O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Quarta-feira, 30 de Setembro de 2015

Hoje, 30 de Setembro, é dia de S. Sofrónio Aurélio Jerónimo, S. Conrado d'Ulbach, S. Frederico Albert e das mártires Sta. Sofia, Sta. Fé, Sta. Esperança e Sta. Caridade. Refira-se que faz também 118 anos de faleceu Sta. Teresinha do Menino Jesus e da Santa Face.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Terça-feira, 29 de Setembro de 2015

 

  1. O dinheiro está presente em quase tudo e é exigido a quase todos. É um «ditador», um «ditador» global.

Ele nasceu para ser servo. Mas, com o tempo, foi-se transformando em senhor, em poderoso senhor.

 

  1. Em vez de serem as pessoas a estar à frente do dinheiro, acaba por ser o dinheiro a estar à frente das pessoas.

Ele tiraniza quem o não tem. E domina completamente quem o possui.

 

  1. Quem não tem dinheiro não descansa porque precisa dele. Quem tem muito dinheiro não consegue repousar porque nunca se satisfaz com ele.

Não sobrevivemos sem dinheiro. Mas consta que também não vivemos muito bem só com dinheiro. Quem mais o possui, mais possuído é por ele.

 

  1. O «glamour» do dinheiro parece grande, mas os pesadelos provocados pelo dinheiro são muito maiores.

O dinheiro não tem rosto e não tem coração — oh! se tivesse coração! —, mas tem poder, muito poder. Trata-se de um poder arbitrário e, ainda por cima, não-eleito.

 

  1. Como enfrentar esta «ditadura» global»? É imperioso que as democracias acordem e que os cidadãos se mobilizem.

Há que alterar a relação com o dinheiro. E há que ir encontrando alternativas ao dinheiro.

 

  1. É necessário que diminua o poder do dinheiro sobre as pessoas. E que aumente o poder das pessoas sobre o dinheiro.

É urgente que o uso do dinheiro seja menos «centripetado» e mais «centrifugado». Ele tem de estacionar menos em alguns para que circule mais entre todos.

 

  1. Concretizando, porque é que, além do «salário mínimo», não se pensa na criação de um «salário máximo»?

O supérfluo de alguns é tão obsceno que chega a ser ofensivo para tantos.

 

  1. Estamos numa época em que sabemos o preço de tudo e o valor de nada. Será impossível construir um mundo onde dar valor seja mais importante que pôr um preço?

Pela gratuidade também há-de passar o futuro da humanidade. Habituemo-nos, pois, a fazer sem estar sempre à espera de receber.

 

  1. Para que tudo possa mudar, o nosso voto não contará muito. Mesmo assim, cumpramos o nosso dever.

Se cada um de nós fizer aquilo que deve, estaremos todos em (melhores) condições para reclamar que outros façam aquilo que podem. O dever também é poder!

publicado por Theosfera às 11:01

Muitos são os lusos problemas. Mas, por estes dias, muitas parecem ser as lusas soluções.

Com tanta fartura de propostas, por onde ir?

Já Francisco Manuel de Melo perguntava: «Qual destes caminhos leva a gente ao povoado?»

A nossa hora, a hora de decidirmos, aproxima-se!

publicado por Theosfera às 09:36

Hoje, 29 de Setembro, é dia de S. Miguel, S. Gabriel, S. Rafael e Nicolau de Forca Palena.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:06

Segunda-feira, 28 de Setembro de 2015

Não é fácil governar. É por isso que o povo já não espera o máximo de quem governa.

Limita-se a esperar o mínimo. E o mínimo que o povo espera é que não lhe compliquem mais uma vida que já é bastante complicada.

Cícero achava que a preocupação dos líderes devia ser que os que, por eles, são governados «fossem tão felizes quanto possível».

Mas creio que o povo já nem aspira a tanto. Só deseja que não agravem mais a infelicidade!

publicado por Theosfera às 09:16

Hoje, 28 de Setembro, é dia de S. Venceslau e S. Lourenço Ruiz.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Domingo, 27 de Setembro de 2015

Obrigado, Senhor, pela Tua presença,

pela Tua Palavra

e pelo Teu Pão.

 

Obrigado por estares nos mais pequenos

e por nos convidares à simplicidade.

 

É na humildade dos simples

que nos esperas e interpelas.

 

Que nós sejamos como as crianças.

Que, como as crianças,

tenhamos um coração puro e manso.

 

Senhor, que nunca percamos a mansidão.

Que saibamos dar as mãos

e oferecer o nosso coração.

 

Com a Tua e nossa Mãe,

queremos aprender a caminhar

e a louvar-Te por quanto nos dás.

 

Que a nossa vida seja uma resposta

à Tua proposta de amor

e ao Teu projecto de Paz,

JESUS!

 

publicado por Theosfera às 10:58

Dia Mundial da Caridade. Foi já no dia 5 de Setembro.

Mas alguém se lembrou da caridade nesse dia? Alguém se lembra na caridade neste dia?

Será que entendemos a caridade? Será que procuramos viver a caridade?

Comecemos agora. Ontem, já era tarde.

A caridade, diz S. Paulo, nunca acabará (cf. 1Cor 13, 13). Mesmo que muitos queiram acabar com ela!

publicado por Theosfera às 08:22

Neste Dia Mundial do Turismo, uma saudação a todos os turistas, a todos os que podem fazer turismo.

É uma actividade aliciante, apaixonante e sumamente enriquecedora. Mas tem de ser bem feita.

É importante pensar nos direitos dos turistas. Mas é necessário que não se esqueçam os deveres dos turistas.

Ultimamente, tem-se notado alguma ligeireza nos espaços sagrados.

Há uma tendência para interromper celebrações, enchendo o ambiente de ruído e de perturbação.

Não é por mal, mas não é bem.

Eis um dia oportuno para reflectir. A Casa de Deus é para todos, mas não pode ser para tudo!

publicado por Theosfera às 08:15

Dizia Cervantes: «Pouca ou nenhuma vez se realiza com a ambição coisa que não prejudique terceiros».

