O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Sábado, 30 de Abril de 2016

Hoje, 30 de Abril, é dia de S. Pio V, S. José Bento Cottolengo, S. Bento de Urbina, Sto. Amador, S. Donato e Sta. Maria da Encarnação.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

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Sexta-feira, 29 de Abril de 2016

Eduardo Lourenço tocou numa grande ferida: «A Europa está sem nenhum referente de ordem transcendente».

É claro que o referente se mantém. Mas deixou de se lhe prestar a devida atenção.

A Europa navega sem referentes, vagueia sem bússola, voga sem horizontes. E, para nosso pesar, ameaça estilhaçar entre o instante e o instinto.

Será que a Europa ainda será capaz de olhar para além dela?

publicado por Theosfera às 11:48

Liu Shengjia é um dos 1,3 mil milhões de habitantes da China. Mas, ao mesmo tempo, é o único habitante de Xuenshanshe, uma aldeia do norte do país.

Há dez anos, os seus moradores procuraram as cidades. Ele ficou a cuidar da mãe e de um irmão.

Acontece que os dois já morreram. Resta ele.

E é assim que ainda há quem esteja só no país mais populoso do mundo!

publicado por Theosfera às 11:33

Hoje, 29 de Abril, é dia de Sta. Catarina de Sena (Co-padroeira da Europa) e S. Wilfrido, o Jovem.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Quinta-feira, 28 de Abril de 2016

Hoje, 28 de Abril, é dia de Sta. Teodora, S. Dídimo, S. Pedro Maria Chanel, S. Luís Maria Grignion de Monfort, S. Pusquésio e Sta. Maria Luísa Trichet.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:18

Quarta-feira, 27 de Abril de 2016

Hoje, 27 de Abril, é dia de Nossa Senhora de Monserrate, Sta. Zita (padroeira das empregadas domésticas e das despenseiras) e Sto. Ântimo.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:16

Terça-feira, 26 de Abril de 2016
  1. Que mudança introduzir na nossa vida?

A mudança que Jesus veio trazer e que está corporizada no mandamento que Ele apelidou de novo: «Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei» (Jo 15, 12).

 

  1. Já não se trata apenas de não fazer aos outros o que não queremos que os outros façam a nós (cf. Tob 4, 15).

Já não se trata somente de amar o próximo como a nós mesmos (cf. Mt 12. 33). Trata-se de amar os outros como Cristo os ama. Trata-se de amar os outros com o amor de Cristo.

 

  1. É preciso mudar não só o exterior, mas também o interior.

É preciso mudar a partir de dentro, a partir do fundo, a partir de nós.

 

  1. A mudança que actualmente está em curso no mundo vai radicalizando a Lei de Talião.

Parece que ninguém entende que «olho por olho e dente por dente» (cf. Êx 21, 24) e o mundo inteiro ficará cego e…desdentado.

 

  1. Há quem não se limite a tirar a vida para salvaguardar a sua vida.

Há quem acabe com a sua vida no preciso momento em que tira a vida aos outros. Ou seja, há quem decida morrer, matando.

 

  1. Deus não é negado apenas pelos que O negam.

Diria que Deus é ainda mais negado por aqueles que O distorcem.

 

  1. Não é em nome de Deus que alguém mata. Mata-se, sim, em nome de certas imagens de Deus que se vão construindo.

É preciso, por isso, mais escuta e menos disputa: é preciso mais escuta de Deus e menos disputas em nome de Deus.

 

  1. É preciso mais espiritualidade e menos hostilidade. Mais oração e menos agressão. Mais missão e menos imposição. Mais atenção e menos atentados.

Em suma, é preciso que as religiões e as igrejas estejam ao serviço de Deus e não ambicionem apropriar-se do próprio Deus.

 

  1. Quando as religiões e as igrejas se encontram no serviço de Deus reencontram-se sempre no serviço da pessoa, no serviço da humanidade.

Quando Deus é o centro, o homem é o caminho.

 

  1. Neste tempo novo, a Igreja não pode falar apenas «ex cathedra». Tem de falar sobretudo «ex vita».

Só a partir da vida a Igreja mostrará vida e chegará à vida: mostrará a vida de Deus e chegará à vida das pessoas.

publicado por Theosfera às 10:21

Hoje, 26 de Abril, é dia de Nossa Senhora, Mãe do Bom Conselho, Sto. Anacleto, S. Marcelino, S. Pedro de Rates, S. Pascásio, S. Basílio de Amaseia, S. Gregório e S. Domingos (Pregadores).

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 09:33

Segunda-feira, 25 de Abril de 2016

Quem entra na Casa de Nossa Senhora dos Remédios, encontra, logo à entrada, esta inscrição: ««Aqui jaz o Rev.mo Cónego José Pinto Teixeira, Fundador deste Santuário. Faleceu a 25 de Abril de 1784» .

Assim sendo, nesta segunda-feira faz 232 anos que ocorreu a sua morte.

Oriundo de Valdigem, viveu em Lamego, mais propriamente na Rua da Olaria.

Eleito Juiz da Irmandade em 1748 (em 1741 já desempenhara tais funções), foi sobretudo a ele que se deveu a construção do Santuário.

Por muito grande que seja a nossa gratidão, será sempre muito pequena em comparação com a sua extrema (e extremosa) dedicação!

publicado por Theosfera às 08:55

Hoje, 25 de Abril (feriado comemorativo da Instauração da Democracia), é dia de S. Marcos, Evangelista, Sto. Estêvão de Antioquia e S. Pedro de S. José Betancourt.

Refira-se que S. Marcos é considerado padroeiro dos vidraceiros e notários, e invocado contra a sarna.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Domingo, 24 de Abril de 2016

Obrigado, Senhor,

por, também hoje, Te apresentares no meio de nós,

por, também hoje, nos ajudares a vencer as nossas perturbações.

 

Obrigado, Senhor, pela paz que nos dás,

pela paz que és Tu,

pela paz que chega ao mundo inteiro.

 

A Páscoa está no tempo

para que esteja na vida,

na vida de cada um,

na vida de todos.

 

Como há dois mil anos,

Tu, Senhor, comes connosco.

Tu és o nosso pão,

o alimento da nossa vida.

 

Tu, Senhor, continuas a abrir os nossos corações,

a purificar a nossa existência,

a transformar o nosso caminhar.

 

Tu és, Senhor,

o sol que ilumina,

a chuva que fecunda,

o vento que sopra.

 

Tu és o Deus das novas oportunidades.

Mesmo quando pecamos, Tu és o perdão.

Por isso nos convidas ao arrependimento,

à mudança, à conversão.

 

Continua, Senhor, a transformar a nossa vida.

Que nós nunca Te esqueçamos,

que nunca esqueçamos de Te anunciar,

JESUS!

publicado por Theosfera às 11:05

A. No centro de tudo está o amor

  1. Afinal, como é que mostramos que somos cristãos? Cristão vem de Cristo, cristão refere-se a Cristo. Somos cristãos quando procuramos seguir os ensinamentos de Cristo, quando procuramos viver a vida de Cristo. Quem mais sabe de Cristo não é, pois, quem mais fala de Cristo, mas quem mais se esforça por viver a vida de Cristo.

Cristo deixou-nos uma preciosa herança, cheia de preciosos ensinamentos. Creio que podemos resumir tudo em três mandamentos, aliás intimamente interligados: o mandamento missionário («ide por todo o mundo, pregai o Evangelho», Mc 16, 15), o mandamento da Eucaristia («fazei isto em memória de Mim», 1Cor 11, 24) e o mandamento do amor («amai-vos uns aos outros como Eu vos amei», Jo 15, 12). O amor é o corolário, a fonte e o centro. É o amor que faz a missão. É o amor que faz a Eucaristia. Que é a missão senão um gesto — e uma interminável gesta — de amor? E que é a Eucaristia senão um permanente mistério de amor? De resto, a Eucaristia é o «mistério da fé» na exacta medida em que é um perfeito mistério de amor. É que, como bem notou Hans Urs von Balthasar, «só o amor é digno de fé». Só o amor que dá a vida é digno de fé na nossa vida.

 

  1. Por conseguinte, percebe-se que Deus seja mais acessível ao coração que ama do que à mente que (apenas) pensa. O amor é o que maior honra tributa a Deus, que é amor (cf. 1Jo 4, 8.16). O poder consegue muito, mas só o amor consegue tudo. Basta olhar para Deus. O Seu poder é uma emanação do Seu amor. Nem sempre o poder é amoroso. Mas o amor será sempre poderoso. Afinal e como reconhecia Paul Ricoeur, Deus é «Todo-Poderoso» porque é «Todo-Amoroso».

Daí que a Igreja, não sendo uma democracia, deva ser mais — e nunca menos — que uma democracia. O que nela há-de prevalecer não é a «craciofilia» (amor do poder), mas a «filocracia» (poder do amor). É por este poder, pelo poder do amor, que as pessoas notarão que seguimos Jesus. O amor do poder tem esganado a vida de muita gente. Só o poder do amor transformará a vida de toda a gente.

 

B. A verdadeira «regra de ouro»

 

3. Jesus apresenta-nos a verdadeira «regra de ouro» ao dizer: «É este o Meu mandamento: amai-vos uns aos outros como Eu vos amei»(Jo 15, 12). Na verdade, a «regra de ouro» tem sido apontada, ao longo dos tempos, como a alavanca para a convivência humana. Ela costuma ser apresentada de uma forma minimal: «Não faças aos outros o que não queres que te façam a ti». Há quem atribua esta máxima a Confúcio. O certo é que ela já aparece gravada no Antigo Testamento, mais concretamente, no Livro de Tobias: «Aquilo que não queres para ti, não o faças aos outros»(Tb 4, 15). A sabedoria islâmica parece mover-se no mesmo registo quando estipula: «Não ofendas e não serás ofendido».

