Hoje, 31 de Maio, é dia da Visitação de Nossa Senhora a Sta. Isabel, Nossa Senhora do Coração de Jesus, Nossa Senhora da Boa Nova e Sta. Petronila.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 31 de Maio, é dia da Visitação de Nossa Senhora a Sta. Isabel, Nossa Senhora do Coração de Jesus, Nossa Senhora da Boa Nova e Sta. Petronila.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 30 de Maio, é dia de Sta. Joana d'Arc, S. Fernando e Sta. Baptista Varani.
Um santo e abençoado dia pascal para todos!
Só uma palavra.
Só uma palavra para Ti, Senhor.
Só uma palavra para Te agradecer,
para Te louvar.
Hoje, Senhor, apareces com uma mensagem de alento,
com uma proposta com sabor a novidade.
Tu queres, Senhor, que olhemos para a frente,
que não fiquemos dominados pelo passado.
Obrigado, Senhor, por fazeres algo de novo,
por fazeres tudo de novo.
Essa novidade já começa a aparecer,
essa novidade és Tu:
a Tua palavra e a Tua presença.
Tu, Senhor, és o caminho aberto no deserto,
o rio lançado na terra árida.
Tu és aquele que junta multidões,
que faz andar os paralisados.
Tu és aquele que perdoa,
que transforma e revigora.
Como há dois mil anos,
também hoje nunca vimos nada assim,
nunca vimos nada igual.
Tu, Senhor, és incomparável,
Tu, Senhor, és único.
Por isso, nós Te dizemos «sim»,
sim com os lábios,
sim com a vida.
Recebe o sim do nosso amor,
do amor que vem de Ti,
JESUS!
A. Mudar é tão belo, mas (também) tão difícil
Esquecemos que há uma única mudança que depende de nós: é a mudança dentro de nós. Podemos — e devemos — contribuir para a mudança fora de nós. Mas essa já não depende só de nós. A mudança que depende de nós é a mudança que estivermos dispostos a fazer dentro de nós.
A mudança do exterior tem de começar pela mudança no interior. A mudança que se há-de ver por fora tem de começar por dentro. Daí que Jesus censure os Seus contemporâneos por apostarem tudo nas aparências exteriores. Para eles, a aparência contava mais que a essência. Jesus, porém, não Se revê nesta conduta e lamenta: «Este povo honra-Me com os lábios, mas o seu coração está longe de Mim»(Mc 7, 6).
B. É pelo interior que tem de começar a mudança
3. Jesus quer que nos transformemos a partir do fundo, a partir de dentro, a partir do nosso interior. Desde logo, porque é no nosso interior que está a raiz dos nossos problemas: «Não há nada fora do homem que, ao entrar nele, o possa tornar impuro» (Mc 7, 14). É do interior do homem que «saem os pensamentos perversos, as imoralidades, os roubos, os assassínios, os adultérios, a cobiça, as más acções, a má fé, a devassidão, o orgulho e a loucura» (Mc 7, 21-22).
Assim sendo, é pelo interior que temos de começar a conversão. Que adianta um exterior bem apresentado se o interior permanece descuidado?
O apelo é dirigido a todos e, consequentemente, a proposta é enviada a cada um. Todos têm de se arrepender, todos têm de se converter. Cada um encontra atitudes de que tem de se arrepender. Cada um encontra, por conseguinte, motivos para mudar.
C. A tentação de alterar o Evangelho
5. Trata-se de um desafio de máxima exigência, mas também de supremo encanto. Não há dúvida de que é muito difícil mudar de vida. Mas também não há nada mais belo do que mudar de vida.
Acontece que, muitas vezes, passa por nós a tentação dos cristãos da Galácia que S. Paulo denuncia na carta que lhes escreveu. Trata-se da tentação de passar para um Evangelho diferente (cf. Gál 1, 6) ou, o que é pior, da tentação de alterar o próprio Evangelho (cf. Gál 1, 7).
É uma linguagem invulgarmente dura, o que significa que estamos perante um fortíssimo agravo. Tanto assim que, logo a seguir, São Paulo repete o que disse: «Se alguém vos anunciar um evangelho diferente daquele que recebestes, venha sobre ele a maldição» (Gál 1, 9).
D. Nós é que temos de mudar (não é o Evangelho)
7. De facto, estas são as duas coisas mais graves que podem acontecer: deixar o Evangelho ou alterar o Evangelho. Mas alterar o Evangelho ainda é pior do que deixar o Evangelho. Mas não será que esta tentação nos passa, tantas vezes, pela cabeça? Eis, portanto, um forte tópico para o nosso discernimento. Não é o Evangelho que tem de mudar, nós é que temos de mudar em função do Evangelho.
É preciso ter muito cuidado com aquilo que dizemos e com aquilo que fazemos. Será que, nas nossas palavras e nos nossos actos, estamos a apresentar o Evangelho ou não estaremos, muitas vezes, a (pretender) alterar o Evangelho? Tenhamos sempre presente que Evangelho só há um: o de Cristo e mais nenhum.
Não somos nós — nem os nossos tempos — que funcionam como critério para o Evangelho. O Evangelho é que desponta como critério para nós. Não é o Evangelho que tem de se adequar à nossa vida. A nossa vida é que tem de se adequar ao Evangelho. A esta luz, o Evangelho não pode ser mudado. A nossa vida é que tem de mudar segundo o Evangelho. Não é a nossa vontade que tem de ser feita. É, como diz o Evangelho, a vontade de Deus que tem de ser realizada: «Seja feita a Vossa vontade» (Mt 6, 10).
E. Que a nossa vontade seja fazer — sempre — a Sua vontade
9. Só quando procuramos fazer a vontade de Deus é que a nossa vida faz sentido. E só quando fazemos a vontade de Deus é que nos podemos considerar crentes e cristãos. Ninguém se pode imaginar cristão à sua maneira. Aliás, esta expressão encerra logo uma contradição. É que cristão remete logo para Cristo; cristão vem de Cristo; cristão vai para Cristo. Só podemos ser cristãos procurando ser como Cristo.
Alguém dizia há tempos, na televisão, que «esta não era a sua igreja». Ouvi, registei e pasmei. Pasmei por causa do ar de espanto de quem falava. De facto, a Igreja é de Cristo. Em relação à Igreja, Cristo usa o possessivo: «Minha Igreja» (Mt 16, 18). A Igreja é d’Ele, é de Cristo. Pertencer à Igreja significa — e implica — pertencer a Cristo. De resto, São Paulo, nesta mesma Carta aos Gálatas, percebeu isso muito bem: «Não sou eu que vivo; é Cristo que vive em mim» (Gál 2, 20). Se algum problema afecta a Igreja é o facto de ela, por vezes, apresentar mais as nossas marcas do que as marcas de Cristo.
Voltando à linguagem de S. Paulo, não pretendamos agradar aos homens. Aos homens devemos servir e servir nem sempre passa por agradar. Às vezes, é quando menos se agrada que mais se serve. A nossa preocupação deve ser receber «a aprovação de Deus» (Gál 1, 10). Só assim seremos verdadeiramente «servos de Cristo» (Gál, 10) e servidores do Seu Evangelho. Não procuremos, por isso, ser aplaudidos nem louvados pelos homens. Que a nossa vontade seja apenas — e sempre — fazer a (santa) vontade de Deus!
Hoje, 29 de Maio (9º Domingo do Tempo Comum), é dia de S. Maximino, Sta. Úrsula de Ledochowska e S. José Gérard.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 28 de Maio, é dia de S. Justo e S. Germano de Paris.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 27 de Maio, é dia de Sto. Agostinho de Cantuária, Evangelizador dos Ingleses, e S. Júlio, Padroeiro dos que recolhem o lixo.
Um santo e abençoado dia para todos!
