Hoje, 31 de Março (Quinta-Feira da Oitava da Páscoa), é dia de Sto. Acácio de Antioquia, Sta. Balbina, S. Benjamim e S. Daniel.
Um santo e abençoado dia pascal para todos!
Hoje, 30 de Março (Quarta-Feira da Oitava da Páscoa), é dia de S. João Clímaco e Sto. Amadeu de Sabóia.
Um santo e abençoado dia pascal para todos!
Não se recomeça para repetir. O sepulcro vazio assinala uma história que permanece em aberto.
No passado estacionavam os discípulos naquela tarde (cf. Jo 20, 19).
Estamos fechados por causa do medo, estamos com medo por causa de estarmos fechados.
Ele é a chave que abre o que está fechado e o destemor que vence o medo.
Quando Jesus está no meio de nós, a paz é total.
É esta paz da Páscoa que se respira na Igreja dos primeiros tempos. É esta paz da Páscoa que leva os seus membros a terem «um só coração e uma só alma»(Act 4, 32).
Eis o grande sinal da Páscoa: ninguém considerava seu o que era comum; todos optavam por considerar comum o que era seu (cf. Act 4, 32-34).
Quando o outro é a prioridade, ninguém passa mal. Quando o tu é a prioridade para cada eu, ninguém acumula o supérfluo, todos têm acesso ao essencial.
Tertuliano dá-nos conta do espanto dos que não eram cristãos quando olhavam para o comportamento dos cristãos: «Vede como eles se amam!» No fundo, eles apercebiam-se de como a palavra dos seus lábios se repercutia na palavra da sua vida.
Uma vez que Ele veio para servir, nós também somos chamados a servir (cf. Mt 20, 28). Quem não serve, não serve para a missão.
Hoje, 29 de Março (Terça-Feira da Oitava da Páscoa), é dia de Sto. Eustásio, Sta. Paula Gambara, Sto. Agostinho de Spínola, S. Manuel Domingos Sol, Sta. Teresa do Menino Jesus (mártir), Sta. Maria do Pilar e Sta. Maria dos Anjos.
Um santo e abençoado dia pascal para todos!
Hoje, 28 de Março (Segunda-Feira da Oitava da Páscoa), é dia de S. Sisto III e S. Venturino.
Um santo e abençoado dia pascal para todos!
Já é Páscoa no tempo,
há alegria e esplendor,
vivacidade e contentamento.
Os foguetes vão estourar,
as flores vão brilhar,
as pessoas vão vibrar,
as casas vão encher
para Te acolher, Senhor.
Há dois mil anos,
removeste a pesada pedra do Teu sepulcro.
Pedimos-Te, Senhor,
que, hoje mesmo,
removas alguma pedra que ainda endureça os nossos corações:
a pedra do pecado,
a pedra do egoísmo,
a pedra da falsidade,
a pedra da injustiça, do ódio e da violência.
Aqui nos tens, Senhor,
não queremos ser sepultura mas berço.
Queremos que nasças sempre em nós
e queremos renascer sempre para Ti.
É tempo de Páscoa.
Exulta a natureza.
Vibram as crianças.
Cantem as multidões.
Que a Páscoa traga Paz,
Amor, Partilha e Felicidade.
Que os rostos sorriam,
que as mãos se juntem,
que os passos se aproximem,
que os corações se abram.
Obrigado, Senhor,
por morreres por nós.
Obrigado, Senhor,
por ressuscitares para nós.
Voltaste para o Pai e permaneces connosco.
Na Eucarista, és sempre o Emanuel.
Que Te saibamos receber
e que Te queiramos anunciar.
Hoje vais entrar em nossas casas.
Que nós nunca Te afastemos da nossa vida.
É Páscoa no tempo.
Que seja Páscoa na vida,
na nossa vida,
na vida da humanidade inteira.
A. Nem a morte detém Jesus
Tudo estava consumado (cf. Jo 19, 30). A pedra no sepulcro é como o ponto final num texto. Aquela pedra era o ponto final naquela vida: naquela vida que se tinha consumido e que a morte tinha consumado. Restava apenas o rasto. Mas até o rasto daquele corpo tinha desaparecido: «Tiraram o Senhor do túmulo»(Jo 20, 2). A morte é, de facto, o supremo desencontro. Como reencontrar aqueles de quem a morte nos desencontrou para sempre? Que pode haver depois do fim?
As trevas nada podiam contra aquela luz. E até a morte nada pôde contra aquela vida. Tal como a pedra do sepulcro, também as evidências são derrubadas. O que estava morto, afinal, está vivo.
B. Quando o homem desfaz, Deus refaz
3. Jesus ressuscitou, não revivesceu. A Ressurreição é novidade, não é regresso. É uma passagem para a frente, não é um passo atrás. Ressurreição não é ressuscitação. Jesus não é devolvido à vida anterior, mas entra numa vida nova. É por isso que ninguém O reconhece ao primeiro contacto (cf. Jo 20, 14). Jesus é o mesmo, mas está diferente. A Ressurreição não é dissolução, mas transformação. A Ressurreição é a novidade total. Neste sentido, compreende-se que não falte quem à Ressurreição chame «anástase» para significar precisamente a elevação de Jesus à vida plena.
É por isso que nós não evocamos alguém que já morreu; nós celebramos alguém que continua vivo. A Igreja, alicerçada na Páscoa da Ressurreição, não transporta a recordação de um ausente, mas oferece-nos a permanente celebração de uma presença.
Como bem percebeu S. Gregório de Nazianzo, só é salvo o que é assumido. Em Jesus Cristo, Deus assume o que é humano para salvar o humano. E como a morte faz parte da condição humana, nem Deus, ao fazer-Se homem, quis passar ao lado da morte. Neste caso, não se trata de carência de ser, mas de superabundância de ser. Em Jesus Cristo, Deus fez Sua a nossa morte para que nós façamos nossa a Sua vida.