O próprio Jesus, no Sermão da Montanha, retoma este preceito, dando-lhe uma formulação positiva: «Tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-lho vós também»(Mt 7, 12). Ou seja, enquanto antes se ensina a não fazer o mal, agora Jesus vai mais longe: em vez da proibição de fazer o mal, Ele convida-nos a fazer o bem ao nosso semelhante. Mais tarde, dá um passo em frente e coloca a «regra de ouro» sob a égide do amor, como já o fizera o Livro do Levítico: «Amarás o teu próximo como a ti mesmo»(Mt 22, 39; cf. Lev 19, 18).

 

  1. Em todos estes casos, salta à vista que o critério é a pessoa de cada um. Isto significa que aquilo que não queremos para nós não devemos querer para os outros. E, correspondentemente, o que queremos para nós, devemos querer para os outros. Como é natural, levanta-se o problema de saber se aquilo que eu quero vai ao encontro daquilo que os outros querem.

Genericamente, o princípio é positivo, mas na prática pode não ser capaz de evitar algumas colisões. O que eu desejo para mim pode não ser desejado pelos outros. Já agora, não será descabido ressalvar que limitar-se a fazer o que os outros pretendem também não será opção totalmente segura. É que aquilo que para os outros é bom pode entrar em choque com aquilo que a minha consciência me determina como bem.

 

C. O critério do amor é Jesus

 

5. Neste encontro com os Seus discípulos, Jesus toca o extremo da «regra de ouro». O importante, agora, já não é apenas não fazer o que os outros não querem nem tão-pouco fazer o que, segundo eu, os outros anseiam. O importante é fazer aos outros o que Jesus faz, o que Jesus lhes faz.

O critério é Jesus. A novidade do Seu mandamento, como percebeu Sto. Agostinho, está no facto de não propor um amor meramente humano, mas o Seu próprio amor. Aliás, Jesus também nos ama com o amor do Pai: «Assim como o Pai Me amou, também Eu vos amei»(Jo 15, 9). Permanecer no amor de Cristo é, portanto, permanecer no amor do Pai (cf. Jo 15, 9).

 

  1. Em que consiste este amor? Não se trata, como hoje se pensa, de um mero sentimento. Quando o amor se reduz ao sentimento, arrisca-se a fenecer e até a desaparecer. É que, como nós sabemos, os sentimentos alteram-se: vêm e vão, aparecem e desaparecem. Não é, pois, o amor que tem de seguir os sentimentos; os sentimentos é que têm de seguir o amor. E que é o amor, neste caso?

O amor não é o que eu sinto, é, antes de mais, o que eu recebo. Concretizando, o meu amor é o amor de Cristo em mim, é o amor de Cristo através de mim. Verdadeiramente, então, só teremos amor no amor de Cristo. Ora, o amor de Cristo — ou, melhor, o amor que é Cristo — não é amor de posse, é amor de dádiva. O amor de Cristo — o amor que é Cristo — é amor que só sabe dar; é amor que doa; é amor que se doa.

 

D. Tanto amor nos lábios, tão pouco amor na vida

 

7. Deste modo, não há limites para o amor. O maior amor é o amor que dá mais. O amor total é o amor que dá tudo. Foi assim que muitos, como Sto. Agostinho, perceberam que a medida do amor é o amor sem medida, é o amor desmedido. Jesus avisou: «Não há maior prova de amor do que dar a vida pelos amigos»(Jo 15, 13).

E pelos inimigos não se deve dar a vida? A pergunta fará algum sentido já que o mesmo Jesus, no Sermão da Montanha, insistira no amor também pelos inimigos (cf. Mt 5, 44). Só que, ao dar a vida, todos passam a ser amigos. Não há servos nem inimigos. Para Jesus, todos são amigos. A Sua amizade é oferecida a todos. O que pode acontecer é que nem todos aceitem essa amizade. Afinal, já S. Francisco se lamentava, dizendo que «o Amor não é amado». Nem sempre o amor é amado. Mas, mesmo quando não é amado, o amor há-de ser continuamente oferecido.

 

  1. Nós somos amigos — e discípulos — de Jesus, fazendo o que Ele manda, isto é, amando os outros, procurando dar a vida pelos outros (cf. Jo 15, 14). Foi para isso que Ele nos escolheu (cf. Jo 15, 16). Pelo que só daremos fruto pelo amor (cf. Jo 15, 16). Daí que Jesus reforce o mandamento: «O que vos mando é que vos ameis uns aos outros»(Jo 15, 17).

É isso que importa, mas é isso que falta. É o amor que importa, mas é o amor que falta. Muito se fala de amor, mas há tanta falta de amor. Tanto amor nos lábios, tão pouco amor na vida. Até na Igreja, que é a «casa do amor», se nota, por vezes, falta de amor. Há falta de amor porque não bebemos na fonte de amor, que é Jesus Cristo.

 

E. Um pouco de amor nunca é pouco

 

9. Voltemo-nos, então, para Cristo. É pelo amor que mostramos que estamos com Ele e, por Ele, no Pai. Se nós somos imagem e semelhança de Deus (cf. Gén 1, 26) e se Deus é amor (cf. 1Jo 4, 8.16), então é pelo amor que demonstramos a nossa fidelidade a Deus.

João é muito claro: «Se Deus nos amou, também nós devemos amar-nos uns aos outros»(1Jo 4, 11). Só o amor atrai Deus, só o amor deixa ver Deus: «Se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e em nós o Seu amor é perfeito»(1Jo 4, 12). Entre Deus e o amor existe uma identidade completa: «Deus é amor; quem permanece no amor permanece em Deus e Deus permanece nele»(1Jo 4, 16).

 

  1. Não é a violência que nos aproxima de Deus. Agredir e matar em nome de Deus constituem o maior atentado contra Deus. Só o amor aproxima de Deus. Deus é amor e, por tal motivo, o amor é divino. É por isso que, na pauta para o juízo final, Jesus propõe, como critério supremo, não o amor da ciência, mas a ciência do amor (cf. Mt 25).

O Cristianismo é, geneticamente «a religião do amor». O amor está no código genético da Igreja. Os cristãos da primeira hora eram conhecidos pelo empenho que punham na vivência do «mandamento novo do amor». Que os cristãos desta nossa hora não esqueçam o mandamento que nunca deixa de ser novo. Anunciemos a todos o Deus do amor. E depositemos em cada pessoa um pouco do incomensurável amor de Deus. Um pouco de amor nunca é pouco. Um pouco de amor é sempre muito. Porque, em Deus, o amor é tudo, é para sempre!

publicado por Theosfera às 06:56

Hoje, 24 de Abril (5� Domingo da P�scoa), � dia de S. Fiel de Sigmaringa, S. Greg�rio de Elvira, Sta. Maria de Santa Eufr�sia Pelletier, S. Bento Menni e Convers�o de Sto. Agostinho.

Um santo e aben�oado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:41

Sábado, 23 de Abril de 2016

Hoje, 23 de Abril, é dia de Sto. Adalberto, Sto. Egídio de Assis, Sta. Helena de Údine, S. Jorge, Sta. Teresa Maria da Cruz e Sta. Maria Gabriela Sagheddu.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Sexta-feira, 22 de Abril de 2016
  1. O mais óbvio é viver. Mas, às vezes, o que mais esquecemos é viver. Jean de La Bruyère percebeu: «Para o homem, apenas há três acontecimentos: nascer, viver e morrer. Ele não sente o nascer, sofre ao morrer e esquece-se de viver».

Não nos esqueçamos de viver. E ajudemos os outros a viver.

 

  1. Temos uma tendência incoercível para colocar a felicidade no distante. Coelho Neto foi ao ponto de decretar que «a felicidade é uma ilusão da distância». Habitualmente, achamos que fomos felizes no passado. O mais curioso é que, nesse mesmo passado, não nos sentimos tão felizes assim.

Também propendemos a considerar que os outros é que são felizes. O mais estranho, porém, é que muitos deles também não exibem um ar muito feliz. Sucede que a felicidade não é só para ontem nem apenas para outrem. É para hoje. E é também para nós.

 

  1. Percebeu o poeta que todo o mundo é feito de mudança. Henri Bergson confirmou em modos de máxima: «Mudamos, logo somos».

Penaliza, pois, ver a resistência à mudança em tantos sectores da vida. Às vezes, não tão poucas vezes assim, essa resistência é agressiva assumindo foros de perseguição a quem, modestamente, pugna pela mudança. Para sermos os mesmos, temos de estar sempre em mudança. A essência da vida é uma errância contínua, uma peregrinação constante.

 

  1. Diz a experiência que o mais exigente consigo acaba por ser o mais indulgente com os outros.

É por isso que, quando vejo críticas impiedosas contra alguém, o meu primeiro impulso é desconfiar de quem as faz.

 

  1. Bem notou Emanuel Wertheimer: «Não há mais severo moralista do que o caloteiro, quando é caloteado».

É muito fácil fazer moralismo para os outros. Fundamental é cada um viver segundo a ética e a justiça.

 

 

  1. Sobre um tema candente, uma posição pertinente: «Eu acredito no respeito pelas crenças de todas as pessoas, mas gostaria que as crenças de todas as pessoas fossem capazes de respeitar as crenças de todas as pessoas».

Concordo com José Saramago. O respeito é sagrado. Se não há respeito, poderá haver fé?