Neste momento de louvor,
nós Te agradecemos
por esta tocante celebração
que, mais uma vez, presencializa a Tua presença no mundo,
que, mais uma vez, actualiza a Tua entrega na história
e que, mais uma vez, certifica o Teu imenso amor no coração de cada homem.
Mas não queremos, Senhor,
que a Eucaristia seja um momento com princípio e fim.
Queremos, sim, que a Eucaristia envolva toda a nossa vida:
do princípio até ao fim.
Queremos que a Missa gere Missão,
modelando todas as fibras do nosso interior
e lubrificando todas as vértebras da nossa alma.
Faz de nós testemunhas do Evangelho,
do Evangelho do Pão e do Paz,
do Evangelho do Pão para todos,
do Evangelho da Paz para todos,
do Evangelho do Corpo de Deus.
Que todos se alimentem na mesa da Palavra
e que todos possam vir à mesa da Eucaristia.
Que também hoje a Palavra se transforme em Pão
e que o Pão se transforme em Palavra,
em palavra para mudar a nossa vida.
Em muitos lugares,
as pessoas vão acompanhar-Te em procissão.
Mas Tu acompanha-nos sempre na grande peregrinação da nossa vida.
Que, ao recebermos o Teu corpo,
mostremos solidariedade e partilha,
afecto e amor.
Que saibamos dividir
para podermos multiplicar.
Que saibamos testemunhar lá fora
o que celebramos cá dentro.
Tu estás sempre connosco.
Que nós saibamos estar sempre conTigo.
Que, pelo nosso testemunho e pela nossa humildade,
todos tenham acesso ao Pão da Vida,
ao Pão do Amor,
ao Pão da Solidariedade,
ao Pão da Paz e da Esperança,
ao Pão que és Tu, Senhor,
e que, através de nós,
quer saciar o mundo inteiro!…
Hoje, 26 de Maio (Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo), é dia de S. Filipe de Néri e Sta. Maria Ana de Paredes.
Um santo e abençoado dia eucarístico para todos!
A. Tantos que desperdiçam tanto
Pela sua natureza, uma festa como esta não deve ser episódica, meramente circunstancial, reduzida a um único dia. Uma festa como esta não pode ser o evento de um dia, mas o grande acontecimento de cada dia. Ela tem de funcionar como um «despertador» para os outros dias.
É bom não esquecer que, na Eucaristia, é Deus quem nos visita, é Deus quem nos abraça, é Deus quem nos fala, é Deus quem nos alimenta. É assim que a festa deste dia nos desperta para a riqueza de todos os dias, para a beleza de todos os dias. Como entender, então, que tantos desperdicem tanto?
B. Não uma recordação, mas uma presencialização
3. Verdadeiramente, a celebração da instituição — ou «invenção» — da Eucaristia ocorre em Quinta-Feira Santa. Com efeito, foi na véspera da Sua morte que Jesus, levando até ao extremo o Seu amor por nós (cf. Jo 13, 1), nos legou o Memorial do Seu sacrifício redentor. Foi na Última Ceia, que se transformaria em Primeira Ceia do tempo novo, que Jesus mandou aos Seus discípulos de todos os tempos que fizessem memória da Sua entrega ao Pai: «Fazei isto em memória de Mim»(1Cor 11, 24).
Trata-se de uma memória que é mais do que uma simples recordação. O memorial da Eucaristia não recorda o que ocorreu; actualiza e presencializa o que aconteceu. É por este «único sacrifício»(Heb 10, 12) de Jesus Cristo que nós Lhe damos graças nesta refeição. É por isso que a celebração eucarística congrega quatro dimensões que devem ser mantidas na sua integridade e unidade. A Eucaristia é memorial; é refeição, com a dupla mesa da Palavra e do Pão; é sacrifício e é acção de graças.
Consta que, nos primeiros séculos, a Eucaristia era adorada publicamente, mas apenas durante o tempo da Santa Missa. Só se conservava a hóstia consagrada para levar a comunhão aos doentes e ausentes. Foi na Idade Média que se começou a dar um maior relevo à adoração. No século XII, foi introduzido um novo rito na celebração da Missa: a elevação da hóstia consagrada, no momento da consagração. Do desejo primitivo de «ver a Hóstia» passou-se, portanto, para uma festa em honra da presença real de Cristo.
C. Da vida para a Eucaristia, da Eucaristia para a vida
5. Terá sido em 1247 que se celebrou, pela primeira vez, o Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo.
Foi em Liège e por insistência de uma religiosa: a Irmã Juliana de Mont-Cornillon. Mais tarde, em 1264, na sequência de um milagre eucarístico ocorrido em Bolsena, o Papa Urbano IV estendeu a toda a Igreja esta festa através da bula «Transiturus». Embora, nessa altura, ainda não haja ainda qualquer alusão à procissão com o Santíssimo, é sabido que esta depressa se introduziu nos hábitos eclesiais e na alma crente do povo. A Portugal esta festa terá, provavelmente, chegado em finais do século XIII com a denominação de Festa do Corpo de Deus.
Foi para facilitar o visionamento do Pão consagrado — informa-nos de novo Xabier Basurko —, que «começaram a utilizar-se aqueles objectos que habitualmente serviam para a exposição das relíquias dos santos. Deste modo, através do vidro transparente, as pessoas podiam fixar os olhos no sacramento do Corpo de Cristo».
D. Da Missa à Missão
7. Tudo isto mostra como a Eucaristia não se limita à celebração. A Eucaristia é para celebrar e há-de ser também para adorar e para testemunhar. A Eucaristia parte do tempo para o templo e volta do templo para o tempo.
Em boa verdade, nunca deixamos de estar em Eucaristia. À celebração sacramental tem de suceder sempre a celebração existencial da Eucaristia. Quando termina a Missa, há-de começar a Missão. A Missão consiste precisamente no testemunho do que celebramos — e adoramos — na Missa. A Missa é a fonte da Missão. A Missão é o reflexo da Missa. O Pão que nos alimenta na Missa continua a alimentar outros na Missão.
Daí a absoluta necessidade de uma adequada preparação para a Eucaristia. A Eucaristia tem um «durante», mas também tem um «antes» e um «depois». Na Eucaristia não se deve improvisar. Não deve improvisar o que preside à celebração e não devem improvisar os outros participantes da celebração. Na medida do possível, deveríamos todos preparar atempadamente os textos que são proclamados e devíamos prepararmo-nos todos para a vivência deste grande «mistério da fé». Era bom que, na medida do possível, chegássemos um pouco antes e nos recolhêssemos em silêncio de escuta e adoração. A preparação inclui também a purificação do nosso ser. Aliás, a Eucaristia começa praticamente por um acto penitencial. Mas este acto penitencial não exclui, antes requer, a celebração frequente do Sacramento da Penitência.
E. O Corpo de Jesus (também) somos todos nós
9. No fundo, a Eucaristia é um sacramento de conversão. É pelo pão e pelo vinho, «fruto da terra e do trabalho do homem», que Cristo Se converte a nós. É pelo pão e pelo vinho, «fruto da terra e do trabalho do homem», que nós nos convertemos a Cristo, que nós nos convertemos em Cristo. Se o pão e o vinho se convertem, pelas palavras da consagração, no corpo e no sangue do Senhor, então, na medida em que são fruto do nosso trabalho, somos nós que nos convertemos em Cristo.
Que a realidade do sacramento seja a realidade da nossa vida. É por isso que somos convidados a celebrar, todos os dias, a Eucaristia: para que, todos os dias, nos sintamos convidados a transformar-nos em Cristo. Percebemos, assim, que Sto. Agostinho sugerisse que, quando o sacerdote apresenta o Corpo de Cristo, o comungante também pudesse dizer: «Sou eu». De facto, nós somos Corpo de Cristo, nós fazemos parte do Corpo de Cristo. E é como membros do Corpo de Cristo que nos devemos (com)portar.