C. Volta à vida quem dá a vid
5. É fundamental não esquecer que a Páscoa não é só a Ressurreição. A Páscoa é a passagem da Cruz para a Ressurreição, é a passagem da morte para a vida. Aliás, há um hino deste tempo pascal que no-lo recorda com extremos de veemência: «Não há Ressurreição sem haver morte». E o próprio Ressuscitado não esconde as marcas da Cruz, instando com Tomé para que coloque o seu dedo nas Suas mãos (cf. Jo 20, 27).
Não é, pois, incorrecto falar, com Jurgen Moltmann, da «Ressurreição do Crucificado» nem da «Cruz do Ressuscitado». No fundo, a Ressurreição é a validação e o reconhecimento de toda a trajectória do Crucificado.
Acresce que o mistério de Cristo é sempre global, pelo que não se pode segmentar ou fracturar. Jesus integra a glória no sofrimento e eleva o sofrimento à glória. Ao entrar na nossa casa como ressuscitado, Jesus aparece na Cruz como que a dizer aos crucificados pelo sofrimento que está com eles. Jesus continua ao lado dos que choram, dos que sofrem. Eis, por conseguinte, a maior fonte de esperança para cada um de nós: Jesus sofre connosco, nós venceremos o sofrimento com Ele. Com Ele, nós venceremos o sofrimento e a própria morte. Não há nenhum motivo para cair no desespero. Temos todos os motivos para fortalecer a esperança.
D. Viver? Só com Cristo!
7. Os pés devem continuar na Terra, mas os olhos hão-de estar sempre dirigidos para o Céu. A Páscoa não aliena, responsabiliza. S. Paulo é muito claro: «Uma vez que ressuscitastes com Cristo, aspirai às coisas do alto»(Col 3, 1). Pelo Baptismo, morremos com Cristo. Pelo Baptismo, ressuscitamos em Cristo.
Uma vida pascal é uma vida com Cristo. Não faz sentido viver sem Cristo: a nossa vida passou a ser Cristo (cf. Col 3, 4). É Cristo que vive em nós (cf. Gál 2, 20). A nossa autonomia não é afectada. Trata-se de uma autonomia «cristónoma». Como é que Cristo poderia afectar a nossa liberdade se foi para a verdadeira liberdade que Cristo nos libertou (cf. Gál 5, 1)? Pelo Seu exemplo, Ele mostrou que a verdadeira liberdade não consiste em ter, mas em dar. A liberdade suprema, que Cristo corporizou, consiste em dar tudo, em dar a vida (cf. Jo 10, 10).
Na Eucaristia, com efeito, anunciamos a Morte de Jesus e proclamamos a Ressurreição de Jesus. Trata-se, portanto, de um sacramento eminentemente pascal. Mas Jesus também permanece vivo na missão, no nosso testemunho ao longo da missão. Como Pedro e os apóstolos da primeira hora, também nós somos chamados a ser testemunhas de que Cristo está vivo. O testemunho é o melhor certificado de que Cristo está vivo na nossa vida e na vida do mundo. Muitos são os que dão a vida por causa de «um certo Jesus que morreu» e que nós testemunhamos «estar vivo» (Act 25, 19).
E. Afinal, dos fracos também reza a história
9. É esta a vida que nos traz vivos. É esta a vida que vale a pena anunciar a todos os vivos. É esta a vida que irradia desde aquele dia que o Senhor fez (cf. Sal 118, 24). Trata-se de um dia sem fim, de um dia que não escurece, de uma manhã que não anoitece. Temos, por isso, todas as razões para nos alegrar e cantar. O Aleluia é o cântico típico da Páscoa, pois verbaliza o louvor pela maior obra do Senhor.
A Páscoa já chegou e não apenas hoje. A Páscoa já chegou há muito tempo. A Páscoa chegou até nós para que nós cheguemos à Páscoa. A Páscoa está no tempo para que esteja sempre na nossa vida.
Como reconheceu Tomas Halik, a Páscoa é «a vitória mediante a derrota». A vida renasce da morte. A luz reacende-se nas trevas. O dia acorda na noite. O sorriso é sulcado no pranto. Um novo começo se levanta após o fim. É do fundo que se sobe. É de baixo que se cresce. Dos fracos também reza a história. É na maior fraqueza que se manifesta a maior força (cf. 2Cor 12, 9). A Páscoa é a vitória do vencido. A Ressurreição põe a descoberto o que na morte jazia encoberto. Só quem desce às profundezas consegue atingir as alturas. Jesus ressuscitado volta a percorrer os nossos passos (Lc 24, 23-35) para que nós possamos prosseguir o Seu caminho. É por isso que os passos de uma vida pascal nunca serão simplesmente passos. Serão passos sempre em «compasso». Em «compasso» com Deus em direcção à humanidade. E em «compasso» com a humanidade em direcção a Deus!
Hoje, 27 de Março (Páscoa da Ressurreição), é dia de S. João do Egipto, S. Peregrino, S. Francisco Faá di Bruna e S. José Sebastião Pelczar.
Um santo e abençoado dia pascal para todos!
A morte é um mistério e a nossa relação com a morte é um enigma.
Só a fé esclarece o mistério da morte. Só a fé pode clarificar o enigma da nossa relação com a morte.
Muitos acham que, já que a morte tem de vir, que venha o mais tarde possível.
Mas também não falta quem julgue que, já que a morte tem de vir, que venha quanto antes. Por isso, matam e matam-se.
É preciso aprender com Jesus a colocarmo-nos nas mãos de Deus.
Que seja Ele a levar-nos quando entender.
Que ninguém se apresse. A morte de ninguém se esquece.
Quem crê sabe que um começo nos espera para lá do próprio fim!
A vida é uma sucessão de viagens. Só a última não tem regresso.
