O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Domingo, 02 de Agosto de 2015

Eu Te bendigo, Senhor
com a fragilidade do meu ser
e a debilidade das minhas palavras,
por tantas maravilhas e por tanto amor que semeias no coração de cada homem.



Eu Te bendigo, Senhor
pela simplicidade da Tua presença
e pelo despojamento do Teu estar.



Obrigado é pouco para agradecer,
mas é tudo o que temos para Te bendizer.



Obrigado, pois,
por seres Pão e Paz,
na Missa que celebramos
e na Missão a que nos entregamos.



Obrigado por seres Pão e Paz
num mundo dilacerado pela fome e martirizado pela guerra.



Fome de Ti sempre!
Fome de Pão nunca!



Que o pão nunca falte nas mesas
e que a paz nunca se extinga nos corações.



Que jamais esqueçamos, por isso,
que a Eucaristia nunca termina.



Que possamos compreender que o "ide em paz"
não é despedida, mas envio.



Queremos trazer-Te connosco,
queremos ser sacrários vivos onde todos Te possam encontrar e reconhecer.



Obrigado, Senhor,
por seres Pão e Paz.



Obrigado por nunca faltares à Tua promessa.
Prometeste ficar connosco e connosco estás.

Sacia a nossa sede de verdade e de justiça.

Pedimos-Te pelos mais pequenos, pelos mais pobres e pelos mais desfavorecidos,
pelos mais sacrificados e por aqueles a quem exigem sempre mais sacrifícios.


Ensina-nos, Senhor,
a sermos mais humanos e fraternos.



Que com Maria, Tua e nossa Mãe,
aprendamos a ser Eucaristia para o mundo.



Obrigado, Senhor, por vires sempre connosco.
Leva-nos sempre conTigo,
Conduz-nos sempre para Ti,
para Ti que és a Paz,
JESUS!

publicado por Theosfera às 11:23

Se não quer ter problemas, não diga nada, não faça nada.

Se não quiser ser incomodado, não ande para a frente, não ande para trás.

Mia Couto, com muita subtileza, reparou: «A melhor maneira de fugir é ficar parado; é deixar de ter dimensão, é converter-se em areia no deserto».

Mas esse será o maior problema, quiçá o único problema.

Fugir dos problemas não será o magno problema de muitas vidas?

publicado por Theosfera às 07:58

A. A Palavra está unida ao Pão

  1. De novo, o Pão. Depois do milagre, a explicação. Afinal, ontem como hoje, o Pão está unido à Palavra. É que «nem só de pão vive o homem; mas de toda a palavra que sai da boca de Deus»(Mt 4, 4). A Palavra também alimenta e o Pão também ensina. É por isso que, já em Jesus, notamos que a Liturgia da Palavra é inseparável da Liturgia Eucarística.

Este 18º Domingo do Tempo Comum repete, no essencial, a mensagem do passado Domingo. Assegura-nos que Deus está empenhado em oferecer ao Seu povo o alimento que dá a vida eterna.

 

  1. Assim, a Primeira Leitura faz-se eco da preocupação de Deus em proporcionar ao Seu povo o alimento para a vida. No entanto, a intervenção de Deus não se limita a satisfazer a fome biológica. Pretende também — e acima de tudo — ajudar o Povo a crescer, a amadurecer, a superar mentalidades estreitas e egoístas, a sair do seu egocentrismo colectivo e a tomar consciência de outros valores.

No Evangelho, Jesus vai mais longe. Não só oferece alimentos como Ele mesmo Se apresenta como o alimento. Jesus é, verdadeiramente, pão: o Pão da vida, o Pão para a (nossa) vida. Aos que O seguem, Jesus pede que O aceitem como Pão, isto é, que escutem a Sua mensagem e adiram à Sua proposta. Como corolário, a Segunda Leitura certifica-nos de que a adesão a Jesus implica deixar de ser homem velho para passar a ser homem novo. Aquele que acolhe Jesus como Pão passa a ser outra pessoa, passa a ter nova vida. O encontro com Cristo deve significar, para todos, uma mudança total. Nada pode ser como dantes.

