O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Quinta-feira, 01 de Setembro de 2016

Uma criança perguntou ao pai: «Qual é o tamanho de Deus?»

Olhando para o céu, o pai avistou um avião e perguntou ao filho: «Que tamanho tem aquele avião?»

O menino disse: «Pequeno, mal se pode ver».

Então, o pai levou o filho a um aeroporto e, ao chegar perto de um avião, perguntou: «E agora, qual é o tamanho deste?»

O menino respondeu: «Oh, é enorme!»

O pai disse então: «Assim é Deus. O tamanho depende da distância a que estiveres d'Ele. Quanto mais perto, maior Ele será na tua vida!»

publicado por Theosfera às 09:13

  1. Ao longo deste Ano Santo da Misericórdia — como sucede aliás em todos os anos santos —, a Igreja disponibiliza vários lugares nos quais se pode obter uma indulgência plenária.

Já agora, convém recordar que a indulgência é a remissão, perante Deus, da pena temporal devida aos pecados cuja culpa já foi apagada. Trata-se de uma remissão que o fiel, nas devidas condições, obtém pela acção da Igreja, a qual, enquanto dispensadora da redenção, distribui o tesouro das graças de Cristo e dos santos.

 

  1. Cada pessoa pode lucrar uma indulgência para si mesmo ou para os defuntos. A indulgência é parcial ou plenária, consoante liberta parcial ou totalmente da pena temporal devida ao pecado. De acordo com o «Manual das Indulgências», para se ganhar uma indulgência plenária, deve-se: 1) fazer uma Confissão individual rejeitando todos os pecados; 2) receber a Sagrada Comunhão; e 3) rezar pelo Santo Padre ao menos um Pai-nosso e uma Ave-Maria.

Além disso, é preciso escolher uma destas práticas: 1) adoração ao Santíssimo Sacramento pelo menos durante meia hora; 2) leitura espiritual da Sagrada Escritura pelo menos durante meia hora; 3) exercício da Via-Sacra; 4) recitação do Terço do Rosário numa igreja, oratório, comunidade religiosa ou em piedosa associação. No âmbito deste Ano Santo da Misericórdia, foram propostas outras práticas para alcançar a indulgência plenária. Foi o caso da peregrinação à Porta Santa e da vivência de, pelo menos, uma das 14 obras de misericórdia.

 

  1. Acontece que, neste Santuário, é possível alcançar uma indulgência plenária todos os dias de todos os anos. Podemos, pois, dizer que neste lugar — meu e teu — estamos sempre em Jubileu.

Já no século XVII, o Papa Urbano VIII concedeu, «para sempre, muitas indulgências, aos membros da Irmandade de Nossa Senhora dos Remédios. No século seguinte, tais indulgências foram alargadas a todos os peregrinos que visitassem o Santuário. De facto, foi a 14 de Maio de 1777, que o Papa Pio VI emitiu um documento em que concedia indulgência plenária num dia a ser designado pelo Bispo de Lamego, «desde as primeiras Vésperas até ao pôr-do-sol». A 19 de Julho de 1778, o Bispo de Lamego fez uso da faculdade que lhe foi atribuída. Foi nessa data que designou 8 de Setembro como o dia para obter essa indulgência e também como o dia da Festa de Nossa Senhora dos Remédios.

 

  1. Os estatutos de 1779 deram cabal cumprimento a esta concessão: «Todo o fiel cristão que, confessando-se e comungando, visite a Capela de Nossa Senhora dos Remédios desde as primeiras Vésperas do dia 7 até ao pôr-do-sol do dia 8 de Setembro e aí reze pela paz e concórdia entre os príncipes cristãos, extirpação das heresias e exaltação da Santa Madre Igreja, pode lucrar a sobredita indulgência plenária e remissão dos seus pecados».

Para facilitar o acesso dos peregrinos, a porta do Santuário estava aberta desde a tarde do dia 7 até ao começo da noite do dia 8 de Setembro. O altar de Nossa Senhora devia ter, pelo menos, duas velas acesas. Nos dias anteriores, seriam colocados editais nos lugares públicos da cidade e o sino tocaria para avisar os fiéis.