A derradeira viagem não tem paragem. É uma subida para a plenitude da vida.
Como confessou o Dr. Marinho Borges, «não morri, apenas subi e parti; ninguém me encontrará morto; subi e parti rumo à Eternidade, sempre vivo»!
A liberdade começa com a verdade. E a verdade começa na liberdade.
Se alguém quer ser livre, que comece por ser verdadeiro. Se alguém quer ser verdadeiro, que comece por ser livre.
Só a verdade liberta (cf. Jo 8, 32). E só a liberdade «verdadeia»!
Deus é o centro de tudo.
Mas como nós teimamos em andar des-centrados e des-concentrados (ou seja, longe do centro), acabamos por andar longe de Deus. E este não é um problema exclusivo dos não crentes.
Aliás, olhando para o nosso comportamento, a diferença é mínima.
Deus deixou de estar no centro da vida de muitos crentes.
Ao mesmo tempo, há quem altere (e adultere) a imagem de Deus, não mostrando o que Ele é e mostrando o que Ele não é.
Eis como decorre a nossa vida hoje: entre os que alteram a imagem de Deus e os que se afastam de Deus.
Porque não voltar a Deus?
Aproveitemos este dia, este Sábado Santo, para parar. E reparar!
A Deus podemos pedir muitas coisas. Mas de Deus só virá uma coisa: o Seu amor.
Como, há muitos séculos, percebeu Isaac de Nínive, «Deus só pode dar o Seu amor».
É o que Ele tem. Nada mais tem Deus.
E como Deus dá tudo o que tem, eis que está sempre a dar-nos o Seu (infinito) amor!
Hoje, 26 de Março (Sábado Santo), é dia de S. Bráulio, S. Ludgero, S. Quadrado, S. Teodoro, Sto. Emanuel, Sto. Eutíquio e seus Companheiros Mártires.
Um santo e abençoado dia para todos!
Há dois dias no ano em que não se celebra a Santa Missa: Sexta-Feira Santa e Sábado Santo.
Na Sexta-Feira Feira, além da Liturgia das Horas, só há a celebração da Paixão do Senhor, com a adoração da Cruz.
No Sábado Santo, só há mesmo a Liturgia das Horas. Os únicos sacramentos que podem ser celebrados são a Penitência (Confissão) e Unção dos Enfermos.
A Vigília Pascal, que cronologicamente começa na noite de sábado, é uma celebração que já pertence ao Domingo. É a primeira (grande) celebração da Páscoa da Ressurreição!
Hoje, 24 de Março (Quinta-Feira Santa), é dia de Sta. Catarina da Suécia, Sto. Agapito e S. Diogo José de Cádiz.
Um santo e abençoado dia para todos!
A nossa morada já era o medo. A nossa casa passou a ser o perigo.
Não haverá por aí um lugar para que possamos erguer uma habitação para a esperança?
Hoje, 23 de Março (Quarta-Feira Santa), é dia de S. Nícon e seus Companheiros, S. Turíbio de Mongrovejo, S. Vitoriano e Sta. Raquel Ay-Rayés.
Um santo e abençoado dia para todos!
Escura parecia estar a vida para sempre. Afinal, tudo estava consumado (cf. Jo 19, 30).
Aquela pedra era o ponto final naquela vida: naquela vida que se tinha consumido e que a morte tinha consumado.
A morte é, de facto, o supremo desencontro. Como reencontrar aqueles de quem a morte desencontrou? Que pode haver depois do fim?
É que, naquela noite, um novo dia amanhecera. E, naquela escuridão, uma nova luz se acendera.
Tal como a pedra do sepulcro, também as evidências são derrubadas. O que estava morto, afinal, está vivo.
Ressurreição não é ressuscitação. Jesus não é devolvido à vida anterior, mas entra numa vida nova. Daí que ninguém O reconheça ao primeiro contacto (cf. Jo 20, 14). Jesus é o mesmo, mas está diferente.
Neste sentido, compreende-se que não falte quem à Ressurreição chame «anástase» para significar precisamente a elevação de Jesus à vida plena.
A Igreja, alicerçada na Páscoa, não transporta a recordação de um ausente, mas oferece-nos a permanente celebração de uma presença.
Nós não tínhamos percebido que consumado não é o mesmo que terminado. Jesus tinha consumado a missão, mas não deu por terminada a presença.
Do máximo fracasso irrompe o maior triunfo. O vencido desperta como vencedor. E, uma vez mais, o inesperado vence o inevitável.
Até os locais onde há mais segurança estão inseguros.
Os europeus tremem. A Europa agoniza.
Conseguirá ressuscitar?
Hoje, 22 de Março (Terça-Feira Santa), é dia de S. Deográcias, Sta. Leia e S. Zacarias.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 21 de Março (Segunda-Feira Santa), é dia do Trânsito de S. Bento (ocorrido, neste dia, em 543), S. Nicolau de Flue, Mártires de Alexandria e Sta. Benedita Cambiagio Frassinello.
Um santo e abençoado dia para todos!
A. Senhor de todos os passos
1. De Betânia para Jerusalém. Da Páscoa antiga para a Páscoa nova. Da casa para a cidade e da cidade para uma outra casa. Da mesa para a rua e da rua para uma outra mesa. Desta outra mesa para o monte. Da refeição para a oração. Do dia para a noite. Da luz para as trevas. Da negação para a traição. Do Getsémani para o tribunal. Da prisão para o julgamento. Da acusação para a agressão. Da ofensa para a sentença. Da multidão para a solidão. Da presença para o abandono. Da tortura para a humilhação. Do pretório para o Gólgota. Da flagelação para a Cruz. Da vida para a morte. Do baixo para o alto. Do alto para baixo. Da Cruz para a sepultura. Do cúmulo para o túmulo. De ontem para hoje.