Verdade.

Urge trocar, pois, a volúpia da ambição pelo sentido de missão!

publicado por Theosfera às 08:03

A. A Igreja não é um clube nem um partido

  1. O Evangelho diz que a porta é estreita (cf. Mt 7, 14), mas não diz que esteja fechada. Pelo contrário, a Bíblia garante que a porta da fé está sempre aberta (cf. Act 14, 27). E não está aberta só para alguns; a porta da fé está aberta para todos. Jesus é o caminho que nos conduz até essa porta e é chave que nos permite abrir essa porta. É por isso que não podemos fechar o que Jesus abriu.

Jesus fundou uma Igreja, não fundou um clube ou um partido. A Sua casa não é só para alguns; é para todos. Todos têm lugar na Igreja. As suas dimensões são as dimensões do universo. A Igreja não é para tudo, mas é para todos: é para todos os que queiram entrar. Isto implica, desde logo, que os cristãos não podem fechar o que Jesus abriu nem afastar os que Jesus chamou.

 

  1. Neste Domingo, a Primeira Leitura ensina que o Espírito de Deus sopra onde quer — e sobre quem quer — não estando limitado por obstáculos de qualquer espécie: nem por interesses pessoais nem por privilégios de grupo. É por isso que o verdadeiro crente é aquele que, como Moisés, reconhece a presença de Deus nos gestos proféticos que vê acontecer à sua volta. No Evangelho temos uma instrução na qual Jesus procura ajudar os discípulos a situarem-se no espírito do Reino. Nesse sentido, convida-os a constituírem uma comunidade que, sem arrogância, procure acolher e apoiar todos aqueles que trabalham em favor dos outros.

Por sua vez, a Segunda Leitura incita os cristãos a não colocarem a sua confiança e a sua esperança nos bens materiais, pois são valores transitórios, incapazes de assegurar a vida plena para o homem. Mais: as injustiças cometidas por quem só vive dos e para os bens materiais afastá-lo-ão da comunidade dos eleitos de Deus.

 

B. Largos, mas não obesos

 

3. No fundo, Jesus quer curar-nos da «obesidade espiritual», que tantas vezes nos afecta. Ele quer que sejamos largos, mas não obesos. Jesus quer que sejamos largos em relação aos outros e não largos na acumulação de coisas em nós. A largueza de Jesus não nos faz pesados; pelo contrário, torna-nos leves, com uma leveza que nos faz ir, sem demora, ao encontro dos nossos irmãos.

É por isso que Jesus insiste na necessidade de a comunidade cristã ser uma comunidade aberta, acolhedora, tolerante, capaz de aceitar como sinais de Deus o que de bom que acontece neste mundo. Sim, porque neste mundo não acontece só (o) mal. Neste mundo, também acontece muito bem. O bem não é um exclusivo nosso; o bem é mais extenso — e muito mais intenso — do que pensamos. Aliás, por definição, o bem é, em si mesmo, difusivo: alastra, inunda e (saudavelmente) contagia.

 

  1. S. João, investido em porta-voz dos Doze, queixa-se de ter encontrado alguém a «expulsar demónios» em nome de Jesus, embora não pertencesse ao grupo dos discípulos (cf. Mc 9, 37). Para ele, isso era um abuso. Achava ele que Jesus era um exclusivo deles.

Jesus, porém, não se revê em tal sentimento e em semelhante atitude. A posição dos discípulos mostra, antes de mais, arrogância, sectarismo, intransigência, e intolerância Mostra ciúmes e revela um espírito fechado ao ponto de pretender monopolizar Jesus. Pensavam eles que Jesus era (só) deles. No fundo, julgavam que quem quisesse seguir Jesus tinha de lhes pedir autorização, tinha de se submeter a eles. Ou seja, por detrás desta reacção existe uma grande preocupação com projectos de poder e com sonhos de grandeza.

 

C. Não são os lábios que demonstram a nossa fé

 

5. Onde há poder, há inevitavelmente desconfiança. Quanto menos gente envolvida, melhor. Pois se são muitos os implicados, o poder de cada um será pequeno.

Recorde-se que, pouco tempo antes, os próprios discípulos tinham estado a discutir entre eles sobre qual seria o maior e sobre quem iria ocupar os lugares mais importantes no Reino que, com Jesus, ia nascer (cf. Mc 9,33-37). Desta vez, eles estão ansiosos e aflitos, porque apareceu alguém de fora do grupo que pretendia actuar em nome de Jesus e que poderia, num futuro próximo, disputar-lhes os lugares importantes na estrutura do Reino.

 

  1. É bom que pensemos que, ainda hoje, pode subsistir esta visão sectária, estreita, excludente. Não falta quem dê a entender que o seu grupo ou o seu movimento é que está na verdade. Não falta quem pressione os outros, alegando que, fora deles, é só engano e perdição. Não falta até quem insinue que, longe deles, não é possível seguir Jesus. Julgam-se os puros, os eleitos, os únicos. Antes deles, estava tudo errado; fora deles, nada está certo.

Jesus previne-nos e deixa o alerta. Para Jesus, não devemos impedir ninguém de fazer o bem. Onde está o bem, aí está Jesus. E, depois, não basta haver «cristãos de língua». Importante é que todos sejamos «cristãos de vida». É fácil ser um «cristão de língua». É fundamental ser um «cristão de vida». É pela vida, e não pela língua, que mostramos ser cristãos.

 

D. «Cristificar» e não apenas «cristianizar»

 

7. É bom que a mensagem de Jesus esteja nos nossos lábios, mas é (muito) melhor que a mensagem de Jesus nunca deixe de estar na nossa vida. E pode até suceder que haja «cristãos de vida» que não sejam sequer «cristãos de língua». Será legítimo afastá-los? Jesus diz claramente que «quem não é contra nós é a nosso favor»(Mc 9, 40). É fundamental que nos habituemos mais a construir pontes do que a erguer muros.