Nunca voltamos a estar fora da Eucaristia depois de termos estado dentro da Eucaristia. Hoje é dia de agradecermos, ainda mais, este grande — e belo — dom. Que ele não estacione em nós. Levemos este dom aos mais abandonados, aos mais injustiçados. S. João Crisóstomo propunha que fôssemos «do altar da Eucaristia» ao «altar dos pobres». É também junto dos mais humildes que continuaremos a ouvir a voz do mesmo Jesus repetindo: «Este é o Meu Corpo». Afinal, o Corpo de Jesus também sou eu, também és tu. O Corpo de Jesus somos todos nós!
É compreensível que, sobre Deus, haja muita coisa que não se compreenda.
Já sobre o homem, não é muito entendível que haja tão pouca que se entenda...
Hoje, 24 de Maio, é dia de Nossa Senhora Auxiliadora, Nossa Senhora da Estrada, S. Rogaciano, S. Donaciano, S. Guilherme de Fenol e S. Luís Zeferino Moreau.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 23 de Maio, é dia de S. João Baptista de Rossi, S. Desidério e Sta. Joana Antide Thouret.
Um santo e abençoado dia para todos!
Maravilhoso és Tu, Senhor.
Porque és Deus,
porque és Pai,
porque és Filho,
porque és Espírito Santo,
porque és amor.
Maravilhoso és Tu, Senhor.
Porque és único, mas não és um.
Porque és mistério, mas não estás longe.
Porque és poderoso, mas também simples e humilde.
Maravilhoso és Tu, Senhor.
Porque és Trindade.
Porque és unidade.
Porque és comunhão.
Porque és vida.
Porque és luz.
Porque és paz.
Maravilhoso és Tu, Senhor.
Maravilhoso é o Teu ser.
Maravilhosa é a Tua doação.
Maravilhosa é a Tua presença.
Tu, Senhor, estás no Céu.
Tu, Senhor, estás na Terra.
Tu, Senhor, és o Céu na Terra.
Em cada ser humano, Tu armas a Tua tenda
e constróis uma morada, uma habitação.
Obrigado, Deus Pai.
Obrigado, Deus Filho.
Obrigado, Deus Espírito Santo.
Obrigado por tanto.
Obrigado por tudo.
Que a nossa atmosfera seja sempre uma teosfera.
Que em cada momento haja uma brisa a respirar a Tua bondade.
Que a nossa vida mostre a Tua vida,
a vida que vem de Ti.
Que nunca esqueçamos
que somos baptizados no Pai, no Filho e no Espírito Santo.
Que tudo em nós seja ressonância
desta presença divina pelas estradas do tempo.
Obrigado, Santíssima Trindade,
por estares em cada um de nós.
Obrigado porque Um de Vós
Se quis tornar um de nós,
de cada um de nós.
Obrigado por estares sempre connosco,
na vida e na Palavra feita carne,
na vida do Teu Filho,
JESUS!
Hoje, 22 de Maio (Solenidade da Santíssima Trindade), é dia de Sta. Rita de Cássia, Sta. Júlia, S. João Baptista Machado de Távora, Sta. Joaquina de Vedruna e Sta. Luísa Palazzolo.
Um santo e abençoado dia para todos!
A. Resta-nos o silêncio?
É claro que, segundo o mesmo Rahner, de todas as palavras, esta será a menos imprópria para indicar Deus: é tão pequena que mal chega à língua, logo desaparece dos lábios. É, pois, uma palavra que cumpre a sua missão: convida mais a escutar do que a conversar, apelando mais à contemplação do que à discussão. Que, pela sua natureza, seria necessariamente interminável.
É por isso que só nos calamos no fim do esforço de falarmos o mais adequadamente possível daquela realidade para a qual não há nenhuma palavra adequada. Só no fim é que o silêncio será digno e santo.
B. Jesus fala de Deus, mostrando-nos o Pai
3. Curiosamente, nem Jesus, o revelador de Deus, falou muito sobre Deus. Segundo os Evangelhos, a palavra «Deus» só por duas vezes aparece nos lábios de Jesus e, mesmo assim, para citar o Salmo 22: «Meu Deus, Meu Deus, por que Me abandonaste?»(Sal 22, 1). Sobre Deus, Jesus falou mais com a vida do que com os lábios. Como observou González-Faus, Jesus revela Deus não tanto «falando sobre Ele, mas deixando-O transparecer, praticando-O, pondo-O em acto nas circunstâncias concretas da Sua vida».
Jesus é sobretudo aquele que nos mostra Deus. É Ele quem, como assinala S. João, no-Lo dá a conhecer (cf. Jo 1, 18). Quando fala de Deus, Jesus fala do Pai, fala d’Ele como Filho e fala do Espírito Santo. Dir-se-ia que o Pai é o Silêncio, o Filho é a Palavra e o Espírito Santo é o Encontro. É na escuta do Espírito que encontramos a Palavra de Jesus que nos desvenda o que, para nós, permanece em silêncio. A Trindade não é a soma das pessoas, é o sumo que as sustenta.
Sobre Deus, o Novo Testamento recorda uma verdade e oferece-nos uma enorme novidade. Deus é único, mas, sendo único, não é um. S. Paulo lembra que «há um só Deus»(Ef 4, 6). Acontece que o único Deus, que é «Pai de todos»(Ef 4, 6), é um com o Filho (cf. Jo 10, 30) e com o Espírito Santo (cf. Jo 14, 26). Não são três deuses, mas três pessoas da única divindade. O Pai, o Filho e o Espírito Santo têm a mesma substância, como confessa o Concílio de Niceia, e como tal são «adorados e glorificados», segundo a formulação do Primeiro Concílio de Constantinopla. Por tal motivo não damos só glória ao Pai nem damos mais glória ao Pai. Nós, cristãos, damos igual glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
C. Como dizer a Trindade?
5. Como entender tudo isto? Na Santíssima Trindade, como anotou Matias Schebeen, tocamos o mistério estrito («mysterium stricte dictum»). Seria mais fácil, como diz o Menino que apareceu a Sto. Agostinho, transportar toda a água do mar para um pequeno buraco na praia do que decifrar o mistério da Santíssima Trindade.
Apesar disso, os esforços prosseguiram. Apareceram não só os conceitos mais sofisticados, mas também as imagens mais criativas. Até à dança e ao riso se recorreu para explicar a Santíssima Trindade.
Entretanto, para vincar a eterna unidade na Trindade, o Mestre Eckhart socorre-se da analogia do riso: «O Pai ri para o Filho e o Filho ri para o Pai, e o riso gera prazer, e o prazer gera alegria, e a alegria gera amor».
D. Uma «explosão» anterior ao «big bang»
7. É, de facto, o amor que identifica Deus. É pelo amor que conseguiremos identificar Deus. Deus é amor no tempo, Deus é amor desde toda a eternidade (cf. 1Jo 4, 8.16). Deste modo, a única forma de conhecer Deus é amá-Lo. É por isso que, para falar de Deus, a razão não basta e as palavras não chegam. Acerca de Deus, só o amor é eloquente. Daí a conhecida máxima de Sto. Agostinho: «Se vês a caridade, vês a Trindade». Quem vive o amor, vive em Deus. Percebe-se, então, que o mesmo Sto. Agostinho tenha feito do amor a súmula da vida trinitária. Dizia ele que o Pai é o amante, o Filho é o amado e o Espírito Santo é o amor. O Espírito Santo é precisamente o «vínculo do amor» («vinculum amoris») que une o Pai e o Filho.
À luz do amor, percebe-se melhor por que Deus, embora único, não é um. Diria que, se Deus fosse um, seria a solidão; se Deus fosse dois, haveria a separação (um é diferenciado do outro) e a exclusão (um não é o outro); mas Deus é três. O três evita a solidão, supera a separação e ultrapassa a exclusão. A Trindade significa a abertura, o acolhimento, a comunhão.