 

  1. Uns são protegidos sem mérito. Outros são perseguidos por terem mérito.

Todos lastimam e muitos protestam, mas quem se dispõe a alterar este comatoso estado de coisas?

 

8.Almada Negreiros não podia ser mais contundente: «A nossa querida terra está cheia de manhosos, de manhosos e de manhosos, e de mais manhosos. Numa terra de manhosos, não se pode chegar senão a falsos prestígios. É o que há mais agora por aí em Portugal: os falsos prestígios. E vai-se dizer de quem é a culpa de haver manhosos e falsos prestígios: a culpa é nossa e só nossa».

Sim, porque a manha contamina e os manhosos tendem a alastrar. Quando deixaremos esta teia?

 

  1. Escreve-se porquê? Quem passeia os olhos pelos jornais fica perplexo e rapidamente chega a uma dupla conclusão. Com algumas excepções, escreve-se sobretudo por ambição ou por ressabiamento.

O tópico é o poder. Então, escreve-se para chegar ao poder ou para zurzir no poder. É pouco. E é triste.

 

  1. Há quem, não conseguindo brilhar, faça tudo para ofuscar o brilho dos outros.

Era bom que se ouvisse o aviso de Miguel Torga: «O mal de quem apaga as estrelas é não se lembrar de que não é com candeias que se ilumina a vida»!

publicado por Theosfera às 10:06

Hoje, 22 de Abril, é dia de Sta. Senhorinha, S. Sotero, S. Caio, S. Leónidas, Sto. Hugo de Grenoble e Nossa Senhora, Mãe da Companhia de Jesus.

Um santo e abençoado dia pascal ara todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Quinta-feira, 21 de Abril de 2016

Existe alguma realidade na ilusão?

Eis uma pergunta a que não podemos fugir.

É na ilusão que decorre a realidade da vida de muita gente.

Parece um contra-senso, mas confere com o nosso quotidiano.

Basta ver o que se passa nas redes sociais. É uma realidade.Mas não será também uma ilusão?

As redes sociais iludem-nos quanto ao conhecimento e quanto à ilusão.

Dão-nos a ilusão de que sabemos muito e de que não estamos sós.

Mas, na realidade coada das ilusões, notamos que,afinal, sabemos menos do que pensamos. E estamos mais sós do que imaginamos!

publicado por Theosfera às 09:30

Na terra onde vivo, existe um portão com a inscrição «Quinta do Bom Pastor».

Desconheço a origem, mas reconheço um grande significado nesta designação.

Quinta do Bom Pastor é a humanidade.

As portas estão sempre abertas.

E quando o Bom Pastor não está à nossa espera, anda à nossa procura!

publicado por Theosfera às 07:12

Hoje, 21 de Abril, é dia de Sto. Anselmo de Aosta, S. Conrado de Parzham e S. Maximiano de Constantinopla.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Quarta-feira, 20 de Abril de 2016

Hoje, 20 de Abril, é dia de Sta. Inês de Montepulciano, S. Marcelino de Embrun e Sta. Oda.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Terça-feira, 19 de Abril de 2016

D. Agostinho de Jesus e Sousa, que foi Bispo em Lamego entre 1922 e 1942, era conhecido pela sua santidade e pela sua sabedoria.

 

Esta última, segundo dizem, atingia traços de genialidade. Isto fazia com que, subrepticiamente, tentassem provocar-lhe algum «deslize».

 

Consta que, um dia, pediram-lhe que resolvesse um problema de matemática que ninguém conseguira resolver.

 

Com os antecipados agradecimentos, disseram-lhe que não tivesse pressa.

 

Resposta do Prelado: «Não precisam de voltar.É só um momento». E o problema ficou resolvido.

 

Foi quando menos se esperava que um estranho «deslize» terá surgido.

 

Um grupo de pessoas ofereceu um vinho a D. Agostinho, ficando a aguardar pela sua reacção. «Bonus vinus», exclamou!

 

Estupefactos, os circunstantes não demoraram a objectar: «Vossa Excelência Reverendíssima desculpará, mas, em Latim, vinho não é masculino; é neutro». (A expressão certa seria «bonum vinum»).

 

Muito calmamente, D. Agostinho sorriu e respondeu: «Para um bom vinho, um bom Latim; para um mau vinho, um mau Latim»!

publicado por Theosfera às 10:07

  1. Alguém, neste momento, está em condições de perceber o que se passa no mundo?

Quando olhamos para o mundo sentimos que não é só Deus que está marcado pelo mistério. O nosso mundo também parece estar totalmente ungido por um grande mistério.

 

  1. Há uma diferença, porém.

Enquanto em Deus a categoria «mistério» evoca a Sua identidade, no mundo certifica sobretudo a nossa incapacidade.

 

  1. Deus é mistério em Si, ao passo que o mundo aparece como um indecifrável mistério para nós.

É certo que explicações não faltam. Há explicações múltiplas e até explicações interessantes, mas haverá alguma explicação plenamente satisfatória?

 

  1. Haverá alguma explicação que ajude a prevenir o que acontece e a evitar o que ocorre?

As explicações até podem estar certas. Só que elas referem-se à realidade que já aconteceu.

 

  1. Diz, porém, a experiência que a explicação leva sempre algum atraso em relação à realidade que acontece.

A realidade é mais veloz — e, quase sempre, mais atroz — que os esforços que tentam explicá-la.

 

  1. É um facto que o mundo sempre mudou. Mas nunca terá mudado de uma forma tão acelerada e, portanto, tão imprevisível, tão descontrolada.

A aceleração da mudança apanha-nos desprevenidos Quando nos apercebemos de uma mudança, essa mudança já mudou e outra mudança já surgiu.

 

  1. Toda a mudança incorpora em nós um misto de fascínio e temor.

A mudança deixa-nos, ao mesmo tempo, entusiasmados e apreensivos, embalados e retraídos, motivados e inseguros.

 

  1. A mudança é, simultaneamente, o nosso sonho e o nosso pesadelo. Ela pertence ao mais luminoso e ao mais tenebroso.

Será porém, que esta mudança acelerada muda mesmo? Será que esta mudança veloz — e atroz — muda para melhor?

 

  1. Não basta possuir uma cosmovisão ou uma mundividência. É fundamental oferecer uma teovisão e uma cristovidência.

Não basta ter uma visão do mundo. É necessário que sejamos capazes de propor a visão de Deus sobre o mundo, a visão de Deus em Cristo sobre o mundo.

 

  1. É indispensável vitaminar este mundo cada vez mais desvitaminado. O nosso mundo está profundamente carenciado de «vitamina E», ou seja, de «vitamina espiritual».

Esta «vitamina E» será o alento — e o indispensável alimento — para chegarmos ao lado de dentro e ao lado do fundo da vida!

publicado por Theosfera às 10:05

Hoje, 19 de Abril (undécimo aniversário da eleição do Papa Bento XVI), é dia de S. Leão IX, S. Vicente Colibre, Sta. Ema, Sto. Hermógenes, S. Caio e Sto. Expedito.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Segunda-feira, 18 de Abril de 2016

Somos o que mostramos. Mas também acabamos por ser o que não conseguimos mostrar.

Já Nietzsche tinha percebido que, «em todo o homem adulto, está escondida uma criança que quer brincar».

Crescer não é necessariamente eliminar o que fomos. O que fomos deve ser sempre acolhido e integrado.

Sem o que fomos não haveria o que somos!

publicado por Theosfera às 09:24

Hoje, 18 de Abril, é dia de S. Perfeito, Sta. Maria da Encarnação, S. Tiago de Oldo e Sta. Sabina Petrilli.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Domingo, 17 de Abril de 2016

Bom Pastor és Tu, Jesus,

que dás a vida pela ovelhas,

por cada um de nós.

 

Como é possível que, sendo Pastor,

não dês ordens, mas dês a vida?

Tu, Jesus, és diferente,

incomparável, único.

 

Tu conheces as ovelhas,

conheces cada ser humano,

tens um olhar singular para cada pessoa.

 

E pensas não só nas ovelhas que já estão no rebanho,

mas também em todas que estão dispersas.

Tu, Jesus, não dizes só para vir,

Tu és o primeiro a ir,

a ir ao encontro de todos.

 

Por isso, Jesus, és bom Pastor,

bom e belo Pastor,

porque nada há mais belo do que dar a vida.

 

Dá-nos, Jesus, pastores assim,

pastores como Tu,

capazes de dar a vida,

próximos das pessoas,

sensíveis aos problemas e ás dificuldades.

 

O amor que nos mostras,

o amor do Pai,

é admirável.

Por esse amor somos filhos do mesmo Pai.

 

Que todos escutem a Tua voz.

Que todos façam a Tua vontade.

Que todos sigam o Teu exemplo.

 

Que haja um só rebanho.

Que haja um só Pastor.

Que aumente a unidade

e cresça a comunhão

em ti, JESUS!

publicado por Theosfera às 11:08

A. No princípio, está o Bom — e Belo — Pastor

  1. Eis como Jesus Se apresenta, hoje, diante de nós: como pastor. Todos conhecemos esta imagem, mas talvez ainda não tenhamos percebido devidamente o seu alcance. Jesus é o pastor que faz tudo para que as ovelhas estejam juntas. Por isso, arrisca deixar as 99 que estão no rebanho para ir à procura da que está perdida (cf. Lc 15, 1-7). E por essa «ovelha perdida» não tem amor menor. Se calhar, até passa a ter um amor maior. É curioso que, segundo o designado «Evangelho de Tomé», Jesus terá dito: «O Reino é semelhante a um pastor que tinha cem ovelhas. Uma delas extraviou-se e era a maior de todas. Ele deixou, então, as 99 e foi em busca daquela ovelha única até a encontrar. E, depois de a encontrar, disse-lhe: “Eu amo-te mais do que às 99"».

