O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Segunda-feira, 02 de Novembro de 2015

 Para quem crê, 2 de Novembro não é dia de «finados».

«Finado» vem de «fim», indicando que alguém se finou, que alguém acabou. Ora, nós acreditamos que a morte não é o fim da vida, mas a transformação da vida.

 

É por isso que chamamos a 2 de Novembro o dia dos «fiéis defuntos».

«Defunto» vem do latim «fungor», que quer dizer «cumprir». A esta luz, defunto é o que cumpriu a etapa temporal da vida e já sobrevive na dimensão intemporal da existência.

A Igreja sempre venerou os defuntos.

Já no século VII, havia um dia de oração pelos defuntos nos mosteiros e não só.

Mais tarde, um liturgista chamado Amalário Simpósio promoveu ofícios pelos mortos logo a seguir aos ofícios dos santos.

Foi, entretanto, o abade de Cluny Santo Odilon quem decidiu colocar, talvez no ano 998, a comemoração dos fiéis defuntos a 2 de Novembro.

Este é um tempo em que suspendemos o tempo para nos fixarmos para lá do tempo.

Daí que este seja o tempo em que o tempo se senta. Só a eternidade parece voar.

Há uma espécie de permuta.

O tempo aloja-se na eternidade e a eternidade como que decide acampar no tempo.

Numa lápide, foi encontrado este verso: «Ó tu mortal que me vês/ repara bem como estou./ Eu já fui o que tu és/ e tu serás o que eu sou».

Assim sendo, aproveitemos estes dias também — e sobretudo — para rezar. Os outros necessitam e nós também precisamos. Os outros necessitam de sufrágio e nós precisamos de conversão.

Os vivos como que se enlaçam com os mortos e os mortos como que se entrelaçam com os vivos.

Na oração, os mortos permanecem vivos sem que os vivos se sintam antecipadamente mortos.

Quem está com Jesus antes da morte estará em Jesus na vida para lá da morte.

Aparentemente, vivemos para morrer. Em Cristo, porém, morremos para viver.

É doloroso o caminho até à morte. Mas vale a pena atravessar a morte sabendo que vamos ao encontro definitivo d’Aquele que venceu a própria morte.

Aqueles que choramos nestes dias, do princípio ao fim, estão à nossa espera para a grande festa. No dia que não tem fim!

publicado por Theosfera às 11:05

O maior benefício da sabedoria não é só combater a ignorância. É também convencer-nos dos seus próprios limites.

Neste sentido, Bertolt Brecht entendia que a ambição maior da sabedoria não é tanto «abrir a porta ao saber infinito, mas pôr um limite à ignorância infinita».

Somos suficientemente sábios quando nos tornamos um pouco menos ignorantes.

Porque uma estrutural ignorância conviverá sempre connosco!

publicado por Theosfera às 09:13

Hoje, 02 de Novembro, é dia da Comemoração dos Fiéis Defuntos, de S. Malaquias e de S. Pio Campidelli.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

mais sobre mim
pesquisar
 
Novembro 2015
D
S
T
Q
Q
S
S

1
2
3
4
5
6
7

8
9





Últ. comentários
Sublimes palavras Dr. João Teixeira. Maravilhosa h...
E como iremos sentir a sua falta... Alguém tão bom...
Profundo e belo!
Simplesmente sublime!
Só o bem faz bem! Concordo.
Sem o que fomos não somos nem seremos.
Nunca nos renovaremos interiormente,sem aperfeiçoa...
Sem corrigirmos o que esteve menos bem naquilo que...
Sem corrigirmos o que esteve menos bem naquilo que...

blogs SAPO


Universidade de Aveiro