Em Deus, o amor é tão forte que não cabe em si e, portanto, «explode» na criação. Tal como cada obra tem as marcas do seu autor, o mundo criado por Deus contém sobejas marcas do Criador. A esta luz, o mundo está cheio de «vestígios da Trindade» («vestigia Trinitatis»), a começar pelo homem, verdadeira «imagem da Trindade» («imago Trinitatis»). Sendo o homem imagem e semelhança de Deus (cf. Gén 1, 26) e sendo Deus uma trindade, então o homem é imagem e semelhança da Trindade. É por isso que a realização por excelência da imagem e semelhança de Deus está na família. Hans Urs von Balthasar reconheceu que «a família é a mais expressiva imago Trinitatis inscrita na criatura». A família humana é a grande imagem da família divina. Cada família humana deve procurar viver à imagem da família divina.
E. Nem pessoa sem comunidade nem comunidade sem pessoa
9. Por aqui se vê como, ao contrário do que dizia Immanuel Kant, não é indiferente que Deus seja um ou que Deus seja três. No fundo, o mistério da Santíssima Trindade é, afinal, um mistério muito concreto, muito prático. Ele instaura um modelo de humanidade onde não há superiores nem inferiores.
A Santíssima Trindade constitui a alternativa mais consistente quer às pulsões individualistas, quer às derivas massificantes. Numa existência à imagem da Trindade, nem a pessoa se fecha à comunidade nem a comunidade se sobrepõe à pessoa. Numa existência à imagem da Trindade, cada pessoa está aberta à comunidade e a comunidade nunca pode deixar de estar aberta a cada pessoa.
É por isso que, seguindo a vontade expressa de Jesus, somos baptizados «em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo»(Mt 28, 19). É por isso que começamos — e terminamos — cada Eucaristia «em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo». Estamos, assim, tatuados para sempre pela unidade divina. Honremos esta unidade, crescendo na comunhão e fortalecendo a fraternidade. A melhor maneira de mostrar que somos filhos de Deus é respeitarmo-nos como irmãos!
Hoje, 21 de Maio, é dia de Sto. Hospício, Sta. Catarina de Cardona, Sta. Gisela, S. Carlos José Eugénio de Mazovedo e S. Cristóvão de Magallanes.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 20 de Maio, é dia de S. Bernardino de Sena e S. Teodoro de Pavia.
Um santo e abençoado dia para todos.
Hoje, 19 de Maio, é dia de S. Celestino V, S. Clemente Ósimo, Sto. Agostinho de Tarano e S. Crsipim de Viterbo.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 18 de Maio, é dia de S. João I, S. Venâncio, S. Guilherme de Toulouse, S. Téodoto, Sta. Tecusa e companheiros mártires, S. Leornardo Murialdo, S. Félix de Cantalício, Sta. Blandina Merten e Sta. Maria Josefa Sancho de Guerra.
Faz 96 anos que nasceu São João Paulo II.
Um santo e abençoado dia para todos!
Restar-nos-á, então, o silêncio? É certo que, sobre Deus, falamos sempre melhor quando nos calamos.
Só que nem todo o silêncio será santo. O silêncio tanto pode significar disponibilidade para acolher como rejeição ou desinteresse.
Segundo os Evangelhos, a palavra «Deus» só por duas vezes aparece nos lábios de Jesus e, mesmo assim, para citar o Salmo 22: «Meu Deus, Meu Deus, por que Me abandonaste?»(Sal 22, 1).
Como observou González-Faus, Jesus revela Deus não tanto «falando sobre Ele, mas deixando-O transparecer, praticando-O, pondo-O em acto nas circunstâncias concretas da Sua vida».
Quando fala de Deus, Jesus fala do Pai, fala d’Ele como Filho e fala do Espírito Santo.
É na escuta do Espírito que encontramos a Palavra de Jesus que nos desvenda o que, para nós, permanece em silêncio.
O sumo que sustenta — e alimenta — as pessoas divinas é o amor.
Sendo o homem imagem e semelhança de Deus (cf. Gén 1, 26) e sendo Deus uma trindade, então o homem é imagem e semelhança da Trindade.
A melhor maneira de mostrar que somos filhos de Deus é respeitarmo-nos como irmãos!
Hoje, 16 de Maio, é dia de S. João Nepomuceno (invocado para proteger as pontes, para fazer uma boa confissão e contra as injúrias e calúnias), Sto. André Bobola, S. Simão Stock, Sto. Alípio e Sta. Gema Galgani.
Um santo e abençoado dia para todos!
Espírito Santo de Deus,
Espírito do Pai e do Filho,
Espírito da Igreja,
Espírito do mundo,
nós Te louvamos e agradecemos
por tantos dons.
Obrigado pelo dom da sabedoria.
Obrigado pelo dom do entendimento.
Obrigado pelo dom da ciência.
Obrigado pelo dom do conselho.
Obrigado pelo dom da fortaleza
Obrigado pelo dom da piedade.
Obrigado pelo dom do temor de Deus.
Obrigado pela beleza de cada dia.
Obrigado pela bondade de tantos corações.
Obrigado pela verdade de tantas palavras.
Obrigado também pelos silêncios.
Obrigado ainda pela esperança.
Obrigado pela oração.
Obrigado por cada manhã.
Obrigado por cada encontro.
Obrigado por cada pessoa.
Tu que habitaste o seio de Maria,
habita o nosso coração,
transforma-nos por dentro
e muda-nos a partir do fundo.
Faz deste mundo um mundo novo.
Vem recriar a nossa humanidade.
Que este mundo seja um povo de amigos,
um povo de irmãos.
Que estejamos cada vez mais fortalecidos para a missão.
Que nunca nos esqueçamos de dar testemunho.
Dá-nos sempre o Teu Espírito,
a respiração da nossa vida,
o vento da nossa jornada.
Que sejamos outros,
que aspiremos e aspiremos paz,
em Teu nome,
JESUS!
A. O começo da Igreja no princípio do mundo
Refira-se, a propósito, que o Pentecostes já era um importante dia de festa para os judeus. Situada cinquenta dias após a Páscoa, era uma festa agrícola, em que se agradecia a Deus a colheita da cevada e do trigo. Mais tarde, tornou-se também a festa da aliança, assinalando o dom da Lei no Sinai e a constituição do primeiro Povo de Deus. A partir de agora, o Pentecostes marca o começo da Igreja, novo Povo de Deus.
Todo o Antigo Testamento é uma longa e contínua preparação para o nascimento da Igreja: «A preparação longínqua da reunião do Povo de Deus começa com a vocação de Abraão, a quem Deus promete que será o pai de um grande povo. A preparação imediata tem o seu início com a eleição de Israel como povo de Deus».
B. Da Cruz ao Pentecostes
3. A vida e a missão de Cristo constituem o nascimento da Igreja. De que modo? Como observa o Concílio, «o Senhor Jesus deu origem a Sua Igreja pregando a Boa Nova».
A Igreja nasceu «do dom total de Cristo para nossa salvação, antecipado na instituição da Eucaristia e realizado na Cruz». O nascimento da Igreja é significado pelo sangue e pela água que saíram do lado aberto de Jesus crucificado. Retomando uma máxima dos primeiros tempos, o Concílio recorda que «foi do lado de Cristo adormecido na Cruz que nasceu o admirável sacramento de toda a Igreja».
Concretizando, a Igreja nasce em Jesus e inicia a sua actividade com a vinda do Espírito enviado por Jesus. Não esqueçamos que, antes de morrer, Ele tinha garantido aos discípulos que «o Espírito Santo, que o Pai enviará em Meu nome, vos ensinará todas as coisas, e recordar-vos-á tudo quanto vos tenho dito»(Jo 14, 26).