Não são os perdidos os mais carenciados? E os perdidos só serão recuperados através de um amor maior, de um amor total. Jesus é o pastor deste amor maior, deste amor total. Jesus é o pastor que dá a vida pelas ovelhas (cf. Jo 10, 11). Ele é o oposto do «mercenário», que «abandona as ovelhas e foge» quando o perigo espreita (cf. Jo 10, 12). Jesus conhece as Suas ovelhas e é conhecido por elas (cf. Jo 10, 14). Importa-Se com elas e faz tudo por elas. Não dá ordens, dá a vida: dá a Sua vida.

 

  1. É por isso que Jesus é «o Bom Pastor»(Jo 10, 11. 14). Ou, para ser mais rigoroso, o «Belo Pastor», como está no original. «Agathós» é a palavra grega que, habitualmente, se traduz por «bom». Mas o que está no texto é «kalós», que quer dizer «belo», embora, mais vastamente, também signifique «bom», «perfeito» e «verdadeiro».

Aliás, como nós aprendemos desde a antiguidade, o bom, o belo e o verdadeiro interagem entre si. Pelo que o bom é belo e verdadeiro, o belo é bom e verdadeiro e o verdadeiro é bom e belo. A beleza está na bondade e na verdade. A bondade está na beleza e na verdade. E a verdade está na beleza e na bondade. Dizer, pois, que Jesus é o Belo Pastor é o mesmo que dizer que Ele é o Bom Pastor e o Verdadeiro Pastor.

 

B. Ninguém tão belo como Cristo

 

3. A beleza é como uma porta que nos faz entrar no que é, autenticamente, importante. Aliás, Xavier Zubiri achava que «a beleza nunca é algo fechado». A beleza não está, primordialmente, na paisagem ou no rosto. A beleza está, antes de mais e acima de tudo, no gesto. É esta a beleza que, no dizer de Dostoiévsky, «salvará o mundo». E não foi por caso que o genial escritor russo apontou Jesus Cristo como o modelo do que é absolutamente belo. A absoluta beleza de Cristo está na Sua paixão, isto é, na Sua entrega, na Sua dádiva. Em suma, a beleza está mais presente quando mais parece ausente. À primeira vista, que beleza pode haver num corpo ferido? Mas foram essas feridas que nos salvaram (cf. Is 53, 5). Haverá beleza maior? Haverá beleza que se lhe possa comparar?

É por isso que, voltando a Dostoiévsky, «a humanidade pode viver sem ciência, pode viver sem pão, mas sem beleza não poderia viver nunca, porque não teríamos mais nada para fazer no mundo».

 

  1. Dá a impressão de que, hoje em dia, deixamos de dar a devida atenção ao belo. Em vez de tornarmos belo o que é feio, tornamos feio o que é belo. Franz Kafka reconheceu que «quem possui a faculdade de ver a beleza, não envelhece». É preciso, por conseguinte, redescobrir a beleza onde ela está e não apenas onde ela se insinua. É imperioso reencontrar a beleza no gesto, na atitude, no comportamento.

Fazem falta gestos belos, atitudes belas, comportamentos belos. Não podemos confundir simplicidade com desleixo e má educação. Um certo aprumo no falar, no vestir e no agir podem fazer toda a diferença. É preciso dar mais valor ao porte do que à pose. Na vida, precisamos não só de uma filosofia, mas também (e bastante) de uma filocalia. O amor da sabedoria surge sempre irmanado ao amor pela beleza. Daí que, como alertou Bento XVI, seja decisivo fazer coisas belas tornando as nossas vidas lugares de beleza.

 

C. O modelo dos pastores

 

5. É esta a herança que Jesus nos deixou. Ele fez da Sua vida um imenso lugar de beleza. Ele quer fazer da nossa vida um interminável lugar de beleza. Haverá coisa mais bela do que dar a vida? Jesus é o Pastor bom e belo que dá a vida pelas Suas ovelhas. E a Sua maior ambição é unir as ovelhas num só rebanho (cf. Jo 10, 16).

Compreende-se, assim, que, todos os anos, o quarto Domingo da Páscoa seja o «Domingo do Bom Pastor». Em cada ano, neste Domingo, a Liturgia propõe à nossa consideração um pedacinho do capítulo 10 do Evangelho de S. João. Ele apresenta Cristo como o Pastor-modelo e, nessa medida, como modelo de todos os pastores. À semelhança do Pastor, os pastores não hão-de procurar o seu próprio bem, mas o bem do seu rebanho.

 

  1. Jesus é o único Salvador, já que «não existe debaixo do céu outro nome, dado aos homens, pelo qual possamos ser salvos»(Act 4, 12). Somos avisados para não nos deixarmos iludir por outras figuras, por outros caminhos, por outras sugestões que nos apresentam propostas falsas de salvação. Somos convidados a contemplar o amor de Deus pelo homem. Porque nos ama com um «amor admirável»(1Jo 3, 1), Deus insiste em ajudar-nos a superar a nossa debilidade e fragilidade. O objectivo de Deus é integrar-nos na Sua família e tornar-nos «semelhantes» a Ele (cf. 1Jo 3, 2).

Não custa perceber, portanto, que este Domingo tenha sido escolhido para Dia Mundial de Oração pelas Vocações. Toda a vida há-de ser acolhida como resposta a uma vocação. Mas, como é óbvio, pensamos especificamente nas vocações para a missão. Não só neste dia, mas sobretudo neste dia, pedimos ao Senhor que faça desabrochar pastores à imagem do Bom — e Belo — Pastor. A humanidade precisa de pastores que, como Jesus, dêem a vida; que, como Jesus, estendam a mão aos que estão fora e apoiem os que já estão dentro; que, como Jesus, conheçam cada uma das ovelhas, indo ao encontro dos seus problemas e das suas necessidades.

 

D. Os pastores devem ser «mergulhadores», não «alpinistas»

 

7. Há muitos séculos, S. Gregório Magno era bastante incisivo a este respeito: «Não sejamos sentinelas silenciosas, mas pastores solícitos que velam pelo rebanho de Cristo, pregando a doutrina de Deus ao grande e ao pequeno, ao rico e ao pobre». De facto, o pastor não pode ser um gestor. Para ser testemunha no exterior tem de deixar transformar o seu interior.

Está aqui, aliás, a maior carência e, nessa medida também, a mais gritante urgência. Diz S. Gregório: «É necessário que o pastor seja puro nos seus pensamentos, inatacável nas suas obras, discreto no silêncio, proveitoso nas palavras, compreensivo para com todos, que se entregue à contemplação, que seja companheiro dos bons de uma forma humilde, firme na justiça contra os vícios. Importa que a ocupação das coisas exteriores não diminua o cuidado com as interiores e que estas não o impeçam de ver as exteriores».

 

  1. É necessário, por isso, que as portas estejam abertas: não só as portas das igrejas, mas sobretudo as portas da vida, as portas da alma, as portas do coração. A prioridade do bom pastor não é o seu bem-estar, mas o bem-estar das ovelhas. O Bom — e Belo — Pastor nunca nos faltará com pastores segundo o Seu coração (cf. Jer 3, 15). Ser pastor segundo o coração de Cristo não é ir apenas à frente. É também, como sugere o Papa Francisco, «estar disposto a caminhar no meio ou até atrás do rebanho». O pastor está à frente para conduzir, no meio para acompanhar e atrás para proteger.

A humildade não desclassifica o pastor. Pelo contrário, requalifica-o soberanamente. As ovelhas precisam não de quem dê ordens, mas de quem dê a vida. A proposta de Jesus é um crescimento no amor e não uma subida no poder. Assim sendo, o pastor deve ser mergulhador, não alpinista. A sua preocupação deve ser mergulhar nas profundezas da existência e não «subir na vida, para ter mais poder».

 

E. Ser padre é ser pastor, não patrão

 

9. Calando ou falando, a palavra do pastor nunca pode ser sobre si: nem sobre o que foi nem sobre o que fez. Na Igreja, o padre não está no centro. O padre não pode ser o protagonista. Ele é pastor, não é patrão.

O verbo que é chamado a conjugar não é o verbo «mandar», mas o verbo «servir». Os pastores não têm vida própria. Depõem a sua vida em casa. A vida das ovelhas passa a ser a vida dos pastores.

 

  1. Peçamos ao Eterno Pastor a graça de termos pastores à Sua imagem: pastores que transmitam as Suas palavras e difundam os Seus gestos. Peçamos ao Eterno Pastor a graça do bom entendimento entre pastores e ovelhas. Que os pastores nunca faltem às ovelhas com a verdade e com o amor. E que as ovelhas nunca faltem aos pastores com a oração e a comunhão.

Se ninguém estiver longe de Cristo, estaremos todos, pastores e fiéis leigos, próximos uns dos outros. Quem a Cristo não diz «não», a todos saberá dizer «sim»!

publicado por Theosfera às 07:00

Hoje, 17 de Abril (4º Domingo da Páscoa e Dia do Bom Pastor), é dia de Sto. Aniceto, Sta. Maria Ana de Jesus, Sta. Catarina Tekakwitha e S. Benjamim Mantuano.

