O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Terça-feira, 26 de Janeiro de 2016

 

  1. Até quando persistirá a crise?

Alguma vez a deixaremos? Alguma vez nos deixará?

 

  1. Quando começará o tão desejado crescimento? Mas será que o crescimento é a solução?

Há quem pense que a solução não passa pelo crescimento, mas por algum…decrescimento.

 

  1. De facto, os que têm pouco teriam mais se os que têm mais se dispusessem a ter um pouco menos. Ou seja, muitos cresceriam se alguns aceitassem decrescer.

O que se passa, porém, é o contrário: os que já têm muito têm cada vez mais e os que têm pouco têm cada vez menos, quase nada.

 

  1. É neste contexto que Serge Latouche entende que o caminho não é o crescimento, mas o decrescimento.

A tese é controversa, mas merece atenção.

 

  1. A ideologia do crescimento tende a ignorar os limites. A tendência é para gastar sem cálculo e para consumir sem freio.

O problema é que os recursos naturais são limitados. Um crescimento infinito será compatível com um mundo finito?

 

  1. Acresce que o crescimento não produz só bens. Também produz necessidades, muitas delas artificiais.

E, não raramente, as necessidades crescem a um ritmo superior aos bens. Daí o estado de insatisfação generalizada.

 

  1. Se repararmos, muitos protestos não vêm dos pobres de sempre.

Muita contestação advém dos que não conseguem manter o nível de vida a que se tinham habituado. Quando o impulso para consumir cresce, o índice de insatisfação aumenta.

 

  1. A alternativa proposta por Serge Latouche é «a abundância frugal». Todos terão acesso ao essencial e cada um abdicará, voluntariamente, do acidental.

A estratégia do decrescimento consiste «na autolimitação voluntária, na reabilitação do espírito da doação e da promoção da convivialidade».

 

  1. É claro que tudo isto pressupõe uma mudança que, não sendo irrealizável, se afigura muito difícil: a mudança de mentalidade.

No fundo, ainda estamos à espera de que a realidade se adeque a nós em vez de sermos nós a adequarmo-nos à realidade.

 

  1. Precisamos de fazer todo um caminho por dentro. Precisamos de perceber que a realização pessoal não passa só pelo ter.

Precisamos de aprender que, às vezes, com pouco se consegue muito. E que, com menos, não é impossível obter mais. Mais alegria, mais criatividade, mais justiça, mais humanidade. E muito mais felicidade!

publicado por Theosfera às 10:43

A discussão parece bizarra, mas é recorrente.

Não será que todo o golo é autogolo?

Todo o golo é da autoria de alguém, seja apontado na baliza adversária, seja marcado na própria baliza.

«Auto» é um prefixo presente em muitas palavras, como «autonomia» ou «autodidacta». Designa aquilo que é feito pelo próprio, por cada um.

Ora, um golo é sempre apontado por alguém. Um golo tem sempre autor.

Quando alguém marca um golo na própria baliza, talvez o mais adequado fosse falar de um «heterogolo», isto é, de um golo pela equipa diferente.

Mas, sinceramente, não vale a pena escalpelizar estes preciosismos.

Apenas faço esta evocação porque, tratando-se o desporto de um entretenimento, não faz mal que nos entretenhamos!

publicado por Theosfera às 09:41

Hoje, 26 de Janeiro, é dia de S. Timóteo, S. Tito, S. Roberto, Sto. Alberico, Sto. Estêvão (abade) e S. Miguel Kosal.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

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