C. O templo e o tempo do Espírito
5. A Igreja é, por conseguinte, o templo e o tempo do Espírito Santo. Como bem disse Sto. Ireneu de Lyon, o «Filho e o Espírito são como que “as duas mãos” pelas quais o Pai nos toca». Pelo Filho somos tocados de uma maneira mais visível, pelo Espírito Santo somos tocados de uma maneira mais invisível, o que não quer dizer que seja menos real.
Houve quem, como o célebre Joaquim de Fiori, intentasse estratificar a presença das pessoas divinas no mundo. Segundo ele, o Antigo Testamento era o tempo do Pai, o Novo Testamento era o tempo do Filho e a Igreja seria o tempo do Espírito Santo. Não foi, porém, aceite esta doutrina. Na Igreja, está efectivamente o Espírito Santo e, como não podia deixar de ser, estão também o Filho e o Pai. É na unidade do Espírito Santo que, como proclamamos na doxologia que finaliza a Oração Eucarística, chegamos ao Pai através do Filho, Jesus Cristo.
É por isso que Sto. Agostinho fala do «Cristo total» («Christus totus»), que tem Jesus como cabeça e cada um de nós como membros do Seu corpo. S. Paulo sustenta que cada um de nós faz parte do corpo de Cristo (cf. 1Cor 12, 27). O corpo é único: o corpo de Cristo. Os seus membros são muitos: todos nós, os baptizados.
D. O «laço» que nos «entrelaça»
7. Todos os membros deste corpo são diferentes: legítima e desejavelmente diferentes, aliás. A unidade entre eles é assegurada por Deus, por Cristo, pelo Espírito e pelo Baptismo. É S. Paulo quem no-lo recorda ao dizer que «há um só Senhor, uma só fé, um só baptismo, um só Deus e Pai»(Ef 4, 5) e «um só Espírito»(1Cor 12, 13). Somos muitos e, sendo muitos, estamos unidos não em função das nossas afinidades, mas em razão da presença do mesmo Deus que nos une.
Isto significa que, quando não estamos unidos, é porque não estamos a ser verdadeiramente fiéis ao nosso Baptismo, ao Espírito que nele recebemos e a Jesus Cristo que nos conduz para a unidade. Com efeito, é Cristo que nos une e é no Seu Espírito que nos devemos deixar re+unir cada vez mais.
É o Espírito que inspira, é o Espírito que nos inspira para a missão, para os múltiplos — e surpreendentes — serviços da missão. Estes serviços são chamados «carismas», uma vez que resultam de dons suscitados pelo Espírito Santo. S. Paulo garante que os trabalhos da missão são muitos, «mas é o mesmo Deus que realiza tudo em todos»(1Cor 12, 6) com vista «ao bem comum»(1Cor 12, 7). A missão começa sempre na oração porque é na oração que se acolhe o sopro do Espírito. O grande empreendimento missionário de S. Paulo foi desencadeado por uma forte experiência de oração (cf. Act 13, 1-3).
E. O «vento» que abana e nunca abala
9. No dia de Pentecostes, os apóstolos estavam seguramente em oração (cf. Act 2, 1). O Espírito vem para animar e fortalecer os apóstolos. Não é em vão, de resto, que Espírito também é entendido, frequentemente, como sinónimo de ânimo, de força. O Espírito desce «por um rumor semelhante a forte rajada de vento»(Act 2, 2). O Espírito é, muitas vezes, apresentado como «ruah», como vento: às vezes, em forma de brisa, desta vez em forma de rajada.
Também hoje, precisamos de fortes rajadas de Espírito. Deixemos que o Espírito, também hoje, deposite em nós «línguas de fogo»(Act 2, 3) pelas quais possamos aquecer e iluminar as vidas de toda a gente. Precisamos, hoje também, de cristãos «cheios do Espírito Santo»(Act 2, 4) que não se cansem de anunciar «as maravilhas de Deus»(Act 2, 11). Precisamos, hoje também, de cristãos que exalem o perfume do Espírito e propaguem o sabor do Espírito. Precisamos, hoje também, de cristãos de escuta, de espera e de esperança, que ofereçam ao mundo as incontáveis surpresas de Deus.
Para que seja o Espírito a agir em nós, deixemo-nos habitar pelos Seus dons: pelo dom da fortaleza, pelo dom da sabedoria, pelo dom da ciência, pelo dom do conselho, pelo dom do entendimento, pelo dom da piedade e pelo dom do temor de Deus. Não fujamos da realidade do mundo, mas procuremos olhá-la e transformá-la a partir do Espírito Santo. O espiritual não é o que se opõe ao real. O espiritual é o que anima e transforma o real. É o Espírito Santo que nos transforma e nos renova. No Espírito Santo, nunca envelhecemos, mesmo que os anos passem. O Espírito é a novidade que torna tudo novo. O Espírito Santo é este vento que abana e nunca abala. Quem está no Espírito Santo nunca fica no chão mesmo que tenha caído. Escutemos a voz do Espírito. Porque o Espírito está sempre a soprar. O Espírito está sempre a surpreender-nos!
Hoje, 15 de Maio (Solenidade do Pentecostes e fim do Tempo Litúrgico da Páscoa), é dia de S. Manços, Sta. Dionísia, S. Paulo e Sto. André (mártires), Sto. Isidro Lavrador e S. Gil de Vouzela.
Um santo e abençoado dia pascal para todos!
Hoje, 14 de Maio, é dia de S. Matias (padroeiro dos carpinteiros, dos alfaiates, dos alcoólicos arrependidos e invocado para as dores de bexiga), S. Frei Gil de Santarém e S. Miguel de Garicoits.
Um santo e abençoado dia pascal para todos!
Há 99 anos
(completam-se neste dia),
o Céu veio até à Terra,
o Céu veio até à nossa terra.
Veio através da Mãe,
veio por Maria,
veio a Portugal,
veio ao mundo inteiro.
Veio a Fátima,
veio a três crianças,
a três pastorinhos
e, por elas, convidou o mundo à mudança,
à conversão, à santidade, ao amor..
Em Fátima, Maria mostrou o coração de Deus,
um coração onde cabe a humanidade inteira,
um coração de paz, um coração que irradia luz.
Jesus tinha dito
(ouvimo-lo hoje de novo)
que nunca nos deixaria órfãos, abandonados.
Ele enviou-nos do Pai o Defensor,
o Espírito da verdade,
o Espírito da esperança,
da justiça e do amor.
Obrigado, Maria,
Afinal, 13 de Maio também é dia da Mãe!
Qual é o dia que não é dia da Mãe?
Limpa, Maria, as nossas lágrimas.
Enxuga, Senhora, o nosso pranto.
Recebe as nossas preces
e dá-nos sempre o Teu Filho,
o Teu querido Filho,
JESUS!
Hoje, 13 de Maio, é dia de Nossa Senhora de Fátima e de Sto. André Hubert Fournet. Faz 99 anos que Nossa Senhora apareceu pela primeira vez aos pastorinhos.
Um santo e abençoado dia pascal para todos.
Hoje, 12 de Maio, é dia da Bem-Aventurada Joana Princesa, S. Nereu, Sto. Aquileu, S. Pancrácio, Sto. Epifânio de Salamina e Sta. Lúcia Filippini.
Um santo e abençoado dia pascal ara todos!
Hoje, 11 de Maio, é dia de S. Mamerto, Sto. Hugo de Cluny, Sto. Odo, Sto. Odilo, S. Pedro, o Venerável, e Sto. Inácio Laconi.
Um santo e abençoado dia pascal para todos!
Desde logo, porque «mais compreensível para todos, menos ligado a uma certa linguagem técnica da exegese bíblica. E também porque é mais rico de sugestão e próprio para exprimir, quase plasticamente, a ideia que se quer transmitir».