2. Eis os passos que já passaram. Eis os passos que ainda estão a passar. Eis os passos que nunca passam. No fundo, este é o verdadeiro dia de Nosso Senhor dos Passos: de todos os passos, dos Seus passos, dos nossos passos, dos passos que deu há dois mil anos, dos passos que dá connosco hoje. Foi por nós que Jesus subiu à Cruz e desceu ao túmulo. E só no túmulo parou todo aquele cúmulo de amor. Ou, melhor, nem no túmulo parou todo aquele cúmulo de amor.
B. A Cruz não ficou em Jerusalém
3. Nós é que devemos parar — e reparar — diante da Cruz. Este é o dia de parar na Cruz. Este é o dia de parar para reparar na Cruz. Este é o dia de parar para reparar nos passos que conduziram à Cruz. E este há-de ser o dia para começar a reparar os nossos passos que nem sempre estão em sintonia com o testemunho que nos vem da Cruz. A Cruz não tem só passado. A Cruz também tem presente. A Cruz também subsiste no presente.
4. A Ressurreição não constitui a eliminação da Cruz, mas a revelação do significado — e do alcance — da Cruz. O que ressuscitou mantém as marcas da Cruz, como faz questão de mostrar a Tomé (cf. Jo 20, 27). É como se nos estivesse a dizer que só se chega à Ressurreição pelo caminho da Cruz. Só volta à vida quem dá a vida, quem se dá na vida. É por isso que a Cruz não ficou em Jerusalém, a Cruz está espalhada pelo mundo. Jesus continua a carregar a Cruz em tantos que vão carregando a Cruz. A Cruz continua a ser carregada nos hospitais e nas prisões. A Cruz continua a ser carregada em camas abandonadas de tantas casas isoladas. A Cruz continua a ser carregada por tanta gente sem pão, sem trabalho e sem saúde. A Cruz continua a ser carregada por tantos que sofrem as dores da injustiça e da opressão. A Cruz continua a ser carregada por tantos que são esquecidos e maltratados.
C. A Cruz está sempre a passar
5. Jesus continua a ser crucificado em tantos que crucificamos. O que fazemos a eles é o que fazemos a Ele (cf. Mt 25, 40). O que não fazemos a eles é o que deixamos de fazer a Ele (cf. Mt 25, 45). Nunca esqueçamos que a Cruz tem uma actualização sacramental, na Eucaristia, e uma permanente actualização existencial, na vida de tantas pessoas. A Cruz não passou, a Cruz está sempre a passar. Será lícito votar-Lhe ausência ou indiferença? Se Jesus é diferente, como continuar a ser indiferente?
6. A esta semana os antigos chamavam «semana pascal». E, com efeito, esta é uma semana pascal: não só porque é a semana que nos conduz à celebração da Páscoa, mas também porque nos convida a «passar» de uma vida centrada em nós a uma vida centrada em Deus e nos irmãos. A antiga liturgia de Milão dava a esta semana o nome de «semana autêntica» por ser a semana que assinala os verdadeiros «trabalhos de Jesus». E não há dúvida de que, nos «trabalhos» derradeiros como em toda a Sua vida, Jesus recusa tudo o que é falso, mentiroso ou apenas aparente. Jesus vive — e morre — para dar testemunho da verdade (cf. Jo 18, 37). Não admira, portanto, que os cristãos olhassem, desde cedo, para esta semana como uma «semana santa», uma «semana grande» e uma «semana maior». Tudo o que nela acontece é santo, é grande, é maior. Trata-se, por isso, de uma semana que não se esgota em sete dias. A «semana maior» é, pois, uma «semana grande» e há-de tornar-se uma semana sem termo. Nela ocorrem os acontecimentos que mudaram a história e que hão-de mudar a nossa vida. Podemos dizer que esta é também a «semana primeira» que inaugura os tempos últimos, os tempos definitivos em que vivemos.
D. Paz, até na violência
7. No Domingo de Ramos, não procuramos apenas recordar a entrada solene de Jesus em Jerusalém. Procuramos sobretudo dar testemunho público da nossa fé em Jesus Cristo, morto e ressuscitado. Já agora, refira-se que este Domingo também chegou a ser conhecido como «Capitulavium», que significa «lavagem das cabeças». É que, neste dia, os que iam ser baptizados na Vigília Pascal, no sábado seguinte, lavavam solenemente a cabeça numa cerimónia pública. Em Jerusalém, a Procissão dos Ramos começava pelas 13 horas, no Monte das Oliveiras. Cantavam-se hinos e salmos, e faziam-se leituras da Sagrada Escritura. Pelas 17 horas, era lido o Evangelho que descreve a entrada de Jesus em Jerusalém. Nessa altura, todos, com ramos de oliveira e palmeira, saíam em direcção à cidade, cantando e rezando.
8. Nós também chegámos aqui com ramos e vamos sair daqui com a Cruz, procurando plantá-la na nossa vida e implantá-la no nosso mundo. É enorme a lição que vem da Cruz. Tanta dor e tanta paz perante a dor. Jesus recusa sempre responder à violência com violência. Até à violência, até à violência mais injusta, Jesus responde com a mansidão, com a paz. Trata-se, obviamente, de uma paz sentida, de uma paz sofrida, mas, mesmo assim, é paz. O que mais comove, em todo este relato, é a paz que Jesus mantém até ao fim, é a dignidade que Jesus conserva até para lá do próprio fim.
E. Vida, até na morte
9. Tudo parece escurecer na Cruz. Até Deus parece ocultar-Se como se depreende do grito de Jesus (cf. Mc 15, 34). Até Jesus Se sente abandonado. E, não obstante, tudo brilha na escuridão da Cruz. É esta morte que faz luz sobre esta vida. Até um estranho reconhece que, afinal, Deus está na Cruz (cf. Mc 15, 39). O que — de certo modo — estava velado em vida parece desvelar-se completamente na morte.