 

  1. Sucede que, pouco tempo depois, o mesmo Papa Pio VI haveria de estender esta concessão a todos os dias do ano. Num novo documento, datado de 15 de Janeiro de 1780, era dito:

«A todos e cada um dos fiéis de Jesus Cristo, estando verdadeiramente arrependidos, confessados e comungados, com pio amor lhes aplicamos dos celestiais tesouros da Igreja, para aumento da Religião dos mesmos fiéis e salvação de suas almas e concedemos, compadecidos no Senhor, indulgência plenária em qualquer dia do ano e remissão de todos os pecados, se ao mesmo tempo visitarem com devoção a Igreja ou Capela pública da Santíssima Virgem Maria e Senhora dos Remédios, sita nos arrabaldes da cidade de Lamego e nela rogarem a Deus pela paz e concórdia entre todos os príncipes cristãos, extirpação das heresias e exaltação da Santa Madre Igreja, sem que obste a esta graça qualquer inconveniente que se lhe oponha, e valerá para o tempo presente e para o futuro perpetuamente».

 

  1. Como se pode ver e como tem sido recordado ao longo dos tempos, este documento está em pleno vigor. Aliás, há um quadro na Sacristia que no-lo recorda a toda a hora.

Trata-se de mais um motivo para que «todas as pessoas da cidade ou que passem por Lamego não deixem de visitar muitas vezes o Santuário de Nossa Senhora dos Remédios e aproveitem a ocasião para saudar a nossa Mãe do Céu».

 

  1. Refira-se que o impacto deste documento foi tal que a afluência de fiéis com o propósito de obter a indulgência plenária começou a crescer exponencialmente. Como essas pessoas pretendiam comungar e uma vez que frequentemente iam fora da hora da Missa, a Irmandade pediu autorização para que o Santíssimo Sacramento estivesse permanentemente no Sacrário.

Tal pedido foi formulado a 12 de Novembro de 1874 e foi atendido no dia 17 do mesmo mês pelo Bispo de Lamego, D. António da Trindade.

 

  1. Por aqui se vê como este é, por excelência, um lugar de misericórdia. Mesmo quando este Jubileu terminar, aqui é sempre possível a divina misericórdia celebrar.

É neste sentido que, todos os dias, aqui se oferece o que está preceituado pela Santa Igreja para obter a indulgência plenária. Todos os dias, aqui se disponibiliza o Sacramento do Perdão e o Sacramento da Eucaristia. Todos os dias, aqui se reza pelas intenções do Santo Padre. Todos os dias, aqui se proporciona tempo para a meditação da Sagrada Escritura. Todos os dias, aqui se promove a adoração ao Santíssimo Sacramento. Todos os dias, aqui se recita o Terço do Rosário.

 

  1. Para o Santuário, o sentido da sua existência é constituir, todo ele, um lugar de indulgência. É por isso que cada dia é tão importante como os chamados «grandes dias». A peregrinação de cada dia tem uma enorme valia. No âmbito dessa peregrinação, é fundamental que não desliguemos o que Jesus Cristo, através da Sua Igreja, quis ligar. A participação no Sacramento da Comunhão não deve ser separada do Sacramento da Reconciliação. Os dois sacramentos interagem profundamente: a Reconciliação alenta para a Comunhão e a Comunhão alimenta a Reconciliação.

É bom notar que a participação na Comunhão cresce. Mas é muito preocupante verificar que a participação na Confissão vai decrescendo. É importante ter presente que o Jesus que vem até nós em forma de Pão também vem até nós em forma de perdão. O mesmo Jesus que mandou à Igreja distribuir o Pão também confiou à mesma Igreja a distribuição do Seu Perdão. Será legítimo buscar o Pão se recusamos o Perdão? Quem não precisa de ser perdoado?

 

  1. Venhamos, pois, ao encontro de Jesus no Pão. Mas não deixemos de vir também ao encontro do mesmo Jesus no Perdão. Nunca seremos plenamente dignos de O receber. Mas, pelo menos, preparemo-nos o melhor que pudermos para O acolher. Os maiores santos consideravam-se os maiores pecadores. O segredo da sua santidade foi querer vencer o pecado. Os grandes santos confessavam-se muitas vezes. Outrora, recomendava-se: «Muitas confissões, poucas comunhões». Hoje, parece que estamos no extremo oposto: «Poucas confissões, muitas comunhões». O importante é que haja uma simetria: «Muitas confissões e muitas comunhões».

Venhamos, então, receber o Pão, mas não deixemos de celebrar o Perdão. Este santuário quer ser sempre a Casa do Pão e o lugar do Perdão. Para todos. E para sempre!

publicado por Theosfera às 08:00

Hoje, 01 de Setembro, é dia de S. Miguel Ghébré e Sta. Margarida de Riéti.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

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