Ela não precisa de falar muito sobre Deus. Ela é soberanamente eloquente ao fazer transparecer Deus até à mais íntima medula do Seu ser.
Enquanto «speculum» (espelho), Maria é «spes» (esperança). Como espelho, é esperança para todos quantos querem seguir Jesus, no Seu novo corpo que é a Igreja.
O sim que saiu dos Seus lábios já tinha fermentado no Seu coração e envolvido toda a Sua vida.
Albert Schweitzer recordou que «o exemplo não é a melhor maneira de convencer os outros; é a única».
Só o exemplo consegue sufragar o que a vontade pretende e a palavra veicula.
Paulo VI já o reconhecera em 1974: «O mundo escuta mais as testemunhas do que os mestres».
Com Ela, a Igreja reaprende incessantemente a ser crente, orante, fiel, servidora, humilde, despojada.
Olhar para Maria é contemplar a Igreja a partir das suas raízes mais fundas. E à luz do seu horizonte mais vasto.
Em suma, Maria é o óptimo que nos convida sempre a dar o máximo!
Hoje, 10 de Maio, é dia de S. João de Ávila, Sto. Antonino de Florença e S. Damião de Veuster.
Um santo e abençoado dia pascal para todos!
Num caminho, é fundamental ter um bom guia.
Eis o que urge, eis o que falta.
Na vida, colocamos muitas vezes a língua à frente do pensamento.
Daí a recomendação de Chilton: «Não devemos permitir que a língua corra à frente do pensamento». Dá sempre mau resultado.
É bom dizer o que se pensa. É ainda melhor pensar no que se diz!
Hoje, 09 de Maio, é dia de Sta. Catarina de Bolonha, Sta. Maria Domingas Mazarello, Sta. Maria Teresa de Jesus, S. Pacómio e S. Jorge Preca.
Um santo e abençoado dia pascal para todos!
Era para ser uma despedida,
mas tornou-se a continuação de um encontro.
A Tua Ascensão, Senhor,
não é um adeus,
é uma presença eterna,
um encontro constante.
Tu não deixaste o Pai quando vieste nós.
Não nos deixas a nós quando voltas para o Pai.
Tu és sempre a presença de Deus junto dos homens
e a presença dos homens junto de Deus.
Tu não queres que fiquemos a olhar para o Céu.
O que Tu queres, Senhor, é que,
na Terra,
comecemos a construir o Céu.
«O Céu existe mesmo»!
O Céu existe já na Terra
quando fazemos o bem,
quando dizemos a verdade,
quando trabalhamos pela justiça,
quando espalhamos a paz.
«O Céu existe mesmo»!
O Céu és Tu, Senhor,
O Céu é a Tua e nossa Mãe.
E o Céu podemos ser nós,
se nos respeitarmos como pessoas
e se nos unirmos e amarmos como irmãos.
«O Céu existe mesmo»!
E tudo pode ser diferente
e tudo pode ser melhor.
Se agirmos em Teu nome,
um novo começo será sempre possível.
«O Céu existe mesmo»!
As trevas não hão-de vencer.
O mal não há-de triunfar.
O egoísmo não há-de persistir.
«O Céu existe mesmo!»
As crianças hão-de cantar.
Os velhinhos hão-de sorrir.
E as mãos serão dadas.
«O Céu existe mesmo!»
Nós temos a certeza
e não deixaremos de ter a esperança.
As nuvens podem cair.
Mas o sol há-de sempre brilhar.
O sol que é fonte de luz.
O sol que ilumina sempre.
O sol que és Tu,
JESUS!
A. Não uma despedida, mas uma presença nova
A Ascensão não assinala uma despedida, mas inaugura um tempo novo e uma vida renovada. Jesus não deixou o Pai quando veio até ao mundo e, agora, não deixa o mundo quando volta até ao Pai. Jesus trouxe-nos o Pai, Jesus (e)leva-nos para o Pai. É também a nossa humanidade redimida, salva e transfigurada que vai com Ele. Nós (já) estamos com Ele na eternidade; Ele (ainda) está connosco no tempo. Enfim, o Céu continua na Terra e a Terra como que já está no Céu. Em Jesus Cristo, a eternidade e o tempo entrelaçam-se: não subsistem um sem o outro. No tempo que vivemos na Terra, já somos verdadeiramente «cidadãos do Céu»(Fil 3, 20), habitantes da «Casa do Senhor»(Sal 122, 1).
Eis a lição desta solenidade e, mais vastamente, de toda a vida de Jesus Cristo. Só se sobe quando se desce. Só se ganha quando se perde. Só se recebe quando se dá. A máxima exaltação veio após a suprema humilhação. Deus exaltou maximamente aquele que Se humilhou completamente (cf. Fil 2, 6-11).
B. Nós (já) com Ele na eternidade; Ele (ainda) connosco no tempo
3. Em Jesus Cristo, Deus vem até nós de uma forma totalmente humanizada. Em Jesus Cristo, nós vamos até Deus de uma forma totalmente divinizada. Não se trata de uma conquista nossa, mas de um puro dom de Deus. Trata-se não de endeusamento, mas de divinização («theosis»). Entramos no Céu pela porta de Cristo, pela porta que é Cristo (cf. Jo 10, 7). Como diziam os antigos, «Cristo sobe, levando conSigo os homens cativos da morte. Ele, o primeiro, Deus incarnado, entra no Céu». E, ao entrar, faz-nos entrar com Ele.
É por isso que a Ascensão, enquanto celebração do triunfo de Cristo, é também celebração do triunfo da humanidade unida a Cristo. Ele, que fez Seu o nosso sofrimento, permite que façamos nossa a Sua glória.
É, aliás, sobre a missão dos discípulos que incide o encontro de Jesus narrado pelo Livro dos Actos dos Apóstolos. Nele, Jesus pede aos discípulos que não se afastem até que venha o Prometido do Pai (cf. Act 1, 4). O Prometido do Pai é o Espírito Santo (cf. Act 1, 5). É o Espírito Santo que vai dar aos discípulos uma força suave — e uma suavidade forte — para que sejam testemunhas de Cristo «até aos confins da Terra»(Act 1, 8).
C. Este é o momento de caminhar na Terra, não de «olhar para o Céu»
5. Segundo o referido Livro dos Actos dos Apóstolos, foi após estas palavras que Jesus Se elevou (cf. Act 1, 9). Os discípulos deixaram de ver aquele que tinham visto e que, segundo os «dois homens vestidos de branco»(Act 1, 10), voltarão a ver quando voltar (cf. Act 1, 11). A partir de agora, podemos ver — e fazer ver — Jesus através do testemunho, através do testemunho da missão. Este ainda não é, pois, o momento de «olhar para o Céu» (cf. Act 1, 11). Este é o momento de «pisar a Terra». Este é o momento de trilhar todos os «caminhos da Terra». Este, em suma, é o tempo da Igreja, a nova corporeidade de Jesus (cf 1Cor 12).
Que resta, então, do rasto de Jesus? O que resta do rasto de Jesus chama-se precisamente Igreja. É na Igreja que Jesus dilata o Seu Corpo. É na Igreja que Jesus estende a Sua presença. É à Igreja que Jesus confia o Seu Evangelho: não apenas o Evangelho escrito, mas sobretudo o Evangelho inscrito; não apenas o Evangelho que encontramos no livro, mas acima de tudo o Evangelho que reencontramos na vida. O Evangelho é um permanente começo: é um começo a que nenhum tropeço consegue pôr fim.
Não é por acaso que a Igreja assinala, neste Domingo da Ascensão, o Dia Mundial das Comunicações Sociais. A comunicação social, desde os meios mais clássicos até aos mais novíssimos recursos, faz-se portadora de notícias. Acontece que as notícias mais difundidas nem sempre são boas. E nem sempre as notícias boas são as mais difundidas. Como se isto não bastasse, há uma espécie de contágio. Parece que as notícias negativas atraem factos negativos. Quanto mais se fala de uma tragédia, tanto mais essa tragédia parece multiplicar-se.