10. No fundo, é quando parece que tudo acaba que tudo verdadeiramente começa. A morte de Jesus é uma morte «morticida», uma morte que mata a morte. Já não vivemos para morrer; morremos para viver. A morte já não é termo, mas passagem. Já não é fim, mas trânsito. Já não é conclusão, mas viragem. Já não é despedida, mas recomeço. A evidência mostra que a vida conduz à morte, mas a fé assegura que, em Cristo, até a morte nos reconduz à vida. Em Cristo, até a morte está cheia de vida!
Tu és rei, Senhor, e o Teu trono é a Cruz.
Tu és rei, Senhor, e Teu reino é o coração de cada Homem.
Tu és rei, Senhor, e estás presente no mais pequeno.
Tu és rei, Senhor, e estás à nossa espera no pobre.
Tu és rei, Senhor, e queres mais o amor que o poder.
Tu és rei, Senhor, e moras em tantos corações.
Tu és rei, Senhor, e primas pela mansidão e pela humildade.
Tu és rei, Senhor, e não tens exército nem armas.
Tu és rei, Senhor, e não agrides nem oprimes.
Tu és rei, Senhor, e não ostentas vaidade nem orgulho.
Tu és rei, Senhor, e a tua política é a humildade, a esperança e a paz.
Tu és rei, Senhor, e continuas a ser ignorado e esquecido.
Tu és rei, Senhor, e continuas a ser silenciado.
Tu és rei, Senhor, e vejo-Te na rua, em tanto sorriso e em tanta lágrima.
Tu és rei, Senhor, e vais ao encontro de todo o ser humano.
Tu és rei, Senhor, e és Tu que vens ter connosco.
Hoje, Senhor, vou procurar-Te especialmente nos simples, nos humildes, nos que parecem estar longe.
Hoje, Senhor, vou procurar estar atento às Tuas incontáveis surpresas.
Obrigado, Senhor, por seres tão diferente.
Obrigado por seres Tu:
JESUS!
Nestes dias, sobretudo nestes dias, secam as palavras e mingua a eloquência dos discursos.
Como dizia Rainer Maria Rilke, «as coisas estão longe de ser todas tangíveis e dizíveis; a maior parte dos acontecimentos é inexprimível e ocorre num espaço em que nunca nenhuma palavra pisou»!
Hoje, 20 de Março (Domingo de Ramos na Paixão do Senhor e início da Primavera), é dia de Sta. Eufémia, S. Remígio de Estrasburgo, S. Francisco de Palau e Quer e Sta. Maria Josefina do Coração de Jesus.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 19 de Março (dia do Pai), é dia de S. José (padroeiro da Igreja, dos pais, dos trabalhadores, dos fabricantes de carro, dos marceneiros e da boa morte) e de S. Marcello Callo.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 18 de Março, é dia de S. Cirilo de Jerusalém, Sto. Alexandre de Jerusalém, Sto. Eduardo e Sta. Maria Amada de Bouteiller.
Um santo e abençoado dia de Quaresma para todos!
Hoje, 17 de Março, é dia de S. Patrício (padroeiro dos mineiros), S. José de Arimateia e Sto. Ambrósio de Alexandria.
Um santo e abençoado dia de Quaresma para todos!
Hoje, 16 de Março, é dia de Sta. Eusébia, Sto. Heriberto (invocado para pedir a chuva) e Sto. Abraão, solitário.
Um santo e abençoado dia de Quaresma para todos!
Na verdade, trata-se de uma autêntica semana pascal: não só porque nos conduz à celebração anual da Páscoa, mas também porque nos convida a «passar» de uma vida centrada em nós a uma vida centrada em Deus e nos irmãos.
E não há dúvida de que, nos «trabalhos» derradeiros como em toda a Sua vida, Jesus recusa tudo o que é falso, mentiroso ou apenas aparente. Jesus vive — e morre — para dar testemunho da verdade (cf. Jo 18, 37).
Tudo o que nela acontece é santo, é grande, é maior. É, por isso, uma semana que não se esgota em sete dias.
Nela ocorrem os acontecimentos que mudaram a história e que hão-de mudar a nossa vida.
No Domingo de Ramos, não recordamos apenas a entrada de Jesus em Jerusalém. Nele, procuramos sobretudo dar testemunho público da nossa fé em Jesus Cristo, morto e ressuscitado.
É que, neste dia, os que iam ser baptizados na Vigília Pascal lavavam solenemente a cabeça numa cerimónia pública.
Cantavam-se hinos e salmos e faziam-se leituras da Sagrada Escritura.
Nessa altura, todos, com ramos de oliveira e palmeira, saíam em direcção à cidade, cantando e rezando.
Em Jesus, já não vivemos para morrer; morremos para viver.
Em Jesus, até a morte está cheia de vida!
Hoje, 15 de Março, é dia de S. Raimundo de Calatrava, Sta. Luísa de Marillac, Sta. Lucrécia, S. Plácido Riccardi e S. Clemente Hofbauer.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 14 de Março, é dia de Sta. Matilde, Sta. Florentina e S. Giácommo Cusmáno.
Um santo e abençoado dia de Quaresma para todos!
A. Um combate sem fim
De facto, o que neste mundo parece triunfar é a severidade e não a compaixão, a intolerância e não a clemência, o juízo e a não a misericórdia. Para nosso mal, não parece haver grande futuro para o bem.
É que, para Deus, a misericórdia triunfa sempre e triunfa sobre tudo. Até sobre o juízo a misericórdia triunfa (cf. Tgo 2, 13). Para Deus, a misericórdia é mais forte que o juízo. Para Deus, a misericórdia é o critério para tudo, inclusivamente para o juízo. O próprio juízo de Deus é alimentado pela misericórdia. O próprio juízo de Deus é cheio de misericórdia.
