São Bernardo ter-lhe-á acrescentado as últimas palavras. É que, inicialmente, a oração terminava com a petição: «Mostrai-nos Jesus, bendito fruto do Vosso ventre». No silêncio que se seguiu, São Bernardo terá gritado sozinho no meio da Catedral: «Ó clemente, ó piedosa, ó doce e sempre Virgem Maria». A partir dessa data, estas palavras foram incorporadas na «Salve, Rainha».
Esta terá sido uma das primeiras orações entoadas no Novo Mundo. Sabe-se, com efeito, que a «Salve, Rainha» foi cantada por Cristóvão Colombo, com os seus marinheiros, ao desembarcarem na pequena ilha das Baamas, que denominaram São Salvador, em Outubro de 1492.
Aquilo que os nossos lábios estão a dizer, o nosso coração sabe que está a acontecer. Nós bem sabemos que somos pobres pecadores, necessitados da misericórdia de Deus. Nós bem sabemos que Maria Se preocupa em socorrer as nossas necessidades.
Este Santuário é, muitas vezes, um infindável «vale de lágrimas». Por isso aqui vimos ao encontro de Nossa Senhora dos Remédios «nossa advogada». Nós sabemos — e sentimos — que Ela para nós volta os Seus «olhos misericordiosos». Nós que aqui chegamos, vindos do nosso «desterro», pedimos — à Senhora de Lamego — que nos mostre «o bendito fruto do Seu ventre». E Ela, a nossa Mãe, aqui está, «clemente, piedosa e doce». E, se mais preciso fosse, Ela voltaria a dar-nos o que sempre nos deu: o Filho Seu. O ventre de Maria é, Ele próprio, um Santuário e o primeiro Sacrário. Aos pés d’Ela, a nossa vida é muito mais bela!
Hoje, 02 de Setembro, é dia de S. Luís José François, S. João Henrique Gruyer, S.Pedro Renato Rogue, S. Francisco Luís Hebert, S. Francisco Lefranc, S. Pedro Cláudio Pottier, S. Justo, S. Viator e S. João Beyzim.
Um santo e abençoado dia para todos!