 

B. O «outro lado» da realidade

 

3. O episódio que, hoje, o Evangelho nos transmite transporta-nos para o dia seguinte. Trata-se do dia seguinte à multiplicação dos pães e dos peixes. A multidão vai «à procura de Jesus»(Jo 6, 24). Eis o essencial de tudo: procurar Jesus, nunca desistir de procurar Jesus, nunca nos cansarmos de procurar Jesus. No nosso tempo, continua a haver muita gente que está à procura de Jesus.

É preciso pensar, por isso, no dia de hoje e no dia seguinte. O dia seguinte é um dia que não pode ser desperdiçado. Jesus espera-nos no dia seguinte. Jesus espera-nos no «outro lado». De facto, Jesus está à nossa espera «no outro lado do mar»(Jo 6, 25) e sobretudo «no outro lado» das nossas expectativas, no «outro lado» dos nossos interesses. Jesus é o «outro lado» da nossa vida: o melhor lado da nossa vida, o lado da verdade, o lado do bem, o lado da justiça, o lado do amor.

 

  1. Na manhã daquele «dia seguinte», a multidão que tinha sido alimentada pelos pães e pelos peixes conseguiu passar para o «outro lado do mar». Mas ainda não tinha conseguido passar totalmente para o «lado» de Jesus. Aquela gente ainda não tinha percebido quem era Jesus e até estava convencida do que Jesus não era. Aquela gente, afinal, procurava Jesus não por causa de Jesus, mas por causa de si.

Jesus faz notar que a multidão estava equivocada. Aquela gente estava com a pessoa certa, mas por razões erradas. A actividade de Jesus não é de natureza biológica, mas teológica. Mais do que encher o estômago, o que Jesus pretende é (pré)encher a vida. Levar os pães às pessoas é connosco, oferecer o Pão às pessoas é com Jesus.

 

C. Não um Jesus à nossa maneira, mas nós à maneira de Jesus

 

5. De que Pão se trata? Qual é o Pão que Jesus nos oferece? É o Pão do amor, da partilha e do serviço. É este Pão que faz nascer — e multiplicar — os outros pães. Acontece que a tentação do imediatismo não é de agora. Já naquele tempo, o entendimento fixava-se mais no significante que no significado. No nosso tempo, continuamos a não dar atenção ao significado de tantos significantes.

Também hoje nos ficamos pelas aparências e só nos lembramos de Jesus quando precisamos, ou seja, quando nos vemos aflitos. Falta perceber que Jesus não é apenas o último recurso. Jesus é, com toda a propriedade, o único percurso. Não basta, por isso, procurar Jesus, embora esse seja o primeiro — e decisivo — passo. Mas é fundamental fazer caminho com Jesus, aderindo à Sua proposta de vida.

 

  1. Não podemos procurar Jesus para resolver os nossos problemas. Devemos procurar Jesus para irmos mais além dos nossos problemas. Devemos procurar Jesus para seguir Jesus, para fazer nossa a vida de Jesus. Daí que Jesus nos deixe um aviso e que se pode entender do seguinte modo: é preciso conseguir não só o alimento para matar a fome dos pães para a vida, mas sobretudo o alimento que permita saciar a fome do Pão da Vida.

É necessário perceber que, mesmo perto de Jesus, podemos não entender o essencial sobre Jesus. Pode acontecer que, mesmo perto de Jesus, queiramos um Jesus à nossa maneira em vez de sermos nós a ser à maneira de Jesus. A multidão, ao preocupar-se apenas com a procura do alimento material, está a esquecer o fundamental: o alimento que dá a vida eterna. Tal alimento é o próprio Jesus (cf. Jo 6, 27).

