O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Domingo, 06 de Setembro de 2015

1. Juntar pessoas num arraial é facto trivial. Gerar multidões antes de dormir é coisa frequente. Mas formar, reiteradamente, uma multidão antes da hora habitual de acordar é acontecimento raro, para não dizer único.

 

2. Sucede que o mais impressionante é sentir que a recorrência não satura. A multidão, qual caudal sem freio, cresce de dia para dia. Ou, para ser mais preciso, de madrugada para madrugada.

 

3. As madrugadas de fé no Santuário de Nossa Senhora dos Remédios são um património com um valor incalculável.

 

4. Quem vive a Novena não consegue dizer o que sente. Quem começa a viver a Novena só tem um lamento a fazer: não ter começado antes. E quem ainda não experimentou não imagina o que tem perdido.

 

5. Ali não há encenação nem ostentação. Há um encontro muito intenso que irradia uma paz imensa.

 

6. São muitas as lágrimas que os filhos levam até à Mãe. É radioso o sorriso que a Mãe acende nos lábios dos Seus filhos.

 

7.

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Nada disto se explica, tudo isto se sente!

publicado por Theosfera às 16:58

Um mar de gente, um mar de Mãe.

Hoje, pelas seis da manhã, Muita gente ao encontro da Mãe, rezando com a Mãe, acompanhando a Mãe.

Esta gente chã é (também) a gente verdadeiramente importante. É a gente que se importa com o que realmente importa.

É por isso que este ajuntamento é um ensinamento. É por isso que esta enorme multidão é uma perene lição.

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Nada disto se explica, tudo isto se sente!

publicado por Theosfera às 14:01

1. A cidade saúda a Senhora. A Senhora sorri à cidade. É festa.

Sente-se um caos harmonioso que rompe, por momentos, com a rotina de um quotidiano quase sempre torturante.

 

2. O ambiente, à nossa volta, ressuma festa. Já não estou tão seguro de que o ambiente no nosso interior irradie igual contentamento.

Nota-se vida na festa. Só é pena que nem sempre haja festa na vida.

 

3. É bonito ver as pessoas com ar festivo. E é muito belo e comovente encontrá-las a caminho do Santuário, visitando a Mãe, acompanhando a Mãe, chorando na companhia da Mãe!

Vão visitar a Senhora dos Remédios. Mas quem nega que, lá no fundo, vão à procura dos remédios da Senhora? Sim, dos remédios que mais ninguém consegue preceituar. Dos remédios que os lábios não ousam publicitar. Dos remédios para o desconforto, para a desventura, para o desespero. Dos remédios para a doença de tantas vidas sem (aparente) sentido nem horizonte.

 

4. As pessoas olham. As pessoas fitam. As pessoas calam.

Sabem — e sentem — que aquela imagem tem vida e emite paz. Sabem — e sentem — que naquele lugar se assiste a uma espécie de transfiguração. Por isso vêm de longe e vêm a pé. Com sacrifício, com devoção, com muito amor, os degraus são transpostos.

 

5. No peregrino palpita a ânsia de, «ao cabo daquela longa escadaria, encontrar a promessa da salvação, ou a esperança». Isto até o descrente José Saramago notou. A propósito, haverá alguém que, lá no fundo, não seja crente?

É aí, no Santuário, que todos se acham verdadeiramente em Lamego.

 

6. Não é preciso muita publicidade nem grandes promoções. As festas estão na alma do povo.

A vida não é só o que se racionaliza. Como dizia sabiamente Xavier Zubiri, «o que vale na vida não são os dotes que se tem, mas o que sai do coração».

 

7. O coração de Lamego quase rebenta de emoção durante as festas. É fundamental, contudo, que o clima de fraternidade perdure e o espírito de amizade se estenda ao resto do ano.

Temos de pedir à Senhora, quando por todos passar no próximo dia 8, que dulcifique os nossos sentidos e serene os nossos impulsos.

 

8. A Senhora dos Remédios é também — e com enorme propriedade — a Senhora da Paz.

Uma cidade em festa tem de permanecer uma cidade em paz. Alguém contestará que a paz é a melhor festa?

 

9. Urge optimizar a dimensão transfiguradora da festa…para lá dos dias da festa. Aprendamos, então, a estender a mão, a saudar o irmão, a derreter o gelo, a restaurar a confiança.

A Senhora dos Remédios vela pela sua cidade todo o ano. Porque é que a cidade não há-de aplicar os remédios da Senhora a vida inteira?

 

10. Aquela imagem, que tanto nos diz, não é para trazer apenas nas nossas ruas. É para trazer sobretudo nos nossos corações. Na procissão, vamos todos, atrás dela, na mesma direcção. Porque é que não havemos de ir, com ela, à procura de um mesmo rumo?

A cidade está em festa. Que a cidade fique em paz.Festas felizes. Festas com paz. Festas com Deus. E com a Mãe!

publicado por Theosfera às 10:53

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