B. Quem nunca falha?
3. O episódio que o Evangelho deste Domingo nos apresenta é um confronto entre a mera justiça e a misericórdia. Trata-se de um combate entre uma justiça sem misericórdia e uma justiça habitada pela misericórdia.
É preciso ter presente que Jesus não é contra a Lei, nem Se apresenta como um sem-Lei. Só que Jesus vê mais fundo e chega mais longe. Para Jesus, a Lei, sendo importante, não é um absoluto. E, afinal, quem pode garantir que cumpre sempre a Lei? Quem pode garantir que cumpre integralmente todas as leis?
Assim sendo, que cada um comece por limpar os seus olhos (cf. Mt 7, 5) e só depois estará em condições para ver o eventual cisco que está sobre os olhos dos outros. Nesse caso, até poderá acontecer que chegue à conclusão de que o cisco que parecia estar sobre os olhos dos outros estava, sim, sobre os seus próprios olhos.
C. O fogo começa a arder em quem o ateia
5. Muitas vezes, não é a vida dos outros que não está limpa. Muitas vezes, são os nossos olhos que estão sujos. Um dedo pronto para acusar esconde, quase sempre, uma vida que deixa muito a desejar. Habitualmente, uma vida suja procura sujar a vida dos outros. O sujo não descansa enquanto não suja. Frequentemente, o que se pretende não é acabar com o mal, é acabar com os outros de quem se suspeita mal.
É por isso que batemos nos outros com a verdade e, ainda mais, com a própria mentira. Há quem, além de não ter misericórdia, também não tenha escrúpulos. A delação dá, quase sempre, cobertura à corrupção.
Há quem diga que «onde há fumo, há fogo». É preciso, contudo, ver de onde vem o fogo. O fogo começa a arder em quem o ateia. Antes de arder na terra, o fogo começa a arder em quem incendeia a terra. Às vezes, o fogo não está na vida dos acusados, mas na vida de quem acusa. O mecanismo da projecção leva a que alguns atribuam a outros aquilo que só eles são capazes de fazer. Muito cuidado, pois, com o que se diz: com que se diz em privado e com o que diz em público.
D. Todos eram pecadores, mas só uma pecadora se mostrou arrependida
7. A honra de uma pessoa é sagrada, pelo que a difamação e a calúnia são atentados muito graves. Falemos com as pessoas e evitemos falar das pessoas. Quando houver motivo, falemos às pessoas das suas falhas e não falemos das falhas das pessoas.
Se repararmos, não foi apenas esta mulher que era adúltera (cf. Jo 8, 3). Os que a acusavam não eram menos adúlteros. Esta mulher adulterou os seus deveres de esposa, mas os seus acusadores adulteraram o sentido da justiça. No fundo, o que eles pretendiam era usar a Lei — e a mulher que infringiu a Lei — para enrascar Jesus, para montar uma cilada a Jesus. No seu entendimento, Jesus iria sair-Se sempre mal deste debate. Se não reconhecesse o mal praticado pela mulher, diriam que Jesus não respeitava a Lei. Se mandasse liminarmente cumprir a Lei, alegariam que, afinal, Jesus não era tão misericordioso como parecia.
A denúncia pode ser importante, mas a delação é sempre injustificada. A delação nunca conduz à conversão. A delação só conduz à desconfiança, à perversão. Neste episódio, não havia ninguém que não tivesse pecado. Quando Jesus convidou os que não tinham pecado a atirar a primeira pedra, todos se retiraram (cf. Jo 8, 7-9). Afinal, todos eram pecadores. Era bom, por isso, que aqueles que apontam os pecados dos outros se retirassem também. E se convertessem. Foi o que faltou a estes homens: converter-se
E. Deus está à nossa espera, como a Primavera
9. Depois de Jesus acabar de escrever — diga-se que é a única vez em que Jesus escreveu alguma coisa — (cf. Jo 8, 8), notou que só a mulher estava à sua frente. Afinal, só ela estava disponível para receber a misericórdia. Já os que a acusaram — e que, no fundo, também reconheceram ser pecadores — recusaram-se a receber a misericórdia que Jesus também tinha para lhes oferecer. Hoje em dia, continua a haver muita gente a dizer que não peca. Pudera. Como passam a vida a reparar nas falhas dos outros, nem tempo têm para reparar nas suas próprias fraquezas. Só que, deste modo, perdem sucessivas oportunidades de mudar, de melhorar.
Por conseguinte, sejamos indulgentes para com os outros e exigentes para connosco. E não nos esqueçamos de começar por nós a mudança que gostaríamos de ver à volta de nós. A melhor maneira de contribuir para a mudança dos outros é mudando-nos a nós mesmos.
Não esqueçamos jamais que o primeiro cristão a entrar no céu foi um ladrão (cf. Lc 23, 43). Ninguém está excluído da proposta. Ninguém se deve sentir demitido de uma resposta. A salvação não é para quem nunca falha, até porque todos nós falhamos. A salvação é para quem está disposto a sempre recomeçar mesmo depois de muito falhar. Deus está à nossa espera, como o está a Primavera. A Sua misericórdia está sempre a vir para que na nossa vida possa florir!
Uma vez mais, Senhor,
eis-nos na Tua escola
para aprender conTigo,
para beber das lições que nos dás,
com a Tua Palavra e sobretudo com a Tua vida.
Tu não páras de nos surpreender.
Será que alguma vez aprenderemos
a profundidade e o alcance das Tuas lições?
Para Ti, Senhor, só ganha quem perde,
só volta à vida quem dá a vida.
A Tua hora é a hora da glória
e a a tua glória está na Cruz,
está na oferta total da vida,
na entrega plena do ser.
Que nós sejamos, Senhor, como o grão de tigo.
Que não tenhamos medo de descer à terra.