Um santo e abençoado dia pascal para todos.

publicado por Theosfera às 00:00

Sábado, 16 de Abril de 2016

Hoje, 16 de Abril (89º aniversário do Papa Bento XVI), é dia de S. Bento José Labre, Sta. Engrácia de Saragoça e S. Magno da Escócia.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Sexta-feira, 15 de Abril de 2016

Hoje, 15 de Abril, é dia de S. Crescente, Sta. Basilissa e Sta. Anastácia, S. César de Bus e S. Damião de Molokai.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Quinta-feira, 14 de Abril de 2016

Hoje, 14 de Abril, é dia de Sta. Ludovina, S. Pedro González Telmo e Sto. Hermenegildo.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Quarta-feira, 13 de Abril de 2016

Há ligações que não sobrevivem às separações.

Entre a verdade e a liberdade, por exemplo, não pode haver ruptura.

É que, «uma liberdade da qual se extirpou a verdade, é uma mentira».

Joseph Ratzinger tinha razão. A liberdade só prospera na verdade!

publicado por Theosfera às 10:46

  1. Educar não é apenas acrescentar. Educar é, acima de tudo, transformar. É por isso que, desde há muito, defendo a introdução da Irenologia em todos os graus de ensino. A Educação para a Paz é vital, excruciante.

Neste ponto, José Saramago tem razão: «A única revolução realmente digna de tal nome seria a revolução da paz, aquela que transformaria o homem treinado para a guerra em homem educado para a paz porque pela paz haveria sido educado. Essa, sim, seria a grande revolução mental, e portanto cultural, da Humanidade. Esse seria, finalmente, o tão falado homem novo».

 

  1. Muitos gostam de ter sem trabalhar, de receber sem dar. Mas a vida tem as suas regras, inalteráveis.

Vinicius de Moraes notou: «A vida só se dá para quem se deu». Quem não dá pode aspirar a receber?

 

  1. O ego de alguns é maior que a sua altura e mais pesado que o seu peso. Ernest Hemingway reparou: «Algumas pessoas, quando ouvem um eco, pensam que deram origem ao som».

Este deslumbramento cega, pois não passa de uma ilusão. E isso é perigoso.

 

  1. Uma vida sem adversidades poderia ser agradável. Mas seria saborosa? Sócrates, o filósofo da antiguidade, era de opinião que «uma vida sem desafios não vale a pena ser vivida».

Os obstáculos têm o raro condão de puxar pelo que de melhor há em nós. E que, tantas vezes, pode estar escondido, ignoto.

 

  1. Às vezes, o desejo do óptimo impede-nos de reparar no bom que temos à nossa disposição. Pensemos na felicidade, por exemplo.

Passamos a vida a lutar pelo máximo de felicidade. E acabamos por não dar conta de que ela se encontra em pequenos momentos, quase sempre emoldurados por muitas dores. No meio dessas dores a felicidade espreita. E nós estamos desatentos.

 

  1. Má já é a violência. Pior é a nossa comatosa indiferença perante ela. Kafka confidenciou: «A Alemanha declarou guerra à Rússia. À tarde, piscina».

A guerra parece ser um programa a que nos habituámos. A violência já não nos mói. Mas destrói. E, um dia, pode chegar a nossa casa. À nossa vida.

 

  1. A polidez não é o máximo. A polidez é o mínimo sem o qual não se atinge nenhum máximo. Mas quando falta esse mínimo, como pretender chegar ao máximo? Uma pessoa pode ser competente, inteligente, eficaz, mas se não é polida nos seus modos, como pode ser admirada?

Schopenhauer já deu conta: «A polidez é para o homem o que o calor é para a cera». É ela que derrete tanta obstinação e má criação. Sem a polidez chegaremos longe alguma vez?

 

  1. Dizia Noel Clarasó: «Um passado agitado é uma doce companhia na velhice».

Tudo se apazigua com o tempo. Porque é que muitas coisas não se hão-de apaziguar no tempo próprio?

 

  1. Pode levar tempo (e, de facto, às vezes leva demasiado tempo), mas a humildade acaba sempre por triunfar.

A natureza assim nos ensina. E Lao Tzé reparou nessa lição: «Todos os ribeiros e rios do mundo vão dar ao mar, porque o mar é mais baixo. É esta humildade que dá poder ao mar».

 

  1. A música sente-se pelo som. Mas a música nasce no silêncio, no silêncio da alma que sente.

Victor Hugo achava que «a música é o barulho que pensa».

 

 

  1. Xavier Zubiri confidenciou: «No fundo, vivemos sozinhos e morremos sozinhos».

Mesmo (quiçá sobretudo) quando estamos acompanhados!

publicado por Theosfera às 10:14

  1. Segundo o «Evangelho de Tomé», Jesus terá dito: «O Reino é semelhante a um pastor que tinha cem ovelhas. Uma delas extraviou-se. Ele deixou, então, as 99 e foi em busca daquela ovelha única até a encontrar. E, depois de a encontrar, disse-lhe: “Eu amo-te mais do que às 99”».

Amando todas as ovelhas, Jesus ama ainda mais as que estão perdidas.

 

  1. Jesus é «o Bom Pastor» (Jo 10, 11. 14). Ou, para ser mais exacto, o «Belo Pastor».

«Agathós» é a palavra grega que, habitualmente, se traduz por «bom». Mas o que está no texto é «kalós», que quer dizer «belo», embora, mais vastamente, também signifique «bom», «perfeito» e «verdadeiro».

 

  1. Xavier Zubiri achava que «a beleza nunca é algo fechado».

Dizer, pois, que Jesus é o Belo Pastor é o mesmo que dizer que Ele é o Bom Pastor, Perfeito Pastor e o Verdadeiro Pastor.

 

  1. A beleza está sobretudo no gesto.

É esta a beleza que, no dizer de Dostoiévsky, «salvará o mundo».

 

  1. Não foi por caso que o genial escritor russo apontou Jesus Cristo como o modelo do que é absolutamente belo.

A absoluta beleza de Cristo está na Sua paixão, isto é, na Sua entrega, na Sua dádiva.

 

  1. A beleza está mais presente quando mais parece ausente.

Que beleza pode haver num corpo ferido? Mas foram essas feridas que nos salvaram (cf. Is 53, 5). Haverá beleza maior?

 

  1. Dá a impressão de que, hoje em dia, deixamos de dar a devida atenção ao belo.

Em vez de tornarmos belo o que é feio, tornamos feio o que é belo.

 

  1. Franz Kafka reconheceu que «quem possui a faculdade de ver a beleza, não envelhece».

É preciso, por conseguinte, redescobrir a beleza onde ela está e não apenas onde ela se insinua.

 

  1. Fazem falta gestos belos, atitudes belas, comportamentos belos. Um certo aprumo no falar, no vestir e no agir pode fazer toda a diferença.

É preciso dar mais valor ao porte do que à pose.

 

  1. Na vida, precisamos não só de uma filosofia, mas também — e bastante — de uma filocalia. O amor da sabedoria surge sempre irmanado ao amor pela beleza.

Daí que, como alertou Bento XVI, seja decisivo fazer coisas belas tornando as nossas vidas lugares de beleza!

publicado por Theosfera às 09:35

Hoje, 13 de Abril, é dia de Sta. Ida de Bolonha, S. Martinho I e Sta. Margarida de Métola.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Terça-feira, 12 de Abril de 2016

Hoje, 12 de Abril, é dia de S. Júlio I, S. Zenão de Verona, S. Vítor de Braga e Sta. Teresa de Jesus (chilena).

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Segunda-feira, 11 de Abril de 2016

 

O cinzento do céu surge entremeado com a alvura das serranias.
Há chuva, vento e neve em Abril.
O clima de Natal transplantou-se para o tempo pascal.
 

 

 

publicado por Theosfera às 10:15

Onde há um problema, há também uma oportunidade.

Igor Sikorsky notou: «Um problema é uma oportunidade que alguém tem para dar o melhor de si».

Já que os problemas são tantos, não deixemos de dar o melhor de nós!

publicado por Theosfera às 09:13

Hoje, 11 de Abril, é dia de Nossa Senhora dos Prazeres, Sto. Estanislau, Sto. Isaac e Sta. Helena Guerra.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Domingo, 10 de Abril de 2016

A. A fraqueza forte não se deixa vencer pela força fraca

  1. Nem sempre a tranquilidade é um bom indicador. As nossas vidas demasiado tranquilas podem indicar que não estamos no caminho certo. Os cristãos da primeira hora eram incomodados porque incomodavam. O seu critério era claro: «Deve obedecer-se antes a Deus do que aos homens» (Act 5, 29).

Hoje em dia, parece que andamos longe desta bússola. E embora professemos o contrário, no fundo limitamo-nos a seguir os critérios humanos, os critérios das correntes dominantes entre os homens. Falta-nos esta ousadia dos começos. Falta-nos esta capacidade de risco. Falta-nos, enfim, esta disponibilidade para enfrentar os perigos. Faltar-nos-á fé?

 

  1. Nunca é demais, por isso, olhar para os começos. O Livro dos Actos dos Apóstolos é um precioso combustível para reabastecer a nossa fé, tantas vezes derreada e quase sempre vacilante. Os apóstolos nem perante a autoridade recuavam. E era a maior autoridade do judaísmo que repetia a proibição de «ensinar em nome de Jesus» (Act, 5, 28). Eles, no entanto, não recuaram e foram continuando a anunciar o que viram e ouviram (cf. Act 4, 20).

Donde lhes vinha toda esta força, toda esta determinação, quase a tocar a temeridade? Afinal, a natureza dos apóstolos não era muito diferente da nossa. Também eles eram frágeis, também eles eram fracos. Mas deixaram-se revestir pela força de Cristo. Foram fortalecidos por Cristo. A sua fraqueza foi fortalecida. E foi esta fraqueza forte que superou a força fraca de tantos oponentes.