D. A Igreja existe para comunicar
7. É claro que não podemos ignorar o que acontece. Mas também não desistamos do que pode vir a acontecer.
A comunicação social não pode limitar-se a ser um eco da realidade. Ela tem de procurar ser um agente de transformação da realidade.
Muitas vezes, confunde-se o combate ao preconceito com a ausência de critérios. Temos de reconhecer que nem sempre a comunicação social é amiga da família. Nem sempre os valores que ela veicula correspondem ao que se espera que sejam os valores da família. Talvez sem querer, a comunicação social arrisca-se, frequentemente, a contribuir mais para a destruição dos laços familiares do que para a consolidação desses mesmos laços familiares.
E. Nem tudo é para mostrar, nem tudo é para consumir
9. É certo que não podemos exigir que a comunicação social faça o que deve ser feito pela família. Mas pode ajudar ou, pelo menos, pode não complicar mais. A vida das famílias já não é fácil. Era bom que, sem contender com um sadio pluralismo, todos déssemos as mãos para não a tornarmos mais difícil.
Precisamos, por isso, de uma ética: não só para a produção, mas também para a utilização da comunicação social. Nem tudo é para mostrar, nem tudo é para consumir. Não se trata de advogar a censura, sempre abominável, mas de defender um necessário sentido crítico.
O que celebramos na Ascensão é um poderoso estímulo para a missão, também na comunicação social. Procuremos converter as dificuldades em oportunidades. Não nos limitemos a pôr de lado os meios de comunicação social. Procuremos fazer tudo para que eles possam ser também meios de evangelização. Afinal, há tanto Evangelho para espalhar na vida. E há tanto Deus para semear no coração das pessoas!
Hoje, 08 de Maio (Solenidade da Ascensão do Senhor e Dia Mundial das Comunicações Sociais), é dia de Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças, S. Bonifácio IV, S. Bento II, Sta. Francisca Ulrica Nish, Sta. Maria Catarina de Sto. Agostinho, Sta. Madalena de Canossa, S. Jeremias de Valáquia e S. Luís de Rábata.
Um santo e abençoado dia pascal para todos!
As palavras têm o condão de alterar a realidade. E têm o risco de serem condicionadas pela mesma realidade.
Quantas vezes o dito pelos lábios é desdito pela vida.
Cuidado, pois, muito cuidado antes de falar.
Há sobretudo duas palavras em que devemos pensar antes de as pronunciar: «sempre» e «nunca»!
Hoje, 07 de Maio, é dia de Sta. Flávia Domitila e Sta. Gisela.
Um santo e abençoado dia pascal para todos!
Hoje, 06 de Maio, é dia de S. Pedro Aumaitre, S. Mariano, S. Domingos Sávio e Sta. Catarina Troiani.
Um santo e abençoado dia pascal para todos!
Hoje, 05 de Maio, é dia de S. Máximo de Jerusalém, Sto. Ângelo, Sto. Hilário de Arles e S. Núncio Suplizio.
Um santo e abençoado dia pascal para todos!
Talvez por isso Shakespeare denunciava: «Deus deu-vos uma cara e vós fazeis outra». Só a autenticidade nos liberta e nos reconcilia. connosco.
Fernando Pessoa percebeu: «Quando escrevo, visito-me solenemente».
A justiça só não congraça com a misericórdia quando, no lugar do coração, se tem uma pedra. A misericórdia é o ápice da justiça.
Aliás, Julian Barnes notou: «Quando matamos ou exilamos Deus, matamo-nos a nós próprios». É que, «se não existe Deus, não existe vida depois da vida, e então não existimos nós».
Não sei se é bem. Não sei se é mal. Sei que é frequente.
Seremos uma nação livre?
Mas nem sempre todas as vontades se juntam. Muitos «eus» formarão um verdadeiro «nós»?
Já Voltaire reconhecia: «Quando mais envelhecemos, mais precisamos de ter que fazer. Trabalhar é viver».
Nem o grupo, nem a comunidade, nem a multidão têm legitimidade para anular a identidade de uma só pessoa. O problema é que estamos atentos à ditadura de um sobre muitos. Mas quem está atento à ditadura de muitos sobre um?
Continua a ser duro morrer. Mas a fé testifica que a morte não é termo, mas trânsito; não é fim, mas passagem. Afinal e como assegurava a mãe do mártir Sinforiano, «a vida não acaba, apenas se transforma».
Benedetto Croce asseverou: «A cultura histórica tem o objectivo de manter viva a consciência que a sociedade humana tem do próprio passado, ou melhor, do seu presente, ou melhor, de si mesma».
Já dizia Alexander Pope: «Quem confessa os seus erros é mais sábio hoje do que ontem».
Já dizia Edmund Burke: «Os perigos crescem se os desprezamos».
Há remédios que não trazem respostas. Mas há respostas que são autênticos remédios. Por isso é que são raras.
Mas, infelizmente, não é preciso esperar pelas crianças que vão nascer hoje…
Hoje, 04 de Maio, é dia de S. Gregório, o Iluminador, S. Jorge Haydock e seus Companheiros Mártires e S. João, Roberto e Sto. Agostinho (da Cartuxa).
Um santo e abençoado dia pascal para todos!
Mas não basta mudar. É fundamental mudar para melhor. E o melhor da mudança é realizar na vida o projecto de Deus.
O Seu desígnio foi sempre que, n’Ela, se cumprisse a Palavra de Deus (cf. Lc 1, 38).
Ela é, por assim dizer, a Igreja nascente, a Igreja seminal, a Igreja dos começos e, ao mesmo tempo, a Igreja da plenitude e da consumação.
Não admira. Ela transportou dentro de si o Fundador — e perene Fundamento — da Igreja.
É n’Ela que o humano atinge o maior nível de aceitação da proposta de Deus. Daí que funcione belamente como critério para aferir a fidelidade da Igreja.
Maria pertence à Igreja. Ela faz parte do mesmo povo que nós. É o seu membro mais eminente. Mas não está fora dele.
O que Maria foi é o que a Igreja está a chamada a ser.
Em Maria encontramos o que na Igreja procuramos.
Maria não se destaca tanto pela palavra proferida com os lábios como pela palavra pronunciada com a vida.
Foi nas «páginas» da Sua existência que o Verbo começou a ganhar forma neste mundo.
Hoje, 03 de Maio, é dia de S. Filipe, S. Tiago Menor, S. Rupert Mayer, Sta. Maria Leónia Paradis e. S. Eduardo José Rosaz.
Um santo e abençoado dia pascal para todos!
Há quem confunda coragem com destempero. E há quem coloque a prudência no padrão da cobardia.
Erro fatal.
A prudência é o que melhor aconchega a coragem.
Já dizia Ernest Wilson: «Os homens prudentes de hoje enfrentam sem medo o amanhã».
A prudência abre os olhos. Com ela, a coragem consegue abrir os lábios. E transformar a vida!
Hoje, 02 de Maio, é dia de Sto. Atanásio e S. José Maria Rúbio.
Um santo e abençoado dia pascal para todos!
Como não agradecer-te, mãe,
se é tanto o que és,
o que ofereces
e o que semeias no meu ser?
Mas como agradecer-te, mãe,
se é tão pouco o que tenho
para dizer, para te bendizer?
O que o coração sente
os lábios não são capazes de balbuciar.
Trémulos, hesitam e gaguejam,
incapazes de soltar uma palavra
ou de articular um som.
Mas será que existe alguma palavra
que consiga dizer o que o coração sente?
Dizer «obrigado» é pouco,
mas dizer-te «obrigado» é tudo o que resta
quando tudo já tiver sido dito.
