O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Segunda-feira, 20 de Julho de 2015

1. No «domingo sangrento» de 20 de Julho de 1915, doze viticultores foram mortos quando defendiam a denominação de origem Douro.

Eis os seus nomes: Maria da Silva Loureiro, Bernardo Pinto, Francisco Guedes, Francisco dos Santos Araújo, José Gomes Rabito e Pedro da Silva, de Cambres; José Cardoso, de Parada do Bispo; José da Rede, de Souto Covo; Ana Faininha e Maximiano Ferreira, de Valdigem; António Ribeiro, de Figueira; e Manuel Correia, de Britiande.

 

2. Naquele dia, o povo oriundo sobretudo de Cambres, Valdigem, Sande, Parada do Bispo e Figueira dirigiu-se à cidade de Lamego.

Cerca de cinco mil pessoas manifestavam-se frente à Câmara quando foram atacadas por bombas e tiros.

 

3. Doze mortos e vinte feridos foi o balanço daquele que ficou conhecido como o «Motim de Lamego».

A Câmara de Lamego e a Guarda apressaram-se a descartar culpas, acusando o povo de ter provocado as forças militares.

 

4. Esta seria a versão oficial dos acontecimentos, mas a percepção popular seria muito diferente.

A manifestação foi vista como um gesto heróico e os mortos tidos como mártires na defesa dos durienses em luta contra a miséria e contra a concorrência desleal.

 

5. O episódio é relatado, entre outros, pelo escritor lamecense João Pina de Morais no conto «No Douro,» que abre o livro «Sangue plebeu», publicado em 1942 e reeditado em 2003 pelo Museu do Douro e pela Câmara Municipal de Lamego.
Nesta obra, Pina de Morais toma partido pelos desfavorecidos e explorados que caíram mortos «por uma causa justa e grande, a causa da sua terra, do seu pão e do prestígio do vinho do Porto, de uma maneira trágica e covarde».

 

6. Uma década depois, o escritor neo-realista Alves Redol utilizou o «motim de Lamego» como desfecho épico do seu livro «Vindima de Sangue», o último volume da trilogia «Port Wine», em que abordou os primeiros 15 anos do século XX.
O motim de Lamego é o culminar de um movimento que se iniciou ainda no século XIX com uma série de motins e movimentações fortes em defesa da região vinhateira como denominação de origem da marca Porto e que uniu de uma forma quase única todo o sector do vinho do Porto.

 

7. Estas movimentações sociais defendiam a clarificação do artigo sexto do tratado comercial com a Inglaterra, que assumia que qualquer vinho português podia ser vendido com a marca vinho do Porto.
Logo que o tratado foi assinado, em 12 de Agosto de 1914, os protestos no Douro dispararam.

 

8. Após as doze mortes, o Governo acabaria por aceitar a vontade dos durienses.

Estipulou, então, no tratado com a Inglaterra, que o vinho do Porto exportado para aquele país devia ser oriundo da região do Douro e não de qualquer parte de Portugal.

 

9. Ontem como hoje, a justiça sempre teve um preço muito elevado.

É preciso que alguns percam a vida para muitos possam melhorar a (sua) vida!

publicado por Theosfera às 11:04

20 de Julho é o dia estimado da morte de S. José.

É claro que a fonte não é credível. Mas, a título de curiosidade, aqui deixamos a referência, já que o Evangelho nada diz sobre a morte de S. José.

Trata-se da narrativa apócrifa «História de José, o Carpinteiro», que descreve detalhadamente o falecimento do santo.

Segundo o escrito, composto em língua copta, S. José morreu no dia 26 do mês egípcio de Epip (20 de Julho no nosso calendário), aos 111 anos, gozando sempre de óptima saúde, «com todos os dentes intactos» e trabalhando até ao seu último dia!

publicado por Theosfera às 00:41

Hoje, 20 de Julho, é dia de Sto. Apolinário, Sto. Elias, Sta. Margarida, Sto. Aurélio e Sta. Vilgeforte ou Liberata ou Comba.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

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