 

B. É mais forte quem é açoitado do que quem açoita

 

3. Se repararmos bem, é mais forte quem sofre os açoites do que quem açoita. Os judeus mandaram açoitar os apóstolos (cf. Act 5, 40). E, pelo que podemos ver, os que açoitaram ficaram apreensivos, ao passo que os açoitados ficaram alegres. E porquê? Não por qualquer impulso masoquista, mas por um impulso de amor. De facto, os apóstolos, depois de açoitados, saíram cheios de alegria «porque tinham merecido ser ultrajados pelo nome de Jesus» (Act 5, 41).

Já dizia São João de Brito que, «quando a culpa é virtude, o padecer é glória». Mesmo que não seja a glória — muito menos a glória deste mundo — que se procure, sofrer por causa de Cristo não é motivo de tristeza, mas de alegria. Aliás, o próprio Cristo já tinha proclamado felizes os injuriados e perseguidos por causa do Seu nome (cf. Mt 5, 11). E acrescentou dizendo que, no momento dessas injúrias e perseguições, haveria alegria e não tristeza. Uma grande recompensa de Cristo espera os que se entregam por Cristo (cf. Mt 5, 12).

 

  1. É claro que o mundo não entende esta linguagem nem valoriza este comportamento. Daí que a cada um de nós se coloque uma opção. A quem queremos seguir, afinal? Queremos seguir Cristo que nos manda evangelizar o mundo? Ou preferimos seguir o mundo, abdicando de lhe levar Cristo?

Nunca esqueçamos que ser apóstolo é ser testemunha, é ser testemunha de Cristo, é ser testemunha dos factos de Cristo. Os primeiros apóstolos não hesitaram em apresentar-se como «testemunhas destes factos» (Act 5, 32), isto é, dos factos de Cristo: da Sua vida, da Sua morte e da Sua ressurreição.

 

C. Ser apóstolo é ser testemunha

 

5. Ser apóstolo é, essencialmente, ser testemunha. Evangelizar é, acima de tudo, dar testemunho. E o testemunho não se dá apenas, nem principalmente, com os lábios. O testemunho é englobante, envolve tudo: a palavra, as atitudes, a vida e a própria morte.

É por isso que, em grego, testemunha diz-se «martyr». Os mártires são aqueles que testemunham o Evangelho até ao fim, até à morte, até à última gota de sangue. Há uma passagem do Concílio Vaticano II pouco conhecida («Lumen Gentium», 8), mas que muito me tem feito pensar. Diz que Cristo salvou o mundo pela pobreza e pela perseguição. E acrescenta que é pela pobreza e perseguição que seguimos o Senhor. Já Santo Agostinho assinalava que caminhamos nesta vida entre as perseguições do mundo e as consolações de Deus. A experiência diz que é nas perseguições do mundo que mais experimentamos as consolações de Deus.

 

  1. É por isso que o testemunho é a maior fonte de credibilidade para a Igreja. Estar disposto a dar a vida por alguém mostra o quão importante é esse alguém. Daí que Paulo VI alertasse que o mundo presta mais atenção às testemunhas do que aos mestres. Prestará atenção aos mestres na medida em que forem testemunhas.

Hoje, como sempre, precisamos de testemunhas, que, no fundo, são os maiores mestres. Enzo Bianchi assinalou que a humanidade precisa mais de testemunhos do que de depoimentos. O testemunho não corre só pelos lábios; escorre por toda a vida. O melhor depoimento não é o que se escreve em livro; é o que se inscreve na vida.

 

D. O Ressuscitado continua presente

 

7. É espantoso notar como, nos começos da Igreja, tudo estava centrado no «nome de Jesus». O Seu nome mudou tantas vidas porque o Seu nome é, Ele próprio, fonte de vida. Curiosamente, os comentadores costumam chamar aos capítulos 3, 4 e 5 dos Actos dos Apóstolos a «secção do nome», dado que eles se concentram no anúncio do nome de Jesus (cf. Act 3,6.16;4,7.10.12.30;5,28.41). O nome de Jesus é o próprio Jesus.

O resumo dos versículos 30, 31 e 32 contém os elementos fundamentais do anúncio e da pregação: morte na cruz, ressurreição, exaltação à direita de Deus, a Sua apresentação como salvador. Eis o que, também hoje, somos chamados a testemunhar: que Jesus morreu por nós e ressuscitou para nós. Esta tem de ser a prioridade. Este anúncio nunca está terminado e jamais pode ser dado por concluído.

 

  1. É por isso que Jesus, mesmo após a ressurreição, está sempre a enviar, está sempre a convidar a segui-Lo. Só seguindo a Cristo, mostraremos o nosso amor por Cristo. Pedro, que por três vezes negara Cristo, por três confessa o seu amor por Cristo. E por cada confissão de amor vem uma ordem: «Apascenta os Meus cordeiros» (Jo 21, 15.16.17). Era a missão confiada a Pedro. Era a maneira que Pedro tinha de seguir Jesus (cf. Jo 21, 19).

É interessante notar que a ressurreição não traduz uma ausência. Jesus ressuscitado continua presente na vida dos Seus discípulos. Vai ter com eles ao mar, à sua tarefa quotidiana. Jesus ressuscitado vem sempre ter connosco, vem sempre ao nosso encontro. E tudo se transfigura com a presença de Jesus.

 

E. É da Sua inspiração que vem toda a orientação

 

9. Sem Jesus, nada é fecundo; com Jesus, tudo é abundante. A pesca de noite simboliza o tempo da escuridão. Só Jesus é o dia, só Jesus é a luz para cada dia. Sem Jesus, a pesca é um fracasso. É a Sua presença que faz toda a diferença. Os discípulos eram profissionais da pesca. No entanto, naquela noite, «não apanharam nada» (Jo 21, 3). Foi a palavra de Jesus que alterou a situação. Eis o que Jesus disse naquela altura: «Lançai a rede» (Jo 21, 6). Eis o que Jesus está sempre a dizer: «Lançai a rede».

Lancemos, pois, todas as redes. São os braços de Jesus que movem os nossos braços. Com Jesus, a rede, antes vazia, enche-se. Esta rede é imagem da Igreja de Jesus. Sem Ele, a Igreja não funciona, só desfunciona. Os 153 grandes peixes (cf. Jo 21, 11) são figura de uma Igreja sobrelotada, em que todos têm lugar. A rede tem de ser lançada a todos. Nem todos virão na rede. Mas a todos deverá chegar esta rede.

 

  1. A imagem da pesca sinaliza a missão que Jesus confia aos discípulos (cf. Mc 1,17; Mt 4,19; Lc 5,10): libertar todos os homens que vivem mergulhados no mar do sofrimento e da escravidão. É Pedro que preside à missão. É ele que toma a iniciativa; os outros acompanham-no. Aqui faz-se referência ao lugar que Pedro ocupava na animação da Igreja primitiva.

Mas Pedro depende sempre de Jesus. Jesus entrega a pesca a Pedro e os discípulos. Mas a pesca só é abundante quando Pedro e os discípulos seguem as indicações de Jesus. Hoje em dia, Jesus quer agir através de nós. Mas nós temos de estar sempre unidos a Ele. Até porque sem Ele nada poderemos fazer (cf. Jo 15, 5). Sem a Sua inspiração, só haverá desorientação!

publicado por Theosfera às 13:02

Obrigado, Senhor,

por, também hoje, Te apresentares no meio de nós,

por, também hoje, nos ajudares a vencer as nossas perturbações.

 

Obrigado, Senhor, pela paz que nos dás,

pela paz que és Tu,

pela paz que chega ao mundo inteiro.

 

A Páscoa está no tempo

para que esteja na vida,

na vida de cada um,

na vida de todos.

 

Como há dois mil anos,

Tu, Senhor, comes connosco.

Tu és o nosso pão,

o alimento da nossa vida.

 

Tu, Senhor, continuas a abrir os nossos corações,

a purificar a nossa existência,

a transformar o nosso caminhar.

 

Tu és, Senhor,

o sol que ilumina,

a chuva que fecunda,

o vento que sopra.

 

Tu és o Deus das novas oportunidades.

Mesmo quando pecamos, Tu és o perdão.

Por isso nos convidas ao arrependimento,

à mudança, à conversão.

 

Continua, Senhor, a transformar a nossa vida.

Que nós nunca Te esqueçamos,

que nunca esqueçamos de Te anunciar,

JESUS!

publicado por Theosfera às 10:58

Hoje, 10 de Abril (Terceiro Domingo da Páscoa), é dia de Sto. Ezequiel, S. Terêncio, S. Macário, S. Fulberto, Sto. António Neyrot e Sta. Madalena de Canossa.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Sábado, 09 de Abril de 2016

Há quem, sobretudo na época estival, fique um pouco agastado quando se pede aprumo, asseio e decoro na Casa de Deus.

Era bom que se reparasse no cardápio de exigências impostas a quem quiser assistir ao masters de ténis em Augusta, nos Estados Unidos.

Não se pode correr. Não se pode usar bonés. Não se pode usar telemóveis nem tablets. Não se pode tirar selfies nem fotos.

Percebe-se.