Há, porém, um grande — um enorme — trabalho pela frente. Não basta que nos «cristianizemos»; é urgente que nos «cristifiquemos». Concretizando, isto significa que ser cristão não é apenas fazer parte do Cristianismo; ser cristão é, antes de mais e acima de tudo, pertencer a Cristo, procurando imitar Cristo e tentando ser como Cristo.

 

  1. Jesus aparece-nos a instar com os discípulos para que ultrapassem uma visão sectária e egoísta da missão. Segundo Ele, quem luta pela justiça e faz o bem pelos outros está ao lado de Jesus ainda que, formalmente, não esteja formalmente dentro da estrutura da Igreja. E, às vezes, há momentos em que estar fora — e ajudar os que estão fora — é a melhor maneira de estar dentro. É que o mesmo Jesus, que está cá dentro, também está lá fora.

Que não nos aconteça o que aconteceu à mulher da parábola de Antonhy de Mello. Era uma mulher tão piedosa que fazia questão de não só ir todos os dias à igreja como de ser a primeira a chegar à igreja. Um dia, em que acordou mais tarde, levantou-se a correr e a correr foi pelos caminhos da aldeia não olhando para ninguém e não dirigindo a palavra a ninguém. Sucedeu que, ao chegar à igreja, esta estava fechada. À porta, encontrava-se uma inscrição que dizia apenas isto: «Estou lá fora!»

 

E. Jesus também está (lá) fora

 

9. Sim, Jesus também está lá fora. É por isso que o fim da Missa é o começo da Missão. Quando a Missa termina, a Missão começa ou recomeça. A Missa leva-nos a sair para ir ao encontro dos que estão lá fora. Naqueles que vamos encontrando reencontramos o próprio Jesus. Afinal, também entramos quando saímos. As fronteiras da Igreja não são as paredes; é o universo.

Daí que seja importante que nos acostumemos a ir ao encontro de Jesus no sacrário e também na rua. Jesus está à nossa espera quando subimos as escadas da igreja e vem ao nosso encontro quando descemos a escadas que nos conduzem à rua.

 

  1. É neste mesmo sentido que Jesus dá indicações sobre as atitudes a assumir para acolher todas as pessoas. Nestes «ditos», são usadas imagens fortes e muito expressivas. O primeiro destes «ditos» é um aviso àqueles que «escandalizam» os «pequeninos» (cf. Mc 9, 42). Os «pequeninos» de que Jesus fala são aqueles que estão numa situação de debilidade e necessidade. Assim, os membros da igreja devem evitar toda e qualquer atitude que possa afastar alguém de Jesus e do caminho que Ele veio propor. O segundo «dito» de Jesus (cf. Mc 9, 43-48) refere-se ao imperativo de arrancar da própria vida todos os sentimentos que são incompatíveis com a opção por Cristo. Cortar a mão e o pé (que são os órgãos da acção) ou arrancar o olho (que é o órgão que dá entrada aos desejos) significa romper com o mal a partir da sua raiz.

São estas nossas opções que interferem no nosso destino, figurado na «Geena» (cf. Mc 9, 45-48). «Geena» vem do hebraico «Ge Hinnon» («vale do Hinnon». Refere-se a um vale situado a sudoeste de Jerusalém, onde eram enterrados os mortos e onde, dia e noite, era queimado o lixo produzido pelos habitantes da cidade. Era visto, portanto, como um lugar maldito e impuro, que convinha evitar. Jesus usa a imagem deste vale para falar de uma vida perdida, frustrada, sem sentido. Quem não for capaz de cortar com o egoísmo e o orgulho autocondena-se a uma vida sem sentido. Só em Cristo é que nunca nos perderemos. Nunca nos perderemos quando nos perdemos em Cristo!

publicado por Theosfera às 07:07

Hoje, 27 de Setembro (26 º Domingo do Tempo Comum e Dia Mundial do Turismo), é dia de S. Vicente de Paulo, Sto. Adulfo e S. João (mártires) e S. Dermot O´Hurghen e seus Companheiros Mártires.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:03

Sábado, 26 de Setembro de 2015

Quem está livre de uma ilusão? Até os maiores intelectuais estão cheios de ilusões.

Veja-se o caso de Descartes, no seu famoso «Discurso do Método».

Dizia ele: «O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm»!

publicado por Theosfera às 11:18

Carlos Alberto Machado poetou, confessando-se: «Tomei a decisão de não morrer».

De pouco adianta, porém.

Ainda que tomemos a decisão de recusar o encontro com a morte, a morte pode ter outra opinião. E neste «combate» entre cada um de nós e a morte, já se sabe o desfecho. Só não se sabe a data.

Mas há um fundo de verdade na decisão vertida pelo poeta. Nós nascemos mesmo para a vida. E nem a morte lhe põe fim.

Deus abre-nos todas as portas. Para Ele, é possível continuar a viver. Mesmo depois de morrer!

publicado por Theosfera às 09:00

O sol ainda brilha, ainda aquece. Mas os sinais de Outono já abundam.

Há um certo encolhimento por fora que convida a um profundo recolhimento por dentro.

Como bem sentenciou Nietzsche, «o Outono é mais estação da alma do que da natureza».

É uma estação em que a natureza convida ao rejuvenescimento da alma!

publicado por Theosfera às 08:20

O problema não é tudo poder estar errado.

O problema é nem sempre sermos capazes de perceber que tudo está certo.

A falta de entendimento releva desta estrutural incapacidade.

Como reparou Fernando Pessoa, «ninguém entende ninguém; tudo é interstício e acaso, mas está tudo certo».

Nem tudo será interstício ou acaso, mas um dia veremos que tudo (ou quase) acaba por estar certo!

publicado por Theosfera às 08:13

Hoje, 26 de Setembro, é dia de S. Cosme, S. Damião, Sto. Eleázar, Sta, Delfina, S. Cipriano, Sta. Justina, Sta. Maria Vitória Teresa Courdec e S. Gaspar Stangassinger.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Sexta-feira, 25 de Setembro de 2015

Na vida, quem não cai? Os caídos também chegam.