Obrigado, mãe,
pela vida que nunca recusaste dar-me.
Obrigado pelo amor
que nunca hesitaste oferecer-me.
Obrigado pelo sacrifício
a que nunca te furtaste.
Obrigado pela fé
com que sempre me inundaste.
Obrigado
por seres sempre berço a que volto
e fonte a que regresso.
Obrigado
pelo testemunho e pela fidelidade.
Obrigado
me teres dado a vida
e por seres vida para mim.
Obrigado
por não me eliminares quando habitei teu ventre.
Obrigado
por me amares desde o primeiro instante.
Obrigado
por nunca seres túmulo
e por sempre seres regaço.
Obrigado
por nunca pensares em ti
e por sempre pensares em mim.
Eu não mereço.
Eu não te mereço.
Mas agradeço.
Porque sei
que amar assim,
como tu amas,
é algo que só está ao alcance de ti, mãe!
Na pobreza dos gestos
e na fragilidade das palavras,
nada mais me ocorre
que este «obrigado».
Entrego-o no colo da Mãe das mães,
Maria-Mãe de Jesus.
Que Ela te abençoe
e proteja.
Que Ela te conforte
e compense por tudo quanto fazes,
por tudo quanto és,
mãe!
A. Maio rima com Mãe
Maio rima com Mãe. Para nós, dizer Mãe é, antes de mais, dizer Maria. Para nós, dizer Maria é, acima de tudo, dizer Mãe. Até Deus quis ter Mãe! Até Deus é Mãe! Como alguém terá dito, Deus é um Pai que nos ama com amor de Mãe. E Maria é o mais belo rosto desta «paternidade maternal» de Deus.
O amor de Mãe é o amor que nunca passa, mesmo quando tudo passa. É ao amor da Mãe que se regressa quando todas as promessas de amor cessam. O amor de Mãe é o amor da vida, é o amor para a vida. É, sem dúvida, um amor único, o amor de Mãe. Razão tem, pois, quem escreveu aquele epitáfio que se encontra, em forma de verso, no cemitério da minha terra natal: «Minha Mãe era uma santa/por quem sempre rezarei/porque amor igual ao dela/ nunca mais encontrarei»!
B. Dia para que muitos filhos se lembrem que têm mãe
3. Não existe Dia do Filho já que, para a Mãe, todos os dias são dias para os filhos. Mas existe um Dia da Mãe até porque não faltará quem só neste dia se lembre que tem mãe. Não faltará quem só neste dia se lembre da sua mãe. Mesmo quando a memória vai faltando, uma mãe nunca esquece os seus filhos. Será que todos os filhos se lembram da sua mãe? Será que todos os filhos expressam a gratidão pela sua mãe? Uma mãe é capaz de cuidar de muitos filhos e, por vezes, muitos filhos não cuidam de uma mãe. Uma mãe pode não ter muitos lugares em casa, mas tem sempre imensos lugares no seu coração.
No Dia da Mãe — que é também Dia do Pai —, é importante que todos aprendamos a ser filhos. Daí que estes devam ser verdadeiros dias da família, em que se fortaleça a união na família, o amor na família e a gratidão em família.
É muito grande o que há numa mãe. Mãe nunca deixa de ser mãe. Nem a morte mata a mãe. Mãe sobrevive sempre. Ninguém seria nada sem Mãe. Mãe é o que fica, mesmo quando tudo passa.
C. Mãe nunca deixa de ser mãe
5. Este, a bem dizer, não é o dia da mãe. É, possivelmente, o dia em que muitos se lembram que existe mãe. Dia da mãe tem de ser cada dia. Mãe que é mãe nunca se cansa de ser mãe e nunca descansa como mãe. Mãe que é mãe está sempre em funções, está sempre em funções de mãe. Mãe que é mãe pensa sempre como mãe, sente sempre como mãe, age sempre como mãe, sofre sempre como mãe, chora sempre como mãe e morre sempre como mãe.
Há muitas condecorações neste país e neste mundo, mas haverá herói maior que uma mãe? Haverá maior escola de vida que uma mãe? Uma mãe dá tudo sem cobrar nada. Mesmo quando não há reconhecimento, a Mãe não mostra ressentimento. É comovente sentir como a Mãe também tem lugar para a dor. Mas só o amor vem aos lábios. A dor fica alojada na alma. Quando muito, pode escorrer em algumas lágrimas furtivas. Mas Mãe que é mãe diz sempre o melhor de seus filhos. Não poderíamos aprender com as mães?
Mãe é o que fica mesmo quando tudo parece passar. Mãe nunca adormece. Mesmo a dormir, ela dorme como mãe. É por isso que Mãe nunca se reforma. Mãe nunca morre. Mãe é sempre Mãe. Mãe nunca deixa de ser mãe. Nem a morte mata a mãe. Mãe sobrevive sempre.
D. Tanto para aprender com as mães
7. Mãe é palavra. Mãe é sobretudo gesto, gesto que não cabe em qualquer palavra. É com a Mãe que aprendemos a falar. E pode ser com a Mãe que podemos aprender a perceber o que Deus nos quer dizer. Adverte-nos S. João para que «não amemos com palavras nem com a língua, mas por obras e em verdade»(1Jo 3, 18). Quem como a Mãe consegue ilustrar esta afirmação? Muita gente pode saber o que é o amor, mas só as mães sabem verdadeiramente o que é amar. É por isso que a Mãe é obra de Deus. A Mãe é como um eco de Deus no nosso mundo. Se queremos saber o que é amar, olhemos para a Mãe.
Eu diria — e peço que me compreendam — que Mãe não tem coração. Ou, melhor, Mãe não tem só um coração. Mãe tem muitos corações. O coração da Mãe está transplantado no coração dos filhos. Mãe que é mãe hipoteca tudo, a começar pelo seu coração. «Obrigado» é tão pouco para lhe agradecer tanto. Mas talvez seja tudo o que nos resta para lhe dizer. Não lho digamos, contudo, só com os lábios. Digamos «obrigado» à nossa Mãe com a nossa vida, com a nossa presença, com o nosso auxílio, com o nosso reconhecimento, com a nossa oração.
Como nos garante S. Paulo, «tudo podemos em Cristo que nos dá força»(Fil 4, 13). Neste sentido, se permanecermos em Cristo, se acolhermos as Suas palavras, tudo será concedido e tudo será conseguido. Deus quer que demos muito fruto (cf. Jo 15, 8).
E. Na escola de Jesus ao colo da Mãe
9. Nenhum ser humano é alguma coisa sem Mãe. Nenhum discípulo é alguma coisa sem Mestre. Nenhum cristão é alguma coisa sem Cristo. A Mãe pode ser vista, portanto, como um Evangelho vivo. Tal como a existência da Mãe se prolonga na existência do filho, também a vida de Cristo se prolonga na existência do cristão. E tal como a melhor herança que a Mãe pode deixar aos filhos é o seu exemplo, também o maior legado que Jesus nos deixa é o Seu testemunho.
Estas palavras de Jesus constituem as Suas últimas indicações, o Seu testamento. Os discípulos são convidados a pôr em prática as Suas palavras (cf. Jo 14, 23). Quem não cumpre as palavras de Jesus como pode amá-Lo? E quem melhor do que as nossas mães para nos introduzir na escola do amor?
Não deixemos, então, de ler — e meditar — o «Evangelho segundo as mães». Vivamos o Evangelho olhando para as mães, a começar por Maria, modelo de todas as mães. Foi na Sua carne que Jesus Cristo Se fez carne. Que na nossa vida deixemos que Jesus Se faça vida. Hoje. Amanhã. E sempre!
Hoje, 01 de Maio (Dia da Mãe e Dia do Trabalhador), é dia de S. José Operário, Sta. Comba do Alentejo, S. Jeremias e S. Ricardo Pampuri.
Um santo e abençoado dia para todos!