A concentração é determinante para quem compete. Não será fundamental para quem reza?

publicado por Theosfera às 07:42

Hoje, 09 de Abril, é dia de Sta. Cassilda, Sto. Acácio de Amida e Sta. Maria Cléofas.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Sexta-feira, 08 de Abril de 2016

Hoje, 08 de Abril, é dia de S. Dionísio, S. Gualter Abade, Sta. Constança de Aragão, Sta. Teresa Margarida do Sagrado Coração de Jesus e S. Domingos do Santíssimo Sacramento.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Quinta-feira, 07 de Abril de 2016

Hoje, 07 de Abril, é dia de S. João Baptista de La Salle, Sto. Hermano José e Sta. Maria Assunta Pallota.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Quarta-feira, 06 de Abril de 2016

Hoje, 06 de Abril, é dia de S. Prudêncio, 120 Mártires da Pérsia, S. Marcelino, S. Winebaldo e Sta. Pierina Morosini.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Terça-feira, 05 de Abril de 2016

 

  1. Se a morte já é difícil de compreender, o impulso para matar torna-se, pura e simplesmente, incompreensível. E completamente insuportável.

    Todavia, é um impulso cada vez mais frequente, cada vez mais difundido, cada vez mais irresistível.

 

  1. Os antigos desconfiavam dos impulsos. Por isso, muitos deles acautelavam-se e combatiam-nos.

Como não sabiam para onde eles os podiam conduzir, achavam que o melhor era eliminá-los logo no princípio. Daí a conhecida máxima «obsta principiis». Ou seja, os impulsos deviam ser combatidos no seu início.

 

  1. Sentia-se que, no início, ainda é possível ao homem controlar os impulsos.

Pelo contrário, depois do início, o mais certo é serem os impulsos a controlar o homem.

 

  1. Compreende-se que a ascese fosse muito valorizada.

Com ela, aprendia-se a renunciar a todo o prazer e a abdicar até da satisfação de algumas necessidades.

 

  1. Tratava-se de uma espécie de prevenção.

Quando algum impulso viesse, já haveria uma predisposição para lhe fazer frente, para não lhe ceder.

 

  1. O método não passava tanto por combater directamente os impulsos. É que, a pretexto de tal combate, os impulsos poderiam tornar-se demasiado presentes.

Afinal, combater os impulsos implica reconhecer que eles estão activos. O melhor seria, pois, criar alternativas.

 

  1. Aplicava-se, então, o método «antirrético», exposto especialmente por Evágrio de Ponto.

Por cada impulso — ou pensamento — negativo, opunha-se uma alternativa positiva.

 

  1. O modelo era a atitude do próprio Jesus. Por cada tentação que Lhe foi insinuada, opôs sempre uma afirmação da Sagrada Escritura.

Por três vezes diz ao Tentador: «Está escrito», citando expressões do Antigo Testamento (Mt 4, 4.7.10).

 

  1. Os tempos mudaram. E os últimos tempos mudaram aceleradamente. Hoje, por sistema, faz-se uma despudorada apologia dos impulsos.

O problema é que, podendo saber como eles começam, dificilmente conseguimos saber como eles acabam. E quem não se habitua a controlar os impulsos, como será capaz de controlar certos impulsos?

 

  1. Esquecemos que a violência também resulta de impulsos. É claro que, aqui, o consenso é total. Todos achamos que os impulsos violentos devem ser combatidos na raiz.

Só que, num mundo cada vez mais pulsional, cremos ser insuficiente combater determinados impulsos. O mais avisado é tomar as devidas cautelas diante de todo e qualquer impulso. É que, se não acautelarmos as causas, arriscamo-nos a sofrer as suas consequências!

 

publicado por Theosfera às 10:56

  1. Em 1905, a «procissão de triunfo» esteve para não se realizar. O motivo era a falta de disponibilidade financeira e de apoios para a suprir.

Foi então que o Dr. Alfredo de Sousa, juntamente com Luís Pereira Gomes, promoveu uma subscrição cujo produto (100$000 réis) chegou à Irmandade. E a Procissão fez-se.

 

2. Vinte anos depois, o problema era de outra natureza. Agostinho de Jesus e Sousa, dando cumprimento a orientações dimanadas da Santa Sé, publicou um decreto em que proibia «os bois nas procissões para condução dos andores». A Irmandade ficou apreensiva e toda a cidade terá entrado em alvoroço.

 

  1. Uma vez mais, foi o Dr. Alfredo de Sousa que ajudou a desbloquear a situação, sugerindo que se pedisse ao Papa uma excepção para Lamego.

A sugestão foi aceite e o pedido seguiu para Roma em nome do Padre Avelino Monteiro, Juiz eleito da Irmandade. Como é sabido, a 27 de Abril de 1925 veio a resposta favorável da Sagrada Congregação dos Ritos.

 

 

 

  1. A seguir à implantação da República, discutiu-se a questão do feriado municipal.

As opções eram 1 de Maio, Dia do Trabalhador, e 8 de Setembro, Dia de Nossa Senhora dos Remédios.

 

  1. Na sua intervenção, o Dr. Alfredo de Sousa, atendo-se ao Decreto-Lei de 12 de Outubro de 1910, defendeu que «a Câmara só poderia escolher [para] feriado um dos dias das festas tradicionais e características do município de Lamego».

As comemorações do Dia do Trabalhador apenas «há cerca de oito anos têm sido feitas na cidade de Lamego». A sua opção pendia, pois, para 8 de Setembro.

 

  1. Foi ao Dr. Alfredo de Sousa que a Irmandade pediu, a 10 de Outubro de 1912, a redacção de uns novos estatutos. Em menos de um mês, ele fez o trabalho pedido.

Por toda a sua dedicação, foi declarado, a 1 de Setembro de 1922, «irmão benemérito» e «grande benfeitor». Acresce que, naquela altura, ele tinha obtido um importante subsídio de 3.500$00, uma quantia avultada para a época.

 

  1. A sua fotografia foi justamente colocada na Sala dos Retratos.

Todavia, foi injustamente retirada «por uma Mesa Administrativa já distante», provavelmente na década de 1930.

 

  1. Essa fotografia foi parar às mãos de um particular. Este, na década de 1960, perguntou ao Juiz da Irmandade qual deveria ser o destino a dar-lhe.

A resposta foi no sentido de a devolver à família, ressalvando que, caso esta concordasse, a recolocaria na galeria dos benfeitores do Santuário. Só que, para tal, a mesma família teria de a restaurar.

 

  1. A verdade é que a fotografia deste ilustre benemérito deixou de figurar, durante muito tempo, numa Casa que sempre apoiou.

A Irmandade, na pessoa do senhor Comissário, mostrou-se determinada em reparar esta situação. Conseguiu-se uma fotografia que foi devidamente emoldurada e recolocada no seu lugar, a 12 de Março deste ano.

 

  1. O Santuário agradece aos senhores Fernando Cabral e Joaquim Cabral toda a colaboração prestada.

O Dr. Alfredo de Sousa «regressou», assim, ao Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, para o qual tanto contribuiu!

 

 

publicado por Theosfera às 09:44

Hoje, 05 de Abril, é dia de S. Vicente Ferrer e Sta. Juliana de Cornillon.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Segunda-feira, 04 de Abril de 2016

Hoje, 04 de Abril, é dia da Anunciação do Senhor (diferida), Sto. Isidoro de Sevilha, Padroeiro da Internet, S. Bento, o Africano, Sta. Irene e S. José Bento Dusmet.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Domingo, 03 de Abril de 2016

Páscoa é todos os dias, Páscoa é todo o tempo.



Páscoa não foi. Páscoa é. A Páscoa não passa. A Páscoa é passagem, mas nunca é passado.



A Páscoa não foi apenas há oito dias. A Páscoa também é hoje.



Também hoje, Senhor, vens ter connosco. Também hoje nos dás a Tua paz, o Teu perdão, o Teu amor.



O Teu mandamento não é pesado, o Teu jugo é suave, a Tua carga é leve.



Quando Te amamos, amamos também as pessoas. Quando amamos as pessoas, amamos-Te também a Ti.



Também hoje, queremos ter um só coração e uma só alma.



Também hoje, queremos pôr tudo em comum.



Também hoje, queremos que ninguém passe necessidade, que ninguém tenha fome.



Também hoje, queremos conjugar, com os lábios e com a vida, o verbo «dar», o verbo «repartir», o verbo «amar».



O que é de cada um queremos que seja de todos.



Ajuda-nos, Jesus, a vencer a pior doença: o egoísmo.



Ensina-nos, Jesus, a vencer a falsidade e a mentira.



Envolve-nos, Jesus, com a Tua misericórdia e habita-nos com a Tua bondade.



Obrigado, Jesus, por morreres por nós.



Obrigado, Jesus, por ressuscitares para nós.



Obrigado por vires sempre ao nosso encontro.



Como S. Tomé, também hoje Te adoramos, também hoje Te dizemos:



«Meu Senhor e meu Deus!»

publicado por Theosfera às 10:43

 

A. O grande sinal da Páscoa

  1. Depois do fim, um novo começo. A Ressurreição é o novo começo, o definitivo recomeço. Não se recomeça para repetir. O sepulcro vazio assinala uma história que permanece em aberto. O primeiro dia daquela semana (cf. Jo 20, 19) é a primeira hora de um tempo novo. Uma vida ressuscitada assume o passado, mas não estaciona no passado. No passado estacionavam os discípulos naquela tarde (cf. Jo 20, 19). Para eles, a noite parecia mais próxima do que uma nova amanhã.

Tantas vezes, o nosso estado de espírito é semelhante ao destes discípulos. Também nós estamos com «as portas fechadas» e cheios de «medo» (cf. Jo 20, 19). Estamos fechados por causa do medo, estamos com medo por causa de estarmos fechados. Até parece que a Páscoa ainda não aconteceu, até parece que a Páscoa ainda não passou. Ou, então, até parece que a Páscoa já passou completamente. Mas, tal como há dois mil anos, Jesus não desiste. Ele é a chave que abre o que está fechado e o destemor que vence o medo.