De queda em queda, também se caminha.

Até os mais velozes têm de «encostar à boxe» de vez em quando.

Como notou Freud, «de erro em erro, vai-se descobrindo toda a verdade».

Não é tanto o erro que vai ao encontro da verdade. É a verdade que vem, incansavelmente, em socorro de quem erra.

Quando menos se espera, acende-se a luz!

publicado por Theosfera às 19:29

Nem tudo a morte mata.

Muitas vezes, são os mortos quem mais junta os vivos.

Lembrando os que vão partindo, vamo-nos entreajudando no que resta da vida, no que resta no caminho para a plenitude da vida!

publicado por Theosfera às 16:16

Hoje, 25 de Setembro, é dia de S. Firmino, Sto. Hermano, S. João Baptista Mazzuconi e Sta. Josefa Vaal.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:15

Quinta-feira, 24 de Setembro de 2015

Somos muitos ao mesmo tempo ou com pouco tempo de diferença.

Fernando Pessoa teve a sagacidade de perceber a multiplicidade de «eus» que habitam na mesma pessoa.

Pela nossa parte, achamos que somos inteiros, mesmo quando nos mostramos partidos.

Somos uns pela manhã, outros pelo cair da noite ou à entrada da madrugada. Somos capazes do maior aprumo e dos maiores dislates.

Conseguimos gestos de grande dignidade e atitudes de assustadora torpeza.

Tanto damos as mãos ao nosso próximo em sinal de solidariedade como mandamos rastejar o nosso semelhante em nome de supostas praxes.

Acontece que, em tempos, sabíamos distinguir o bem do mal. Agora parece-nos tudo igual, tudo normal.

É por isso que nos abeiramos mais do psicólogo que do sacerdote.

No primeiro procuramos ajuda porque nem sempre obtemos o que queremos.

Do segundo esperamos auxílio quando notamos que não fazemos o que devemos.

Mas, para isso, é preciso ver, é fundamental saber ver!

publicado por Theosfera às 21:33

As pessoas, hoje em dia, vivem muito voltadas sobre si: sobre o seu presente, sobre o seu futuro.

O pêndulo da existência oscila, muito facilmente, entre as ilusões e as depressões.

Deseja-se muito e consegue-se pouco. O ser humano não está bem.

Na procura de uma cura para tantas feridas acumuladas, batem a todas as portas.

Um psiquiatra de renome entende que muitas questões de saúde mental são sobretudo profundas questões existenciais.

Afinal, as pessoas precisam mais de apoio espiritual do que de terapias psíquicas.

Pedro Afonso acha que «muitos pedidos de ajuda que são dirigidos ao psiquiatra seriam mais bem direccionados a um sacerdote».

No fundo, as pessoas precisam de quem as oiça.

E, de uma maneira ou de outra, andam afanosamente à procura d'Aquele que já mora dentro delas!

publicado por Theosfera às 10:32

Nascer é começar não só a viver, mas também a morrer.

É uma trivialidade, mas é também uma verdade: o maior requisito para morrer é nascer.

É aí que se inicia um caminho que conduz à morte. I

sto não nos deve deprimir, porém. Deve-nos, sim, alertar e mobilizar.

Kafka sentia-se «não apenas condenado a morrer, mas também condenado a lutar até morrer».

Eu diria que somos chamados a viver até morrer. E, à luz da fé, estamos convidados a viver até para lá da morte.

No fundo, esta viagem é curta e muito rápida. Ao contrário das outras viagens, não somos nós que vamos ao encontro da meta; é a meta que vem ao nosso encontro.

É ao nascer que começamos a morrer. É ao morrer que acabamos (definitivamente) de nascer. Para a vida que não tem fim!

publicado por Theosfera às 10:12

Hoje, 24 de Setembro, é dia de Nossa Senhora das Mercês, S. Constâncio, Sto. Andóquio, Sto. Tirso, S. Félix, Sta. Colomba Joana Gabriel e S. Vicente Maria Strambi.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Quarta-feira, 23 de Setembro de 2015

Para a antiga sabedoria persa, há sobretudo dois géneros de fraqueza: «calar quando é preciso falar e falar quando é preciso calar».

De facto, se há palavras que ferem, também há silêncios que agridem.

Na hora da verdade, na hora em que mais precisamos, há palavras que se escondem e ausências que se notam.

Sinal de sabedoria é falar quando é importante e calar quando é necessário.

E indicador de justiça é falar quando é mais cómodo calar e calar quando seria mais proveitoso falar!

publicado por Theosfera às 09:56

Sempre muito perspicaz na sua analítica, Alexis de Tocqueville notava que, «em política, a comunhão de ódios é, quase sempre, a base das amizades».

Isto significa que amigos serão os inimigos dos inimigos.

Infelizmente, não será só na política que se gera este género de «amizade»

Mas isto será amizade?

publicado por Theosfera às 09:50

Hoje, 23 de Setembro, é dia de S. Lino, Sta. Tecla, S. Constâncio, S. Pio de Pietrelcina e Mártires Mexicanos.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Terça-feira, 22 de Setembro de 2015

Como bem notou Frank Vibert, quem decide a vida dos povos não são os eleitos («elected»).; são, cada vez mais, os não-eleitos («unelected»).

Acresce que estes não-eleitos nem sequer vivem no meio do povo.

Pelo contrário, parecem pairar, insensíveis, à margem dos dramas do povo!

publicado por Theosfera às 10:21

Hoje, 22 de Setembro, é dia de S. Félix IV, Sta. Catarina de Génova, S. Maurício e Sto. Exupério e seus Companheiros mártires.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:35

Segunda-feira, 21 de Setembro de 2015

O povo dispensa bem certos exercícios de ilusionismo.