É do fundo que se sobe.
É de trás que se avança.
Que não tenhamos medo da obscuridade.
Porque a Tua luz, Senhor,
brilha em todo o lado.
Ensina-nos, Senhor,
a não fugir dos problemas
e a não ter receio das dificuldades.
Tu nem da morte fugiste
e, abraçando a morte,
venceste a morte.
Como os Teus contemporâneos,
também nós, hoje, Te queremos ver.
Que todos Te possam ver em nós
e que, através do nosso testemunho,
Te possam encontrar,
JESUS!
Hoje, 13 de Março (Quinto Domingo da Quaresma), é dia de S. Rodrigo, S. Salomão, Sta. Eufrásia e S. Nicéforo.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 12 de Março, é dia de S. Luís Oriene, Sta. Josefina, Sto. Inocêncio I e Sta. Ângela Salawa.
Um santo e abençoado dia de Quaresma para todos!
As mãos servem para unir, para agregar, para juntar, para vencer.
O esforço é importante. A paciência é fundamental. E a persistência é decisiva.
E é isso que faz a diferença.
Dando as mãos consegue-se muito. Passando a bola de mão para mão, o caminho para o sucesso fica mais aberto e a vitória apresenta-se mais próxima.
As nossas mãos também precisam das mãos dos outros. As mãos dos outros tornam melhores as nossas próprias mãos.
É imperioso que apareçam «mãos» para abrir «portas» que se mantêm fechadas.
As «mãos» de Deus invocam o Seu poder (cf. Deut 4, 34), mas evocam acima de tudo o Seu amor para com o justo (cf. Sal 89, 22; Jb 5, 18; Sab 3, 1).
Daí que até Antero de Quental tenha recorrido a esta imagem para se dirigir aos céus: «Na “mão de Deus”, na Sua mão direita, repousa, afinal, meu coração».
A vida também se decide com as mãos.
A temperatura fez, esta manhã, uma viagem a alta velocidade.
Pelas sete horas, os termómetros marcavam um grau. Estava geada.
Agora, pouco depois das nove, o sol já impera, aquece e vai queimando!
Hoje, 11 de Março (Abstinência), é dia de Sto. Eulógio, S. Vicente Abade, S. Ramiro, S. Trófimo e S. Tales.
Um santo e abençoado dia de Quaresma para todos!
Hoje, 10 de Março, é dia dos Santos Mártires de Sebaste, S. Macário de Jerusalém e Sta. Maria Eugénia Milleret.
Um santo e abençoado dia de Quaresma para todos!
Hoje, 09 de Março, é dia de S. Domingos Sávio, Sta. Francisca Romana e S. Gregório de Nissa.
Um santo e abençoado dia de Quaresma para todos!
Quando muito, apreende-se a fé na medida em que se aprende a crer.
Sentiam que tinham alguma fé. Mas pediram a Jesus que os ensinasse a crescer na fé (cf. Lc 17, 5).
Com a Sua vida (cf. Lc 2, 47) e com a Sua palavra (cf. Mt 5, 1-12). No fundo, com a sintonia entre a Sua vida e a Sua palavra.
Isso era o suficiente. E era isso que O tornava convincente. Era isso que levava muitos a procurá-Lo e a segui-Lo.
Ele apresentou-Se como um crente credível. Dizia o que fazia e fazia o que dizia.
A fé em Jesus gera o seguimento de Jesus.
Eis, aliás, a diferença entre o aluno e o discípulo. O aluno é o que ouve o mestre. Já o discípulo é o que, além de ouvir, convive com o mestre.
Aprende-se que Deus é Pai. E que, como vislumbrava Sto. Ireneu, o Filho e o Espírito Santo são como que as duas mãos pelas quais o Pai nos toca.
No seu mistério mais fundo, ela é o sacramento primordial da presença de Deus no mundo.
É por isso que a fé se apega. É por isso que a fé nunca se apaga. É por isso que a fé contagia. É por isso que a fé nunca é suficientemente grande. É por isso que a fé pode sempre ser maior!
Hoje, 08 de Março, é dia de S. João de Deus, padroeiro dos doentes e moribundos e protector dos enfermeiros católicos e respectivas associações.
Um santo e abençoado dia de Quaresma para todos!
Hoje, 07 de Março, é dia de Sta. Perpétua, Sta. Felicidade e S. Paulo, o Simples.
Um santo e abençoado dia de Quaresma para todos!
A. Deus é imoderadamente misericordioso
De facto, Deus mostra que põe a misericórdia acima de tudo. Podemos, por isso, concluir que, quanto à misericórdia, Deus é profundamente imoderado. Deus é imoderadamente misericordioso e misericordiosamente imoderado. Os Seus olhos estão sempre voltados nós. Quanto mais nós estamos afastados d'Ele, tanto mais perto Ele está de nós.
Olhando, entretanto, para tanta coisa dita e não dita, para tanta coisa dizível e indizível, o que é que de melhor se poderá dizer de Deus? São Tomás de Aquino, com a sabedoria da sua santidade e com a santidade da sua sabedoria, não hesitava: «A misericórdia é o que de melhor podemos dizer de Deus».
B. A misericórdia é a sílaba tónica de Deus
3. Acerca de Deus, a Bíblia pode ser vista como uma longa palavra com 73 sílabas, tantas quantos são os livros que a compõem. Dessas 73 sílabas, 46 são soletradas no Antigo Testamento e 27 são entoadas no Novo Testamento. Em relação à imagem de Deus, muitas dessas sílabas serão completamente átonas: quase O desfiguram. Basta pensar no «Terror de Isaac», como Deus chega a ser apresentado numa passagem do Génesis (31, 42).
E é assim que, entre desfiguramentos e aproximações, vamos gaguejando, sílaba a sílaba, até chegar a S. Lucas, sobretudo ao formoso capítulo 15 do seu Evangelho. Aqui encontramos verdadeiramente a sílaba tónica de Deus. Aqui vemos claramente quem é Deus e como é Deus.