 

  1. Para Jesus, não há barreiras intransponíveis nem obstáculos inultrapassáveis. O Ressuscitado não Se ausenta. Das doze aparições do Ressuscitado que o Novo Testamento regista, cinco acontecem logo no dia da Ressurreição. Este texto fala-nos de duas: uma no dia da Ressurreição, outra oito dias depois. Jesus não esquece os Seus discípulos. Jesus vem para o meio deles, como que a dizer que Ele é o centro da sua vida. Quando Jesus está no meio de nós, a paz é total. Jesus ressuscitado é o portador da paz. «A paz esteja convosco»(Jo 20, 19. 21. 26) é mais do que uma saudação habitual entre os judeus. Como anunciou Miqueias (cf. Miq 5, 5) e como proclamou S. Paulo (cf. Ef 2, 14), Cristo é efectivamente a nossa paz.

A paz da Páscoa é a aurora de um mundo novo e o alicerce de uma vida inteiramente renovada. É esta paz da Páscoa que se respira na Igreja dos primeiros tempos. É esta paz da Páscoa que leva os seus membros a terem «um só coração e uma só alma»(Act 4, 32). Era Jesus que os unia. Por causa dessa união, punham tudo em comum (cf. Act 4, 32). Ninguém tinha nada e a ninguém faltava nada. Eis o grande sinal da Páscoa: ninguém considerava seu o que era comum; todos optavam por considerar comum o que era seu (cf. Act 4, 32-34).

 

B. A nossa missão é a missão de Jesus

 

3. Que belo alicerce encontramos aqui para o «Estado social»! Este só tem sustentação quando a necessidade prevalece sobre a posse. O outro é visto não como problema ou entrave, mas como prioridade. Quando o outro é a prioridade, ninguém passa mal. Quando o tu é a prioridade para cada eu, ninguém acumula o supérfluo, todos têm acesso ao essencial.

Infelizmente, hoje há poucos opulentos e muitos necessitados. Há poucos que têm muito e muitos que têm pouco ou quase nada. Entre os cristãos da primeira hora, não havia «qualquer necessitado»(Act 4, 34). Tertuliano dá-nos conta do espanto dos que não eram cristãos quando olhavam para o comportamento dos cristãos: «Vede como eles se amam!» No fundo, eles apercebiam-se de como a palavra dos lábios se repercutia na palavra da vida.

 

  1. Ao mostrar «as mãos e o lado»(Jo 20, 20), o Ressuscitado identifica-Se com o Crucificado e com todos os crucificados. E é sobretudo para junto dos crucificados da vida que Ele nos envia. O Seu exemplo há-de surgir como a nossa razão de existir: «Como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós»(Jo 20, 21).

Uma vida ressuscitada é uma vida enviada. A nossa missão há-de ser a missão do próprio Jesus. Como Ele fez, façamos nós também (cf. Jo 13, 15). Uma vez que Ele veio para servir, nós também somos chamados a servir (cf. Mt 20, 28). Quem não serve, não serve para a missão.

 

C. Alguém viu para crer; nós cremos para ver

 

5. Ao soprar sobre os discípulos, Jesus quer vincar a identificação da missão dos Seus discípulos com a Sua missão. É curioso notar que o verbo aqui utilizado é o mesmo do texto grego de Génesis 2,7, quando se diz que Deus soprou sobre o homem, infundindo-lhe a vida de Deus. Com o «sopro» do Génesis, o homem torna-se um ser vivo; com este «sopro», os discípulos de Jesus tornam-se pessoas novas.

A partir de agora, os discípulos possuem o Espírito, para poderem dar-se generosamente aos outros. Trata-se de um espírito de perdão, que aliás o próprio Jesus já tinha assumido na Cruz. O perdão de Jesus é oferecido na Igreja de Jesus (cf. 20, 23). É na Igreja que encontramos Jesus. É na Igreja que reencontramos o perdão de Jesus.

 

  1. Não espanta que os discípulos ficassem cheios de alegria (cf. Jo 20, 20). Ver Jesus é a maior fonte de alegria e a decisiva fonte da missão. Quem vê Jesus é convidado a dizer isso mesmo: que viu Jesus. E, por conseguinte, é convidado a convidar outros para que possam também ver Jesus.

Acontece que, naquela tarde, um dos discípulos não estava presente. Não acreditou no testemunho dos outros: quis ver para crer. Para Tomé, ver foi o caminho para crer. Para nós, crer há-de ser o caminho para ver. No fundo, nós sentimos que só vemos quando cremos. A fé é luz, é uma visão, é uma iluminação. A experiência diz que a fé não nos isenta de dúvida. Tantas são as vezes em que a fé tem de conviver — e nem sempre de forma pacífica — com a dúvida.

 

D. É a «porta das chagas» que nos leva à fé

 

7. É fácil censurar Tomé, mas quem pode negar que, em nós, sobrevive muito de Tomé? É por isso que, tal como insinua o seu apelido, ele é nosso «gémeo» e nós somos «gémeos» dele. S. Gregório Magno até reconheceu que «a incredulidade de Tomé foi mais útil para a nossa fé do que a fé dos discípulos crentes». De facto, tal incredulidade atesta que as nossas dificuldades não são únicas nem foram as primeiras. Só que nem a incredulidade constitui obstáculo para a fé. Há muitos que passam da fé para a incredulidade. Tomé ensina-nos que é possível passar da incredulidade para a fé. Nossa é, muitas vezes, a hesitação de Tomé. Nossa deverá ser também a confissão de Tomé.

«Meu Senhor e meu Deus!»(Jo 20, 28) é a maior proclamação de fé na divindade de Jesus que existe no Novo Testamento. Mas, para isso, foi preciso passar pela dúvida, pela incredulidade. Foi preciso ver o ferido e tocar nas feridas. É fundamental não esquecer que à fé chegamos pela «porta das feridas».

 

  1. Muito comovente é sentir que Tomé chega à fé pela «porta das feridas». Alguém conseguirá aderir à fé sem ser pela «porta dos feridos»? Como bem notou Tomás Halik, só atinge a certeza da fé quem, «ao tocar nas feridas do mundo, toca em Deus». Consta que Pascal, estando impedido de comungar, começou a cuidar de um pobre. Era uma forma de continuar a receber o Corpo de Cristo. Também se conta que, um dia, Satanás terá aparecido a S. Martinho disfarçado de Cristo. O santo, porém, não se deixou enganar. «Onde estão as tuas chagas?», perguntou.

Tirar as chagas de Cristo é o mesmo que desfigurar Cristo. E retirar Cristo das chagas é o mesmo que agravar — ainda mais — as (nossas) próprias chagas. Uma religiosidade telegénica, que não aterra nas chagas da vida, é por muitos exaltada. Mas será muito exaltante? Tomás Halik não acredita em «religiões sem chagas». Não foi pelas chagas que fomos curados (cf. Is 53, 5; 1Ped 2, 24)?

 

E. Cuidar das feridas, não ferir

 

9. Também hoje, neste nosso tempo de contrastes, Jesus continua a convidar-nos a colocar o nosso dedo nas Suas chagas (cf. Jo 20, 27). Nas chagas de tantos irmãos nossos, continuamos a poder tocar no próprio Jesus. Quem toca nas chagas deste mundo toca em Jesus. O caminho que Jesus propôs a Tomé é o caminho que continua a propor a cada um de nós: tocar nas chagas desta vida. Quem não olha para os feridos está a ferir o próprio Jesus Cristo.

Há tanta gente ferida e há tanta gente a quem nós ferimos. O caminho de Tomé há-de ser, pois, o nosso caminho: não ferir, mas tocar nas feridas para ajudar a sarar as feridas. Jesus ressuscitado continua no tempo, ao lado daqueles que estão feridos em cada tempo. É com as nossas mãos que Ele quer tocar nessas feridas. É ao tocar nessas feridas que nós acabaremos por tocar no próprio Jesus. Afinal, alguém já sofreu o que nós sofremos. Alguém já passou o que nós passamos. E se Jesus tudo conseguiu vencer, como é que nós haveríamos de estar impedidos de triunfar? É com Jesus que tocamos tantas chagas. Será por Jesus que havemos de vencer todas as feridas.

 

  1. A Páscoa é um novo nascimento, uma nova vida, habitada por uma nova esperança. Esta novidade torna-se visível pelo amor. Quem nasce de Deus é convidado a viver no amor de Deus e no amor com os irmãos. S. João torna tudo muito claro: «Todo aquele que acredita que Jesus é o Cristo nasceu de Deus e todo o que ama Aquele que gerou ama também quem nasceu d’Ele»(1Jo 5, 1).

Que fique, então, tudo de parte. Que só fique o amor. E quando fica o amor, fica tudo: fica Deus e ficamos todos nós em Deus. É a Páscoa plena. E a felicidade total!

 

publicado por Theosfera às 09:03

Hoje, 03 de Abril, (Segundo Domingo da Páscoa) é dia de Sta. Ágape, Sta. Quiónia, Sta. Irene, Sta. Engrácia, S. Conrado de Saxónia, Sto. Estêvão da Hungria e S. Luís Scropussi.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Sábado, 02 de Abril de 2016

Hoje, 02 de Abril (Sábado da Oitava da Páscoa), é dia de S. Francisco de Paula e Sta. Maria Egipcíaca.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:18

Sexta-feira, 01 de Abril de 2016

Hoje, 01 de Abril (Sexta-Feira da Oitava da Páscoa), é dia de S. Hugo de Grenoble e S. Macário.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

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