O povo só precisa de transparência.

Mostrem-nos, pois, a realidade como ela é. E apresentem-nos a realidade como pode vir a ser.

Enfim, digam-nos a verdade no presente e não nos escondam a verdade sobre o futuro.

Tão simples. Tão difícil?

publicado por Theosfera às 09:41

Em tudo existe realidade e possibilidade.

Como reconheceu Teixeira de Pascoaes, «as coisas são possibilidades realizadas contendo inúmeras possibilidades realizáveis».

Há que não desistir de (tentar) chegar sempre mais longe. O infinito espera por nós!

publicado por Theosfera às 09:37

A caminho do local de trabalho, eis que os olhos voltam a deparar-se com gente nova.

Pela indumentária de uns, parece que iam a caminho de alguma piscina.

Pelos adereços de outros, dava a impressão de que estavam a chegar a alguma discoteca.

É bom ver gente descontraída no início do ano lectivo.

Mas, atenção, a escola não é um espaço lúdico. A escola é mesmo um tempo de trabalho. É nela que o futuro germina.

A colheita será tanto mais saborosa no último dia quanto o trabalho for mais intenso desde o primeiro dia.

Já não estamos em férias, nem sequer em férias de férias.

Agora começou o trabalho. Bom trabalho para todos!

publicado por Theosfera às 09:31

Hoje, 21 de Setembro, é dia de S. Mateus e S. Castor.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Domingo, 20 de Setembro de 2015

É importante aprender a distinguir o verdadeiro do óbvio.

Caso contrário, quando estivermos à espera do inevitável, acaba por nos aparecer o imprevisto!

publicado por Theosfera às 16:19

Obrigado, Senhor,

pela largueza do Teu coração.

 

Na Tua Casa, ao pé de Ti,

há lugar para todos.

 

Na Tua Casa, ao pé de Ti,

não há preferidos nem preteridos.

 

Todos têm um lugar,

todos são tratados pelo nome,

todos são acolhidos com delicadeza e alegria.

 

Junto de Ti, Senhor,

é sempre festa,

é sempre alegria, contentamento e paz.

 

Porquê, então, Senhor,

a inveja e o ciúme,

o ressentimento e o rancor?

 

Porque é que queremos tudo para nós?

Porque é que fazemos da Igreja um clube onde só alguns parecem ter lugar?

 

Que o nosso coração seja como o Teu

e como o de Tua (e nossa) Mãe.

 

Que no nosso coração,

haja lugar para todos,

especialmente para os pobres e os que sofrem.

 

Que na nossa língua só haja amor,

que no nosso olhar só haja paz,

que na nossa alma só haja esperança.

 

Que aquilo que celebramos cá dentro, no templo,

possa ser vivido lá fora, no tempo.

 

Nós já sabemos que podemos contar conTigo

hoje, amanhã e sempre,

JESUS!

publicado por Theosfera às 10:43

«De que lado está o...(nome de um jornal»)?

Assim pergunta, esta manhã, o provedor de um órgão de informação.

Toda a gente tem uma resposta para esta pergunta: sobre este e sobre outros jornais.

Nestas alturas, questiona-se sempre (e inevitavelmente) a isenção dos meios de comunicação social.

O leitor também tem direitos, pelo que não deve ser menorizado.

Ele não se limita a ler, a ouvir e a ver. Ele também tira as suas ilações.

Não há drama nenhum nisso. Até era bom que se assumisse às claras o que, muitas vezes, surge de forma quase encriptada.

O leitor agradece que esclareçam a sua mente. Mas espera que não tentem tapar-lhe os olhos!

publicado por Theosfera às 08:26

A. Porquê não dar descanso (também) à língua?

  1. É coisa estranha, mas muito frequente. Temos cuidado com todo o nosso corpo, menos com a língua. Procuramos dar descanso ao nosso organismo, excepto à língua. E nem sequer damos conta do mal que causamos com o abuso — e o mau uso — da língua. Daí vêm tantos mal-entendidos e tantas discórdias, desordens e acções perversas (cf. Tgo 3, 16). Tiago exorta-nos a ter cuidado com a língua (cf. Tgo 3,1-12). De seguida, refere-se à necessidade de os crentes rejeitarem a «sabedoria do mundo» e de acolherem a «sabedoria que vem do alto» (cf. Tgo 3,13-18). Finalmente, apresenta a origem das discórdias que envenenam a vida das comunidades cristãs (cf. Tgo 4,1-10).

 

  1. O objectivo de S. Tiago é, acima de tudo, purificar a existência cristã para que não se percam os valores que dimanam do Evangelho. Assim, na primeira parte do texto (cf. Tgo 3,16-18), adverte os crentes para que vivam de acordo com a «sabedoria de Deus».

A «sabedoria do mundo» gera inveja, contendas, falsidade (cf. Tgo 3,14), rivalidades, desordem e toda a espécie de más acções (cf. Tgo 3,16). Acaba por destruir a vida da própria pessoa e por impedir a comunhão entre os irmãos. Trata-se de uma «sabedoria» incompatível com as exigências do seguimento de Cristo. Mas não será que, muitas vezes, nos deixamos envolver por este género de comportamentos? Não será que, muitas vezes, nos consideramos «sábios» quando enganamos e prejudicamos os outros? Não será que, muitas vezes, reduzimos a sabedoria à arte de enganar, à astúcia e à esperteza?

 

B. O que denunciamos lá fora também se verifica cá dentro

 

3. Pelo contrário, a «sabedoria de Deus» é «pura, pacífica, compreensiva e generosa, cheia de misericórdia e boas obras, imparcial e sem hipocrisia»(Tgo 3,17).