 

D. Importante é «comer» Jesus

 

7. O que é preciso fazer, então, para receber esse alimento, para comer desse pão? Esta é a pergunta daquela multidão (cf. Jo 6, 28). A resposta é inequívoca: é preciso aderir a Jesus e ao Seu projecto (cf. Jo 6, 28). É que, no fundo, aquela multidão tinha beneficiado da acção de Jesus, mas mostrava que ainda não estava disposta a seguir Jesus. Não basta comer o Pão; é determinante deixarmo-nos transformar pelo Pão que comemos.

Todavia, os interlocutores de Jesus ainda não estão convencidos de que esse pão garanta a vida eterna. E dão até o exemplo dos seus antepassados, que comeram um pão vindo do céu — o maná — e, mesmo assim, morreram (cf. Jo 6, 31). Custa-lhes a aceitar que a vida eterna resulte do amor, do serviço, da partilha. O que é que garante que esse seja um caminho verdadeiro para a vida eterna (cf. Jo 6, 30)? Jesus afirma que o maná foi um dom de Deus para saciar a fome material do Seu povo. Só que o maná não é o pão que sacia a fome de vida eterna. O pão que sacia a fome de vida eterna é o próprio Jesus (cf. Jo 6, 32-33).

 

  1. Daqui resulta que o importante não são gestos espectaculares, que deslumbram e impressionam, mas não mudam nada. O importante é acolher a proposta que Jesus faz e vivê-la nos gestos simples de todos os dias. É em cada dia que somos alimentados pelo Pão da vida. O Pão da vida é Jesus.

De facto, «Eu sou o Pão da vida»(Jo 6, 35) é uma fórmula de revelação, ou seja, uma afirmação de identidade. Jesus é não só o portador do pão, mas o próprio pão. Só em Jesus saciamos a nossa fome. Ele é a resposta total para a pergunta total. Quem se alimenta de Jesus nunca mais terá fome nem sede (cf. Jo 6, 35). Alimentarmo-nos de Jesus implica escutar a Sua Palavra, acolher a Sua proposta, enfim, incorporar toda a Sua vida.

 

E. Ninguém envelhece quando está com Jesus

 

9. Tudo se transforma, por conseguinte, a partir de Jesus. Entende-se, pois, que S. Paulo nos convide a deixar a vida antiga e os esquemas do passado, para abraçarmos definitivamente a vida nova que Jesus veio propor. Para sinalizar esta mudança, Paulo recorre à linguagem do «homem velho» e do «homem novo». O «homem velho» é o homem que ainda não aderiu a Jesus Cristo. Trata-se de uma vida marcada pela mediocridade, pela futilidade (cf. Ef 4, 17), pela corrupção e pela submissão aos «desejos enganadores»(Ef 4, 22). Já o «homem novo» é o homem que encontra Jesus Cristo e que aderiu à Sua proposta. É alguém que vive na verdade, na justiça e na santidade verdadeiras (cf. Ef 4, 21.24).

O Baptismo é o sacramento da transformação do «homem velho» em «homem novo». O próprio rito do Baptismo sugere esta transformação: o imergir na água significa o morrer para a vida antiga de pecado; o emergir da água assinala o nascimento de um outro homem, purificado do egoísmo, do orgulho, do pecado.

 

  1. Sabemos, porém, que, apesar de renovados pelo Baptismo, continuamos a ceder ao «homem velho». Daí a necessidade de «uma segunda tábua de salvação depois do Baptismo». O Sacramento da Confissão é, como diziam os antigos, uma espécie de «Baptismo laborioso». Quem se confessa mostra que não desiste da renovação da sua vida.

O «homem novo» tem de ser alimentado todos os dias. A conversão não é só para uma vez. É para sempre!

publicado por Theosfera às 03:40

Hoje, 02 de Agosto (18º Domingo do Tempo Comum), é dia de Nossa Senhora da Porciúncula, Sto. Eusébio de Vercelas. S. Pedro Juliano Eymard, S. João de Rieti, Sta. Joana de Aza, S. Pedro Fabro e Sto. Augusto Czartoryski.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

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