- Portugal já teve selecções que deslumbraram e perderam.
Já tínhamos ficado com a sensação de sermos os melhores. Mas só agora fomos os primeiros.
- Foi com uma equipa que raramente encantou que a vitória chegou.
Quem viu o início do Europeu dificilmente imaginaria o que no final aconteceu.
- O que terá sucedido para que, jogando assim, Portugal alcançasse tão assombroso fim?
Não foram as «estrelas» que se destacaram. Desta vez, todos se agigantaram. Os mais famosos mourejaram como os mais humildes e os mais humildes sobressaíram como os mais famosos.
- Cristiano Ronaldo pareceu «descer» ao nível dos outros. E todos os outros pareceram «subir» ao nível de Cristiano Ronaldo.
Quem esperava que, depois de Ronaldo ter saído, a equipa se transcendesse daquela forma? E que selasse o triunfo através do «herói» mais inesperado?
- Além da técnica e da táctica, o que avultou foi a confiança e a união.
A Selecção acreditou como nunca se tinha notado e uniu-se como jamais se tinha visto.
- Muito mérito há-de ter quem este espírito conseguiu promover. E não há dúvida de que houve uma presença que fez toda a diferença.
Mais do que seleccionador, Fernando Santos revelou-se um poderoso inspirador.
- Após o último jogo, quem apareceu à nossa frente foi sobretudo um Homem.
O país pôde conhecer melhor não só o profissional, mas também o filho, o marido, o pai, o avô e o crente.
- As suas primeiras palavras foram para Deus Pai. E as últimas dirigiu-as ao seu melhor Amigo e à Sua Mãe.
Foram Jesus e Maria que — palavras dele — o ajudaram a «guiar esta equipa».
- Foi um crente que (nos) fez acreditar. E foi um homem da transcendência que ajudou 23 homens a superar-se.
Ainda bem que há quem perceba que «não podemos deixar de dar testemunho independentemente da profissão que tenhamos». A fé não se impõe, mas também não se esconde.
- O lugar onde Fernando Santos está mais à vontade para falar com Deus «é o Sacrário, porque Ele está ali».
Ali se sente que até o sucesso é passageiro. Ali se sente que só o invisível é eterno (cf. 2Cor 4, 18). Depois de toda esta euforia, é ali que se reacende a verdadeira alegria!