Trata-se, portanto, de sete «qualidades» da «sabedoria». Tendo em conta que o número sete significa «perfeição», «plenitude», S. Tiago está a propor aos seus destinatários um caminho de perfeição, de realização total, de vida plena. O corolário desta sabedoria é a justiça e a paz, duas grandes carências no nosso mundo e, nessa medida, duas enormes urgências para o nosso tempo. Sem justiça não há paz e sem paz não há justiça. A justiça e a paz são filhas uma da outra. S. Tiago proclama que «a justiça é um fruto produzido na paz»(Tgo 3, 18). E o Concílio Vaticano II assegura que «a paz é obra da justiça».

 

  1. Neste sentido, se o cristão quer viver na paz e na justiça, deve acolher a «sabedoria de Deus» em cada passo da sua existência. É por isso que, em contraponto, S. Tiago analisa as causas das situações de conflito e de discórdia que se notam em muitas das comunidades cristãs. No fundo, tudo resulta do facto de os cristãos nem sempre incorporarem a proposta de Jesus Cristo na sua vida. Em vez de fazerem da sua vida um acto de amor pelos irmãos, há cristãos que ainda vivem entricheirados no seu egoísmo e no seu orgulho. E, deste modo, não só não fazem o bem como ainda fazem o mal.

Era bom que todos nós, cristãos, fizéssemos um sério exame de consciência a este respeito. Muitas vezes, as nossas comunidades, as nossas organizações e os nossos movimentos pouco se distinguem das outras instituições. Afinal, o que denunciamos lá fora também se verifica cá dentro. Também dentro da Igreja, com efeito, há facções, ataques, insinuações, agressões ao bom nome e à boa fama, etc.. O nosso coração parece dominado pela cobiça, pela inveja e pela vontade de se sobrepor aos outros.

 

C. Há quem não suporte o bem

 

5. Todas estas más «paixões»(Tgo 4, 1) corrompem a vida comunitária, despejando nela atitudes de luta, de inveja, de rivalidade, de ciúme, de arrogância, de ira. Onde está a diferença em relação ao mundo? Caso para perguntar: vivemos de acordo com a «sabedoria do mundo» ou com a «sabedoria de Deus»?

Até a nossa oração é afectada. S. Tiago avisa os cristãos: «Pedis mal porque o que pedis é para satisfazer as vossas paixões»(Tgo 4, 3). Como é que esta oração poderia ser escutada por Deus? Devemos pedir que se faça a vontade de Deus e não que se satisfaçam as nossas más «paixões». Uma coisa é certa: os pedidos egoístas não são nunca escutados por Deus.

 

  1. Esta tentação é, aliás, muito antiga e vem já denunciada no Livro da Sabedoria. Não falta, na verdade, quem deseje o mal dos outros, quem se alegre com o mal dos outros. Os «ímpios» de que fala o autor do nosso texto sagrado são, certamente, aqueles que levavam uma vida de corrupção e de imoralidade. São aqueles que, por causa disso, não suportavam a conduta recta dos que eram fiéis à Lei de Deus. Só a existência de alguém justo já é um incómodo. Daí a ameaça: «Armemos ciladas ao justo, que nos incomoda»(Sab 2, 12).

Há quem não suporte o bem. Há quem faça mal até àquele que só faz o bem. Enfim, há quem não suporte ser incomodado. E, nessa medida, há quem não olhe a meios para destruir os que incomodam. A vida dos «justos» é um constante incómodo por causa da sua fidelidade, por causa da sua rectidão. A coerência, a honestidade, a verticalidade e a fidelidade dos «justos» constituem um permanente espinho cravado na conduta imoral de tantos. Então gera-se a perseguição. Quando não há argumentos, abundam os insultos, as insinuações. Trata-se de algo que os justos de todas as épocas conhecem bem.

 

D. Também há «fumo» sem (qualquer) «fogo»

 

7. Infelizmente, há quem dê mais crédito às calúnias sem fundamento do que à vida limpa de tantas pessoas. O mal parece ter um «auditório» muito mais extenso que o bem. A mentira parece bem mais «popular» que a verdade. O problema é que, ao contrário do se diz, há tanto «fumo» sem «fogo». Muitas vezes, o «fogo» avisado por pretensos «fumos» só arde na cabeça e nos lábios de quem insinua, de quem difama, de quem calunia. Mas é assim que se devassam vidas e se atenta contra a integridade de pessoas sérias.

Estamos num tempo em que muitos são mais crédulos em relação à menor mentira do que em relação à maior verdade. É muito doloroso ser injustiçado. Como proceder? Será que a vida dos «justos» está, irremediavelmente, condenada ao fracasso? O importante não é o julgamento dos homens, mas o juízo de Deus. E Deus nunca abandona os que pelos homens são abandonados e espezinhados.

 

  1. Aliás, foi pelos homens que o próprio Jesus foi condenado e morto. Jesus tem plena consciência de que a Sua conduta iria conduzi-Lo à morte (cf. Mc 9, 31). Mas apõe logo uma ressalva: «Depois de morto, ressuscitará»(Mc 9, 31). Ou seja, a morte é certa, mas a vitória sobre a morte é ainda mais segura. Isto significa que Deus tem um pensamento diferente do pensamento dominante entre os homens. Deus desfaz — e refaz — o que, muitas vezes, os homens fazem. Deus corrige muitos dos nossos juízos e altera muitos dos nossos actos.

É por isso que Jesus Se mostra sereno mesmo diante da certeza da paixão e da morte. As palavras de Jesus denotam uma plácida aceitação desses factos que irão ocorrer num futuro próximo. Importante, para Jesus, é que a vontade do Pai Se cumpra. Jesus não Se afasta desse plano nem Se desvia desse caminho. A serenidade de Jesus vem-Lhe da total aceitação e da absoluta conformidade com os projectos do Pai.

 

E. Não abandonemos os abandonados

 

9. Entretanto, os discípulos mantêm-se num estranho silêncio diante deste anúncio. S. Marcos explica que eles não entendem a linguagem de Jesus tendo medo de O interrogar (cf. Mc 9, 32). Jesus é muito claro, mas o espírito dos Seus discípulos ainda está muito obscurecido. Em vez de se preocuparem com o seguimento do Mestre, discutem entre eles sobre qual seria «o maior» (cf. Mc 9, 34).