Dir-se-ia que Deus Se perde pelos que andam perdidos. A misericórdia é assim, é ter o coração voltado para a miséria, é ter o coração voltado para os que se encontram na miséria.
C. A festa do reencontro após o desencontro
5. O coração de Deus tem esta maneira de funcionar. Trata-se, portanto, de um coração literalmente compassivo. Trata-se de um coração que sofre o nosso sofrimento. Deus nunca é a-pático; Deus é sempre em-pático e sim-pático. Deus sofre em nós, sofre connosco e sofre por nós. Não há amor maior. Haverá sequer amor igual?
Deus não castiga, embora avise. Mas Deus nunca condena. Deus abraça e Deus festeja. Deus não é um polícia a escrutinar os nossos erros. Deus é o Pai que Se alegra com o nosso regresso. A maior festa não é quando se dá o encontro. A maior festa é quando ocorre o reencontro após o desencontro.
Bem notou o Papa Bento XVI que, «depois de Jesus nos ter falado do Pai misericordioso, as coisas já não são como dantes». A partir de agora «conhecemos Deus: Ele é o nosso Pai que por amor nos criou livres e dotados de consciência que sofre se nos perdemos e que faz festa quando voltamos».
D. A ilusão de ser feliz longe do Pai
Por um lado, pensamos que somos felizes longe de Deus. E começamos a viver como se Deus não contasse. Acontece que nada corre bem quando nos afastamos de Deus. Como assinalou genialmente Sto. Agostinho, fomos criados para Deus. Por isso, andamos inquietos enquanto não voltamos para Deus. Mas, por outro lado, também podemos pensar que já não precisamos de mudar, de nos converter. A tentação do filho mais velho é presumir que já possui o Pai, que o Pai é só dele. Não o Pai meu também é Pai teu: é Pai nosso. Deus está sempre perto de nós, mas o nosso egoísmo nem sempre nos deixa estar perto de Deus.
No entanto, as portas da Casa do Pai permaneciam abertas. As portas de Deus nunca se fecham e o lugar de cada filho nunca é ocupado por outro. Deus está sempre disponível para o reencontro. Deus perde-Se de amor pelos Seus filhos perdidos. Deus corre para nós para Se lançar ao nosso pescoço e para nos cobrir de beijos (cf. Lc 15, 20). Não são necessárias muitas palavras até porque Deus conhece antecipadamente tudo o que dizemos e tudo o que fazemos (cf. Lc 15, 21).
E. A festa que Deus faz quando regressamos
É urgente, por conseguinte, reconhecer, como este filho, que estamos perdidos. E que, longe de Deus, ninguém nos dá nada. Longe de Deus, é só ilusão, inquietação e perturbação. Não tenhamos medo de voltar para Deus. Não tenhamos qualquer receio de reencontrar Deus. Deus tem tudo preparado para a festa. Vamos deixar Deus de mão estendida? Vamos consentir que Deus tenha tudo preparado sem que compareçamos?
Não esqueçamos, porém, que a misericórdia, é o que há de mais revolucionário. Na Sua misericórdia, Deus não nos deixa como estamos, mas abre-nos sempre ao novo, ao diferente, ao melhor. Sejamos tão ousados na procura da misericórdia como Deus é generoso na oferta da misericórdia. Uma coisa é certa. Sem misericórdia, não temos solução, sem misericórdia, não teremos salvação («extra misericordiam, nulla salus»). Se não a formos receber, como é que Deus no-la poderá oferecer? Nunca hesitemos, pois, em procurar a misericórdia que Deus sempre nos quer dar!
Obrigado, Senhor, pelo Teu amor,
pelo Teu imenso amor.
Ninguém ama como Tu.
Amar assim, como Tu,
só ao alcance de Deus,
só ao alcance de Ti, que és Deus.
Tu amas dando a vida,
dando o sangue,
dando tanto,
dando tudo.
Tu, Senhor, não vens condenar.
Tu, Senhor, só vens salvar.
Tu sabes tudo,
Tu és a sabedoria.
Só não sabes conjugar o verbo «mandar»,
o verbo «impor», o verbo «oprimir».
Tu, Senhor, só sabes conjugar
o verbo «dar»,
o verbo «oferecer»,
o verbo «entregar»,
o verbo «servir»,
o verbo «amar».
Obrigado, Senhor, pela Luz.
Tu és a Luz.
Ilumina os nossos passos,
os passos do nosso caminho.
Que caminhemos na verdade.
que caminhemos na luz,
na luz que vem de Ti,
na luz que és Tu,
JESUS!
Hoje, 06 de Março (4º Domingo da Quaresma ou «Domingo Laetare»), é dia de S. Cónon, o Jardineiro, e Sto. Olegário.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 05 de Março, é dia de S. João José da Cruz, S. Teófilo e Sto. Adriano.
Um santo e abençoado dia de Quaresma para todos!
Hoje, 04 de Março (abstinência), é dia de S. Lúcio I, S. Casimiro e Sto. Humberto III de Sabóia.
Um santo e abençoado dia de Quaresma para todos!
Hoje, 03 de Março, é dia de Marino, Sto. Astério, S. Frederico de Hallam, S. Liberto, S. Samuel, S. Miguel Pio e Sta. Catarina Maria Drexel.
Um santo e abençoado dia de Quaresma para todos!
Hoje, 02 de Março, é dia dos Mártires dos Lombrados, Sta. Inês da Boémia e Sta. Ângela da Cruz Guerrero González.
Um santo e abençoado dia de Quaresma para todos!
Hoje, 01 de Março, é dia de S. Rosendo, Sto. Albino e Sta. Eudóxia.
Um santo e abençoado dia de Quaresma para todos!