De facto, ainda não tinham entendido mesmo nada acerca de Jesus. Será que, dois mil anos depois, já entendemos? Será que já entendemos que, para Jesus, verdadeiramente grande é aquele que se faz pequeno? «Quem quiser ser o primeiro há-de ser o último de todos e o servo de todos»(Mc 9, 35)

 

  1. Jesus deita por terra qualquer pretensão de poder e mando. Ele olha para baixo, para quem está em baixo: para os simples, para os pequenos. Por isso, pega numa criança e ensina: «Quem acolher em Meu nome uma criança como esta acolhe-Me a Mim»(Mc 9, 37).

Jesus sempre Se identificou com os mais pequenos (cf. Mt 25, 40). É essa a nossa opção se quisermos efectivamente seguir Jesus: tomar partido pelos mais pequenos, lembrar aqueles que os grandes repetidamente esquecem. A atitude de Jesus não dá lugar a dúvidas. Quem quiser segui-Lo deve estar ao lado dos pequenos, dos pobres, dos marginalizados, daqueles que o mundo rejeita. É nos mais rejeitados que Jesus está mais presente. O que fizermos a eles é o que faremos a Ele!

publicado por Theosfera às 08:08

Hoje, 20 de Setembro (25º Domingo do Tempo Comum), é dia de Sto. André Kim Taegon, S. Paulo Chong Hassan e seus Companheiros mártires, Sto. Eustáquio e Sta. Teopista, e S. José María Yarres Pales.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 05:45

Sábado, 19 de Setembro de 2015

Todos sabemos o que é um claustro.

O que talvez não imaginássemos é que, no distante século VII, alguém chamou «claustro» a Maria.

Mas, de facto, foi assim que S. Sofrónio se referiu à Mãe de Deus. O seio de Maria é o «claustro de Deus».

Como em todos os claustros, há muita gente a passar. Como em todos os claustros, há um jardim no meio.

O jardim deste «claustro» é Jesus, o Evangelho de Jesus.

Maria deixa-nos ver Jesus. Deixa ver Deus em Jesus!

publicado por Theosfera às 09:09

Esta é uma altura em que muita gente vive em função do que se vê nas televisões, do que se ouve nas rádios e do que se lê nos jornais.

É normal. As propostas precisam de meios para chegar aos cidadãos.

Mas o natural seria a comunicação andar atrás da realidade, não a realidade andar atrás da comunicação.

Ou não deverá ser assim?

publicado por Theosfera às 08:26

É bom procurar. Mas também é necessário encontrar.

Sucede que muitos não percebem que encontram. Há quem não encontre nem se deixe encontrar.

Vergílio Ferreira notou: «O maior paradoxo não está em procurar sempre outra coisa, mas em procurar a mesma, depois de a ter encontrado»!

publicado por Theosfera às 08:23

Hoje, 19 de Setembro, é dia de S. Januário, Sto. Afonso de Orozco, Sta. Emília Rodat e S. Francisco Maria de Comporosso.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:44

Sexta-feira, 18 de Setembro de 2015

Quantos países há num país?

Há uma certa realidade que parece não passar de uma idealidade.

Há um país ora pintado a cor-de-rosa, ora tingido a negro, que explode na boca dos políticos e invade os ecrãs das televisões.

E, depois, há o país. Simplesmente o país: aquele que vivemos, aquele que sentimos, aquele que choramos, aquele que amamos.

Já António Sérgio reparou nesta fricção. E apontava uma solução.

Segundo ele, é preciso que «o país da realidade acabe com o país inventado nas secretarias».

Será impossível?

publicado por Theosfera às 10:10

Educar é cuidar, é preparar.

Educar é cuidar do presente e preparar o futuro.

Dizia Gabriel Celaya que «a educação é uma arma carregada de futuro».

Carregada de futuro, sem dúvida. Mas arma?

Não quero olhar para a educação como arma. Prefiro vê-la como ama.

A educação é uma ama. É uma ama que nos aleita em cada manhã. E que não pára de nos deleitar ao longo do(s) dia(s)!

publicado por Theosfera às 10:03

O povo diz que «quem espera sempre alcança». Mas também reconhece que «quem espera desespera».

Compreende-se. Espera-se para alcançar.

Quem não alcança é natural que comece a desesperar. Daí que Chico Buarque proclame que «quem espera não alcança».

De facto, quem só espera pode não alcançar. Mas quem nunca espera alguma vez alcançará?

O importante é não estiolar a vontade.

É possível que esperar muito canse. Mas, como notava Aquilino, «alcança quem não cansa». Ou alcançará aquele que, mesmo cansado, não desiste!

publicado por Theosfera às 09:55

A unidade não exige unanimidade.

A unidade não se faz entre iguais, mas entre diferentes. Até há quem ache que se pode fazer entre contrários.

Heráclito assegurava é «da discórdia que surge a mais bela harmonia».

Será? Há, pelo menos, que não desistir de tentar!

publicado por Theosfera às 09:48

Hoje, 18 de Setembro, é dia de S. José de Cupertino e S. João Masías.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Quinta-feira, 17 de Setembro de 2015

Na Europa, há 23 milhões de desempregados.

É muita gente. É muita dor. É muita injustiça.

Terá de ser uma fatalidade?

publicado por Theosfera às 10:56

 

  1. O constante fluxo de migrações e as crescentes vagas de refugiados têm comprovado que o mundo se tornou uma aldeia.

As pessoas deslocam-se sem dificuldade. Mas nem sempre se integram com facilidade.

 

  1. Na era da mobilidade, parece que estamos mais preparados para sair do que para chegar.

Deste modo, há quem se sinta duplamente estranho: no país de origem e no país de acolhimento.

 

  1. A experiência mostra — e demonstra cada vez mais — que a convivência humana não é fácil. Não é fácil a convivência com os de longe e não é fácil sequer conviver com os de perto.

E é assim que a violência doméstica se impõe como um dos (múltiplos) tentáculos desta escalada de violência global.

 

  1. Afinal, custa menos encurtar distâncias do que aproximar pessoas.

Neste mundo globalizado, estamos cada vez mais perto, mas nem por isso nos sentimos mais próximos.

 

  1. Uns não sabem acolher e outros não conseguem integrar-se.

Resultado. Em vez de uma mútua adaptação, ocorre a inevitável colisão.

 

  1. Há quem se adapte às leis do país em que vive. Mas também há quem queira impor os comportamentos da cultura donde provém.

Há quem não respeite e há quem não se sinta respeitado.

 

  1. Não falta quem chegue mais depressa aos confins da terra do que ao coração do vizinho.

Os antípodas parecem estar mais na rua da mesma terra do que do que no outro lado da terra.

 

8.Perante isto, temos de começar a pensar numa ética global e numa lei mundial.

Se os contactos se globalizam, porque é que não se hão-de globalizar os valores? Concretizando, se a violência se vai globalizando, como é que podemos desistir de globalizar a promoção da paz?

 

  1. Quando as diferenças afastam, tem de haver algo que nos faça reaproximar.

À ética, à religião, à lei e à política cabe um grande — e muito importante — papel.

 

  1. Um governo mundial, como alguns já alvitram, parece-me impraticável para já. Mas uma ética comum e uma legislação planetária têm de ser seriamente ponderadas.

O maior problema vai ser convencer populações e governantes locais. Mas há caminhos que não podem deixar de ser percorridos. Às vezes, o mais difícil é começar.

 

publicado por Theosfera às 10:33

Hoje, 17 de Setembro, é dia de S. Roberto Belarmino, Sta. Hildegarda, Sto. Alberto de Jerusalém e Impressão das Chagas de S. Francisco.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Quarta-feira, 16 de Setembro de 2015

Os ventos do futuro também sopraram no passado.

Faz sempre bem corrigir trajectórias já andadas. Mas é necessário que não se bloqueiem caminhos há tanto tempo percorridos.

Será que o que teve validade deixou de ter valor?

O passado estará necessariamente ultrapassado?

O mais recente será obrigatoriamente melhor que o mais antigo?

Os tempos, de facto, são diferentes. Mas Jesus Cristo não é sempre o mesmo (cf. Heb 13, 8)?

publicado por Theosfera às 22:50

Precisamos de motivos para ter esperança?

Eu diria que devemos ter esperança mesmo que não haja motivos.

Seamus Heaney apercebeu-se de que «a história não nos diz para ter esperança».

Como proceder então? Pedir à justiça que no-la faça chegar.

«Uma vez vez na vida, a maré alta da justiça se levanta e põe a esperança e a história na mesma rima».

Enquanto houver um vislumbre de justiça, a esperança não se ausentará dos nossos (sombrios) dias!

publicado por Theosfera às 10:56

A inteligência começa com a aproximação à realidade e culmina com a entrada na realidade.

Para aprender, não basta, portanto, apreender; é necessário entender.

E, para tal, é imperioso entrar no interior da realidade.

Como bem disse o Padre António Vieira, «para aprender não basta só ouvir por fora; é necessário entender por dentro».

É de dentro que tudo vem. É (sobretudo) por dentro que tudo é!

publicado por Theosfera às 10:48

Hoje, 16 de Setembro, é dia de S. Cornélio e S. Cipriano.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Terça-feira, 15 de Setembro de 2015

Gostamos de respostas para as perguntas. Mas precisamos cada vez mais de perguntas para tantas (pretensas) respostas.

Não raramente, ficamos mais confusos com as respostas do que com as perguntas.

Eugène Ionesco confessou: «Não é a resposta que nos ilumina, mas sim a pergunta».

A resposta só ilumina após a pergunta, após a busca que se segue à pergunta!

publicado por Theosfera às 09:43

«Se queres ir depressa vai sozinho; se queres ir longe vai com companhia».

Eis uma preciosa recomendação que vem, em forma de provérbio, do continente africano.

Às vezes, pela ausência de companhia, parece que se anda depressa. Mas não há dúvida de que «é devagar que se vai ao longe»!

publicado por Theosfera às 09:12

Hoje, 15 de Setembro, é dia de Nossa Senhora das Dores, S. Rolando e S. Paulo Manna.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:42

Segunda-feira, 14 de Setembro de 2015

Há já 2500 anos que Péricles achava que todos nós somos capazes de julgar a política, mas só alguns parecem ser capazes de criar uma política.

Hoje em dia, todos continuam a mostrar pretensas capacidades para julgar políticas.

Mas quem se mostra capaz de criar uma política que infunda esperança?

publicado por Theosfera às 09:32

O mundo tornou-se não apenas um lugar perigoso, mas também um cenário de contornos labirínticos.

Os problemas que nele ocorrem são de complexa decifração e de difícil superação.

O que se passa na Síria deixa-nos impotentes não só na acção, mas também (e desde logo) na compreensão.

Há tantas guerras no mundo, mas não é habitual haver tantos refugiados.

É que, normalmente, a população sente-se defendida por um dos contendores.

Neste caso, não é isso o que sucede. O regime da Síria persegue as pessoas, mas os seus inimigos também não as protegem. Pelo contrário, as milícias e os fundamentalistas que combatem Bashar al-Assad não se destacam pela protecção que dão às populações.

É por isso que a humanidade tem de intervir. Como? Ficando ao lado das vítimas.

É o mínimo. E ficar ao lado das vítimas não passa somente pelo acolhimento.

Já dizia Shakespeare que «não basta soerguer os fracos; devemos também ampará-los».

Chegou o momento. A Síria fica longe, mas os perseguidos na Síria vão batendo à nossa porta!

publicado por Theosfera às 09:24

Hoje, 14 de Setembro, é dia da Exaltação da Sta. Cruz e de S. Materno.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

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